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PROF.MAX DANTAS
18 – EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA - MERCANTILISMO
EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA
INTRODUÇÃO
Durante a Baixa Idade Média, a navegação era reduzida ao sistema de cabotagem, ou seja, navegando pela
costa e nunca em alto mar. Dois fatores explicam essa situação/condição:

1°- A FALTA DE No entanto,


Figura:// com a chegada da renascença, ocorre uma
fernandocascais.wordpress.com/

TÉCNICAS DE ruptura ao retrógrado pensamento medieval e surge uma


2018/05/15/nao-inventes/

nova forma de ver o mundo, humana e racional,


NAVEGAÇÃO contrapondo-se aos dogmas religiosos presentes no
período anterior.
CONTEXTO
2°- O MEDO DE Nos séculos XII e XIII, com a reabertura das rotas
ALCANÇAR O comerciais com o oriente, o comércio de especiarias se
FIM DO MUNDO, tornou um lucrativo negócio controlado pelos
OU ENTÃO, QUE comerciantes italianos, principalmente das cidades de
GÊNOVA e VENEZA, que
ALGUM dominavam de forma
MONSTRO quase
Figura://historiaonlineceem.blogspot.com/ exclusiva o
MARÍTIMO 2012/09/o-mar-tenebroso.html
comércio de especiarias
DEVORASSE O BARCO. e de artigos de luxo que
vinham do Oriente
(África e Ásia).

Os comerciantes de
Gênova e de Veneza
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Especiaria
recebiam os produtos
orientais nos portos de Constantinopla, de Trípoli, de
Alexandria e de Túnis e os revendiam na Europa.
Sendo assim, o mar Mediterrâneo era a rota desse
comércio e Constantinopla exercia a função de
entreposto comercial.

Figura://historiaviva-vanda51.blogspot.com/2010/02/os-antecedentes-da-crise-do-seculo-xiv.html

SITUAÇÃO
Para participar desse lucrativo negócio, seria necessário romper com o monopólio dos genoveses e dos
venezianos, buscando o contato direto com o Oriente. Como o tráfego comercial-marítimo era controlado
pelos Italianos, restava uma única alternativa: UMA NOVA ROTA COMERCIAL PELO ATLÂNTICO QUE
LEVASSE DIRETAMENTE ÀS REGIÕES FORNECEDORAS DE ESPECIARIAS E DE ARTIGOS DE LUXO.
Foi na ânsia e na ambição de participar desse LUCRATIVO COMÉRCIO que nações se lançam ao mar, em
busca de novas rotas comercias e, assim, tem início a EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA, e PORTUGAL vai ser
pioneira nesse processo.

CAUSAS DA EXPANSÃO MARÍTIMA


CONQUISTA DE CONSTANTINOPLA: Os turcos conquistam
Constantinopla, em 1453, colocam pesados impostos sobre o comércio
de especiarias e fecham algumas das rotas de comércio entre Ocidente e
Oriente. Esse fato uniu os europeus, incluindo os italianos, na busca por
caminhos alternativos até os fornecedores orientais.1
NECESSIDADE DE NOVOS MERCADOS: A descoberta de novos caminhos
também implicava na conquista de novos mercados consumidores para o
artesanato e para as manufaturas europeias. Além disso, a Europa
Figura://historiaespetacular.blogspot.com/2011/08/queda-de-
constantinopla.html

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COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 169.
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necessitava de gêneros alimentícios e de matérias-primas. Essa necessidade só poderia ser atendida com a
ampliação de mercados fora do continente europeu.
FALTA DE METAIS PRECIOSOS: Os metais preciosos eram enviados para o
Oriente para a compra de especiarias e de produtos de luxo. Com o passar do
tempo, as minas europeias se esgotam, faltando metais para a cunhagem de
moedas. Isso levou a uma crise comercial. Por isso, seria necessário buscar
regiões fornecedoras de metais preciosos.
INTERESSE DOS ESTADOS NACIONAIS: A expansão comercial aumentaria o
poder dos reis, manteria o privilegio da nobreza e elevaria os lucros da
burguesia. Além disso, os estados nacionais apoiaram as navegações, pois era
uma maneira de elevar a Figura:https://pt.quizur.com/quiz/qual-metal-precioso-e-voce-
bN

