Você está na página 1de 16

EUROPA DO SÉCULO VI AO

SÉCULO XII
História 7º ano
Dificuldades do império romano
Crise política
Decadência Divisão do império
o Corrupção;
do (395), para travar a
o Lutas sangrentas pelo poder.
Império Romano decadência do império.
Crise militar
o Exército perdera disciplina e coesão;
o Aumento das despesas com a defesa.

Crise económica e social


o Aumento dos impostos;
o Degradação do comércio;
o Perda da importância das cidades.
Invasões bárbaras

Bárbaros Atraídos por:


o Prosperidade das cidades romanas;
o Pastagens férteis.

o Não falavam a língua latina;


− Instalaram-se nas regiões fronteiras do
o Costumes diferentes dos romanos;
Império;
o Povos que viviam para lá das
− Alguns foram contratados como
fronteiras do Império romano.
soldados e camponeses.
Invasões bárbaras

• Povo de origem asiática;


• Modo de vida nómada;
Pressão dos Hunos, nos
• Grandes cavaleiros;
finais do século IV.
• Principal líder - Átila

Bárbaros germânicos:
Entraram violentamente Formação dos Reinos
o Visigodos
no Império Romano, Bárbaros.
o Suevos
o Francos e outros levando à sua queda.

Idade média
Período histórico, entre o fim do império
romano a Ocidente (476) e o fim do império
romano a Oriente (1453).
Os novos reinos Bárbaros
A partir do século V os bárbaros desagregaram o Império Romano e fundem novos
reinos independentes.

A maioria da população ainda estava enraizada com os costumes romanos, o que vai
provocar muitos choques culturais.

A progressiva cristianização e a submissão dos reis bárbaros ao cristianismo, atenua


essa diferença.

As leis comuns e o casamento acabaram por unir todo o povo, que iniciam mesmo a
partilha de terras.
Novas invasões bárbaras
Entre os séculos VIII e XI, dá-se uma nova vaga de invasões bárbaras na Europa.

┫ Muçulmanos
Vindo do Norte de África, invadiram a Península
Ibérica em 711 e atacaram zonas do sul da Europa.

┫ Vikings
Povos originários da Escandinávia, atacaram a Europa a
Norte.

┫ Magiores ou Húngaros
Oriundos da Europa Oriental, saquearam regiões
férteis, povoações e mosteiros da Alemanha, França e
Itália.
Transformações económicas
Com as segundas invasões, a insegurança regressou:

o As pessoas abandonaram as cidades e refugiaram-se nas zonas rurais, longe do perigo.


o Os camponeses, sem terras, entregaram-se aos grandes senhores em troca de proteção,
trabalho e subsistência.
o O poder do Rei enfraquece e a defesa contra as invasões piora.
o A economia ruraliza-se, sendo a agricultura a sua atividade predominante.
o A evolução registada no período romano volta atrás.

Feudalismo
Forma de governação da
Novo regime económico, social e político que existiu na
sociedade, assente numa rede
Europa entre os séculos IX e XIII.
de relações feudo-vassálicas.
O poder senhorial
Os senhorios ou domínios senhoriais eram grandes propriedades que pertenciam ao
clero e à nobreza.
O senhorio é constituído por duas partes distintas:

Reserva
Zona explorada diretamente pelo senhor, através de
servos e camponeses. Local onde ficava a casa
senhorial ou o castelo e as instalações agrícolas, como
os celeiros, os estábulos, os fornos, os moinhos e os
lagares.
Mansos
Terras arrendadas pelo senhor aos camponeses
(colonos ou vilões), em troca de uma parte da
produção sob a forma de rendas e de trabalho gratuito
na reserva.
Entre os senhores e os camponeses estabelecia-se uma série de obrigações.

Os senhores concediam aos camponeses o direito a explorar parcelas dos seus domínios e a
guardar parte da produção em troca de segurança e proteção.

Os camponeses deviam aos senhores o pagamento de:

Rendas – pagas em géneros e correspondentes a uma parte da colheita.

Corveias – trabalho gratuito, durante certos dias da semana, nas terras do senhor.

