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HISTÓRIA

Idade Moderna

SISTEMADEENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Idade Moderna
Daniel Vasconcellos

S UMÁRIo
1. Idade Moderna ...............................................................................................................................................................4
1.1. O Renascimento Cultural e Comercial ..........................................................................................................4
1.1.1. Renascimento Comercial e Urbano .............................................................................................................4
1.1.2. Renascimento Cultural......................................................................................................................................8
1.2. O Absolutismo Monárquico .............................................................................................................................14
1.3. A Reforma e a Contra-Reforma.......................................................................................................................17
1.3.1. A Reforma Luterana ..........................................................................................................................................17
1.3.2. A Reforma Calvinista........................................................................................................................................19
1.3.3. A Reforma Anglicana ......................................................................................................................................20
1.3.4. A Contrarreforma Católica............................................................................................................................21
4. As Grandes Navegações no Século XV: Partilha de Terras Coloniais, Economia
Mercantil e Regime de Monopólios, Fortalecimento da Burguesia Mercantil..........................22
1.4.1. O Pioneirismo Português..............................................................................................................................25
1.4.2. Expansão Marítima Espanhola .................................................................................................................26
1.4.3. As Práticas Mercantilistas .........................................................................................................................28
5. O Tráfico Atlântico, a Escravidão Africana e a Diáspora dos Povos Africanos ................30
6.A América antes dos Europeus: Populações Nativas, Organização Social e Cultural .34
1.6.1. Populações Nativas do Brasil ....................................................................................................................34
1.6.2. Incas, Maias e Astecas ..................................................................................................................................38
1.7. Iluminismo e Revolução Francesa ..............................................................................................................43
1.7.1. Iluminismo .............................................................................................................................................................43
1.7.2. A Revolução Francesa ...................................................................................................................................47
Resumo ............................................................................................................................................................................... 52
Mapas Mentais ...............................................................................................................................................................54
Questões Comentadas em Aula............................................................................................................................ 58
Exercícios ........................................................................................................................................................................... 67
Gabarito .............................................................................................................................................................................. 82
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................83

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1.IDADE MODERNA
A Idade Moderna se inicia em 1453, com a queda de Constantinopla para os turcos. O que
nos interessa, nesse primeiro momento, é entender que a Idade Moderna se apresenta como
uma transição do mundo feudal para o mundo capitalista. Essa transição se deu num processo
em que ocorreram inúmeras transformações sociais, econômicas, políticas e religiosas.
O renascimento comercial e urbano criou cidades de grande importância (Gênova, Veneza,
Florença) e a vida urbana, de necessária praticidade nas relações mercantis, possibilitou con-
tato com outras culturas, outras formas de se ver o mundo. Nesse sentido, o contato cultural
com muçulmanos e outros mercadores do norte da África e Oriente Médio, promoveu uma re-
visão dos valores europeus. É nesse contexto que a Igreja Católica começa a ser questionada,
como veremos nas Reformas Religiosas do período.
Portugal e Espanha, por terem sido os primeiros a se formarem como estados-nação, de-
senvolveram tecnologias de navegação e partiram para a expansão marítima. Daí surgiu um
processo de colonização da América, África e Ásia que, de sua parte, fez surgir um novo con-
junto de práticas econômicas chamada de mercantilismo.
A burguesia, ainda mais enriquecida com o mercantilismo, passou a exigir o fim dos privilé-
gios da nobreza e propagar seus ideais através de pensadores iluministas. Essas ideias encon-
traram ressonância na Inglaterra, onde ocorreram as Revoluções Inglesas (Puritana, Gloriosa e
Industrial), na França (Revolução Francesa) e no continente americano, com a Independência
dos Estados Unidos e de outras nações da América Latina. No Brasil, o iluminismo inspirou
movimentos separatistas como a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e
a Insurreição Pernambucana (1817).
Eis, meu(minha) querido(a), um breve panorama do que iremos estudar sobre a Idade Moderna.
Note que todos os conteúdos estão conectados. Daí a importância de que percebamos a história
como um processo. Isso vai facilitar muito sua capacidade de interpretar as questões da banca.

1. O R ENAsCIMENTO CuLTuRAL E COMERCIAL


Querido(a), como há de concordar comigo, melhor seria se tratássemos desse contexto his-
tórico com a nomenclatura “renascimentos”, tendo em vista a ligação indissociável entre a re-
tomada do comércio, o surgimento de cidades e o movimento cultural que erigiu no século XIV.

1. R ENAsCIMENTO COMERCIAL E u RBANO


Ao longo da baixa idade média, camponeses começaram a montar feiras de fim de semana
nos arredores dos castelos dos feudos para negociar parte excedente de sua produção. Essas
feiras, com o passar do tempo, deixaram de ser dominicais e passaram a ser fixas, formando
um povoado urbano que se convencionou chamar por “burgo”. Aquele que habita o burgo, o

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comerciante, é o burguês. Com o aumento da demanda por produtos diferenciados, houve a


necessidade de buscá-los em áreas afastadas do burgo de origem, promovendo maior integra-
ção entre as regiões da Europa.
Esse movimento resultou no crescimento das cidades, fazendo com que algumas delas
chegassem a um número significativo de habitantes. Além disso, o crescimento urbano in-
fluenciou e foi influenciado pelo renascimento comercial, que implicou na ampliação da circu-
lação de mercadorias e a retomada na utilização da moeda, por exemplo.
O crescimento do comércio e das cidades durante a Idade Média só foi possível porque a
disponibilidade de alimento aumentou a ponto de permitir o aumento populacional.
Melhores técnicas de arado, plantio e descanso do solo garantiram um aumento considerável
na produ- ção de alimentos. Isso permitiu que a população europeia aumentasse e chegasse a
cerca de 22 milhões de habitantes por volta do ano 1000. Esse crescimento garantiu o
desenvolvimen- to de muitas cidades na Europa, sendo Paris, com 200 mil habitantes, a maior
delas. Outras cidades importantes, por exemplo, foram Florença, Veneza, Londres e
Barcelona.

001. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Entre as transformações


históricas ocorridas na sociedade medieval europeia no período conhecido como Baixa Idade
Média (do século XI ao século XV) tem-se:
a)O surgimento das primeiras Cruzadas, a implementação das relações de suserania e vassa-
lagem e o início do feudalismo.
b)As invasões bárbaras que aceleraram a formação de feudos, a instituição do trabalho servil e
a pandemia conhecida como Peste Negra.
c)O fim do Império Bizantino, a criação das primeiras corporações de ofício e o auge da expan-
são marítimo-comercial europeia.
d)O aumento da produtividade agrícola graças a novas técnicas de cultivo, o crescimento ur-
bano favorecendo a formação de burgos e o aumento da exploração dos camponeses.
e)O fortalecimento da Igreja Católica, a expansão do Império Carolíngio e a implantação das
moedas nacionais.

a) Errada. O feudalismo começou a se formar na Alta Idade Média.


b) Errada. As invasões bárbaras começaram no início da Idade Média.
c) Errada. O auge da expansão marítimo-comercial se dá na Idade Moderna.

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d)Certa. Como vimos, novas tecnologias foram aplicadas à agricultura de modo tal que au-
mentou a produtividade, permitindo um excedente de produção que alavancou a atividade co-
mercial e o surgimento dos burgos.
e) Errada. A expansão do Império Carolíngio se dá na Alta Idade Média.
Letra d.

Além das cidades, o comércio na Europa fortaleceu-se a partir da Baixa Idade Média e
proporcionou uma série de mudanças, como o estabelecimento de uma nova classe social, a
criação de colônias sob a esfera de influência de cidades italianas e o uso da moeda. O
aumen- to na produção agrícola foi o ponto de partida que deu força ao comércio europeu, pois
o que sobrava dela passou a ser comercializado.
O primeiro destaque a respeito do comércio é que o seu crescimento permitiu a sua sedentari-
zação. Isso porque essa atividade itinerante, a princípio, trazia muitos riscos e custos. As estradas
eram ruins e perigosas, e existiam locais que cobravam impostos pesados dos comerciantes.
Na medida em que as cidades cresciam, uma demanda contínua por diferentes mercado-
rias dava possibilidade para que os comerciantes se fixassem nos arredores da cidade. Eles
vendiam itens de luxo, itens essenciais para o estilo de vida urbano e também itens básicos
para a sobrevivência, como alimento.
Muitos comerciantes preferiam seguir a vida itinerante por meio da navegação fluvial. Não
obstante, o crescimento do comércio e a localização geográfica de muitas cidades contribuí-
ram para que muitos outros investissem em rotas marítimas. A abertura do comércio oriental,
por meio das Cruzadas, garantiu acesso a mercadorias de luxo e intensificou o enriquecimento
da classe mercantil das cidades italianas.

Cruzada é um termo utilizado para designar qualquer dos movimentos militares de inspiração
cristã que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa e à cidade de Jerusalém com
o intuito de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão. Além disso, foram incen-
tivadas para diminuir a pressão demográfica sobre a Europa e conquistar novas terras para a
nobreza, tendo em vista que estavam todas distribuídas apesar do aumento da população nobre.

O comércio marítimo ficou marcado pelo desenvolvimento de dois grandes polos comer-
ciais. Ao sul da Europa, na região mediterrânea, o domínio era dos italianos; ao norte da Eu-
ropa, por sua vez, o domínio era da Liga Hanseática, uma aliança de cidades mercantis que
surgiu na Alemanha e estabeleceu rotas que ligavam Londres a Novgorod (na Rússia).
Os comerciantes italianos e da Liga Hanseática encontravam-se nas feiras de Champagne,
que aconteciam em quatro locais diferentes da França. Cada local abrigava-a por um período
determinado, sendo que Lagny recebia-a em janeiro e fevereiro; Bar-sur-Aube, em março e abril;

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Provins, em maio e junho, e de setembro a novembro; e Troyes, em julho e agosto, e em novem-


bro e dezembro. Ainda existiam feiras em outros locais da Europa.
Havia também uma rota comercial que ligava os centros comerciais italianos a centros
comerciais importantes da Liga Hanseática instalados na Inglaterra e na Bélgica. O comércio
europeu também abriu mercados no Oriente, como a região do Levante, e chegou até à
região da Rus Kievana, nas atuais Ucrânia e Rússia.
O desenvolvimento do comércio encareceu as mercadorias. Esse fenômeno foi
registrado pelos historiadores e acontecia de maneira muito mais agressiva nos períodos de
escassez. O historiador Hilário Franco Júnior analisa que a crise de alimentos que atingiu a
Europa no co- meço do século XIV, por exemplo, fez com que o preço do trigo passasse de 5
xelins, em 1313, para 40 xelins, em 1315.
Além disso, o crescimento comercial gerou a demanda pela cunhagem de moedas, que
passaram a ser largamente usadas a partir do século XIII.

002. (FGV/VESTIBULAR/2015) Analise o


mapa.

Considerando-se as informações do mapa e o processo histórico europeu do século XIV, é


correto afirmar que

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a)as rotas comerciais terrestres do leste da Europa em direção ao Oriente são mais numero-
sas e, portanto, tornam essa região a mais rica do continente na Alta Idade Média, pelo aumen-
to demográfico e pela expansão da agricultura.
b)as rotas comerciais, no mar Mediterrâneo, só enriquecem as cidades italianas e as cidades
do norte da África, já que as transações são dificultadas pelas diferentes moedas e pela ausên-
cia de meios de troca, caso das cartas de crédito.
c)o comércio se expande com o crescimento da população e da agricultura, o que desenvolve
as feiras e as cidades na Idade Moderna, especialmente no norte da África, pela facilidade dos
cheques, das letras de câmbio e do crédito.
d)as cidades da Liga Hanseática, entre o mar do Norte e o mar Báltico, aumentam a circulação
de mercadorias gerada pela redução tributária, porém trazem o seu isolamento em relação ao
restante dos mercados e feiras.
e)os três principais focos europeus de comércio na Baixa Idade Média são as cidades italia-
nas no Mediterrâneo, as feiras na região de Champagne e a Liga Hanseática no mar do Norte
e no Báltico, que mantêm comunicações entre si.

Querido(a), o renascimento comercial está diretamente ligado ao renascimento urbano, se ali-


mentavam. Como vimos, e também é possível constatar isso observando o mapa, as três prin-
cipais rotas comerciais tinham as cidades italianas do Mediterrâneo, a Liga Hanseática e as
feiras de Champagne como polos de troca de mercadorias.
Letra e.

1.1.2.R ENAsCIMENTO CuLTuRAL


O Renascimento Cultural foi um movimento que teve seu início na Itália no século XIV e
se estendeu pela Europa até o século XVI. Os artistas, escritores e pensadores renascentistas
expressavam em suas obras os valores, os ideais e uma nova visão do mundo, de uma socie-
dade que emergia da crise do período medieval. Na Idade Média, grande parte da produção
intelectual e artística estava ligada à Igreja. Já na Idade Moderna, a arte e o saber voltaram-se
para o mundo concreto, para a humanidade e a sua capacidade de transformar o mundo.
O movimento renascentista envolveu uma nova sociedade e, portanto, novas relações so-
ciais em seu cotidiano. A vida urbana passou a implicar um novo comportamento, pois o tra-
balho, a diversão, o tipo de moradia, os encontros nas ruas, implicavam por si só um novo com-
portamento dos homens. Isso significa que o Renascimento não foi um movimento de alguns
artistas, mas uma nova concepção de vida adotada por uma parcela da sociedade e que será
exaltada e difundida nas obras de arte.

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Além disso, a invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg, em 1439,
re- volucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o
mé- todo manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi
de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no
Renascimento. As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o
comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o
aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus
fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições
financeiras para investir na
produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos
artis- tas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo
fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre
as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres
encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu, dando origem a uma grande
quantidade de locais de produção artística. Cidades como Veneza, Florença e Gênova tiveram
um expressivo movimento artístico e intelectual. Alguns fatores permitiram que a Itália se tor-
nasse o berço do Renascimento Cultural, veja:
• Posição geográfica: permitiu o contato com outras culturas.
• Herança Romana: a arte e a arquitetura legadas pelo Império Romano fez com que os
italianos respirassem a arte clássica.
• Crescimento urbano e comercial, que já discutimos.

Apesar de recuperar os valores da cultura clássica, o Renascimento não foi uma cópia, pois
utilizava-se dos mesmos conceitos, mas, aplicados de uma nova maneira à uma nova realidade.
Assim como os gregos, os homens “modernos” valorizaram o antropocentrismo: “O homem é
a medida de todas as coisas”; o entendimento do mundo passava a ser feito a partir da impor-
tância do ser humano, o trabalho, as guerras, as transformações, os amores, as contradições hu-
manas tornaram-se objetos de preocupação, compreendidos como produto da ação do homem.
Uma outra característica marcante foi o racionalismo, isto é, a convicção de que tudo
pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência, a recusa em acreditar em qualquer
coisa que não tenha sido provada; dessa maneira o experimentalismo, a ciência,
conhece-
ram grande desenvolvimento.
O individualismo também foi um dos valores renascentistas e refletiu a emergência da bur-
guesia e de novas relações de trabalho. A ideia de que cada um é responsável pela condução
de sua vida, a possibilidade de fazer opções e de manifestar-se sobre diversos assuntos acen-
tuaram gradualmente o individualismo. É importante percebermos que essa característica não
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implica o isolamento do homem, que continua a viver em sociedade, em relação direta com
outros homens, mas na possibilidade que cada um tem de tomar decisões.
Foi acentuada a importância do estudo da natureza; o naturalismo aguçou o espírito de
observação do homem. O hedonismo representou o “culto ao prazer”, ou seja, a ideia de
que o homem pode produzir o belo, pode gerar uma obra apenas pelo prazer que isso possa
lhe proporcionar, rompendo com o pragmatismo.
O Universalismo foi uma das principais características do Renascimento e considera que
o homem deve desenvolver todas as áreas do saber; podemos dizer que Leonardo da Vinci é o
principal modelo de “homem universal”, matemático, físico, pintor e escultor, estudou inclusive
aspectos da biologia humana.
Por outro lado, o Humanismo foi um movimento literário de transição entre a Idade Média e
o Renascimento. Suas produções carregavam traços do movimento medieval em decadência
(o Trovadorismo) e do movimento moderno em ascensão (o Renascimento). Assim, é possível
verificar, nas obras literárias desse período, uma mescla do velho e do novo modo de pensar da
humanidade da época. O humanismo valoriza as características humanas e a natureza.

O PULO DO GATO
Caro(a) aluno(a), a maioria das questões que abordam o Renascimento Cultural busca do can-
didato o conhecimento acerca de suas características, seus valores. Nesse sentido, trago um
pequeno macete. Quanto aparecer uma questão sobre o Renascimento, a primeira coisa que
fará será anotar a palavra CARINHO na vertical e usar cada letra da palavra para se recordar
desses valores. Veja:
C lacissimo
A ntropocentrismo
R acionalismo
I – ndividualismo
N aturalismo
H umanismo/ hedonismo
O timismo

Querido(a), outro pequeno “macete”, caso não consiga se recordar de nenhum dos artistas
ou escritores que listarei, é se recordar das “4 Tartarugas Ninjas”: Rafael, Donatelo, Michelan-
gelo e Leonardo. Mas, como sei que é melhor contar com os estudos do que com os macetes,
veja a lista dos principais representantes do Renascimento Cultural:
• Giotto di Bondone (1266-1337) – pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Re-
nascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.
• Fra Angelico (1395 – 1455). Pintor da fase inicial do Renascimento. Pintou iluminuras, alta-
res e afrescos. Obras principais: O coração da Virgem, A Anunciação e Adoração dos Magos.