arrecadação de impostos.
EXPANDIR A FÉ CRISTÃ: É a justificativa ideológica da expansão
marítima europeia, lembrando que o movimento reformista vai
levar a uma mobilização da Igreja, que vê nas navegações um
meio de conter o avanço do protestantismo.
AMBIÇÃO MATERIAL: Os envolvidos na expansão marítima
eram movidos pela ambição do VALER MAIS, que significava,
simultaneamente, TER MAIS
e SER MAIS (projetar-se
socialmente, elevar seu
status).
PROGRESSO TECNOLÓGICO: A expansão tornou-se possível graças ao
desenvolvimento científico-tecnológico, que permitiu as navegações a
grandes distâncias: O USO DA BÚSSOLA, DO ASTROLÁBIO E DO
ansao-maritima.html
QUADRANTE; A INVENÇÃO DA CARAVELA, PELOS PORTUGUESES; O
APERFEIÇOAMENTO DOS MAPAS GEOGRÁFICOS; A ACEITAÇÃO DE QUE
A TERRA É REDONDA2.
Figura://www.goodfon.ru/wallpaper/kompas-sekstant-staraya-karta.h
AS NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS
Portugal promoveu uma aliança entre sua nascente burguesia mercantil e o novo Estado
Nacional ali consolidado. Desde o reino de DOM JOÃO I, o país sofreu uma uniformização
tributária e monetária capaz de ampliar os negócios da burguesia e de fortalecer
economicamente a coroa.
Nessa época, as especiarias orientais e a procura no mercado Europeu eram de grande valia
e, desde o século XII, a entrada dos produtos orientais dava-se pelo monopólio exercido
pelos comerciantes italianos e árabes.

Visando superar a dependência com esses dois atravessadores, Portugal


busca uma nova rota que ligue diretamente os comerciantes portugueses
Figura://www.arqnet.pt/portal/
portugal/temashistoria/joao1.html aos povos do Oriente.
A ESCOLA DE SAGRES - Dom Henrique (1394-1460), príncipe português, reuniu,
na cidade de Sagres, vários navegantes, cartógrafos, marinheiros e cosmógrafos,

RAZÕES DO PIONEIRISMO PORTUGUÊS


 MONARQUIA CENTRALIZADA
 BURGUESIA FINANCIADORA
 APOIO DO CLERO
 GEOGRAFIA FAVORÁVEL
 DOMÍNIO DE TÉCNICAS DE NAVEGAÇÃO
 AUSÊNCIA DE GUERRAS
Figura://pt.wikipedia.org/wiki/
Henrique,_Duque_de_Viseu

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COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 169.
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objetivando contornar o continente Africano; o século XV assistiu ao desenvolvimento da expansão
marítima de Portugal.
CRONOLOGIA DA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA
1415 - TOMADA DE CEUTA - INÍCIO DAS EXPEDIÇÕES.
1420 - João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo descobrem a Ilha da Madeira.
1434 - Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, ao sul das Ilhas Canárias, abrindo caminho para a colonização de
parte da África e a busca de ouro e de escravos.
1456 - Descoberta de Cabo Verde por Diogo Alves.
1488 - Bartolomeu Dias quebra o tabu e dobra o Cabo da Boa Esperança, caminho temido pelos viajantes, porém,
essencial para a chegada às Índias.
1498 - Vasco da Gama chega a Calicute, litoral sudoeste da Índia.
1500 - PEDRO ÁLVARES CABRAL, acreditando ter chegado às Índias, descobre o Brasil.

NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS
Enquanto Portugal buscava um caminho para o Oriente, a Espanha
conquistava Granada, o último reduto mouro, na Península Ibérica,
em 1492. Foi consolidado, assim, o
estado moderno Espanhol.
A Espanha estava pronta para
entrar no expansionismo marítimo,
em busca de riquezas.
CRISTÓVÃO COLOMBO, navegador
genovês, apresenta aos reis
espanhóis, Fernando de Aragão e
Isabel de Castela, um projeto de navegação para atingir a Índia. Baseando-
se na ideia de que a terra era
redonda, Colombo pretendia atingir o
Figura 1:http://gladio.blogspot.com/2012/01/o-culminar-da-reconquista-tomada-
de.html Oriente navegando pelo Ocidente.
E, assim, com três caravelas (SANTA
MARIA, PINTA E NIÑA), Colombo e
sua tripulação partem do porto de
Palos, na Espanha, em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro de
1492, Colombo desembarca na ilha de GUANAANI, na atual América
Central, mas como pensou ter Figura://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%B3v%C3%A3o_Colombo
chegado à Índia, chamou de “índios”
os diferentes povos que habitavam essas terras há milhares de anos.3
O engano de Colombo foi desfeito anos depois, quando o navegador
AMÉRICO VESPÚCIO comprovou que o continente encontrado era
Figura://lacasitadeisabel.blogspot.com/2016/11/antiguos-astronautas-mapearon-
novo para os europeus, o chamado NOVO MUNDO.
america.html
E, em sua homenagem, o continente foi batizado de AMÉRICA.

PORTUGAL x ESPANHA – A DISPUTA PELO NOVO MUNDO


Após a chegada de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se para garantir seus direitos de
posse sobre a nova terra. Para isso, contaram com a ajuda do papa espanhol ALEXANDRE VI.
Assim, em 4 de maio de 1493, é assinada a BULA INTER COETERA, estabelecendo que as terras da América
seriam divididas entre PORTUGAL E ESPANHA. Um meridiano, situado a 100 léguas a oeste das ilhas do
Cabo Verde, seria a linha divisória dessas terras.
As terras a leste dessa linha ficaram para a Espanha e o oeste para Portugal. Desse modo, a Espanha
asseguraria a posse das terras americanas e restaria a Portugal a posse das terras africanas.

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JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2. ed. São Paulo: Ftd, 2015, p.
245.
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Portugal não aceitou esse acordo e,
em 1494, é assinado um novo: o
TRATADO DE TORDESILHAS. Por
meio dele, seria traçada uma nova
linha imaginária, a 370 léguas a
oeste das ilhas do cabo Verde. As
terras a oeste ficaram com a Espanha
e as terras a leste para Portugal.
O mundo descoberto foi assim
dividido entre portugueses e
espanhóis. No entanto, reis de outras
nações, como INGLATERRA E
FRANÇA, não aceitam essa divisão. O
rei francês FRANCISCO I dizia
desconhecer o TESTAMENTO DE
DEUS, que dividia o mundo entre
ESPANHA e PORTUGAL, passando a
defender a teoria do UTI POSSIDETIS,
Figura 2:https://historitura.wordpress.com/2013/07/22/bula-intercoetera-e-tratado-de-tordesilhas/
ou seja, o direito é de quem exerce a
posse da terra.

CRONOLOGIA DAS NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS


1499, a expedição comandada pelo navegador espanhol Alonso de Ojeda alcança a foz do rio Orinoco e chega à
Ilha de Margueritta (atual Venezuela).
No ano de 1500, Vicente Iañes Pinzón chega a região do rio Amazonas (Brasil), que é chamado por ele de “Mar
Doce”.
1500, o conquistador espanhol Diogo Velasquez conquista a ilha de Cuba.
1512, o conquistador espanhol Juan Ponce de León conquista a região da Flórida (sul dos Estados Unidos).
1513, o navegador espanhol Vasco Nunez de Balboa fez o périplo de 30 dias que culminou na descoberta do
“Mar do Sul”, que foi chamado de Oceano Pacífico.
1516, o navegador espanhol Juan Diaz de Solís atinge o rio da Prata.
1519 começa a primeira viagem de circum-navegação (viagem de volta ao mundo), comandada pelo navegador
português (a serviço da Espanha) Fernão de Magalhães. A viagem terminou somente em 18 de setembro de
1522, sob o comando de Juan Sebastián Elcano, pois Magalhães foi morto após um ataque de indígenas no ano
anterior.

