País urbano e concelhio
Entre o séc. XII e XIV a que pertenciam ao concelho
conquista do território criou
senhorios mas também existiam
cidades e vilas autónomas do poder
dos senhores (nobres e clero).
Cidades e vilas: muitas são
de origem romana e muçulmana;
outras existem e desenvolvem-se
como sede de um bispo; outras
porque aí se instala a corte do rei e
por fim também se desenvolvem
através da criação de um concelho.
O espaço da cidade medieval:
Tinha sempre muralha; as
casas e ruas não eram construídas
com um planeamento urbanístico;
são pouco higienicas, são ruas
estreitas e tortas; havia uma praça
central chamada rossio.
Os concelhios:
A partir da reconquista do
território os reis vão recompensar
as populações das vilas e das
cidades com alguma autonomia
atribuindo CARTAS DE FORAL.
Nestas cidades ou vilas forma-se
um concelho independente que
deve governar-se pelas regras
indicadas na carta de foral. Os
habitantes de um concelho eram os
vizinhos.
As cidades medievais tinham
espaços exteriores chamados
arrabalde e termo.
Arrabalde -> espaço
imediatamente fora da muralha
Termo -> campos em volta
O concelho e a carta de foral
O concelho é um território
autónomo criado pela carta de
foral. Esta estipula toda a
organização do concelho, direitos e
deveres dos vizinhos. Os vizinhos
organizam numa assembleia de
vizinhos e cumprindo as regras
impostas pelo foral administram o
concelho.
Assim, um concelho é
autónomo em relação aos senhores
e os seus senhorios; tem uma
população específica que é
independente; e esta população tem
deveres mas também tem direitos.
Poder régio séc. XII a XIV
Monarquia feudal portuguesa
Características:
● Fazem doações aos vassalos;
● Os vassalos devem
obediência, respeito,
fidelidade, ajuda (militar e
económica) e conselho (adm.
do reino)
● Transmitiam o reino em
testamento e por herança
(carácter hereditário)
● Consideravam-se os
proprietários do reino
(carácter patrimonial)
 Monges
Particularidade: Os reis, em Portugal, Povo
são os únicos verdadeiros senhores Senhorios (dependentes):
feudais. O que contribuiu para a Colonos
fixação do território e centralização Servos
do poder real. Escravos

Poder real Concelhos (vizinhos):

Os reis basearam o seu poder Homens-bons (cavaleiros-vilãos)
na doutrina do reino divino. São os Peões
representantes de Deus na Terra
Acumulam todos os poderes Marginais (não se integram na
públicos: sociedade)
● Militares (supremo chefe Mendigos
militar) Criminosos
● Judiciais (juiz supremo; justiça Leprosos
maior)
● Legislativos (legislador, ex:
leis gerais) Centralização do poder real ,
● Fiscais (ex: cunhar moeda) administração
Com estes poderes e o controlo aos (1) administração central
abusos dos senhores, os reis Os reis organizaram a sua
acumularam o poder, ou seja, vão administração criando dois orgãos,
centralizar o poder em si. os altos funcionários (3 pessoas) e a
cúria régia.
Altos funcionários:
Sociedade medieval ● Alferes-mor, funções
militares;
portuguesa
● Mordomo-mor, funções
Rei:
ligadas com a administração
● Vassalos:
do reino
Nobreza:
● Chanceler, escrivão principal
Ricos-homens
do reino
Infrações/fidalgos
Cavaleiros/escudeiros
Cúria régia
A cúria régia é a assembleia
Clero:
ou concelho que o rei reune com a
Arcebispo/Bispos
rainha, alguns príncipes, nobres e
Abades e Mestres de Mosteiros
membros do clero de sua confiança
Parócos (padres)
para se aconselhar e tomar
decisões a nível militar, económico,
judicial e fiscal.
A partir do séc. XIII a cúria
régia vai sofrer um processo de
alteração dividindo-se em:
● concelho régio
● cortes
● tribunais superiores
concelho régio:
reunião habitual para a gestão dos
assuntos da administração do reino
cortes:
Grande assembleia nacional
convocada pelo rei sempre que
precisa de ouvir as queixas, os
pedidos e os concelhos dos
habitantes do reino. São os
representantes da nobreza, do clero
e do povo (dos concelhos) que o rei
convoca extraordinariamente.
(2) Administração local
É convocada pelos
magistrados e funcionários do rei e
dos concelhos que localmente
aplicam impostos, defendem o
território, controlam a justiça, etc..
Contudo os senhores nos seus
senhorios mantêm a sua autoridade
e também são um fator de
administração local.
Leis antissenhoriais
A função destas leis é
controlar e combater os abusos de
autoridade e de usurpação de
territórios que os senhores ao longo
dos anos foram fazendo e que
prejudicam as populações e o rei.
Leis chamas inquirições e
confirmações
As inquirições são inquéritos
aplicados às honras e aos coutos
para conhecer o estado em que
está o território doado;
As confirmações levam à
passagem de uma segunda carta
de doação que confirma ou corrige
a primeira.
Leis de desamortização
São um conjunto de leis que
procuram controlar e impedir a
compra, as doações feitas ao clero
e que lhes permitia acumular terras.
Estas leis criaram grandes
conflitos entre os reis e o papa, que
culminaram até na deposição de
D.Sancho II
Conclusão:
Entre o séc.XII e XIII aconteceu
a conquista do território, a fixação
das fronteiras e deu-se início à
organização administrativa do reino.
No séc. XIV, após D.Dinis o
reino está perfeitamente
consolidado, desenvolve-se
economicamente e até
culturalmente (criação da 1ª
universidade). Contudo em 1383
surge um problema de sucessão
dinástica que será resolvido em
1385, nas cortes de Coimbra, com a
eleição do Mestre de Avis, futuro
D.João I