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• Michelangelo Buonarroti (1475-1564). Destacou-se em arquitetura, pintura e escultura. Obras


principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida).
• Rafael Sanzio (1483-1520). Pintou várias madonas (representações da Virgem Maria
com o menino Jesus). Também a conhecida Deposição da Cruz e a Escola de Atenas
entre outros.
• Leonardo da Vinci (1452-1519). Conhecido como o principal representante do movimento,
foi pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor etc. Uma de suas celebres frases
pode resumir o ideal do Renascimento: “O Homem é o modelo do Mundo”. Um desenho,
também muito conhecido, é o Homem Vitruviano. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia.
• Sandro Botticelli (1445-1510). Pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos.
Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera.
• Tintoretto (1518-1594). Importante pintor veneziano da fase final do Renascimento.
Obras principais: O Paraíso e Última Ceia.
• Veronese (1528-1588). Nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Re-
nascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto.
• Ticiano (1488-1576). O mais importante pintor da Escola de Veneza do Renascimento
Italiano. Sua grande obra foi O imperador Carlos V em Muhlberg de 1548.
• Giorgio Vasari (1511-1574). Além de pintor foi um importante biógrafo da vida de vários
artistas renascentistas. Entre suas obras principais, podemos citar: Adoração dos ma-
gos e Perseu e Andrômeda.

Renascimento Cultural em outras regiões da Europa:


• Holanda (Países Baixos): Erasmo de Roterdã foi um dos principais representantes da
filosofia e literatura renascentista nos Países Baixos. Humanista e fervoroso crítico so-
cial, sua principal obra foi Elogio da loucura. Defendeu a tolerância, a liberdade de
pensa- mento e uma teologia baseada exclusivamente nos Evangelhos. Já no campo
das artes plásticas, podemos destacar o pintor holandês Jan Van Eyck, cuja obra
principal e mais conhecida é O Casal Arnolfini.
• Espanha: Na literatura podemos destacar o escritor Miguel de Cervantes, autor da co-
nhecida obra Dom Quixote de la Mancha. Nas artes plásticas, destaca-se o pintor El
Gre- co, autor de A Ascensão da Virgem, Adoração dos reis magos, El Expolio, entre
outras.
• França: no campo da literatura renascentista francesa, podemos destacar o escritor e
padre François Rabelais, autor da série de romances Gargântua e Pantagruel. Outro im-
portante escritor renascentista francês foi o filósofo Montaigne, autor de Ensaios.
• Inglaterra: William Shakespeare foi o grande destaque da literatura inglesa renascen-
tista. Considerado também um dos maiores escritores de todos os tempos, é autor de
muitas obras famosas como, por exemplo, Romeu e Julieta, O Mercador de Veneza, O
Rei Lear e Macbeth etc.
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Além do Renascimento Cultural, fala-se também do Renascimento Científico. Assim, pode-


mos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este
defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no
centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de
construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia
de que a Terra girava em torno do Sol. Esta afirmação fez com que Galilei fosse perseguido,
preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como
sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira.
O movimento de difusão do Renascimento coincidiu com a decadência do Renascimento
Italiano, motivado pela crise econômica das cidades, provocada pela perda do monopólio so-
bre o comércio de especiarias.
A mudança do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico, graças às Grandes Nave-
gações, determinou a decadência italiana e ao mesmo tempo impulsionou o desenvolvimento
dos demais países, promovendo reflexos na produção cultural
Outro fator fundamental para a crise do Renascimento italiano foi a Reforma Religiosa
e principalmente a Contrarreforma. Toda a polêmica que se desenvolveu pelo embate
religioso fez com que a religião voltasse a ocupar o principal espaço da vida humana; além
disso, a Igre- ja Católica desenvolveu um grande movimento de repressão, apoiado na
publicação do INDEX e na retomada da Inquisição que atingiu todo indivíduo que de alguma
forma de opusesse a Igreja. Como o movimento protestante não existiu na Itália, a repressão
recaiu sobre os intelec- tuais e artistas do renascimento.

003. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROFESSOR ADJUNTO II/ÁREA:


HISTÓRIA/2016)
Considere as figuras abaixo.

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Figura 1

Escultura de Policleto conhecida como Doríforo (ou homem que carrega a lança, século V
a.C.) Os artistas gregos do período clássico procuravam transmitir em suas esculturas valores
como ordem, equilíbrio, harmonia, simplicidade.
Figura 2

Além da beleza única de suas proporções, David, esculpido em mármore por Michelangelo, é
portador de um importante significado para a compreensão do Renascimento. Michelangelo o
idealizou tendo em mente o personagem bíblico que venceu o gigante Golias em um combate
entre a inteligência e a força bruta. Desta maneira, o artista expressa o humanismo renascen-
tista como uma vitória da razão sobre as forças cegas da natureza.
(In: AZEVEDO, Gislene; SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo: Ática, 2005. p. 56 e
135)

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Uma comparação entre as figuras acima permite afirmar que


a)os princípios do racionalismo e do humanismo, presentes nas obras de artes renascentis-
tas, tiveram sua origem na teologia medieval, que defendia a independência da razão perante
o mundo espiritual.
b)as principais características do Renascimento foram: romantismo, espírito crítico em re- lação
à política, adoção de temas de inspiração exclusivamente naturalista, evidenciando a
preocupação com o homem.
c)o contraste entre a arquitetura medieval, que pregava a humildade cristã, e a renascentista,
que proclamava a dignidade do homem, aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas
demais atividades religiosas decorrentes do humanismo.
d)o fenômeno marcante da cultura renascentista, baseada no modelo da civilização grega, foi
seu caráter universalista, sendo o deísmo um dos ideais almejados, pois dava acesso à sabe-
doria e à santidade.
e)os humanistas do Renascimento reataram o elo perdido durante a Idade Média com o antigo
mundo grego. Daí fizeram renascer os ideais da arte que colocavam na figura humana a mais
bela criação de Deus.

A alternativa “e” destaca três valores do Renascimento Cultural: humanismo, classicismo e


antropocentrismo.
Letra e.

1.2.OA BsOLuTIsMO M ONÁRQuICO


Absolutismo foi uma forma de governo muito comum na Europa entre os séculos XVI e XIX
e defendeu a teoria do poder absoluto do rei sobre toda a nação. O poder dos reis durante a
Idade Média era considerado limitado em comparação com o período absolutista, pois havia
muita fragmentação política e a influência do rei dependia de uma relação de vassalagem, na
qual a troca de favores entre reis e nobres garantia o poder real.
À medida em que as nações modernas se estruturavam, principalmente Inglaterra, França
e Espanha, e que o comércio ressurgia na Europa, uma nova classe social emergia com grande
poderio econômico: a burguesia. Para a burguesia, a fragmentação política e econômica exis-
tente desde a Idade Média não era interessante, pois afetava seus negócios, principalmente
por causa das diferenças de moeda e impostos existentes de uma província para outra (mes-
mo em províncias do mesmo reino, havia essas diferenças de moeda e impostos).
A nobreza, por sua vez, via com bons olhos a concentração do poder na figura do monarca
como forma de garantir o controle das terras que possuía. Assim, a concentração do poder nas
mãos do rei era uma demanda da burguesia em ascensão e também da nobreza.

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Com o poder concentrado no rei, cabia a ele a criação de impostos, determinação e imposi-
ção das leis, garantir a segurança do reino, sufocar rebeliões e revoltas e impedir invasões e ata-
ques estrangeiros. Para que isso acontecesse de forma eficiente, foi criada toda uma estrutura
administrativa para auxiliar os reis em suas várias obrigações. Com a formação dos Estados
Nacionais – as nações –, o rei determinava a imposição de moeda e idioma único para toda a
nação, eliminando as diferenças que restringiam a atuação da crescente classe mercantil.
Como a economia das nações cresceu e fortaleceu-se, foi necessário garantir a proteção
da produção nacional. Assim, foram criados impostos alfandegários, ou seja, impostos para
produtos que eram produzidos em outros países. Com o poder concentrado em suas mãos e o
crescimento da arrecadação, já que inúmeros impostos foram criados e não tinham atravessa-
dores, o rei pôde formar um exército especializado e permanente para defender o reino.
Como o poder real possuía grande respaldo, que partia tanto da ascendente burguesia
quanto das elites nobres, surgiu uma série de intelectuais, tais como Nicolau Maquiavel, Tho-
mas Hobbes, Jacques Bossuet, Jean Bodin, entre outros, para ressaltar a legitimidade do poder
absoluto do rei. A crítica ao absolutismo surgiu a partir da popularização dos ideais iluministas a
partir do século XVIII.
Veja um resumo das principais ideias desses teóricos do Absolutismo:
• Nicolau Maquiavel (1469 – 1527): Ficou conhecido principalmente pelas suas frases
simbólicas para retratar o governo ideal. Ele defendeu que o Estado, para atingir os seus
objetivos, não deveria medir esforços. Uma das alternativas para construir um governo
forte seria a separação entre moral e política, uma vez que as razões do Estado deve-
riam ser superiores a quaisquer valores culturais e sociais da nação. Maquiavel elaborou
a tese de que o Príncipe (Líder político) deveria aprender a ser mau para conseguir man-
ter o poder e, além disso, defendeu um governo em que os indivíduos eram vistos como
súditos, que deveriam apenas cumprir ordens. “Melhor ser temido que amado”.
• Thomas Hobbes (1588 – 1679): Foi um dos teóricos mais radicais do absolutismo. Ele
defendeu a tese de que “o homem era o lobo do homem”, afirmando que os seres hu-
manos nasciam ruins e egoístas por natureza. Esse pessimismo perante a humanidade
levou o teórico inglês a propor um pacto político em que as pessoas conseguiriam con-
quistar paz e felicidade. Esse pacto dizia que, para a humanidade viver em harmonia,
deveria abdicar de seus direitos e os transferir a um soberano cujo papel era conter
o ímpeto do homem em seu estado de natureza. Dessa forma, Hobbes legitimou a exis-
tência do poder real afirmando que era através dele que as pessoas não viveriam em um
cenário de caos e guerra.
• Jacques Bossuet (1627 – 1704): Foi o teórico responsável por envolver política e reli-
gião em sua tese. Ele partiu do pressuposto que o poder real era também o poder
divino, pois os monarcas eram representantes de Deus na Terra. Por isso, os reis
tinham que

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possuir controle total da sociedade. Dessa forma, eles não poderiam ser questionados
quanto às suas práticas políticas. Assim, o monarca possuía o direito divino de governar e
o súdito que se voltasse contra ele estaria questionando as verdades eternas de Deus.
• Jean Bodin (1530 — 1596). Em resumo, na teoria que ficou conhecida como o “Direito
Divino dos Reis”, acreditava que a soberania absoluta deveria se concentrar numa só
figura. Seguiu na mesma linha de pensamento em que estava Jacques Bossuet.

Veja agora os principais reis absolutistas e período de governo:


Henrique VIII (Dinastia Tudor) – governou a Inglaterra no século XVII
Elizabeth I (Dinastia Tudor) – rainha da Inglaterra e Irlanda entre 1558 e 1603.
Luís XIII – (Dinastia Bourbon) – governou a França entre 1610 e 1643.
Luis XIV (Dinastia dos Bourbons) – conhecido como Rei Sol – governou a França entre
1643 e 1715.
Luis XV (Dinastia dos Bourbons) – governou a França entre 1715 e 1774.
Luis XVI (Dinastia dos Bourbons) – governou a França entre 1774 e 1789.
Fernando de Aragão e Isabel de Castela – governaram a Espanha no século XVI.
D. João V (Dinastia de Bragança) – governou Portugal de 1707 até 1750.
Fernando VII (Dinastia de Bourbon) – governou a Espanha de 1808 a 1833.
Nicolau II (Dinastia Romanov) – governou a Rússia entre 1894 e 1917

004. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) O absolutismo, como o próprio


termo sugere, tem como base o poder absoluto do governante, que dessa forma
a)assume o comando das Forças Armadas e passa a instituir um regime militar autoritário, com
a finalidade de transferir gradativamente seus poderes para uma instituição estatal consi- derada
sólida, absoluta e impessoal.
b)exerce o poder amparado pela tese de que sua autoridade tem origem divina, e que a mo-
narquia é o regime ideal de governo, capaz de assegurar vitórias militares, prosperidade e o
sentimento de unidade em torno da figura de um soberano.
c) age como déspota ou tirano, obedecendo a seus caprichos e interesses, sem a preocupação
de justificar seu poder, expor sua imagem ou estabelecer alianças.
d)centraliza o governo em suas mãos, exercendo, para isso, uma estratégia populista de comu-
nicação para conquistar a aprovação dos setores emergentes da sociedade, como a burguesia.
e) se torna o grande líder espiritual e religioso de seus país, fundando uma igreja baseada no
culto personalista de sua figura e em regras por ele inventadas.

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a) Errada. Instituição estatal impessoal?!


b)Certa. Essa tese do Absolutismo é fundamentada nas boras de Jean Bodin (Direito Divino
dos Reis) e de Jacques Bossuet (A Política Tirada da Sagrada Escritura)
c) Errada. Os reis absolutistas, em cerimoniais, faziam questão de justificar seu poder.
d) Errada. O rei absolutista não precisa da aprovação de seus súditos.
e)Errada. A igreja foi uma instituição que importante para justificar o poder dos reis, tendo em
vista que essa justificativa era retirada da Bíblia.
Letra b.

3. A R E fORMA E A CONTRA-R E fORMA


Querido(a) professor(a), o processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Po-
demos destacar como causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e
uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com
luxos e bens materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos integrantes do
clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente no que se diz respeito ao
celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais deixavam os cristãos
católicos insatisfeitos.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, ficou cada vez mais inconforma-
da, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de
um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro em
Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão). No campo político, os reis estavam des-
contentes com o papa, pois esse interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O ho-
mem renascentista começou a ler mais e formar opiniões cada vez mais críticas. Trabalhado-
res urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do
mundo, baseando-se na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

1. A R E fORMA LuTERANA
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas
da Igreja Católica. Ele afixou, na porta da Igreja de Wittenberg, as 95 teses que criticavam vá-
rios pontos da doutrina católica.

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Parte do texto original das 95 Teses de Martinho Lutero

As 95 teses de Martinho Lutero condenavam a venda de indulgências e propunham a fun-


dação do luteranismo (religião luterana). De acordo com Lutero, a salvação do homem
ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio,
teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto às
imagens, muito prati- cado pelos católicos, e revogou o celibato.
Martinho Lutero foi solicitado para desmentir suas teses na Dieta de Worms, convocada
pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não só defendeu suas teses, como
mostrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.
A diferença de interesse por de trás da nova fé pregada por Lutero foi percebida quando
um grande número de camponeses começou a invadir terras e destruir igrejas. Os revoltosos,
também conhecidos como anabatistas, começaram a empreender uma revolução social que
ameaçava os interesses dos nobres germânicos. Martinho Lutero não deu apoio ao movimen-
to popular e defendeu o direito de propriedade dos nobres e dos clérigos.
Em 1530, Martinho Lutero e Filipe Melanchthon estabeleceram os princípios da religião lu-
terana. Nesta carta, reafirmaram o princípio da salvação pela fé e afirmavam que a Bíblia era
a única fonte de consulta para o estabelecimento de dogmas. A nova Igreja seria composta
por líderes sem distinção hierárquica e eles não teriam que cumprir voto de castidade.

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No ano de 1555, os nobres convertidos ao luteranismo sagraram a assinatura da Paz de
Augsburg. No documento ficou decretado que cada um dos principies alemães tinha liberdade
para seguir qualquer opção religiosa. Por fim, os conflitos diminuíram e uma nova crença se
arraigou na Europa.

005. (OMNI/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO/SP/PEB II/HISTÓRIA/2021) Leia o trecho


que se segue a respeito da Reforma Protestante: “Coube a Martinho Lutero falar por essa
Alema- nha dividida: ‘nenhuma nação é mais desvalorizada que a alemã. A Itália nos chama de
bestas, França e Inglaterra troçam de nós, assim como os demais!’, bradava.” Embora tenha se
iniciado por um caráter estritamente teológico, a Reforma promovida por Martinho Lutero, a
partir de 1517, só obteve seu rápido sucesso pois:
a)ao contrário dos demais Estados Nacionais que surgiam na Europa, a Alemanha de Lutero
encontrava-se dividida em um império sem unidade, fazendo com que os príncipes das várias
regiões da Alemanha enxergassem em Lutero o ponto de unificação que convergiria com seus
interesses políticos e econômicos.
b)a maior parte dos países católicos não estavam satisfeitos com a constante intervenção do
papado em seus respectivos governos, vislumbrando no discurso de Lutero a possibilidade de
alcançarem maior autonomia política e religiosa.
c)obteve apoio da Igreja Católica, que via na sutileza e jovialidade da pregação luterana uma
forma de alcançar povos não cristãos, sobretudo judeus e árabes.
d)o discurso luterano não atacava as principais bases do catolicismo, o que não resultou em
uma repulsa contundente por parte do papado, sendo, pelo contrário, assimilado como mais
um conjunto de doutrinas da Igreja.