NAVEGAÇÕES FRANCESAS, INGLESAS E HOLANDESAS


Inglaterra e França atrasaram-se no processo de expansão marítima devido, principalmente, à guerra dos
100 anos, que atrasou a centralização política e causou grandes gastos econômicos.
Em 1497, navegando a serviço da Inglaterra, GIOVANNI CABOTO tentou em vão descobrir
uma passagem para o Oriente pelo extremo norte.
Em 1534, o navegador francês JACQUES CARTIER explorou a
região do atual Canadá, NAVEGANDO pelo rio São Lourenço.
Na época, tanto ingleses quanto franceses praticavam a pirataria,
erguendo várias feitorias na África e na Ásia. Os franceses
chegaram a invadir o Brasil duas vezes.4
A Holanda lançou-se às navegações só no final do século XVI, mas,
em poucas décadas, conquistou áreas ricas em especiarias em
diversos continentes: região do Cabo (África); Java, Ceilão e Ilhas
Figura://www.sutori.com/story/the- Molucas (Ásia); Nova Amsterdã (América do norte); Antilhas e
exploration-of-john-cabot
nordeste do atual Brasil (América Central e do Sul). Figura://www.sutori.com/story/the-exploration-
of-john-cabot

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JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2. ed. São Paulo: Ftd, 2015, p.
246.
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MERCANTILISMO
ORIGEM
Após a expansão marítima europeia,
verificou-se um aumento das relações
comerciais não só com o Oriente, mas
também com a recém descoberta da
América e com a costa da África. Esse
processo ficou conhecido como
Revolução Comercial e só foi possível
devido à centralização do poder
político por meio do absolutismo
monárquico.

Retomando a formação do Figura://www.mundovestibular.com.br/articles/4398/1/A-EXPANSAO-MARITIMA-EUROPEIA/Paacutegina1.html


Absolutismo, que se constrói a partir da
união entre realeza (busca a manutenção de seus privilégios mediante impostos pagos pela burguesia) e
burguesia (que com as concessões dadas pela realeza vai buscar atividades que propiciem a acumulação de
capitais), o Mercantilismo, de forma sintética, pode ser definido como a política econômica dos Estados
Nacionais Absolutistas.

CONCEITO
1° - É o conjunto de práticas econômicas que vão caracterizar o moderno estado europeu,
do século XV ao XVIII.
2° - Sistema econômico desenvolvido na Europa durante a Idade Moderna, na qual o estado
intervém totalmente na economia, com a finalidade de fortalecer o estado nacional e o
poder dos reis.

CARACTERÍSTICAS
Sendo, então, a política econômica do Absolutismo, torna-se
lógico dizer que o Mercantilismo sofre forte INTERFERÊNCIA
ESTATAL devido às características centralizadoras do Estado
Moderno. Enquanto prática econômica que visa à sustentação
e a riqueza do governo, o ACÚMULO DE METAIS PRECIOSOS é
sinônimo de riqueza nacional.
Para atingir a acumulação de metais preciosos, é adotada a
política da BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL, isto é, manter
os índices de exportação maiores que os de importação
(exportação = entrada de recursos; importação = saída de
recursos). Para que isso acontecesse, políticas pautadas no
PROTECIONISMO da economia nacional visavam dificultar o
acesso a produto importado (taxas alfandegárias).
Os novos territórios e os mercados atingidos pela expansão
marítima sofrerão, também, a interferência estatal, por meio
do SISTEMA COLONIAL que garante a exclusividade da
exploração de mercados e matérias-primas por parte do Figura://mestresdahistoria.blogspot.com/2012/06/confira-uma-lista-de-exercicios-sobre-o.html

estado absolutista.

PRA LEMBRAR: CARACTERÍSTICAS DO MERCANTILISMO


o INTERFERÊNCIA ESTATAL o PROTECIONISMO
o ACÚMULO DE METAIS PRECIOSOS o BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL
o SISTEMA COLONIAL

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O SISTEMA COLONIAL
O conjunto de práticas protecionistas e intervencionistas nos novos territórios coloniais é denominado de
sistema colonial. A colônia era tida como fornecedora de matérias-primas, visando a complementar a
economia da metrópole por meio do pacto colonial.
A formação dos impérios coloniais era costurada com pesada carga tributária e o impedimento do
desenvolvimento autônomo da colônia.