Banalidades – utilização dos fornos, moinhos e lagares do senhor, mediante o


pagamento de parte do produto obtido.
Relações feudo-vassálicas
Por causa das invasões bárbaras que geraram um clima de segurança, os senhores acabaram por
“roubar” poderes que pertenciam aos monarcas:
o Recebiam certas rendas;
o Cunhagem de moeda;
o Aplicação de justiça;
o Possuir exército próprio.
Assim, por questões de segurança, os senhores menos poderosos colocavam-se na dependência
dos senhores mais fortes.

Laços de dependência entre os


Contrato de vassalagem
senhores.
Contrato de vassalagem

Homenagem
O vassalo submete-se à autoridade
do suserano.

Juramento de fidelidade
O senhor e o vassalo comprometem-se
a cumprir o que ficou acordado.

Investidura
O vassalo recebe uma compensação,
benefício ou feudo, geralmente uma
terra, que podia ser transmitido de
geração em geração. O contrato era vitalício e implicava
direitos e deveres mútuos.
Sociedade Ordem privilegiada que era constituída por:
• Clero secular – vivia perto das populações
(padres e bispos).
Ordem privilegiada que tinham
• Clero regular – seguia uma regra e vivia nos
como principal ocupação a
mosteiros (monges e abades).
guerra.

o Exerciam as práticas religiosas;


o Possuíam o seu próprio exército;
o Possuíam muitas terras;
o Possuíam grandes propriedades;
o Desempenhavam cargos muito importantes na
o Tinham vastos poderes: Nobreza Clero administração;
• Aplicação da justiça; o Controlavam a cultura, pois dirigiam as escolas,
• Lançamento de impostos; copiavam manuscritos e escreviam livros;
• Cunhagem da moeda. o Possuíam tribunais próprios;
o Isentos de impostos.

Povo
A maioria era camponeses:
→ Servos, que em troca de proteção e sustento estavam presos à Não privilegiados, formado por camponeses,
terra;
→ Colonos ou vilões, que eram homens livres que arredavam as artesãos, mercadores e mendigos.
terras dos senhores.
O dia a dia
Clero
O clero secular que vivia nas dioceses e nas paróquias tinham obrigações religiosas (rezar),
culturais e ensinavam.
O clero regular que vivia em mosteiros tinham várias obrigações:
o Prestar assistência aos doentes e pobres;
o Administrar as terras;

Nobreza o Rezar;
o Copiar manuscritos – monges copistas.
A nobreza ocupava-se sobretudo da guerra e quando
não estava em batalha, preparava-se para esta, através Povo
de caçadas, justas e torneiros.
Os camponeses viviam nos campos perto dos mosteiros e
Em dias de festa faziam grandes banquetes
dos castelos. Tinham uma vida muito dura e trabalhavam
acompanhados de dança e música.
de sol a sol. As suas casas eram simples com uma só
divisão. Nos dias de festa participavam em romarias e
procissões.
Cristianização dos povos bárbaros
Com as invasões bárbaras, a Igreja representava a única força organizada do Ocidente. Por isso,
fizeram diversos acordos com os invasores.

Conversão dos chefes ou reis bárbaros, levando os seus povos a segui-los:


▪ Clóvis, rei dos Francos (final do século V);
▪ Recaredo, rei dos Visigodos;
▪ Teodomiro, rei dos Suevos.

As populações fundiram-se, a pouco e pouco, unindo-se pelo casamento, adotando os


mesmos costumes, leis e instituições.
Ordens religiosas
┫ Ordem S. Bento
o Fundada por Bento de Núrsia, em 529, Itália.
o Aliava a oração ao trabalho manual ao trabalho intelectual.

Evangelização e proteção da população.


Beneditos Desenvolvimento da economia.
Incremento da cultura.

┫ Ordem de Cluny

o Ocupava-se sobretudo da oração e do culto.

┫ Ordem de Cister
o Dedicava-se à oração, aos trabalhos agrícolas e à cópia de manuscritos.
Arte românica
Caraterísticas arquitetónicas:
o Igrejas de plantas de cruz latina, com uma ou mais naves, cortadas por um transepto;
o Arcos de volta perfeita ou de volta inteira nas portas e interiores das naves a sustentar a
cobertura;
o Cabeceira de forma retangular ou circular, com pequenas capelas ou absidíolos.

Escultura
Estava representada em túmulos, fachadas – tímpanos, arquivoltas e capitéis – e nos interiores e
exteriores das igrejas – capitéis, colunelos e contrafortes.
Era tosca e rude.

Você também pode gostar