O enunciado da questão encaminha a resposta ao dizer que aa reforma luterana ultrapassou


o “caráter estritamente teológico”. Nesse sentido, a alternativa “a” descreve o caráter político
dos interesses dos príncipes germânicos. Ademais, as outras alternativas chegam ao absurdo.
Letra a.

1.3.2.A R E fORMA CALVINIsTA


Na Suíça, o teólogo cristão francês João Calvino começou a Reforma na década de 1533.
De acordo com Calvino, a salvação era explicada através da Doutrina da Predestinação
(salvos e condenados já estão escolhidos por Deus).
O trabalho justo e honesto é valorizado, sendo que o sucesso pessoal e profissional, ad-
vindos desse trabalho, é um dos indícios, de acordo com os calvinistas, de que a pessoa está

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predestinada à salvação. Essa crença calvinista atraiu muitos burgueses e banqueiros para o
calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nessa nova religião uma forma de ficar em paz
com sua religiosidade.
Essa mentalidade que ia de encontro ao interesse burguês, fora abordada pelo sociólogo
Max Weber em sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, na qual analisar os
impactos do calvinismo no desenvolvimento do capitalismo nos Países Baixos.

1.3.3.A R E fORMA A NgLICANA


Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após esse se recusar a cancelar
o casamento do rei com Catarina de Aragão para que ele pudesse se casar novamente.
Em 1534, o rei obrigou – através do chamado Ato de Supremacia – que fosse criada
a
Igreja Anglicana, sobrepondo o poder do Estado sob o poder da Igreja.
Além de deixar de estar sob a autoridade o papa, garantindo, a ampliação do poder da mo-
narquia, o Estado expropriava inúmeras terras pertencentes à Igreja. Nesse momento, a igreja
na Inglaterra deixa de ser católica romana e passa a ser católica reformada.
A Igreja Anglicana manteve apenas dois sacramentos: o Batismo e a Eucaristia. Também
não reconhecem a autoridade papal e a adoração de imagens (iconoclaustia).

006. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Dentre as consequências da


Refor- ma protestante iniciada na Alemanha, cita-se:
a)O surgimento de novas igrejas em toda a Europa, a exemplo da Igreja Ortodoxa Grega, le-
vando a maioria dos países europeus a reverem sua religião oficial e não mais reconhecerem
a autoridade papal.
b)A reorganização administrativa e missionária da Igreja Católica para fazer frente à forte atra-
ção que as religiões não cristãs, então emergentes, passam a exercer na população camponesa.
c) A divisão da nobreza europeia entre reinos católicos e protestantes, causando guerras por
motivos religiosos, entre outros fatores, a exemplo da Guerra dos Trinta Anos.
d)A eliminação de determinadas práticas arraigadas na Igreja Católica, denunciadas pelos
protestantes, como a cobrança de dízimo, a condenação por heresia e a instituição do celibato.
e)A mudança na forma da escolha do Papa, agora por meio de eleição, e a simplificação dos
rituais católicos, a exemplo da substituição do uso do latim por línguas vernáculas, nas missas e
em outras celebrações eucarísticas.

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A Guerra dos Trinta Anos representou um conjunto de conflitos, de caráter político e religioso (con-
flitos entre católicos e protestantes), que ocorreram em diversos países da Europa (França, Ingla-
terra, Espanha, Portugal, Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Áustria, Suécia), entre 1618 e
1648. Letra c.

1.3.4.A CONTRARREfORMA CATÓLICA


Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas
reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano
de reação. No Concílio de Trento ficou definido:
• Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
• Retomada do Tribunal do Santo Ofício;
• Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias;
• Criação do Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos): evitar a propaga-
ção de ideias contrárias à Igreja Católica.

Em muitos países europeus, as minorias religiosas foram perseguidas e diversas guerras


ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colo-
cou católicos e protestantes em conflito por motivos puramente religiosos. Na França, o rei
mandou assassinar 30.000 calvinistas (huguenotes) na chamada Noite de São Bartolomeu,
ocorrida em 23 de agosto de 1572.
Em 1534, o padre Inácio de Loyola criou a Companhia de Jesus e foi oficialmente reconhe-
cida pela Igreja a partir do papa Paulo III em 1540. Os jesuítas eram padres que pertenciam à
Companhia de Jesus, uma ordem religiosa vinculada à Igreja Católica que tinha como objetivo
a pregação do evangelho pelo mundo.
A proposta dos padres jesuítas para a divulgação do cristianismo era baseada no ensino da
catequese. Eles atuaram em diversas partes do mundo e destacaram-se no Brasil colonial. Na
Europa, os jesuítas surgiram como parte do movimento de contrarreforma e, portanto, tinham
como importante missão impedir o crescimento do protestantismo.
Os primeiros jesuítas que vieram ao Brasil chegaram com o primeiro governador-geral da
colônia, Tomé de Sousa, em 1549. Eles eram liderados por Manuel da Nóbrega e tinham como
principal missão a cristianização dos nativos e zelar pela Igreja instalada no Brasil colonial. Os
jesuítas construíram locais chamados missões, onde combinavam a catequese dos nativos
com a sua utilização como mão de obra para a produção de tudo o que a missão precisasse.
Para que exercessem seu trabalho na colônia, inicialmente, foi necessário criar uma co-
municação com os nativos, uma vez que esses falavam tupi e os jesuítas falavam português.
Assim, o padre José de Anchieta desenvolveu um manual que auxiliava na comunicação dos

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jesuítas com os nativos. Nesse período da história brasileira, o idioma mais comum existente
aqui era a Língua Geral, que mesclava elementos do português com idiomas nativos.
Além disso, os jesuítas tiveram um importante papel educacional no Brasil, pois, além da
catequese aos nativos, eles educavam os filhos dos colonos. Para que isso fosse possível,
esses padres criaram colégios em diversas partes da colônia portuguesa, como aconteceu na
cidade de Salvador e em São Paulo de Piratininga (atual cidade de São Paulo).

007. (OMNI/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO/SP/PEB II/HISTÓRIA/2021) A Reforma


Católi- ca ou Contrarreforma foi um movimento que, antes de ser uma resposta aos ideais
teológicos luteranos, buscava atender aos anseios de clérigos da própria Igreja, que
propugnavam por mudanças antes mesmo dos reformadores protestantes. Buscando revisar
algumas questões doutrinárias e morais, ao mesmo tempo em que reafirmava outras, a Igreja
de Roma procurou fortalecer a autoridade da eclesiástica e coibir seus excessos, sobretudo os
denunciados por Lutero. Para tanto, uma série de reuniões aconteceram, a partir de 1545, em
espécies de as- sembleias que ficaram conhecidas como:
a) O Concílio de Niceia.
b) O Concílio de Latrão.
c) Concílio de Hipona.
d) Concílio de Trento.

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reuniram-
-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação.
Letra d.

4. A s g RANDEs N AVEgAÇÕEs NO séCuLO XV: PARTILHA DE T ERRAs COLO-


NIAIs ,E CONOMIA M ERCANTIL E R Eg IME DE M ONOPÓLIOs ,f ORTALECIMENTO DA
B uRguEsIA M ERCANTIL
Meu(minha) querido(a), a expansão marítima europeia foi um fenômeno compreendido en-
tre os séculos XV e XVIII, em que algumas nações europeias partiram para explorar o oceano.
Foram essas viagens que iniciaram a Revolução Comercial, promovendo o contato de diferen-
tes culturas, a exploração de novos recursos e o primeiro processo de “globalização” econômica.
A necessidade de o europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores sociais,
políticos, econômicos e tecnológicos. Veja:
• Centralização Política: a substituição de feudos por um Estado Centralizado, com governo
e fronteiras definidas, reuniu riquezas para financiar a navegação;
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• O Renascimento: Permitiu o surgimento de novas ideias e uma evolução técnica de


navegação;
• Objetivo da Elite da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano sobre
as
mercadorias orientais, que vinham pela rota do mediterrâneo;
• A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise agrícola
do século XIV;
• Expansão da fé: Portugal e Espanha buscaram expandir a fé católica diante das reformas
protestantes que diminuíram a influência da Igreja de Roma. Outros estados, como Holan-
da, buscaram conquistar novos fiéis para sua religião calvinista, de origem protestante.

Como resultado, as nações europeias se organizaram e traçaram sua estratégia buscando:


• Metais precisos;
• Novos mercados fornecedores de especiarias (Noz Moscada, Cravo, Pimenta…) e outros
produtos de interesse europeu;
• Terras: tendo em vista que as terras europeias já estavam distribuídas e a nobreza, cres-
cente, necessitava de mais áreas de exploração;
• Fiéis.

O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi celebrado entre o Reino


de Portugal e a Coroa de Castela(Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e por

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descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa. Entretanto, outros países que pretendiam se
lançar no processo das Grandes Navegações questionaram a validade desse Tratado. Dentre
eles, destaque para a França.

008. (FCC/METRÔ-SP/2016) Dada a escassez de metais preciosos na Europa, era fundamen-


tal para os mercadores europeus estabelecer uma relação comercial sem intermediários com a
África ocidental, na época a principal fonte produtora de ouro, além de sal, pimenta e, mais
tarde, escravos negros.
(SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1992. p. 17)

O texto identifica uma das causas responsáveis


a) pela tomada de Constantinopla e o fechamento do comércio no século XIV.
b) pela expansão marítima europeia do século XV e do “achamento” do Brasil.
c) pela guerra europeia entre Portugal e Espanha durante todo século XIV.
d) pelo restabelecimento da rota entre oriente e ocidente através do Mediterrâneo.
e) pela crise europeia do século XV e a criação da Escola de Sagres em Portugal.

Uma das causas das grandes navegações fora a necessidade de descobrir uma nova rota co-
mercial, atendendo os preceitos do mercantilismo.
Letra b.

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1.4.1.O P IONEIRIsMO P ORTuguÊs


Caro(a) aluno(a), como vimos na aula anterior, Portugal foi o primeiro Estado-Nação,
cen- tralizado em 1139 sob a coroa de Dom Afonso I. Isso foi de fundamental importância para
otimizar o recolhimento de impostos e organizar a economia. Com o acúmulo de riqueza, Por-
tugal direcionou seus recursos para a expansão marítima. Assim, criou a Escola de Sagres, um
centro de estudos náuticos onde foram desenvolvidas nova tecnologias de navegação. Entre
os instrumentos utilizados podemos listar a bússola, o astrolábio e o quadrante:

Além disso, a posição geográfica portuguesa, com sua costa voltada para o Atlântico, era
um convite ao desconhecido: quais os destinos e rotas possíveis? E, se os encontrarem, quais
as possibilidades de lucro?
Buscando uma nova rota para à Índia, as navegações portuguesas buscaram contornar a
África e acabaram criando fortes, feitorias e portos para estabelecer comércio.
A conquista da Ilha de Ceuta é marco do início das Grandes Navegações, isto porque pos-
sibilitou o fim do controle da entrada do mar Mediterrâneo pelos muçulmanos.
Em 1431, os navegadores portugueses chegavam às ilhas dos Açores, e mais tarde, ocu-
pariam a Madeira e Cabo Verde. O Cabo do Bojador foi atingido em 1434, numa expedição
comandada por Gil Eanes. O comércio de escravos africanos já era uma realidade em 1460,
com retirada de pessoas do Senegal até Serra Leoa.
Em 1488, os portugueses chegaram ao Cabo da Boa Esperança sob o comando de
Barto- lomeu Dias (1450-1500). Para as pretensões portuguesas essa foi uma conquista
significativa pois se encontrou uma rota para o Oceano Índico em alternativa ao Mar
Mediterrâneo.
Entre 1498, foi a vez de Vasco da Gama (1469-1524) chegar a Calicute, nas Índias, e esta-
belecer uma nova rota de comércio com as Índias.
Pedro Álvares Cabral (1467-1520), se afastando da costa da África a fim de confirmar se
havia terras por ali, chegou na região onde seria o Brasil, em 1500.

009. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere as afirmações sobre


as
grandes navegações iniciadas no século XV:
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I.– As grandes navegações atlânticas foram estimuladas pela busca de novas rotas para as
Índias e para o Oriente, visando combater o monopólio das cidades italianas e as dificuldades
impostas pelos Otomanos.
II.– O pioneirismo dessas navegações coube à Espanha e à França, cujas monarquias, tempo-
rariamente unidas por elos da Dinastia Bourbon, estiveram vivamente empenhadas na corrida
mercantilista, patrocinando estudos que resultaram em novos traçados de rotas para o Oriente,
contornando a costa africana.
III.– O conhecimento científico e a técnica presentes nas navegações portuguesas tiveram re-
lação com as trocas culturais decorrentes da ocupação árabe da Península Ibérica, o processo
de formação do Estado nacional português e a expertise no comércio de especiarias.
IV.– A Inglaterra, com sua tradição de pirataria, esteve entre as potências que lideraram as
grandes navegações, sendo responsável pela descoberta e exploração do norte do continente
americano, além da primeira circum-navegação do globo, com Francis Drake.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e IV.

I.– Certo. A afirmativa descreve as principais motivações para as grandes navegações.


II.– Errado. O pioneirismo das grandes navegações se deu com Portugal.
III.– Certo. O desenvolvimento da tecnologia de navegação se deveu ao contato com conheci-
mentos da cultura árabe, dos investimentos estatais e ao conhecimento português acerca do
comércio de especiarias.
IV.– Errado. A primeira circum-navegação do globo foi realizada pelo português Fernão de Ma-
galhães a mando da coroa espanhola.
Letra c.

1.4.2.E XPANsÃO M ARÍTIMA E s PANHOLA


Querido(a), ao contrário de Portugal, os espanhóis tiveram que resolver vários problemas
relacionados ao processo de formação de sua monarquia nacional, para só então empreender
a aventura pelos mares. Ao longo de toda a Baixa Idade Média, os reinos católicos de Aragão e
Castela lutavam para estabelecer a expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.
No ano de 1492, a aliança matrimonial entre os herdeiros desses tronos assegurou a vi-
tória contra os muçulmanos na chamada Guerra de Reconquista. A partir de então, o
recém-
-formado governo espanhol decidiu contratar os serviços de um navegador italiano chamado
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Cristóvão Colombo. Na época, os reis espanhóis investem no projeto de criação de uma


rota
que dava acesso às Índias através da navegação do Atlântico rumo a Oeste.
À princípio, a ideia era de que a circum-navegação da Terra pudesse oferecer um novo
acesso ao continente indiano. Contudo, os três navios utilizados para esse fim acabaram ba-
tendo na ilha de Guanaani, no Caribe.
Após batizar a ilha de San Salvador, Colombo fez outras viagens onde encontrou as ilhas
de Cuba, Bahamas e São Domingos. Ainda pensando estar nas Índias, Colombo batizou os
moradores locais de “índios”.
Pouco tempo depois, outros navegadores e companheiros de viagem demonstraram que
Cristóvão Colombo havia feito a descoberta de um novo continente entre a Europa e a Ásia. O na-
vegador florentino Américo Vespúcio foi o responsável por oficializar tal constatação e, por essa
razão, acabou tendo o nome usado para nomear a América, o mais novo continente do mundo.
Após essa valorosa conquista marítima, o navegador Vasco de Balboa conseguiu, em 1513,
alcançar o Oceano Pacífico atravessando a América Central. Em um projeto ainda mais ousado –
executado entre 1519 e 1521 – a expedição de Fernão de Magalhães realizou a primeira circuna-
vegação ao redor do mundo. Dos quinhentos e doze tripulantes dessa corajosa viagem, apenas
dezoito sobreviveram no retorno à Europa. Aliás, sobre esse tema, recentemente foi lança uma
série embasada no diário de bordo de Fernão de Magalhães, qual seja, “Sem Limites”. Disponível
em serviço de streaming. Recomendo.
Durante seu processo de expansão, os espanhóis adentraram o interior das terras con-
quistadas em busca de metais preciosos. Nesse contexto, encontraram diversas civilizações
contra as quais travaram um sangrento processo de conquista e dominação. E assim, pela
cobiça e a força das armas, os espanhóis formaram um grande império colonial que fortalecia a
Coroa Espanhola.

010. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A historiografia utiliza a expressão


“pioneirismo ibérico” para indicar a liderança de Portugal e Espanha na expansão ultramarina
nos séculos XV e XVI.
Com relação ao processo de expansão marítima português, analise as afirmativas a seguir.
I.– Dentre as especialidades da arte náutica os portugueses ganharam reconhecimento pela
cartografia e pela técnica de construção e navegação de caravelas, que transformou Portugal
em um centro de referência.
II.– A presença portuguesa no Oriente foi garantida graças a guerras travadas com os árabes,
que controlavam o tráfego no Índico Ocidental, de que é exemplo a ocupação de Goa.
III.– A conquista da ilha da Madeira é o marco inicial da expansão marítima portuguesa, tor-
nando efetivo o modelo de colonização baseado na exploração da agromanufatura do açúcar.
Assinale:

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a) se somente a afirmativa I estiver correta.


b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Querido(a), esta questão cobra conhecimentos muito específicos sobre a ocupação de Goa
pelos portugueses. Mas o foco deve ser na memorização da contribuição da Escola de Sagres
para a navegação portuguesa e da luta dos portugueses contra os muçulmanos para garantir a
navegação e o comércio de especiarias. Ademais, é preciso que guarde que a conquista de
Celta marca o início da expansão marítima portuguesa.
I – Refere-se à Escola de Sagres, importante escola sobre estudos náuticos.
II – Lutas portuguesas na Arábia, para manter o comercio de especiarias;
III – Marco inicial é a conquista de Celta em 1415.
Letra d.