A ORGANIZAÇÃO COLONIAL PODE SER DIVIDIDA EM DOIS MODELOS DISTINTOS:


a) COLÔNIAS DE POVOAMENTO
O caso clássico de colônias de povoamento diz respeito à Inglaterra e às Treze
Colônias da América do Norte.
SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS SÃO:
- economia autônoma e autossuficiente;
- agricultura policultora e organizada em minifúndios;
- produção manufatureira e comercial voltada, também, ao mercado interno;
- mão de obra livre baseada no trabalho familiar;
- política independente da metrópole.

b) COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO
A América Latina foi colonizada, em sua maioria
territorial, pela Espanha, e por Portugal pelo
modelo da exploração.
DESTACAM-SE, ENTRE SUAS CARACTERÍSTICAS:
Figura://www.coladaweb.com/historia/treze- - economia dependente e complementar à
colonias-dos-eua
metrópole;
- agricultura monocultora e latifundiária (“plantation”);
- domínio político pela metrópole.
Figura://achistorico.blogspot.com/2016/09/mapas-antigos-do-
brasil.html

TIPOS DE MERCANTILISMO
IMPORTANTE
As características de cada nação absolutista e suas especificidades vão influir na maneira de
como as políticas mercantilistas serão aplicadas.
Portanto, é correto afirmar que o mercantilismo não foi um modelo único aplicado nas várias
regiões da Europa.
ESPANHA / BULIONISMO: acúmulo de ouro e de prata por meio das fartas minas de ouro e
de prata da América. Projeto iniciado com o rei FELIPE II, transformando a Espanha na nação
mais rica da Europa.

PORTUGAL / COLONIALISMO: o comércio metrópole–colônias gerava lucros necessários


para a acumulação de metais preciosos, o que salientava a dependência da metrópole com a
colônia. Dessa forma, a colônia estava totalmente submetida e duplamente enriquecia à
metrópole.
INGLATERRA / COMERCIALISMO: as ideias mercantilistas começaram a ser aplicadas durante
a dinastia TUDOR, especialmente no reinado de ELISABETH I, época áurea do Absolutismo.
Assim, práticas de pirataria e de corso aliadas ao desenvolvimento da indústria naval atingem
seu ápice, nos Atos de Navegação, em 1651 (República Puritana – Cromwell).

FRANÇA / INDUSTRIALISMO: a partir do ministério de Colbert (Luís XIV), inicia o


desenvolvimento de manufaturas de luxo voltadas à exportação (móveis, joias, etc.). Com a
intervenção do Estado na economia, o governo protegeu o comércio exterior, taxou as
importações e diminuiu os impostos sobre as exportações, incentivando as manufaturas
francesas.

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HOLANDA / FINANCEIRO: avançadas técnicas de comércio, aliadas a um complexo sistema de
crédito (bancos), tornam a Holanda a maior potência comercial europeia, no século XVII. Um
dos fatores que explica esse alto grau de desenvolvimento é a liberdade religiosa alcançada
devido à Reforma Protestante.

ALEMANHA / CAMERALISMO: as várias regiões que compunham a fragmentada Alemanha e a


falta de um governo centralizado que organizasse a economia levou as cidades a unirem-se em
“Ligas de Cidades” (descendentes das hansas) para monopolizar e controlar o comércio
regional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, José Jobson de; PILETTI, Nelson. Toda a História: História geral e história do Brasil. 6. ed. São Paulo:
Ática, 1996.

COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 1, 2. ed. São Paulo: Ftd, 2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 2, 2. ed. São Paulo: Ftd, 2015.

JÚNIOR, Alfredo Boulos. 360° História sociedade & cidadania. Volume 3, 2. ed. São Paulo: Ftd, 2015.

