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D. Afonso Henriques 1147- Domínio da linha do Tejo, depois Sintra, Almeida e Palmela.
1158: linha do Sado; 1165: Beja e Évora; 1185: morre.
D. Sancho I (1185-1211) 2 expedições gloriosas ao Algarve; não resistiu aos ataques dos
Almóadas (perdeu tudo a Sul do Tejo, menos Évora)
D. Afonso II (1211-1223) Absorvido no fortalecimento do poder real, ação militar inferior.
Batalha de Novas de Tolosa (1212): Com castelhanos, francos e
aragoneses, tropas avançaram no Alentejo e defenderam a península.
D. Sancho II (1223-1245) Expandiu território no Alentejo e no Algarve Oriental, beneficiando do
incentivo papal à Cruzada contra os Mouros.
D. Afonso III (1248-1279) Conclui-se a conquista do Algarve (49). O Norte cristão acabou com o
Sul islâmico – Reconquista chega ao fim.
Presúria: apropriação das terras vagas por parte do reis, nobres e clérigos.
Considerada um legítimo título de propriedade. (prendere=tomar)
Doações territoriais: por parte dos reis – criação e ampliação de senhorios.
Vassalidade: Os monarcas recompensavam os nobres e clérigos que os ajudaram na
guerra e administração do território em troca de estes serem vassalos fiéis: prontos a
segui-los nas lides militares; orar pelos sucessos reais; contribuir financeiramente; e
aconselhando e apoiando as decisões régias.
LOCALIZAÇÃO:
Honras (nobreza) Norte, mais antigas conquistas e Tinham: castelo, torre ou solar – afirmando
doações. o poder do senhor.
Coutos (cleros) Norte, mas mais no Centro e Sul Tinham: mosteiro, Sá Catedral e castelo
(ordens religioso-militares.
Privilégios
Esses poderes públicos correspondiam ao poder banal (bannus) e tinham como privilégios:
Domínios da nobreza: tinham uma reserva – quintã; e unidades de exploração arrendadas – casais/vilares.
O mundo senhorial e rural foi complementado com um país urbano de vilas e cidades
concelhias – que impulsionaram o desenvolvimento do reino.
Quando Portugal se afirmou como um reino independente, vivia-se uma conjuntura
europeia favorável ao renascimento urbano – resultava do fim das invasões,
recuperação demográfica, reanimação do comércio, do desenvolvimento do
artesanato e, consequentemente, do crescimento das cidades em número e área.
1º: A ação da No seu avanço de Norte para Sul, ocasionou a integração de territórios muçulmanos com
própria marcadas características urbanas. Deve-se aos moçárabes: cristãos que transmitiram o
reconquista legado muçulmano, merecendo particular destaque as instituições e o urbanismo, as
técnicas agrícolas, artesanais e comerciais e a própria expressão artística – Foram
preservadas as crenças das urbes moçárabes.
2º: A Impulsionou a transformação de alguns agregados populacionais em urbes de maior
presença da importância e dimensão. As mudanças e deslocações da corte régia incrementaram o
corte régia prestígio dos centros populacionais onde esteve, que se sentiam + poderosos e
esclarecidos diante do mundo rural.
3º: A presença Ser sede de bispado ou sede episcopal, e de possuir uma Sé Catedral (condições
permanente necessárias para receberem o nome de cidade) – Portugal só tinha 9 cidades (onde os
de um bispo bispados se extinguiram com o domínio muçulmano e voltaram com a reconquista)
4º: Os seus habitantes dispunham de uma significativa capacidade para administrar os
Instituição assuntos comunitários e de isenções fiscais e militares. Fazia-se através da carta de foral,
de concelhos concedida pelo rei – quando a pop. era um bem reguengo; por um nobre/eclesiástico –
perfeitos/urb senhorio. Localizavam-se, maioritariamente, na Beira interior, na Estremadura e no
anos Alentejo, onde havia a necessidade de atrair defensores, e onde os monarcas e senhores
abriam mão do seu poder (guerra)
5º: Os mercadores europeus contribuíram para o dinamismo de centros urbanos – onde se
ressurgimento afirmou um grupo de mercadores empreendedores com capacidade para dinamizar o
comercial do artesanato local e para promover a expansão da produção agrícola nos territórios
Ocidente adjacentes.
medieval XII.
O • A cidade medieval portuguesa destacava-se por estar envolta numa cintura de muralhas.
espaço A muralha delimitava o espaço urbano, dava-lhe segurança, rendimentos (portagens) e
amura embelezava-a. Tinha torres (cubelos) e ameias; a muralha abria-se através das portas e postigos,
lhado que se fechavam à noite.
• Nos séculos XIII, XIV, XV, o crescimento demográfico e as movimentações populacionais ditaram
a construção de novas muralhas – os arrabaldes.
• Núcleo central – habitado pelos dirigentes e pelas elites locais, onde estavam instalados os
poderes político, religioso e económico; Coincidia com: a zona do castelo – residia o alcaide; e a
praça principal – onde se encontrava a Sé ou igreja, o paço episcopal, os paços do concelho, as
moradias dos mercadores abastados e era onde se realizava o mercado, no rossio.
• Fora dos centros, as urbes medievais espraiavam-se num dédalo de ruas tortuosas – raramente
calcetadas, fétidas, escuras e poeirentas – despejos a céu aberto, cães e porcos focinhavam, havia
a ameaça de epidemias. Habitações populares, oficinas dos mesteirais, …
• Nos séculos XIII e XIV abriram-se as Ruas Novas e as Ruas Direitas – mais largas que o habitual,
onde se implantaram as melhores lojas e oficinas.