1.4.3.A s P RÁTICAs M ERCANTILIsTAs


O mercantilismo foi o conjunto de práticas econômicas adotado pelas nações europeias
entre o século XV e o século XVIII. Essas práticas econômicas são consideradas pelos histo-
riadores como o estágio de transição do modo de produção feudal para o modo de
produção capitalista. Nesse sentido, é incorreto afirmar que o mercantilismo foi um sistema
econômico, uma vez que não consistiu em um modo de produção, como o feudalismo e o
capitalismo.
Foi adotado pelas nações europeias durante o período das Grandes Navegações e da
mon- tagem do sistema colonial no continente americano. Por conta disso, muitas das práticas
mer- cantilistas foram aplicadas pelos portugueses durante o período de colonização do Brasil.
É importante considerar que o mercantilismo adotou características distintas de acordo com a
realidade e a necessidade de cada país europeu.
O surgimento do mercantilismo, enquanto conjunto de práticas econômicas, está direta-
mente ligado ao fim do feudalismo e à formação dos Estados Nacionais Modernos.
O apoio à burguesia permitiu que se investisse no desenvolvimento comercial e manufatu-
reiro. Esse processo de desenvolvimento do comércio e da manufatura (embrião da indústria)
apoiou-se também na intensa exploração colonial que aconteceu no continente americano.
Por fim, o Estado Moderno que surgiu nesse período com o poder centralizado no rei assumiu
o controle de questões relativas à economia como forma de garantir seus interesses e resolver
entraves que impediam o fortalecimento do poder real.

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Foi nesse contexto de forte intervenção do Estado na economia, de expansão do


comércio mediante a exploração colonial e de crescimento das manufaturas que se
consolidou uma série de práticas econômicas que recebeu o nome de mercantilismo. Como
essas práticas econômicas são consideradas embrionárias ao capitalismo, alguns historiadores
chamam o mercantilismo de capitalismo comercial.
As principais características que definiram o mercantilismo foram:
• Metalismo: Também conhecido como bulionismo, esse princípio consistia em defender a
acumulação de metais preciosos como principal forma de obtenção de riquezas. Esse con-
ceito foi utilizado principalmente na Espanha, durante o reinado dos reis católicos Fernando
de Aragão e Isabel de Castela. Essa prática coincidiu exatamente com o período em que os
espanhóis traziam enorme quantidade de metais preciosos de suas colônias da América.
• Colbertismo: É visto, em partes, como o oposto do metalismo praticado pelos espa-
nhóis. Essa prática foi adotada pelos franceses por influência de Jean-Baptiste Colbert
e ficou caracterizada pelo incentivo ao desenvolvimento manufatureiro como forma
de atrair moeda estrangeira e, consequentemente, riqueza. Defendia também uma
política de limitação de gastos internos.
• Balança comercial favorável: essa teoria defendia que a soma das transições comer-
ciais de um Estado deveria ser positiva, ou seja, o volume de mercadorias vendidas de-
veria ser superior ao volume de mercadorias compradas.

Outros pontos importantes a serem considerados sobre o mercantilismo: incentivo ao desenvol-


vimento manufatureiro, incentivo à construção de embarcações (base para a expansão
comercial na época), protecionismo alfandegário (imposição de impostos sobre mercadorias
estrangeiras).

011. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) O Brasil foi


colonizado por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A
colonização das Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a
escravidão de povos oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no
cenário histórico da onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da
Europa, entre fins do século XVIII e primeira metade do XIX.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
A chegada dos europeus ao território que seria denominado América integrou o processo de ex-
pansão comercial e marítima europeia dos séculos XV e XVI, que se prolonga na Idade Moderna.

Ao longo de toda a Idade Moderna ocorre um movimento de expansão comercial mercantilista.


Certo.

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1.5.OTRÁfICO ATLÂNTICO, A EsCRAVIDÃO A fRICANA E A D IÁsPORA DOs POVOs


A fRICANOs
A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou
os primeiros territórios na costa atlântica do continente. Na busca por uma rota para as
Índias, os portugueses encontraram ali grande oportunidade de atender a seus anseios
mercantilistas. Após os primeiros contatos, nem sempre amigáveis, com aldeias e reinos
africanos, os lusitanos passaram a instalar feitorias no litoral. A partir delas, podiam-se explorar
metais pre-
ciosos, marfim e produtos agrícolas.
No entanto, foi a mão de obra escrava o carro-chefe da economia portuguesa na África. O
tráfico negreiro contava com a participação das elites locais, que trocavam cativos por merca-
dorias trazidas pelos europeus, como tabaco, aguardente e diversos produtos manufaturados.
A princípio, os cativos eram levados para as plantações de açúcar existentes nas ilhas do norte
do continente e, em menor escala, para Portugal. A partir do século XVI, porém, o Brasil
passou a ser o principal mercado consumidor de escravos.
O mercantilismo, como vimos, é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas du-
rante o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de merca-
dorias e o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie, em mercadorias.
Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o açúcar brasileiro
por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e trocavam por mais do açú-
car brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.

Entre os povos africanos que foram trazidos podemos citar os:


• Bantos: mais ao sul do país, na mineração.
• Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açúcar do nor-
deste brasileiro.

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Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a miscige-
nação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase
sempre branco e negra –, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.

A intensa exploração da mão de obra desarticulou as economias de vários povos africanos. As


rotas comerciais que cortavam o Saara começaram a escassear, pois produtos e escravos tinham
outro destino: atender os europeus estabelecidos na costa atlântica. Além disso, alguns grupos
tribais se especializaram na busca e captura de cativos, o que não era muito comum anteriormente.
Esse fenômeno recebeu o nome de diáspora africana: nome dado a um fenômeno carac-
terizado pela imigração forçada de africanos, durante o tráfico transatlântico de escravizados.
Junto com seres humanos, nestes fluxos forçados, embarcavam nos tumbeiros (navios negrei-
ros) modos de vida, culturas, práticas religiosas, línguas e formas de organização política que
acabaram por influenciar na construção das sociedades às quais os africanos escravizados
tiveram como destino. Estima-se que durante todo período do tráfico negreiro, aproximada-
mente 11 milhões de africanos foram transportados para as Américas, dos quais, em torno
de
5 milhões tiveram como destino o Brasil.
A diáspora africana foi um processo que envolveu migração forçada, mas também redefini-
ção identitária, uma vez que estes povos (balantas, manjacos, bijagós, mandingas, jejes, haussás,
iorubas), provenientes do que hoje são Angola, Benin, Senegal, Nigéria, Moçambique, entre outros,
apesar do contexto de escravidão, reinventaram práticas e construíram novas formas de viver, pos-
sibilitando a existência de sociedades afro-diaspóricas como Brasil, Estados Unidos, Cuba, Colôm-
bia, Equador, Jamaica, Haiti, Honduras, Porto Rico, República Dominicana, Bahamas, entre outras.
Ao embarcar nos navios negreiros, jejes, iorubas e tantos outros, eram obrigados a deixar
para trás sua história, costumes, religiosidade e suas formas próprias de identificação. Passa-
vam, então, a ser identificados pelos traficantes com base nos portos de embarque, nas regiões
de procedência ou por identificações feitas pelos traficantes. Neste contexto, na diáspora, novas
configurações identitárias iam surgindo: bantus (povos provenientes do centro-sul do continen-
te), nagôs (povos de língua ioruba), minas (provenientes da Costa da Mina). Além destes, crioulos
(escravizados nascidos na América) e, em um contexto de fim da escravatura, afrodescendentes.
A diáspora, neste sentido, constituiu um processo complexo que envolveu a promoção
de guerras na África e a destruição de sociedades; captura de homens, mulheres e crianças;
travessia do atlântico que durava em média 40 dias (entre Angola e Bahia, por exemplo); a in-
serção brutal em uma nova sociedade; lutas por liberdade e sobrevivência e a construção de
novas identidades. As sociedades construídas com base no processo de diáspora africana,
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apesar das marcas estruturais decorrentes do passado escravocrata, conectam-se social e


culturalmente, seja por meio da história e deste passado comum, das manifestações artísti-
cas, da ciência, da religiosidade, da black music, do jazz, do soul, do reggae, do samba.
É importante salientar, porém, que a colonização africana se limitou praticamente ao
litoral até o final do século XVIII. O mapa do interior da África ainda era bastante nebuloso à
época. Isso se deve ao fato de que, durante a Idade Moderna, os interesses europeus se
concentraram muito mais na América do que na África.
A situação só começou a mudar no início do século XIX com a gradual conquista da in-
dependência das colônias americanas e com a Revolução Industrial. Buscando novas fontes
de lucro, grandes empresários europeus, associados às políticas de seus Estados nacionais,
passaram a se interessar por aquele continente pouco conhecido.
Desde o final do século XVII surgiram inúmeras expedições de missionários e exploradores
em direção ao interior da África. Além disso, grupos de missionários passaram a atuar no conti-
nente com o objetivo de converter povos, difundindo o cristianismo. Acrescente-se a isso a ação
de exploradores movidos com frequência pelo espírito aventureiro e comercial. Essas expedições
serviram para verificar, cada uma à sua maneira, as potencialidades comerciais das várias regiões.
Acabaram também por contribuir para uma corrida entre os países europeus que disputa- vam
domínios e definiam políticas de ocupação efetiva do interior do território africano. A esse
processo exploratório capitalista os historiadores denominam imperialismo ou neocolonialismo.
Ideologicamente, o que sustentou a dominação sobre a África foi o racismo científico (ou
darwinismo social), que existiu principalmente no século XIX. A partir de distorções das ideias
de Charles Darwin, alguns cientistas afirmavam a superioridade natural dos europeus sobre
outros povos, inclusive os africanos. O grande avanço material e científico da época serviu
para reforçar essa crença.
Convictos de sua superioridade, os europeus, ao dominarem a África, acreditavam estar ine-
vitavelmente levando o progresso ao continente. Sua missão seria “civilizar” os povos
“selva- gens” da África. Esse era seu destino ou, de acordo com o escritor inglês Rudyard
Kiplig (1895- 1936), seu fardo (um trabalho penoso). Essa missão, então, seria o “fardo do
homem branco”. Com frequência, os preceitos do darwinismo social se aliaram ao
cristianismo evangélico.
Ao longo do tempo, centenas de missões católicas e protestantes passaram a percorrer a Áfri-
ca com o objetivo de “regenerar” os povos nativos e ensinar-lhes sua verdade religiosa. Embora
muitos grupos religiosos tenham se destacado por trabalhos humanitários, sua tentativa de
impor novas crenças e costumes também gerou graves conflitos sociais.
A ação dos missionários foi por vezes associada à dos comerciantes e aventureiros eu-
ropeus, a ponto de Jomo kenyatta, primeiro presidente do Quênia (1894-1978), ter acusado:
“Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a Bíblia; depois eles nos ensinaram
a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a Bíblia e eles as terras.”

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012. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) Considere a pintura.

A pintura acima, uma aquarela da autoria de Carlos Julião, pintor do século XVIII, traz elemen-
tos históricos importantes sobre o processo de mineração no Brasil, que foi implementado
a) sob um rígido controle exercido sobre os escravos, representado na pintura, a fim de se
evitar o contrabando, que, no entanto, ocorreu de forma desmedida durante o período colonial.
b) pela iniciativa privada, com amplo uso de tecnologia para abrir minas subterrâneas profundas,
nas quais trabalhavam dezenas de escravos e tropas militares, tal como representado na pintura.
c)mediante um rápido processo de ocupação e urbanização, com uso intensivo de mão de
obra livre e estímulo à industrialização, como atesta a pintura.
d)conjuntamente à criação de organismos de controle e à implementação de taxas e impos-
tos, como a cobrança do quinto, representada na figura, e que era garantida pela presença de
funcionários da Coroa.
e)com a organização de corporações de ofícios, como a dos faiscadores, representada na
figura, responsável por garantir a eficiência e a obediência dos escravos que quebravam as
pedras em busca dos metais e pedras preciosas.
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Note que para cada escravo trabalhando há um vigia, de modo a tentar evitar o tráfico de ouro.
Voltaremos a tratar da escravidão africana em nossa aula “Historiografia brasileira e História do
Brasil”, enfocando no tópico do edital “Resistência de negros e indígenas nos períodos co-
lonial e imperial da História do Brasil”.
Letra a.

6.A A MéRICA ANTEs DOs EuROPEus: POPuLAÇÕEs NATIVAs, ORgANIZAÇÃO


sOCIAL E CuLTuRAL
1. POPuLAÇÕEs NATIVAs DO B RAsIL
No Período Colonial, houve muita discussão sobre a origem dos índios: uns acreditavam
que eram descendentes das tribos perdidas de Israel, outros duvidavam até de que fossem
humanos. Em 1537, o papa Paulo III proclamou a humanidade dos índios na Bula Veritas Ipsa.
Confira na gravura abaixo, do livro de Claude Abbeville, como os europeus, nos séculos XV
e XVI, concebiam os nativos brasileiros.

Fonte: IBGE, 2022

Hoje já se conhece mais sobre as origens do povoamento da América: supõe-se que os


povos ameríndios foram provenientes da Ásia, entre 14 mil e 12 mil anos atrás. Teriam chega-
do por via terrestre através de um “subcontinente” chamado Beríngia, localizado na região do
estreito de Bhering, no extremo nordeste da Ásia.
A história dos povos indígenas do Brasil tem sido marcada pela brutalidade, escravidão,
violência, doenças e genocídio. Quando, em 1500, os primeiros colonos europeus chegaram à

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terra que é hoje chamada de Brasil, ela era habitada por um número estimado de 11 milhões
de indígenas que viviam em cerca de 2.000 grupos.
De maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses povos:
• Semi-nômades: migravam de acordo com a necessidade de recursos mas, também, pra-
ticavam o cultivo rudimentar da mandioca;
• Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. Importante destacar que pintura rupestre
é uma forma de comunição artistica, rústica, mas não pode ser classificada como algum
tipo de escrita;
• Sociedades Tribais;
• A propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada.
• Faziam quimadas controladas para abrir clareiras e descampados (coivara).

No primeiro século de contato, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente


por meio de doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola. Nos
séculos seguintes, milhares de vítimas morreram ou foram escravizadas nas plantações de
cana-de-açúcar e na extração de minérios, “drogas do sertão” e borracha. Entre essa vasta
população, observamos o desenvolvimento de civilizações heterogêneas entre as quais pode-
mos citar os xavantes, caraíbas, tupis, jês e guaranis.
Geralmente, o acesso às informações sobre essas populações é bastante restrito. A falta
de fontes escritas e o próprio processo de dizimação dessas culturas acabaram limitando as
possibilidades de estudo das mesmas. Em geral, o maior contato desenvolvido entre índios e
europeus aconteceu nas faixas litorâneas do nosso território, onde predominam os povos indí-
genas pertencentes ao grupo tupi-guarani. Apesar das várias generalizações, relatos do século
XVI esclarecem alguns hábitos desse povo.
De acordo com esses registros, os povos tupi-guarani organizavam aldeias que variavam
entre os seus 500 e 750 habitantes. A presença da aldeia era temporária e todo o seu contin-
gente era dividido entre seis a dez casas, sendo que cada uma delas poderia variar de tama-
nho e comprimento de acordo com as necessidades materiais e culturais de cada aldeia. Para
buscarem sustento, os tupis desenvolveram a exploração da coleta, da caça, da pesca e, em
alguns casos, das atividades agrícolas.
Sob o ponto de vista político, essas comunidades não contavam com nenhum tipo de or-
ganização estatal ou hierarquia política que pudesse distinguir seus integrantes. Apesar disso,
não podemos ignorar que alguns guerreiros e chefes espirituais eram valorizados pelas habili-
dades que detinham. Muitas vezes, diferentes tribos mantinham contato entre si em busca da
manutenção de alguns laços culturais ou em razão da proximidade da língua falada.