WRIGHT, Edmund; LAW, Jonathan. Dicionário de História do Mundo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

QUESTÕES
1. (UFRGS 2011) A chegada de Cristóvão Colombo ao continente americano, em 1492, a serviço da Espanha,
é um fato significativo na História. Considere as afirmações abaixo, a respeito dos fatores que possibilitaram
a viagem de Cristóvão Colombo em 1492.
I – Esta viagem constituiu-se em um desdobramento da expansão portuguesa iniciada no século XV.
II – Esta viagem foi resultado dos esforças conjuntos de Espanha e de Portugal nas navegações.
III – Cristóvão Colombo valeu-se dos conhecimentos náuticos e cartográficos dos portugueses para
empreender suas viagens.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

2. (UFRGS 2009) A partir da segunda metade do século XV, a Europa Ocidental encaminha-se para um
período de desenvolvimento econômico. Sobre tal prosperidade, considere as seguintes afirmações.
I – Ao longo do século XVI, a Espanha se beneficiou das riquezas trazidas da América, fenômeno que
contribuiu para a acumulação primitiva de capital na Europa.
II – Com o surgimento de novas rotas comerciais, houve um deslocamento do eixo econômico, do
Mediterrâneo para o Atlântico.
III - Visto que o comércio se tornou monopólio das regiões costeiras, certas regiões do Sacro Império, como a
Alsácia-Lorena, foram relegadas a um segundo plano.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
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e) I, II e III.

3. (Puc 2010 – Inverno) INSTRUÇÃO: Para responder à questão abaixo, considere o texto a seguir, de G. F.
Oviedo, historiador espanhol, publicado em 1555.
“O almirante Colombo encontrou, quando descobriu esta Ilha Hispaniola, um milhão de índios e índias (…)
dos quais (…) não creio que estejam vivos no presente ano de 1535, quinhentos. (…) Alguns fizeram esses
índios trabalhar excessivamente. Outros não lhes deram nada para comer (…). Além disso, as pessoas dessa
região são naturalmente tão inúteis, corruptas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má
condição, mentirosas, sem constância e firmeza (…). Vários índios, por prazer e passatempo, deixam-se
morrer por veneno para não trabalhar. (…) eu acreditaria antes que Nosso Senhor permitiu, devido aos
grandes, enormes e abomináveis pecados dessas pessoas selvagens, rústicas e animalescas, que fossem
eliminadas e banidas da superfície terrestre”
(Apud ROMANO, Ruggiero. Mecanismos da conquista colonial. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 76).
Considerando o contexto histórico, pode-se afirmar que Oviedo expressa uma das visões sobre os povos
americanos típicas de sua época, marcadas pelo:

a) evolucionismo.
b) experimentalismo.
c) fisiocratismo.
d) europocentrismo.
e) naturalismo.

4. (Ucs 2010 – Inverno) Ao longo dos séculos XV e XVI, os europeus, representados principalmente pelos
portugueses e espanhóis, deram início à Era das Grandes Navegações, quando se lançaram aos oceanos
Pacífico, Índico e Atlântico. A partir das Grandes Navegações, teve início a colonização da América por
espanhóis e portugueses. Assinale a alternativa que apresenta corretamente as características do período
conhecido como Era das Grandes Navegações.

a) As conquistas ultramarinas deslocaram o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, livrando a


Europa da dependência dos mercadores e intermediários muçulmanos.
b) No plano das relações econômicas, deu-se início à política mercantilista, que procurava alcançar uma
balança mais ou menos equilibrada, tratando de pagar com metais preciosos os produtos importados.
c) O tráfico e a escravidão indígena atendiam às exigências do sistema colonial português e espanhol, no
Novo Mundo, e do mercantilismo, pois proporcionavam acúmulo de capitais para a metrópole.
d) O pacto colonial caracterizava-se pela policultura, em que a unidade de produção era a pequena
propriedade da terra; o esforço e a acumulação passaram a ser as normas de conduta social solicitada pelas
metrópoles.
e) A assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494) representou a união entre a Igreja e a expansão marítima
liderada por Inglaterra, Portugal, França e Espanha, o acesso ao monopólio dos metais preciosos e às
especiarias orientais e a criação das ordens missionárias do Oriente.