O • Localizava-se fora de muros e transformou-se num prolongamento da cidade/vila.
arraba • Um certo ar de marginalidade afetava o arrabalde. Era lá que se realizavam as atividades menos
lde limpas e onde as minorias étnico-religiosas, os mendigos e os leprosos eram metidos. Ordens
mendicantes instalaram-se nos arrabaldes desde o século XIII – franciscanos e dominicanos
desempenharam com êxito a sua missão de assistência e proteção aos humildes e desenraizados.
O • Cada urbe possuía o seu termo, território ás vezes espalhado por dezenas de km, que incluía
termo aldeias, vinhas e searas. Sobre ele, a cidade/vila concelhia exercia a jurisdição, impondo obrigações
fiscais, militares e judiciais. Quanto maior o termo, maior a riqueza da urbe em proventos
agrícolas, disponibilidade de mão de obra, animação comercial e capacidade de defesa.
• O prestígio e a abastança dos termos eram de tal ordem que os monarcas o alargavam ou
encurtavam-no se desejassem agraciar/castigar as cidades.
As minorias étnico-religiosas
2.3.3. O exercício comunitário de poderes concelhios; a afirmação política das elites urbanas
A sociedade concelhia
Vizinhos Homens livres, maiores de idade, que habitavam a área concelhia há um certo tempo.
Excluíam-se os nobres/clérigos (a não ser que abdicassem dos seus privilégios e se
submetessem às leis comuns), as mulheres (menos as viúvas), os judeus, mouros,
estrangeiros, servos e escravos.
Mais Proprietários rurais e Até séc. XIII, tiveram um papel fundamental na reconquista e defesa
abastados donos de razoáveis do Sul, foram promovidos a cavaleiros-vilãos: serviam na guerra a
cabeças de gado no cavalo, com as suas armas de ferro e seus séquitos de peões
interior; litoral – Mereciam um tratamento judicial reservado a nobres inflações (sem
fortuna provinha do açoites); não pagavam impostos). Constituíam uma elite social – os
comércio marítimo. homens-bons.
Sem posses que lhes permitisse sustentar um cavalo. Trabalhavam na agricultura, nos
Peões mesteres, na pesca, no pequeno comércio.
A governação do concelho
Apesar da capital ser em Lisboa (desde Afonso III), a corte régia portuguesa deslocava-
se pelo reino na época medieval, para melhor se inteirar dos problemas e exercer a
governação. O rei e a corte eram acompanhados de funcionários e assembleias, que
compunham a administração central.
O funcionalismo
Alferes-mor Mais alto posto da hierarquia militar; transportava o pendão real (sem o
rei chefiava o exército)
Mordomo-mor Superintendia na administração civil do reino; coadjuvado pelo dapífero
para assuntos privados do monarca.
Chanceler Redação dos diplomas régios e a guarda do selo real (tinha
conhecimentos superiores e cultura jurídica)
Centralização do poder régio + direito romano + impulsionada por D. Afonso III =
acréscimo da produção documental e o reforço dos poderes da chancelaria régia. O
chanceler tornou-se numa personalidade indispensável na adm. do reino (com vários
funcionários: notários e escrivães).
A Cúria Régia: órgão que exercia um papel de proximidade aos monarcas (aconselhando em
questões militares, económicas e judiciais. (ex: declaração de guerra/paz; lançamento de
tributos e desvalorização da moeda; e julgamento de nobres, …)
Composta por: membros da corte régia (rainha, irmão e tios do rei, ricos-homens e
prelados que o seguiam permanentemente); os altos funcionários (atrás referidos) e o
alcaide da cidade onde a corte se instalasse.
Quando os assuntos a tratar revestiam uma dimensão nacional, era convocada pelo
monarca uma Cúria extraordinária (onde se acrescentavam á Cúria ordinária: bispos de
várias dioceses, os abades das principais comunidades monásticas, os alcaides das
cidades, os membros da mais alta nobreza e os mestres das ordens religioso-militares).
Resultavam dos concelhos da Cúria Régia importantes resoluções (ex: 1ª Cúria Régia
extraordinária, realizada em Coimbra em 1211, onde se elaboraram as primeiras Leis
Gerais – tirar poder á nobreza e ao clero).
D. Afonso III: alterações na Cúria Régia, evoluiu para um Concelho Régio e para as
Cortes. Criaram-se os tribunais superiores, aos quais ficaram reservadas as funções
judiciais (antes da Cúria Régia).
Resistências
D. Afonso II e Penderam-lhes as excomunhões (não podiam entrar na Igreja) e interditos (toda a comunidade fiel
D. Dinis estava proibida de celebrar a missa e administrar os sacramentos do Reino),
D. Afonso II e Arrependeram-se à hora da morte.
D. Afonso III
D. Sancho II Foi deposto pelo Papa Inocêncio IV
Portugal afirmava-se entre os grandes. Ao findar o século XIV, em plena crise de 1383-85, a
glória de Portugal sobressaiu no campo de Aljubarrota (1385) e garantiu a independência
nacional.
O rei português D. João I casou-se com a filha do duque de Lencastre, D. Filipa, em 1387,
selando a mais antiga aliança, ainda em vigor, entre Portugal e Inglaterra, o Tratado de
Windsor.