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A história do povoamento indígena no Brasil é, antes de tudo, uma história de despovoamen-


to1, já que é possível considerar que o total de nativos que habitavam o atual território brasileiro
em 1500 estava na casa dos milhões de pessoas e hoje mal ultrapassa os 300 mil indivíduos.
Despovoamento, portanto! Eis o primeiro grande traço da história indígena no Brasil, como,
de fato, ocorreu nas Américas em proporções gigantescas.
O conhecimento sobre os nativos da terra foi possível graças aos registros produzidos por
viajantes de várias nacionalidades que aqui aportaram desde o século XVI, aos relatórios dos
colonizadores e outros estrangeiros, à correspondência dos jesuítas e às gramáticas da “lín-
gua geral” e de outras línguas.
A história indígena é uma história de enganos e incompreensões, a começar pelo próprio
vocabulário construído no Ocidente para identificar esses povos:
Índio: A palavra índio deriva do engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias, o
“outro mundo”, como dizia, na sua viagem de 1492. Assim, a palavra foi utilizada para designar,
sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas;
Gentio: O coletivo gentio foi utilizado pelos jesuítas. Com o tempo, o vocábulo gentio ou
pagão passou a significar o oposto de cristão, pois no entender dos padres, os gentios eram
“governados pelo demônio”;
Inimigos ou contrários: Expressão utilizada para diferenciar os nativos que não
pertenciam aos grupos considerados pelos colonizadores como aliados;
Negros da terra ou negros brasis: Duas expressões utilizadas pelos grupos
escravocratas para designar genericamente os índios e diferenciá-los dos negros da Guiné,
outro termo gené- rico usado, no caso, para os africanos;
Índios mansos e índios bravos: No século XIX, surgiu uma nomenclatura mais
simplificada para designar as populações nativas: índios mansos, isto é, controlados; índios
bravos, a saber, hostis ou bárbaros.

013. (AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC/PROFESSOR DE


HISTÓ- RIA/2022) O , no que concerne a uma política indigenista, estava focado em frag-
mentar a população autóctone em dois grupos, a saber: os aliados e os inimigos. Nesse senti-
do, para os povos indígenas aliados era necessário que fosse catequisados e se convertessem
à fé cristã, enquanto os chamados deviam ser subjugados .
Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente:
a) projeto colonial português – “índios bravos” – militar e politicamente
b) projeto colonial espanhol – “índios mansos” – social e politicamente
c) projeto colonial português – “índios mansos” – militar e politicamente
d) projeto colonial espanhol – “índios bravos” – social e politicamente
1
VAINFAS, R. História indígena: 500 anos de despovoamento. In: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA.
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O projeto português consistiu na catequização dos índios mansos e na “Guerra Justa” contra
os índios bravos.
Letra a.

Para identificar melhor os índios, os colonizadores os classificaram em Tupi (ou Tupi-


nambá) e Tapuia.
Tupis designava os povos que, pela semelhança de língua e costumes, predominavam no
litoral no século XVI.
Tapuias correspondia aos “outros” grupos. Isto é, aos que não falavam a língua que os jesu-
ítas chamaram de “língua geral” ou “língua mais usada na costa do Brasil”, como se expressou
Anchieta, o primeiro a compor uma gramática da língua tupi.
Portanto, nunca houve um grupo cultural ou linguístico “tapuia”. Este é um vocábulo tupi
utilizado para designar os povos de outros troncos ou famílias linguísticas.
Essa classificação foi muito importante para o registro das informações sobre os índios
produzidas pelos portugueses, franceses e outros europeus. Sem os relatórios dos colonizado-
res, as crônicas dos viajantes, a correspondência dos jesuítas e as gramáticas da “língua geral”
e de outras línguas, quase nada se poderia saber sobre os nativos, sua cultura e sua história.
De uma estimativa de mais de 2.000.000 índios para o século XVI, chegou-se em 1998 a um
total de 302.888 índios, considerando as pessoas que vivem nas Terras Indígenas.
Os costumes dos tupis ou tupinambás são mais conhecidos por causa dos registros que
deles fizeram os jesuítas e os viajantes estrangeiros durante o Período Colonial. O mesmo,
entretanto, não ocorreu com os tapuias, considerados pelos colonizadores o exemplo máximo
da barbárie e selvageria.
Os tupinambás moravam em malocas. Cada grupo local ou “tribo” tupinambá se compunha
de cerca de 6 a 8 malocas. A população dessas tribos girava em torno de 200 indivíduos, mas
podia atingir até 600. Viviam da caça, coleta, pesca, além de praticarem a agricultura, sobretu-
do de tubérculos, como a mandioca e a horticultura.
A divisão de trabalho era por sexo, cabendo aos homens as primeiras atividades e às mu-
lheres o trabalho agrícola, exceto a abertura das clareiras para plantar, feita à base da “quei-
mada”, tarefa essencialmente masculina. O plantio e a colheita, o preparo das comidas e o
artesanato (confecção de vasos de argila, redes etc.) eram trabalhos femininos. Instrumentos
de guerra – arcos e flechas, maças, lanças – eram feitos pelos homens. Os artefatos de guerra
ou de trabalho eram de madeira e pedra, e desta última eram inclusive os machados com que
cortavam madeira para vários fins.

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Entre os tupis, o matrimônio avuncular (tio materno com sobrinha), ou entre primos cruza-
dos, era o mais desejado. Mas, para casar, o jovem devia passar por certos testes, o principal
deles consistindo em fazer um cativo de guerra para o sacrifício.
A vida dos grupos locais ou mesmo de “nações” Tupi girava em torno da guerra, da qual
faziam parte os rituais antropofágicos. Guerreavam contra grupos locais da mesma nação,
entre “nações” e contra os “tapuias”.
A guerra e os banquetes antropofágicos reforçavam a unidade da tribo: por meio da guerra era
praticada a vingança dos parentes mortos, enquanto o ritual antropofágico significava para todos,
homens, mulheres e crianças, a lembrança de seus bravos. O dia da execução era uma grande festa.
Nos banquetes antropofágicos, o prisioneiro era imoblizado por meio de cordas. Mesmo
assim, para mostrar seu espírito guerreiro, devia enfrentar com bravura os seus inimigos, deba-
tendo-se e prometendo que os seus logo reparariam a sua morte.

014. (FCC/FCRIA-AP/MONITOR SOCIOEDUCATIVO/NÍVEL MÉDIO/2018) Num 1º


momento da nossa história que, de acordo com os livros didáticos, começa com a chegada dos
europeus, os índios da colônia são cordiais e amigáveis: carregam o pau-brasil em troca de
bugigangas e miçangas, ajudam os portugueses a construir fortes e casas […] ensinam os
brancos a sobre- viver e conhecer a nova terra. Logo em seguida, entretanto, os índios
começam a atrapalhar a colonização […] De cordiais, os índios passam a ser traiçoeiros. A
colonização exige, por sua vez, trabalho, e o índio é mão-de-obra utilizada em toda a colônia
[…] A escravidão negra surge e os livros ensinam que o índio não era afeto ao
trabalho: “eram preguiçosos”. Essa forma simplificada de ver o índio, presente em muitos livros
didáticos, demonstra, por vezes, a
a) coexistência pacífica entre a cultura indígena e a cultura ocidental.
b) importância da colonização para o desenvolvimento cultural dos índios.
c) nossa incapacidade em compreender o outro que é diferente, surgindo assim o preconceito.
d) existência de várias culturas entre os povos indígenas, pois há os bons e maus selvagens.
e) contribuição dos índios bons que deixaram seus traços culturais para as gerações atuais.

Questão interpretativa. Evidencia como o indígena é visto com preconceito.


Letra c.

1.6.2.INCAs ,M AIA s E A sTECAs


Concurseiro(a), o termo pré-colombiano é frequentemente utilizado especialmente no con-
texto das grandes civilizações indígenas das Américas, como as da Mesoamérica (os olmecas,
os toltecas, os teotihuacanos, os zapotecas, os mixtecas, os astecas e os maias) e dos Andes
(os incas, moches, chibchas, cañaris).

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Muitas civilizações nativas do continente surgiram no período Pré-Conquista, com caracte-


rísticas e marcas que incluíam assentamentos permanentes ou urbanos, agricultura, arquitetura
cívica e monumental e complexas hierarquias sociais. Algumas dessas civilizações já tinham
desaparecido antes da chegada dos europeus e são conhecidas através de pesquisas arqueo-
lógicas. Outras foram contemporâneas dessa chegada e, também, são conhecidos através de
relatos históricos da época. Algumas, como os maias, tinham seus próprios registros escritos.
Na América do Norte, dentre os grupos indígenas mais conhecidos estão os Cherokees,
os Iroqueses, os Algonquinos, os Comanches, os Apaches, os Esquimós, os Chipwyangs, os
Crees, os Cheienes, os Sioux, dentre outros. É importante ressaltar também que muitos grupos
indígenas nomeiam ou inspiram nomes de estados americanos, como: Dakota, Illinois, Massa-
chusetts, Iowa, Missouri e Delaware.
Contudo, as civilizações que surgiram no México, América Central e do Sul são os grandes
alvos dos concursos. Havia três grupos organizados de maneira bastante complexa, a exem-
plo das primeiras civilizações surgidas no nordeste da África, no Oriente Médio e na Ásia, há
4.000 a.C. Essas três civilizações ameríndias – os maias, os astecas e os incas – tinham
orga- nização política, praticavam agricultura em larga escala com técnicas de irrigação,
promoviam trocas (comércio) e tinham grandes cidades, o que impressionou muito os europeus
As civilizações americanas também exibiam realizações impressionantes em astrono-
mia e matemática. Onde esses povos persistiram, as sociedades e culturas, que são
descen- dentes dessas civilizações, agora podem ser substancialmente diferentes na forma
original. No entanto, muitos desses povos e seus descendentes ainda mantêm várias
tradições e práticas que dizem respeito aos tempos antigos, mesmo que combinados com
culturas que foram mais recentemente adotadas.

Maias

As origens dos maias remontam ao ano 1200 a.C. Esta cultura desenvolveu em três perío-
dos distintos: o pré-clássico, o clássico e o pós-clássico (cada um correspondente a diferentes
lugares do México e da América Central). Porém, seria a partir do ano 250 d.C. que se inicia um
período de progresso que vai até o ano 900 d.C., conhecido como período clássico
A civilização maia desenvolveu-se na América Central, na região da península de Yucatán.
Dividiam-se em várias cidades-Estado autônomas, com governos teocráticos. A economia era
basicamente agrícola, com produção de milho, algodão e cacau. A organização social compu-
nha-se de três camadas: a mais alta era a família real e membros do governo, a segunda
cons- tituía-se de funcionários do Estado e trabalhadores especializados e a terceira era
constituída por agricultores e trabalhadores braçais. Essa divisão social era bastante
rígida, sendo difícil a mobilidade de uma camada social para outra. Eram politeístas.
Os maias desenvolveram um sistema numérico vigesimal – agrupamento de números
em vintena – e o conceito do zero, o que permitiu o uso do cálculo matemático e de
descobertas
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astronômicas. A escrita, por sua vez, ficou indecifrável até a década de 1950, quando o cientis-
ta soviético Knorozov conseguiu decifrá-la parcialmente. Contudo, pouca coisa restou para se
ler, pois os espanhóis e a Igreja Católica destruíram praticamente tudo o que pudesse ser lido,
com vistas a obrigar os maias a aceitarem a cultura espanhola.
Por volta do ano 900, a civilização maia sofreu um declínio de população e iniciou um pro-
cesso de decadência. Alguns estudiosos supõem que o abandono das cidades ocorreu em
função de guerras, insurreições, revoltas sociais, entre outros cataclismos.
De fato, os grandes centros foram abandonados, mas não de um momento para outro. Além
das hipóteses levantadas, pode ter ocorrido outro fator, por exemplo a exploração intensiva dos
meios de subsistência de forma inadequada, provocando exaustão do solo e deficiência alimen-
tar. Quando os espanhóis avançaram sobre o território maia, este já era dominado pelos astecas.

Astecas

Segundo a lenda, Huitzilopochtli, o deus da guerra, guiou os nahuais (que procediam de


Aztlán, daí o nome dos astecas) até o local em que deveriam instalar-se. O marco do lugar era
uma águia sobre um cacto devorando uma cobra. Foi no lago de Hungrh (atual Cidade do Mé-
xico) onde se encontraram com o sinal da multidão, pelo que fundaram a cidade com o nome
de Tenochtitlán. O fato é que a civilização asteca se estabeleceu no vale do México por volta
do ano 1200 da Era Cristã e, no início do século XIV, fundou Tenochtitlán, sua capital e centro
de um vasto império que se estendia desde o norte do atual México até a Guatemala, ao sul, e
do oceano Atlântico até o Pacífico.
A base da economia era a agricultura, destacando-se o cultivo do milho, do tomate, do
algodão e do tabaco. A terra era de propriedade coletiva, dividida entre os clãs. O comércio,
por sua vez, constituía-se na base da troca, contudo algo tinha de ser encontrado que pudesse
equilibrar uma desigualdade de troca: a semente de cacau satisfazia essa necessidade.
A sociedade asteca era rigidamente hierarquizada: o governante, semidivino, situava-se
no topo da pirâmide social, seguido pela aristocracia, pelos artesãos de elite e
comerciantes e, por último, os camponeses e os escravos. Politicamente, o Império Asteca
constituía-se numa monarquia de caráter teocrático e militar.
Apesar de a maior parte das realizações culturais e artísticas ter sido destruída pelos con-
quistadores espanhóis, até hoje é possível admirar as pirâmides e as construções arquitetôni-
cas imponentes, o que permite constatar a importância da religião politeísta na cultura asteca.
Os astecas possuíam uma escrita pictográfica, um sistema numérico vigesimal e um
compli- cado calendário solar.

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Incas

O Império Inca foi o maior império da América pré-colombiana. A Administração, Política e


Centro de Forças Armadas do Império eram todos localizados em Cusco, no atual Peru. O Império
surgiu nas terras altas do Peru em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os Incas uti-
lizaram vários métodos, da conquista militar a assimilação pacifica, para incorporar uma grande
porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do
atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.
A civilização inca constituiu um vasto império nos altiplanos andinos. Muitas lendas fa- lam
de sua origem, destacando-se a que os trata como “filhos do Sol”. No Império, as terras
pertenciam ao Estado, assim como a maior parte dos rebanhos e das minas. Os
camponeses trabalhavam coletivamente a terra, sendo que o Estado concedia a eles uma
pequena parte da produção para a sua subsistência. As colheitas eram reunidas em
armazéns. As reservas do imperador serviam para a manutenção da aristocracia, dos
funcionários do Estado, dos arte-
sãos urbanos, dos soldados e de outros grupos não ligados à terra.
A exploração da massa camponesa pelo Estado se manifestava também pela instituição
da mita: obrigatoriedade de fornecer trabalho gratuito nas obras públicas, como construção de
templos, canais de irrigação, estradas e minas. Os espanhóis, inclusive, adoraram essa moda-
lidade de exploração da mão de obra indígena.
A sociedade inca dividia-se em classes, tendo o imperador – o Inca – como personagem
mais importante, seguido pela aristocracia e pelos sacerdotes; em seguida, vinham os
funcio- nários do Estado, seguidos pelos artesãos e, finalmente, pelos camponeses. Eram
politeístas. Do ponto de vista político, o Estado inca era uma monarquia teocrática, tendo o
imperador, ou Inca, como um deus, descendente do Sol.
Ao contrário dos maias e dos astecas, os incas não chegaram a desenvolver uma escrita
pictográfica. Utilizavam os quipos, um sistema de cordas com diferentes nós que possuíam
um sentido numérico. Alguns autores afirmam que esses quipos possuem também um caráter
alfabético. Contudo, há uma dificuldade para a decifração de tal sistema de escrita.
Em 1532, Atahualpa, o último imperador Inca, havia vencido seu meio-irmão Huascar em
uma batalha perto de Cuzco, no Peru. Atahualpa estava consolidando seu domínio quando
Francisco Pizarro e seus 180 soldados apareceram.
Em novembro de 1532, Pizarro com seu pequeno exército foi a Cajamarca onde se encon-
trava o imperador inca. Pizarro convidou Atahualpa para participar de um banquete em sua
honra e o imperador aceitou. Atahualpa havia acabado de ganhar uma das maiores batalhas
da história Inca e, com um exército de 30 mil homens à disposição, ele achava que não tinha
nada a temer de um desconhecido branco de barba com apenas 180 homens.
No ponto de encontro, Atahualpa chegou escoltado por milhares de homens, todos aparente-
mente desarmados. Pizarro enviou um sacerdote para forçar o imperador a aceitar a soberania
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do cristianismo e do imperador Carlos V. O Inca se recusou, lançando ao chão uma Bíblia entre-
gue a ele. Pizarro, imediatamente, ordenou um ataque. Com armas de fogo e cavalaria – coisas
até então desconhecidas dos incas – milhares foram abatidos e o imperador foi capturado. Em
troca da liberdade, Atahualpa concordou de encher de tesouros o grande aposento que ocupava.
Foram trazidas cerca de 24 toneladas de ouro e prata de todo o império Inca. Pizarro, contudo,
não tinha intenção de libertar o imperador. Ao contrário, acusou-o de ter cometido vários crimes:
heresia, poligamia, conspiração e assassinato de Huascar. Atahualpa foi condenado à morte
podendo escolher duas opções: ser queimado vivo ou estrangulado por garrote se convertido ao
cristianismo. Na esperança de preservar o seu corpo para mumificação, Atahualpa escolheu a
segunda opção, e um colar de ferro foi apertado em seu pescoço até sua morte.
Existem outros povos pré-colombianos que não foram tratados aqui. O citarei apenas por
desencargo de consciência porque, em realidade, não serão cobrados pela banca. São povos
que, ou deram origem aos maias, astecas e incas, ou foram conquistados por eles: olmecas,
mixtecas, zapotecas, teotihuacán e os toltecas.

015. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Antes da chegada dos europeus,


os incas haviam constituído um grande império no continente americano, que
a)atingiu sua maior extensão após incorporar os territórios do império maia, estabelecendo, a
partir de uma sede em Cuzco, uma grande rede de estradas, de Norte a Sul da região, e um
eficaz sistema de comunicação por meio de mensageiros.
b)era por eles denominado Tawantinsuyu e se mantinha sob forte centralização política e gran-
de unidade territorial por meio de um rígido sistema de leis e cobrança de um imposto deno-
minado mita sobre todos os povos dominados, pago com dinheiro, mercadorias ou escravos.
c)era governado por uma nobreza incaica, que resistiu militarmente à conquista espanhola
durante décadas, sem ceder a propostas de alianças ou acordos de paz, até o assassinato de
seu último imperador, Túpac Amaru II.
d)se estruturou a partir da economia de subsistência, valendo-se da pesca e da coleta abun-
dantes na região, e de um forte componente religioso identitário, o culto ao Inca, considerado
a principal autoridade e divindade.
e)foi precedido, na região andina, pelo Império Tiauanaco-Huari, e foi composto por uma gran-
de diversidade de culturas, correspondentes a diferentes etnias.

Querido(a), esta questão aparenta ter um alto grau de dificuldade. Mas, atente-se: ainda que
você não conheça todas as informações listadas nas alternativas, existem erros que possibili-
tam o gabarito por eliminação. Veja:

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a)Errada. Os Incas sequer tiveram contato com os Maias. O território Maia já era dominado
pelos Astecas quando da chegada dos europeus.
b)Errada. A mita era um tributo de mão de obra, portanto, não poderia ser pago com dinheiro,
mercadorias ou escravos
c)Errada. O último imperador inca foi Atahualpa que, já no primeiro contato com os espanhóis,
foi vítima de uma emboscada organizada por Francisco Pizarro.
d) Errada. A produção gerava excedentes que eram administrados pelo estado.
e)Certa. Por eliminação, ainda que nunca tenha ouvido falar sobre o Império Tiauanaco-Huari,
destaca a existência de vários povos que foram subjugados pelos Incas.
Letra e.

7. I LuMINIsMO E REVOLuÇÃO f RANCEsA


1. I LuMINIsMO
O Iluminismo foi um movimento intelectual que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e
França, nos séculos XVII e XVIII. Apesar de ocorrer nesses três países, Paris foi o grande centro
de propagação do Iluminismo. É por isso, meu(minha) caro(a), que a capital francesa até hoje
é conhecida como cidade das luzes.
Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento,
deu origem a ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia. Os filósofos
e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se propagadores da luz e do conheci-
mento, sendo, por isso, chamados de iluministas. Noutros termos, entendiam que as luzes
da razão iluminariam as mentes imersas na escuridão da ignorância. Preconizavam o uso da
razão no lugar da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade.
O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução Industrial,
abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa, com
seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Para facilitar seu estudo, sejamos objetivos. Veja o que criticavam os iluministas:
Mercantilismo: Por impedir a liberdade comercial para a burguesia
Absolutismo monárquico: Por limitar os direitos políticos.
Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Assim, com base nos três pontos criticados acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
O predomínio da burguesia e seus ideais.
Querido(a), em resumo, o iluminismo rejeitava a herança medieval. Por isso, passaram
a chamar este período de “Idade das Trevas”. Foram esses pensadores que inventaram a
ideia

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que nada de bom havia acontecido nesta época. Por isso, advogavam pela limitação dos privi-
légios do clero e da igreja, bem como, o uso da ciência para questionar as doutrinas religiosas.
Em oposição ao Mercantilismo, o Estado deveria praticar o liberalismo. Ao invés de intervir
na economia, o Estado deveria deixar que o mercado a regulasse. Essas ideias foram expostas,
principalmente, por Adam Smith.
Contrários ao Absolutismo, os iluministas afirmavam que o poder do rei deveria ser limi-
tado por um conselho ou uma Constituição. Igualmente, os súditos deveriam ter mais direitos e
serem tratados de forma igualitária. Com isso queria se afirmar que todos deveriam pagar
impostos e minorias como os judeus tinham que ser reconhecidos como cidadãos plenos.
Por serem avessos ao absolutismo e aos privilégios dados à nobreza e ao clero, acabaram
abalando os alicerces da estrutura política e social absolutista. Para propagar os ideais do
movimento os filósofos Diderot e D’Alembert buscaram reunir todo o conhecimento produzido
à luz da razão num compêndio dividido em 35 volumes chamado Enciclopédia (1751-1780).
Primeira página da primeira edição da Enciclopédia

Querido(a), como não está fazendo um curso de filosofia, elenquei apenas os principais
iluministas e um breve resumo de suas ideias. Vamos a eles:
• John Locke: John Locke é Considerado o percursor do iluminismo. Sua principal obra foi
“Ensaio sobre o entendimento humano”, em que Locke defende a razão afirmando
que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma ideia. Defendeu a liberdade
dos cidadãos e condenou o absolutismo, sendo percursor do liberalismo político.
• Voltaire: François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católi-
co, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.

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• Montesquieu: Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” de-
fendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No entanto, Montes-
quieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para
uma monarquia moderada.
• Rousseau: Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma
que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado
com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cida-
dãos. Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.
• Quesnay: François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pre-
gavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.
• Adam Smith: Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de ideias denomi-
nado liberalismo econômico. A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na
qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da
procura:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e
política para os grupos particulares.

As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis


absolutistas, com medo de perder o governo – ou mesmo a cabeça –, passaram a aceitar algu-
mas ideias iluministas e buscaram implantar medidas embasadas no iluminismo para moder-
nizar seus respectivos Estados. Assim nasceu o despotismo esclarecido. Isso acontecia sem
abdicação de seu poder absoluto, mas apenas conciliando-o aos interesses populares.
O despotismo esclarecido foi uma forma reformista de governar característica da
Europa, era apoiada por princípios iluministas. Desenvolveu-se no leste europeu onde a
economia ainda era atrasada e a burguesia era muito fraca ou inexistente. O despotismo
esclarecido visava acelerar o processo de modernização de alguns países e assim
aumentar seu poder e prestígio a fim de enfraquecer a oposição ao seu governo.
Argumentam que governam em nome da felicidade dos povos. Os principais déspotas es-
clarecidos foram:
Frederico II: foi o principal déspota esclarecido prussiano onde reformou o sistema penal,
aboliu as torturas praticadas por seu pai, fundou escolas promovendo a educação, incentivou a
produção cultural comercial e manufatureira, decretou a tolerância religiosa.
Catarina II: estrangeira da Prússia assumiu a Rússia e construiu escolas, hospitais, refor-
mou e modernizou cidades, racionalizou a administração pública e limitou a ação da igreja.
José II: imperador da Germânia aboliu a servidão e a tortura, secularizou seus bens, fundou
escolas, hospitais e asilos, concedeu liberdade de culto a toda crença religiosa, criou impostos
para o clero e a nobreza, limitou feriados e peregrinações, tornou a língua alemã como obrigatória.
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Marquês de Pombal: conde português que iniciou reformas administrativas econômicas e sociais
desenvolveu o comércio colonial, isentou impostos para exportações, fundou o banco real, expul-
sou os jesuítas de Portugal, modernizou o exército.
Muitas reformas promovidas pelos déspotas esclarecidos tiveram vida curta. A maioria foi
anulada pelos seus sucessores. Contudo, os ideais iluministas tiveram serias implicações
sociopolíticas. Como exemplo, o fim do colonialismo e do absolutismo e o avanço do libera-
lismo econômico, bem como a liberdade religiosa, o que culminou em movimentos como a
Revolução Francesa (1789).
Além disso, as luzes do iluminismo encontraram ressonância no Brasil. Como vimos na
aula anterior, estas ideias orientaram todas as conspirações e movimentos voltados para a
ruptura do domínio lusitano sobre a colônia. Assim, a Inconfidência Mineira de 1789, a Revolta
dos Alfaiates de 1798 na Bahia e a Revolução Pernambucana de 1817 se constituíram nos
principais movimentos políticos influenciados pelos ideais iluministas que culminaram na In-
dependência proclamada em 1822.

016. (ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2º DIA/2019) Assim como os fenômenos físicos –


diziam os iluministas –, as relações entre os indivíduos são regidas pelas leis da natureza. Os
pensadores iluministas podem ser divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas.
Respectivamente, são representantes desses dois grupos:
a) Voltaire e Adam Smith.
b) Diderot e Montesquieu.
c) Piaget e François Quesnay.
d) Vincent de Gournay e Voltaire.
e) François Quesnay e Sartre.

O pensador iluminista francês Voltaire se notabilizou por escrever crônicas debochadas so- bre
a Igreja, a quem se referia como a “infame”. Em sua obra “Cartas Inglesas” nota-se uma
admiração ao estabelecimento de limites ao poder absoluto do Antigo Regime e uma defesa
pelas liberdades individuais. Adam Smith, por sua vez, foi um economista inglês que ficou co-
nhecido como o “pai” do liberalismo econômico. Desenvolveu conceitos de livre concorrência e
a autorregulação do Estado, junto à David Ricardo defendeu a não-intervenção do Estado na
economia e considerava o trabalho como a principal fonte de riqueza.
Letra a.

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1.7.2.A R EVOLuÇÃO f RANCEsA


Querido(a), para entender a série de eventos que levou à Revolução Francesa em 1789, é
fundamental ter em mente o processo geral europeu de transformação das antigas monar-
quias feudais em Estados absolutistas, que ganhou sua mais famosa expressão neste reino.
Como vimos, durante o século XVIII, o Iluminismo se propagou entre os burgueses e pro-
pulsionou o início da Revolução Francesa. Este movimento intelectual destinava duras críticas
às práticas econômicas mercantilistas, ao absolutismo, e aos direitos concedidos ao clero.
A partir do reinado do primeiro monarca da dinastia dos Bourbon, Henrique IV (1553-1610), os
soberanos franceses habituaram-se a não convocar os Estados Gerais e deixar de lado os grandes
senhores, preferindo nomear ministros burgueses para os cargos mais importantes do governo.
No reinado do filho de Henrique IV, Luís XIII (1601-43), o soberano passaria a ser encarado
como representante da vontade divina para o reino, sendo único intérprete dos interesses de
Estado e, logo, principal símbolo da manutenção da ordem e da prosperidade da nação. Mas
foi com o filho de Luís XIII, Luís XIV (1638-1715) – o Rei Sol – que o absolutismo francês
assumiu sua forma máxima de expressão. Nas últimas décadas do século XVIII, o tataraneto
de Luís XIV, Luís XVI (1754-93) ainda reinaria nos mesmos moldes ideológicos estabelecidos
pelos seus ancestrais.
A situação de França, no entanto, era agora crítica no plano político-econômico. Contando
com cerca de 25 milhões de habitantes, a sociedade era altamente estratificada. O topo da pi-
râmide era ocupado por cerca de 120 mil pessoas que detinham cargos na Igreja, possuidoras
de 10% das terras do reino. O chamado primeiro estado era isento de impostos, serviço
militar e até mesmo julgamento em tribunais comuns.
Já o segundo estado era composto por cerca de 400 mil nobres, a maioria dos quais vivia
em seus próprios castelos ou na corte real em Versalhes. Eles também não pagavam impos-
tos, sendo sustentados pelo trabalho de 98% da população – que consistia, portanto, no tercei-
ro estado, formado por mais de 24 milhões de pessoas de diversos setores sociais, incluindo a
mais miserável parcela da população: os camponeses. Na época de Luís XVI, cerca de 80% da
renda destes era destinada ao pagamento de impostos.
Apoiado em tal frágil estrutura, o reino francês afundou com facilidade numa crise econômi-
ca ocasionada principalmente pelos gastos com as intervenções militares em conflitos externos.
Em 1785, uma forte seca quase acabou com o rebanho bovino, e, em 1788, péssimos
resultados na safra agrícola elevaram brutalmente os preços dos alimentos, fazendo a fome se
alastrar.
Aos milhares, os pedintes passaram a vagar pelo país e alguns começaram a roubar e
destruir castelos, muitas vezes assassinando seus proprietários. Muitos culpavam a nobreza
pela miséria em que o reino se encontrava. Na capital, Paris, operários e artesãos começaram
a fazer greves e desempregados saqueavam lojas. Manifestações contra a política econômica
tornaram-se comuns.
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Em 1789, para solucionar o grave déficit das contas públicas, o ministro de Finanças, Jac-
ques Necker, propôs que o clero e a nobreza passassem a pagar impostos. A ideia foi rejeitada.
Pouco depois, com o agravamento da crise, Luís XVI convocou os chamados Estados Gerais
pela primeira vez em quase 200 anos para discutir soluções.
Nesta série de reuniões, cada estado tinha um voto em cada matéria discutida. Como seus
interesses eram bastante similares, clero e nobreza tendiam a votar juntos, invariavelmente
ganhando todas as votações. No dia da abertura dos Estados Gerais de 1789, porém, o
terceiro estado pediu que a contagem de votos passasse a ser feita por cada deputado
individual.

017. (AMEOSC/PREFEITURA DE ITAPIRANGA/SC/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2021)


De acordo com os historiadores especializados, são causas da Revolução Francesa, EXCETO:
a) A monarquia francesa não mais vista pela população como proveniente de uma escolha divina.
b) O clero estava insatisfeito com a perda gradual de terras.
c) A burguesia se ressentia de sua exclusão do poder político e de posições de honra.
d) A difusão das ideias dos filósofos iluministas.

O clero não perdera terras para a monarquia francesa ou para a burguesia.


Letra b.

Assembleia Nacional Constituinte

Após um mês de impasse sobre a questão, o terceiro estado se retirou para uma sala se-
parada, se autoproclamando em 9 de julho como a Assembleia Nacional Constituinte.
Incapaz de dissolver a reunião independente do terceiro estado, o rei ordenou que os outros
dois esta- dos se unissem a ele. Enquanto isso, contudo, ele convocou o Exército para sufocar
o que via como uma sedição.
Quando a notícia da traição de Luís XVI se espalhou, grande parte da população se revol-
tou. Em 14 de julho, uma multidão invadiu os arsenais do governo e se apoderou de cerca de
30 mil mosquetes, rumando depois até a Bastilha, antiga fortaleza onde o governo encarcerava
os opositores, e tomou-a após algumas horas de combate. Embora estivesse praticamente
desativada na ocasião, ela constituía um dos maiores símbolos do absolutismo, e, sua queda,
costuma ser tratada com o marco zero da Revolução Francesa.
Nos dois anos que se seguiriam, Luís XVI e sua família permaneceram confinados em um palácio
em Paris. Neste período, aconteceu a promulgação da primeira Constituição da França, em
1791.
Para fins de estudo dividimos a Revolução Francesa em três fases:
Primeira fase (1789-1792): Monarquia Constitucional;
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Segunda fase (1792-1794): Convenção – 1792/1793 e Terror;
Terceira fase (1794-1799): Diretório.

Monarquia Constitucional

A Carta Magna francesa estabelecia a divisão entre os três poderes do Estado e


definia a
monarquia constitucional como forma de governo.
O rei seria o chefe do Executivo, tendo a prerrogativa para vetar leis, mas seu poder ainda
estaria limitado pelas normas constitucionais. O voto para eleger aqueles que seriam os 745
membros do Legislativo, porém, seria censitário – o que significava que apenas uma pequena
parcela da população poderia votar.
No dia 26 de agosto de 1789 foi aprovada pela Assembleia a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
Esta Declaração assegurava os princípios da liberdade, da igualdade, da fraternidade
(“Li- berté, égalité, fraternité” – lema da Revolução), além do direito à propriedade.
A recusa do rei Luís XVI em aprovar a Declaração provoca novas manifestações populares.
Os bens do clero foram confiscados e muitos padres e nobres fugiram para outros países. A
instabilidade na França era grande.
Em junho de 1791 ocorreria uma tentativa de fuga da família real para a Áustria, terra de
nascimento da rainha Maria Antonieta. Detidos a poucos quilômetros da fronteira, eles seriam
reconduzidos para o palácio parisiense, apenas para serem presos pouco depois sob a acusa-
ção de conspiração contra o Estado.
AConstituiçãoficou prontaem setembro de 1791. Dentre os muitos artigos podemos destacar:
o governo foi transformado em monarquia constitucional;
o poder executivo caberia ao rei, limitado pelo legislativo, constituído pela Assembleia;
os deputados teriam mandato de dois anos;
o voto não teria caráter universal: só seria eleitor quem tivesse uma renda mínima (voto
censitário);
suprimiu-se os privilégios e as antigas ordens sociais;
confirmou-se a abolição da servidão e a nacionalização dos bens eclesiásticos;
manteve-se a escravidão nas colônias.
Com a prisão do rei, o governo passou para as mãos do chamado Conselho Executivo
Pro- visório, liderado pelo advogado George-Jacques Danton. A Assembleia Nacional foi
dissolvida e substituída pela Convenção Nacional, cujo controle era disputado pelos jacobinos –
defen- sores da República e representantes da pequena e média burguesia – e pelos
girondinos – políticos moderados que procuravam negociar com a monarquia. Em 22 de
setembro, foi pro- clamada a República e, em 21 de janeiro do ano seguinte, Luís XVI foi
executado na guilhotina.