5. (Ucs 2010 – Verão) Considere as seguintes afirmativas sobre semelhanças e diferenças da escravidão na
Antiguidade e na Idade Moderna.
I - Tanto na Antiguidade como na Idade Moderna, a escravidão era uma forma de trabalho compulsório; o
proprietário de um escravo podia dele dispor como se fosse um objeto que poderia ser comprado, vendido e
mesmo destruído. Foi uma forma de trabalho largamente utilizada para tarefas pesadas e para os trabalhos
que, de uma maneira geral, os homens livres se recusavam a realizar.
II - Tanto na Antiguidade como na Idade Moderna, foi comum a escravidão por dívidas e a submissão de
povos derrotados em guerra.
III - Na Idade Moderna, a escravidão esteve associada aos desdobramentos das Grandes Navegações, que
levaram à ocupação e à valorização econômica de terras recém descobertas.

Em muitas dessas áreas, os nativos foram submetidos à escravidão e as populações negras da África
entraram nesse circuito. Das afirmativas acima, pode-se dizer que:
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a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) I e III estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.

6. Assinale a alternativa que identifica as principais características da política econômica adotada pela
Espanha na administração de seus domínios na América.
a) metalismo - balança comercial favorável - escambo
b) balança comercial favorável - colonialismo - escambo
c) metalismo - colonialismo - monopólio comercial
d) livre comércio - industrialismo - colonialismo
e) balança comercial favorável - escambo –industrialismo

7. O Mercantilismo foi um conjunto de teorias e práticas econômicas, surgidas na Europa a partir do século
XV, as quais tinham o objetivo de fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transição do Feudalismo para o
Capitalismo. Das afirmativas abaixo, assinale aquela que NÃO apresenta uma característica do
Mercantilismo:

a) Metalismo: entesouramento de moedas, derivado da tese de que quanto maior fosse a quantidade de
metais acumulados, mais rico seria o país.
b) Balança comercial favorável: manutenção da balança comercial em superavit, exportando mais e
importando menos.
c) Protecionismo alfandegário: manutenção de taxas alfandegárias elevadas para desestimular as
importações.
d) Defesa da produção nacional: incentivo à produção nacional, sobretudo de artigos que concorriam
vantajosamente no mercado internacional.
e) Liberalismo econômico: a não intervenção do Estado na economia, que deveria ser dirigida pelo livre jogo
da oferta e da procura do mercado (laissez faire).

8. O mercantilismo foi um conjunto de teorias e práticas de intervenção econômica, surgido na Europa a


partir do século XV, quando da transição do Fudalismo para o Capitalismo. Analise, quanto à sua veracidade
(V) ou falsidade (F), as proposições abaixo, sobre as características do Mercantilismo.
( ) Metalismo é a prática econômica caracterizada pelo entesouramento de moedas, proveniente da
idéia de que quanto maior fosse a quantidade de metais acumulados, mais rico seria o país.
( ) A defesa da produção nacional tem como característica o incentivo aos produtos nacionais,
sobretudo aos itens que concorriam no mercado internacional.
( ) Para que as ideias mercantilistas fossem colocadas em prática, era imprescindível a liberdade
econômica, daí a não intervenção do Estado na economia.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo:
a) V – V – F
b) V – V – V
c) F – F – V
d) V – F – F
e) F – V – F

9. INSTRUÇÃO: Responder à questão 5, sobre a prática econômica mercantilista, relacionando a coluna da


esquerda com a coluna da direita.
Coluna A
1. França.
2. Espanha.
3. Inglaterra.
4. Províncias Unidas.
5. Alemanha.
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Coluna B
( ) Metalismo - A metrópole buscava conquistar colônias fornecedoras de metais, visto que, para os
metalistas, a riqueza nacional era indicada pelo nível de reservas de metal acumulado.
( ) Mercantilismo Industrial - Desenvolveu manufaturas de luxo, para atender ao sofisticado mercado da
Espanha, e expandiu suas companhias de comércio e a construção naval.
( ) Mercantilismo Comercial - Tinha como prática comprar barato e vender caro, ganhar no frete,
estimular a construção naval e formar companhias de comércio.
( ) Mercantilismo Cameralista - Na falta de um Estado para conduzir a política econômica, as ligas das
cidades mercantis se organizaram para proteger seu comércio marítimo, agindo como intermediárias
sobretudo no comércio de cereais da Europa Oriental para o Ocidente.
( ) Mercantilismo Comercial e Industrial - O país ampliou sua indústria naval e assumiu quase todo o
tráfico marítimo internacional no século XVI, formando poderosas companhias de comércio e erguendo um
centro financeiro.
Associando-se corretamente cada país da coluna da esquerda com a modalidade mercantilista por ele
praticada, obtém-se, de cima para baixo, a sequência:
a) 2 - 3 - 4 - 5 – 1.
b) 1 - 4 - 2 - 3 – 5.
c) 2 - 1 - 3 - 5 – 4.
d) 2 - 5 - 4 - 3 – 1.
e) 2 - 1 - 5 - 3 – 4.

10. Entre os séculos XVI e XVII, a economia europeia foi marcada pelo mercantilismo, que correspondeu a:
a) uma prática econômica baseada no livre comércio entre os povos e na defesa da economia colonial.
b) uma doutrina econômica defensora do protecionismo e da não intervenção do Estado na economia.
c) uma prática econômica baseada no liberalismo alfandegário como forma de atingir uma balança comercial
favorável.
d) um conjunto de ideias econômicas baseadas na proibição de práticas protecionistas e monopolistas
comerciais.
e) um conjunto de ideias e práticas econômicas baseado no protecionismo e na intervenção do Estado na
economia.

11. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos
afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a
manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre
importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento
de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do Oriente Próximo
tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos
escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras.

12. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV.
Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente...
a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da
América.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.

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PROF.MAX DANTAS
18 – EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA - MERCANTILISMO
13. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos
grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz
respeito a esses descobrimentos.
1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circum-navegação da Terra, iniciada em 1519, por Fernão
de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias.

Estão corretos apenas os itens:


a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.

14. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a ideia de
"império ultramarino" significando:
a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do
capital mercantil;
b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as
demais áreas do "império" para estabelecer as ideias de liberdade comercial;
c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre
circulação dos indivíduos;
d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados
no interior desse "império";
e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade.

15. (Cesgranrio) Foram inúmeras as consequências da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma
radical transformação no panorama da história da humanidade.
Sobressai como UMA importante consequência:
a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil.
b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico.
c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e
pedras preciosas.
d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável.
e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa.

16. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A
Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros "andou atrás" de Portugal.
Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas, EXCETO:
a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz.
b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à
empreitada expansionista.
c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres.
d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses.
e) o incentivo governamental à expansão.

17. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu, dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante
papel, chegando a exercer, durante algum tempo, a supremacia comercial na Europa. Todavia, "em meio da
aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para
alguns particulares (...)"
(Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180)
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18 – EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA - MERCANTILISMO

Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que:


a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola,
diminuição da mão de obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a
economia nacional que ficou carente de capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português, no século XV, levou ao escoamento dos lucros para
a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal.
e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro
redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI.

18. (Mackenzie) "Valeu a pena? Tudo vale a pena


Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu".
(Fernando Pessoa)
O significado de "passar além do Bojador", nas primeiras décadas do século XV, é:
a) ultrapassar a "barreira" que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar sem o perigo de
ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné.
b) Conquistar Ceuta e encontrar o "Eldorado", lendária terra repleta de prazeres e de riquezas, superando os
mitos vinculados ao longo da Idade Média.
c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola responsável por abastecer o
mercado oriental de produtos de luxo.
d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestades marítimas e o "mar tenebroso" das ilhas
da América Central.
e) "Dobrar" o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos e lendas
sobre a existência do "Paraíso" ou "Éden".

19. (Pucmg) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV e XVI, gerou uma autêntica "Revolução
Comercial", caracterizada por... EXCETO:
a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha.
c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias.
d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos.

20. (Pucmg) Os descobrimentos dos Tempos Modernos constituíram-se num desdobramento da Expansão
Ultramarina. Nesse contexto, a América era, EXCETO:
a) o filho esperado que permitia aos ibéricos formalizar seus sonhos.
b) propriedade dos reis ibéricos, por direito divino, antes mesmo de ser descoberta.
c) uma oportunidade para os ibéricos transplantarem seus valores culturais.
d) um desafio para os ibéricos transformarem as suas visões imagéticas em realidade.
e) o Paraíso que se identificava com os valores de igualdade e liberdade dos ibéricos.

GABARITO:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C D D A C C E A C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A A A D A B B A C E

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