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Convenção – 1792/1793 e Terror

Internamente, a crise começava a provocar divisão entre os próprios revolucionários:


Os girondinos – representantes da alta burguesia, defendiam posições moderadas.
Os jacobinos – representantes da média e da pequena burguesia, constituía o partido mais
radical, sob a liderança de Maximilien Robespierre.
Foi assim instalada a ditadura jacobina que introduziu novidades na Constituição como:
Voto universal e não censitário;
fim da escravidão na colônias;
congelamento de preços de produtos básicos como o trigo;
instituição do Tribunal Revolucionário para julgar os inimigos da Revolução.
Nessa altura, foram ordenadas a morte, pela guilhotina, de várias pessoas que eram contra
a revolução. As execuções tornaram-se um espetáculo popular, pois aconteciam diversas ve-
zes ao dia num ato público.
O próprio rei Luís XVI foi morto desta forma em 1793. Meses depois a rainha Maria Antonie-
ta também foi guilhotinada. Essa fase, entre 1793 e 1794, é conhecida como “O Terror”.
A Lei dos Suspeitos aprovava a prisão e a morte cruel dos anti-revolucionários. Nessa mes-
ma altura, as igrejas eram encerradas e os religiosos obrigados a deixar seus conventos. Aqueles
que recusavam eram executados. Além da guilhotina, os suspeitos eram afogados no rio Loire.
Em abril de 1793, foi criado o Comitê de Salvação Pública, que convocaria cerca de 300
mil homens para a guerra. Além disso, foi criado o Tribunal Revolucionário, que julgaria
diversos suspeitos de traição. Era o início da época do chamado Terror, que até 1794 executaria
cerca de 35 mil pessoas, entre elas a antiga rainha Maria Antonieta e o próprio George-Jacques
Danton. Para os ditadores, essas execuções eram uma forma justa de acabar com os inimigos.
Essa ati- tude causava terror na população francesa que se voltou contra Robespierre e o acusou
de tirania.
Nessa sequência, após ser detido, também Robespierre foi executado na ocasião que ficou
conhecida como “Golpe do 9 Termidor”, em 1794.

Diretório (1794-1799)

A fase do Diretório dura cinco anos de 1794-1799 e se caracteriza pela ascensão da alta
burguesia, os girondinos, ao poder. Recebe este nome, pois eram cinco diretores que
governa- vam a França neste momento.
Inimigos dos jacobinos, seu primeiro ato é revogar todas as medidas que eles haviam feito
durante sua legislação. No entanto, a situação era delicada. Os girondinos atraíram a antipatia
da população ao revogar o congelamento de preços, por exemplo.
Vários países europeus como a Inglaterra e o Império Austríaco ameaçavam invadir a Fran-
ça a fim de conter os ideais revolucionários. Por fim, a própria nobreza e a família real no exílio,
buscavam organizar-se para restaurar o trono. Diante desta situação, o Diretório recorre ao
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Exército, na figura do jovem e brilhante general Napoleão Bonaparte para conter os ânimos
dos inimigos. Desta maneira, Bonaparte dá um golpe (o 18 Brumário) em que instaura o Con-
sulado, um governo mais centralizado que traria paz ao país por alguns anos. Chegava ao fim
o processo da Revolução Francesa para dar início ao que os historiadores convencionaram
chamar de Era Napoleônica.
Os ideais da Revolução Francesa encontraram ressonância em toda a Europa e, mesmo no
continente americano. Vários movimentos liberais eclodiram no velho continente no início do
século XIX. Na América Latina, as antigas colônias espanholas promoveram suas independên-
cias, se aproveitando do enfraquecimento espanhol que fora invadido pelas tropas napoleôni-
cas. Em 1804, o Haiti tornou-se o único país das Américas que conquistou sua independência
a partir de uma rebelião de escravos.

018. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) A Revolução Francesa, em fins


do século XVIII, foi um evento marcante não apenas para a história europeia, mas também
para a história do continente americano, influenciando rebeliões e movimentos revolucionários
inspi- rados nos seus ideais, tais como a
a) Revolução Haitiana e a Revolta dos Alfaiates, no Brasil.
b) Inconfidência Mineira, no Brasil, e a Revolta de Túpac Amaru, no Peru.
c) Revolução Americana, nas Treze Colônias, e a Revolta de Beckman, no Brasil.
d) Guerra de Independência Cubana e a Revolução Mexicana.
e) Revolução Boliviana e a Guerra da Cisplatina.

Note que a banca relaciona movimentos ocorridos na América e no Brasil. A alternativa a é a úni-
ca que apresenta movimentos revolucionários que foram influenciados pelos ideais da Revolu-
ção Francesa. Trataremos em maiores detalhes sobre a Revolta dos Alfaiates “História da Bahia”.
Letra a.

Prezado(a) professor(a),
Chegamos ao final de mais uma parte teórica. Na sequência, estude o resumo e os ma-
pas mentais. Faça os exercícios com muito cuidado, sem pressa. Qualquer dúvida, só cha-
mar no fórum, ok?
Ah, não se esqueça de avaliar a aula!
Até a próxima! Grande abraço.
Professor Daniel

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RESUMO
Renascimento Cultural
• Itália: Berço do Renascimento
• Mecenato
• Cultura urbana e comercial
• Valores greco-romanos
• Arte, literatura

Reformas Religiosas:
• Luterana: Martinho Lutero, Alemanha. A fé é o meio de salvação.
• Calvinista: João Calvino, Suíça. O trabalho leva a salvação. Predestinação Divina
• Anglicana: Henrique VIII, Inglaterra. Embate com a Igreja Católica em virtude da intenção de
se casar. Aproveitou da situação para tomar as terras e a estrutura da Igreja na Inglaterra.
• Contrarreforma: Reação da Igreja Católica contra as reformas religiosas.

Expansão Ultramarina e a Colonização


• Pioneirismo Português: posição geográfica, primeiro Estado-Nação, centralização política.
• Colonização espanhola: encomenda, mita, criollos, vice-reinos.

A América Pré-Colombiana
• Maias, Astecas, Incas.
• Sociedades hierarquizadas
• Avanços na matemática, astronomia, calendário maia.

OAbsolutismo e o Antigo Regime


• Absolutismo: poder centralizado no rei.
• Teóricos do Absolutismo: Hobbes, Jean Bodin, Jacques Bossuet, Maquiavel
• Mercantilismo: sistema econômico do absolutismo

Iluminismo: Luzes da Razão


• Inglaterra, Holanda, França
• Liberdade, igualdade, fraternidade
• Economistas: Adam Smith, Quesnay
• Filósofos: Descartes, John Locke, Montesquieu, Voltaire, Rousseau
• Críticas: absolutismo, mercantilismo, privilégios de classe
• Defesa: liberalismo, estado de direito, racionalismo

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A Revolução Francesa
• Crise: Gastos da corte, gastos com guerras, crise agrícola.
• Tomada de Bastilha
• Assembleia Constituinte
• Monarquia Constitucional: Declaração dos Direitos do Homem
• Convenção Nacional e o Terror
• Diretório
• Consulado

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MAPAS MENTAIS

Renascimento Cultural
C LASSICISMO
A NTROPOCENTRISMO
R ACIONALISMO
I NDIVIDUALISMO
N NATURALISMO
H EDONISMO /HUMANISMO
O TIMISMO

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Entre as transformações
históricas ocorridas na sociedade medieval europeia no período conhecido como Baixa Idade
Média (do século XI ao século XV) tem-se:
a)O surgimento das primeiras Cruzadas, a implementação das relações de suserania e vassa-
lagem e o início do feudalismo.
b)As invasões bárbaras que aceleraram a formação de feudos, a instituição do trabalho servil e
a pandemia conhecida como Peste Negra.
c)O fim do Império Bizantino, a criação das primeiras corporações de ofício e o auge da expan-
são marítimo-comercial europeia.
d)O aumento da produtividade agrícola graças a novas técnicas de cultivo, o crescimento ur-
bano favorecendo a formação de burgos e o aumento da exploração dos camponeses.
e)O fortalecimento da Igreja Católica, a expansão do Império Carolíngio e a implantação das
moedas nacionais.

002. (FGV/VESTIBULAR/2015) Analise o mapa.

Considerando-se as informações do mapa e o processo histórico europeu do século XIV, é


correto afirmar que

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a)as rotas comerciais terrestres do leste da Europa em direção ao Oriente são mais numero-
sas e, portanto, tornam essa região a mais rica do continente na Alta Idade Média, pelo aumen-
to demográfico e pela expansão da agricultura.
b)as rotas comerciais, no mar Mediterrâneo, só enriquecem as cidades italianas e as cidades
do norte da África, já que as transações são dificultadas pelas diferentes moedas e pela ausên-
cia de meios de troca, caso das cartas de crédito.
c)o comércio se expande com o crescimento da população e da agricultura, o que desenvolve
as feiras e as cidades na Idade Moderna, especialmente no norte da África, pela facilidade dos
cheques, das letras de câmbio e do crédito.
d)as cidades da Liga Hanseática, entre o mar do Norte e o mar Báltico, aumentam a circulação
de mercadorias gerada pela redução tributária, porém trazem o seu isolamento em relação ao
restante dos mercados e feiras.
e)os três principais focos europeus de comércio na Baixa Idade Média são as cidades italia-
nas no Mediterrâneo, as feiras na região de Champagne e a Liga Hanseática no mar do Norte
e no Báltico, que mantêm comunicações entre si.

003. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROFESSOR ADJUNTO II/ÁREA:


HISTÓRIA/2016)
Considere as figuras abaixo.
Figura 1

Escultura de Policleto conhecida como Doríforo (ou homem que carrega a lança, século V
a.C.) Os artistas gregos do período clássico procuravam transmitir em suas esculturas valores
como ordem, equilíbrio, harmonia, simplicidade.

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Figura 2

Além da beleza única de suas proporções, David, esculpido em mármore por Michelangelo, é
portador de um importante significado para a compreensão do Renascimento. Michelangelo o
idealizou tendo em mente o personagem bíblico que venceu o gigante Golias em um combate
entre a inteligência e a força bruta. Desta maneira, o artista expressa o humanismo renascen-
tista como uma vitória da razão sobre as forças cegas da natureza.
(In: AZEVEDO, Gislene; SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo: Ática, 2005. p. 56 e
135)

Uma comparação entre as figuras acima permite afirmar que


a)os princípios do racionalismo e do humanismo, presentes nas obras de artes renascentis-
tas, tiveram sua origem na teologia medieval, que defendia a independência da razão perante
o mundo espiritual.
b)as principais características do Renascimento foram: romantismo, espírito crítico em re- lação
à política, adoção de temas de inspiração exclusivamente naturalista, evidenciando a
preocupação com o homem.
c)o contraste entre a arquitetura medieval, que pregava a humildade cristã, e a renascentista,
que proclamava a dignidade do homem, aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas
demais atividades religiosas decorrentes do humanismo.
d)o fenômeno marcante da cultura renascentista, baseada no modelo da civilização grega,
foi seu caráter universalista, sendo o deísmo um dos ideais almejados, pois dava acesso à
sabedoria e à santidade.
e)os humanistas do Renascimento reataram o elo perdido durante a Idade Média com o antigo
mundo grego. Daí fizeram renascer os ideais da arte que colocavam na figura humana a mais
bela criação de Deus.

004. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA/REDATOR/2019) O absolutismo, como o próprio


termo sugere, tem como base o poder absoluto do governante, que dessa forma
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a)assume o comando das Forças Armadas e passa a instituir um regime militar autoritário, com
a finalidade de transferir gradativamente seus poderes para uma instituição estatal consi- derada
sólida, absoluta e impessoal.
b)exerce o poder amparado pela tese de que sua autoridade tem origem divina, e que a mo-
narquia é o regime ideal de governo, capaz de assegurar vitórias militares, prosperidade e o
sentimento de unidade em torno da figura de um soberano.
c) age como déspota ou tirano, obedecendo a seus caprichos e interesses, sem a preocupação
de justificar seu poder, expor sua imagem ou estabelecer alianças.
d)centraliza o governo em suas mãos, exercendo, para isso, uma estratégia populista de comu-
nicação para conquistar a aprovação dos setores emergentes da sociedade, como a burguesia.
e) se torna o grande líder espiritual e religioso de seus país, fundando uma igreja baseada no
culto personalista de sua figura e em regras por ele inventadas.

005. (OMNI/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO/SP/PEB II/HISTÓRIA/2021) Leia o trecho


que se segue a respeito da Reforma Protestante: “Coube a Martinho Lutero falar por essa
Alema- nha dividida: ‘nenhuma nação é mais desvalorizada que a alemã. A Itália nos chama de
bestas, França e Inglaterra troçam de nós, assim como os demais!’, bradava.” Embora tenha se
iniciado por um caráter estritamente teológico, a Reforma promovida por Martinho Lutero, a
partir de 1517, só obteve seu rápido sucesso pois:
a)ao contrário dos demais Estados Nacionais que surgiam na Europa, a Alemanha de Lutero
encontrava-se dividida em um império sem unidade, fazendo com que os príncipes das várias
regiões da Alemanha enxergassem em Lutero o ponto de unificação que convergiria com seus
interesses políticos e econômicos.
b)a maior parte dos países católicos não estavam satisfeitos com a constante intervenção do
papado em seus respectivos governos, vislumbrando no discurso de Lutero a possibilidade de
alcançarem maior autonomia política e religiosa.
c)obteve apoio da Igreja Católica, que via na sutileza e jovialidade da pregação luterana uma
forma de alcançar povos não cristãos, sobretudo judeus e árabes.
d)o discurso luterano não atacava as principais bases do catolicismo, o que não resultou em
uma repulsa contundente por parte do papado, sendo, pelo contrário, assimilado como mais
um conjunto de doutrinas da Igreja.

006. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Dentre as consequências da


Refor- ma protestante iniciada na Alemanha, cita-se:
a)O surgimento de novas igrejas em toda a Europa, a exemplo da Igreja Ortodoxa Grega, le-
vando a maioria dos países europeus a reverem sua religião oficial e não mais reconhecerem
a autoridade papal.
b)A reorganização administrativa e missionária da Igreja Católica para fazer frente à forte atra-
ção que as religiões não cristãs, então emergentes, passam a exercer na população camponesa.

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c) A divisão da nobreza europeia entre reinos católicos e protestantes, causando guerras por
motivos religiosos, entre outros fatores, a exemplo da Guerra dos Trinta Anos.
d)A eliminação de determinadas práticas arraigadas na Igreja Católica, denunciadas pelos
protestantes, como a cobrança de dízimo, a condenação por heresia e a instituição do celibato.
e)A mudança na forma da escolha do Papa, agora por meio de eleição, e a simplificação dos
rituais católicos, a exemplo da substituição do uso do latim por línguas vernáculas, nas missas e
em outras celebrações eucarísticas.

007. (OMNI/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO/SP/PEB II/HISTÓRIA/2021) A Reforma


Católi- ca ou Contrarreforma foi um movimento que, antes de ser uma resposta aos ideais
teológicos luteranos, buscava atender aos anseios de clérigos da própria Igreja, que
propugnavam por mudanças antes mesmo dos reformadores protestantes. Buscando revisar
algumas questões doutrinárias e morais, ao mesmo tempo em que reafirmava outras, a Igreja
de Roma procurou fortalecer a autoridade da eclesiástica e coibir seus excessos, sobretudo os
denunciados por Lutero. Para tanto, uma série de reuniões aconteceram, a partir de 1545, em
espécies de as- sembleias que ficaram conhecidas como:
a) O Concílio de Niceia.
b) O Concílio de Latrão.
c) Concílio de Hipona.
d) Concílio de Trento.

008. (FCC/METRÔ-SP/2016) Dada a escassez de metais preciosos na Europa, era fundamen-


tal para os mercadores europeus estabelecer uma relação comercial sem intermediários com a
África ocidental, na época a principal fonte produtora de ouro, além de sal, pimenta e, mais
tarde, escravos negros.
(SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1992. p. 17)

O texto identifica uma das causas responsáveis


a) pela tomada de Constantinopla e o fechamento do comércio no século XIV.
b) pela expansão marítima europeia do século XV e do “achamento” do Brasil.
c) pela guerra europeia entre Portugal e Espanha durante todo século XIV.
d) pelo restabelecimento da rota entre oriente e ocidente através do Mediterrâneo.
e) pela crise europeia do século XV e a criação da Escola de Sagres em Portugal.

009. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Considere as afirmações sobre


as
grandes navegações iniciadas no século XV:
I – As grandes navegações atlânticas foram estimuladas pela busca de novas rotas para as
Índias e para o Oriente, visando combater o monopólio das cidades italianas e as dificuldades
impostas pelos Otomanos.

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II.– O pioneirismo dessas navegações coube à Espanha e à França, cujas monarquias, tempo-
rariamente unidas por elos da Dinastia Bourbon, estiveram vivamente empenhadas na corrida
mercantilista, patrocinando estudos que resultaram em novos traçados de rotas para o Oriente,
contornando a costa africana.
III.– O conhecimento científico e a técnica presentes nas navegações portuguesas tiveram re-
lação com as trocas culturais decorrentes da ocupação árabe da Península Ibérica, o processo
de formação do Estado nacional português e a expertise no comércio de especiarias.
IV.– A Inglaterra, com sua tradição de pirataria, esteve entre as potências que lideraram as
grandes navegações, sendo responsável pela descoberta e exploração do norte do continente
americano, além da primeira circum-navegação do globo, com Francis Drake.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) I e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e IV.

010. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A historiografia utiliza a expressão


“pioneirismo ibérico” para indicar a liderança de Portugal e Espanha na expansão ultramarina
nos séculos XV e XVI.
Com relação ao processo de expansão marítima português, analise as afirmativas a seguir.
I.– Dentre as especialidades da arte náutica os portugueses ganharam reconhecimento pela
cartografia e pela técnica de construção e navegação de caravelas, que transformou Portugal
em um centro de referência.
II.– A presença portuguesa no Oriente foi garantida graças a guerras travadas com os árabes,
que controlavam o tráfego no Índico Ocidental, de que é exemplo a ocupação de Goa.
III.– A conquista da ilha da Madeira é o marco inicial da expansão marítima portuguesa, tor-
nando efetivo o modelo de colonização baseado na exploração da agromanufatura do açúcar.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

011. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) O Brasil foi


colonizado por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A
colonização das Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a
escravidão de povos oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no
cenário
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onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins
do século XVIII e primeira metade do XIX.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
A chegada dos europeus ao território que seria denominado América integrou o processo de ex-
pansão comercial e marítima europeia dos séculos XV e XVI, que se prolonga na Idade Moderna.

012. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) Considere a pintura.

A pintura acima, uma aquarela da autoria de Carlos Julião, pintor do século XVIII, traz elemen-
tos históricos importantes sobre o processo de mineração no Brasil, que foi implementado
a) sob um rígido controle exercido sobre os escravos, representado na pintura, a fim de se
evitar o contrabando, que, no entanto, ocorreu de forma desmedida durante o período colonial.
b) pela iniciativa privada, com amplo uso de tecnologia para abrir minas subterrâneas profundas,
nas quais trabalhavam dezenas de escravos e tropas militares, tal como representado na pintura.
c)mediante um rápido processo de ocupação e urbanização, com uso intensivo de mão de
obra livre e estímulo à industrialização, como atesta a pintura.
d)conjuntamente à criação de organismos de controle e à implementação de taxas e impos-
tos, como a cobrança do quinto, representada na figura, e que era garantida pela presença de
funcionários da Coroa.
e)com a organização de corporações de ofícios, como a dos faiscadores, representada na
figura, responsável por garantir a eficiência e a obediência dos escravos que quebravam as
pedras em busca dos metais e pedras preciosas.

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013. (AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC/PROFESSOR DE


HISTÓ- RIA/2022) O , no que concerne a uma política indigenista, estava focado em frag-
mentar a população autóctone em dois grupos, a saber: os aliados e os inimigos. Nesse senti-
do, para os povos indígenas aliados era necessário que fosse catequisados e se convertessem
à fé cristã, enquanto os chamados deviam ser subjugados .
Assinale a alternativa que preenche as lacunas corretamente:
a) projeto colonial português – “índios bravos” – militar e politicamente
b) projeto colonial espanhol – “índios mansos” – social e politicamente
c) projeto colonial português – “índios mansos” – militar e politicamente
d) projeto colonial espanhol – “índios bravos” – social e politicamente

014. (FCC/FCRIA-AP/MONITOR SOCIOEDUCATIVO/NÍVEL MÉDIO/2018) Num 1º


momento da nossa história que, de acordo com os livros didáticos, começa com a chegada dos
europeus, os índios da colônia são cordiais e amigáveis: carregam o pau-brasil em troca de
bugigangas e miçangas, ajudam os portugueses a construir fortes e casas […] ensinam os
brancos a sobre- viver e conhecer a nova terra. Logo em seguida, entretanto, os índios
começam a atrapalhar a colonização […] De cordiais, os índios passam a ser traiçoeiros. A
colonização exige, por sua vez, trabalho, e o índio é mão-de-obra utilizada em toda a colônia
[…] A escravidão negra surge e os livros ensinam que o índio não era afeto ao
trabalho: “eram preguiçosos”. Essa forma simplificada de ver o índio, presente em muitos livros
didáticos, demonstra, por vezes, a
a) coexistência pacífica entre a cultura indígena e a cultura ocidental.
b) importância da colonização para o desenvolvimento cultural dos índios.
c) nossa incapacidade em compreender o outro que é diferente, surgindo assim o preconceito.
d) existência de várias culturas entre os povos indígenas, pois há os bons e maus selvagens.
e) contribuição dos índios bons que deixaram seus traços culturais para as gerações atuais.

015. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) Antes da chegada dos europeus,


os incas haviam constituído um grande império no continente americano, que
a)atingiu sua maior extensão após incorporar os territórios do império maia, estabelecendo, a
partir de uma sede em Cuzco, uma grande rede de estradas, de Norte a Sul da região, e um
eficaz sistema de comunicação por meio de mensageiros.
b)era por eles denominado Tawantinsuyu e se mantinha sob forte centralização política e gran-
de unidade territorial por meio de um rígido sistema de leis e cobrança de um imposto deno-
minado mita sobre todos os povos dominados, pago com dinheiro, mercadorias ou escravos.
c)era governado por uma nobreza incaica, que resistiu militarmente à conquista espanhola
durante décadas, sem ceder a propostas de alianças ou acordos de paz, até o assassinato de
seu último imperador, Túpac Amaru II.

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d)se estruturou a partir da economia de subsistência, valendo-se da pesca e da coleta abun-


dantes na região, e de um forte componente religioso identitário, o culto ao Inca, considerado
a principal autoridade e divindade.
e)foi precedido, na região andina, pelo Império Tiauanaco-Huari, e foi composto por uma gran-
de diversidade de culturas, correspondentes a diferentes etnias.

016. (ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2º DIA/2019) Assim como os fenômenos físicos –


diziam os iluministas –, as relações entre os indivíduos são regidas pelas leis da natureza. Os
pensadores iluministas podem ser divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas.
Respectivamente, são representantes desses dois grupos:
a) Voltaire e Adam Smith.
b) Diderot e Montesquieu.
c) Piaget e François Quesnay.
d) Vincent de Gournay e Voltaire.
e) François Quesnay e Sartre.

017. (AMEOSC/PREFEITURA DE ITAPIRANGA/SC/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2021)


De acordo com os historiadores especializados, são causas da Revolução Francesa, EXCETO:
a) A monarquia francesa não mais vista pela população como proveniente de uma escolha divina.
b) O clero estava insatisfeito com a perda gradual de terras.
c) A burguesia se ressentia de sua exclusão do poder político e de posições de honra.
d) A difusão das ideias dos filósofos iluministas.

018. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2022) A Revolução Francesa, em fins


do século XVIII, foi um evento marcante não apenas para a história europeia, mas também
para a história do continente americano, influenciando rebeliões e movimentos revolucionários
inspi- rados nos seus ideais, tais como a
a) Revolução Haitiana e a Revolta dos Alfaiates, no Brasil.
b) Inconfidência Mineira, no Brasil, e a Revolta de Túpac Amaru, no Peru.
c) Revolução Americana, nas Treze Colônias, e a Revolta de Beckman, no Brasil.
d) Guerra de Independência Cubana e a Revolução Mexicana.
e) Revolução Boliviana e a Guerra da Cisplatina.

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EXERCÍCIOS
019. (FCC/SPAG/ANALISTA DE PLANEJAMENTO/2019) A partir do século XVI, a Europa
Oci- dental sofreu diversas transformações que promoveram o crescimento das cidades, das
ativi- dades comerciais e da ciência. Foi em meio a essas mudanças que as Monarquias
Nacionais surgiram, contribuindo para o fortalecimento do poder real e acarretando no
desaparecimento gradual da servidão e no declínio do mundo feudal. O Estado Nacional
Moderno consistiu em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica,
social e política. Assim, o símbolo da formação dos Estados Modernos na Europa deu-se com
a) a participação dos burgueses na condução da política.
b) o processo de centralização política nas mãos do rei.
c) a unificação dos países e de suas elites.
d) o surgimento da representatividade política através do parlamentarismo.
e) as primeiras iniciativas de implementação da democracia.

020. (FCC/SAEB/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2018) Considere o texto abaixo.


A segurança com que Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral empreenderam a travessia do
Atlântico demonstra que seus trajetos não podiam ser frutos do acaso […] o achamento da nova
terra, porém, não passou de um acontecimento que por felicidade se adicionou à missão prin-
cipal que era a Índia, para onde, feita a aguada (o abastecimento de água), a armada se dirigia.
(MAGALHÃES, Joaquim Romeiro. “Quem descobriu o Brasil?” In: FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil
para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 19-20)

O texto faz referência à controvérsia sobre a intencionalidade ou não, por parte dos portugueses,
da “descoberta do Brasil” em 1500. Segundo a interpretação histórica construída pelo autor, a
esquadra de Pedro Álvares Cabral
a)se perdeu durante a travessia do Atlântico e ao achar novas terras, ali se instalou com segu-
rança para implantar novos povoados, desistindo de seu plano inicial.
b)sabia da existência de novas terras, mas seu achamento foi fruto do acaso, posto que os
portugueses ainda não dominavam rotas marítimas para a Índia.
c) percorreu uma rota oceânica previamente planejada, encontrando novas terras, que foram
importantes para o reabastecimento das embarcações, após o qual prosseguiu em sua missão.
d) empenhou-se na descoberta de terras ao longo de sua rota pelo Atlântico, uma vez que essa
missão, ao longo da travessia, substituiu o objetivo de atingir a Índia.
e)supunha que o trajeto almejado seria feito com segurança, o que não ocorreu quando a
extrema falta de água obrigou-a a aportar em terras que já eram colonizadas pelos europeus.

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021. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere o texto a seguir:


“[…] a especialização do escravo é determinada segundo as necessidades do mercado ou a
boa vontade de seu senhor. Esta imensa possibilidade de transferência tem uma influência
reguladora sobre o mercado, onde a demanda varia de acordo com a conjuntura e a concorrên-
cia. O escravo é, às vezes, simplesmente alugado […]. É possível alugá-lo ao dia, à semana,
ao mês, ao ano ou por mais tempo.”
(MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. 3. ed. Trad. São Paulo: Brasiliense, 1990. p.
141)

A descrição acima sinaliza uma forma de trabalho escravo


a)ocasional entre índios e negros escravizados nas regiões canavieiras, quando, durante os
muitos meses de ócio nos períodos de entressafra, eram enviados a Salvador para aprenderem
ofícios e venderem suas habilidades.
b)disseminada no meio urbano, no meio rural e bastante usual quando se tratava de indígenas
que, apesar de cidadãos livres perante a Coroa, se dispunham a suportar o cativeiro em troca
de subsistência e da proteção da Igreja.
c)rara nas cidades baianas, onde o escravo doméstico, fosse índio ou negro, era considerado
um agregado da família que deveria ser fiel a seu dono, não sendo permitido a ele deixá-lo para
prestar serviços a terceiros, prática mais comum na região Sudeste.
d)típica de regiões de mineração, onde as flutuações de mercado eram maiores em função
das eventuais descobertas de jazidas, sendo os escravos alforriados e transformados em tra-
balhadores livres, para que seus donos não tivessem obrigações com seu sustento.
e)comum nas cidades, onde os escravos “de ganho” eram frequentes e representavam uma
fonte de renda para seus senhores, que deles dispunham livremente alugando sua força de
trabalho, se julgassem necessário ou oportuno.

022. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROFESSOR ADJUNTO II/ÁREA:


HISTÓRIA/2016) A respeito das populações nativas que conquistadores espanhóis e
portugueses encontraram ao chegarem à América do Sul, é correto afirmar que
a)o grupo militarmente mais forte era composto pelos astecas, organizados numa grande
Confederação mantida economicamente a custo de tributos, guerras constantes e um amplo
comércio que abarcava territórios e grupos populacionais distantes no continente.
b)os nativos do tronco linguístico designado como tupi predominavam numericamente e eram
compostos de muitos povos diferentes que viviam principalmente no interior do território, se organi-
zavam em aldeias e, em geral, se mostravam avessos à prática guerreira e à formação de impérios.
c)os incas, cujo “reino” denominado Tawantisuyo expandia-se em direção à Amazônia no momen- to
da conquista, empregavam variadas formas de trabalho e de cobrança de tributos em virtude dos
diferentes territórios que ocuparam, e algumas delas foram apropriadas pelos colonizadores.
d) as populações ostentavam graus diferentes de evolução social: alguns povos guerreiros
mais civilizados, como os maias, construíam sofisticadas pirâmides e praticavam a escrita,
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enquanto outros, menos engenhosos porém mais pacíficos, desenvolviam o artesanato, a te-
celagem e viviam de forma harmoniosa com a natureza.
e) os povos nativos foram todos genericamente designados pela Igreja e pelas Coroas ibéricas
como “índios”, a partir de um equívoco de denominação cometido por Colombo, e foram con-
quistados mediante a utilização das mesmas estratégias, que desprezavam alianças e nego-
ciações, restringindo-se a práticas deliberadas de extermínio e escravidão.

023. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) Tanto na América espanhola


como na portuguesa, a pregação da fé cristã aos nativos contribuiu para a dominação das
popula- ções indígenas por parte das metrópoles, uma vez que
a)os indígenas endossaram coletivamente a concepção difundida pela Igreja de que subordi-
nar-se ao rei, tornar-se um súdito da Coroa, era um privilégio divino.
b)os jesuítas e demais missionários atuaram conjuntamente a serviço do Papa e do Rei, em-
penhando-se na dupla tarefa da conversão espiritual e submissão ideológica.
c) os colonizadores lançaram mão da Guerra Justa, política deliberada de extermínio indígena
virando o seguro branqueamento e a cristianização das populações mestiças.
d)as autoridades coloniais reprimiram a proposta tolerante e libertária das Missões, e con-
venceram os padres de que o trabalho forçado imposto aos indígenas os tornariam mais
humildes e devotos.
e)os cristãos novos que se instalaram nas colônias, bem como os líderes indígenas con-
vertidos foram responsáveis pela difusão da imagem positiva do rei, garantindo a brusca
diminuição de revoltas.

024. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) A centralização do poder pelos


reis, uma das características do Antigo Regime na Europa, deve ser compreendida levando-se
em conta alguns fatores históricos importantes, entre os quais,
a)a profusão de guerras na região, acompanhada do fortalecimento dos exércitos e armadas
dos reinos, e a centralização administrativa por meio de novas instituições jurídicas, como leis e
impostos que atendiam ao desenvolvimento econômico.
b)as ideias que legitimavam o absolutismo, como a teoria da origem divina do poder monár-
quico, cunhada por Nicolau Maquiavel, e a derrota dos interesses das burguesias ante o forta-
lecimento das alianças entre nobrezas e reis.
c)a ausência de conflitos religiosos significativos, após a conturbada “idade das trevas”, ga-
rantindo certa estabilidade política aos monarcas, e o fim dos privilégios nobiliárquicos que
resultou em menor influência desse setor nos assuntos do rei e do Estado.
d)o prestígio da concepção de que deveria vigorar o “despotismo esclarecido” entre os gover-
nantes, na Europa, e a forçosa submissão do papado romano a determinados reis que aderi-
ram à Reforma Protestante e se sobrepuseram ao poder da Igreja.

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e) a crise econômica decorrente das epidemias que assolaram a Europa na Idade Média, con-
tribuindo para a demanda popular por um “salvador”, e o impacto da Guerra dos Cem Anos, ao
arrasar as tradicionais monarquias francesa e inglesa.

025. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) Por um lado, Napoleão representou o fim do processo
revolucionário iniciado em 1789, impondo a unidade das facções e um governo autoritário e
personalista que nada tinha que ver com as aspirações dos revolucionários republicanos
radicais de 1789. Por outro lado, transformou alguns princípios revolucionários em instituições
e leis estáveis, como o Código Civil − que regulamentou a relação entre pessoas livres e iguais
−, além de espalhar seus ideais por toda a Europa, com a força de seus exércitos.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos et al. História para o Ensino Médio. São Paulo: Atual
Editora, 2013. p. 374)
Segundo o texto acima, Napoleão
a)concretizou, ao chegar ao poder, o projeto absolutista francês, impondo o fim das distintas
facções da nobreza que agitavam as últimas décadas do Antigo Regime monárquico e unifi-
cando o país por meio de uma nova legislação, ainda que de maneira autoritária.
b)contrariou os princípios de liberdade que nortearam o início da Revolução Francesa e agiu
de forma autoritária dentro e fora da França, ainda que se reconheçam as contribuições do
Código Civil, conjunto de leis que foi um marco jurídico inovador.
c)acabou com o processo revolucionário, abusando de sua autoridade e impondo, por meio da
força, leis e instituições na contramão das aspirações revolucionárias, que foram impostas
também a outros países por ele dominados.
d)criou instituições e leis paternalistas que concretizaram expectativas das camadas mais desfa-
vorecidas da sociedade francesa, ao mesmo tempo em que se mostrou um imperador tirânico ao
invadir e destruir a Europa com seus exércitos em prol da manutenção dos privilégios da nobreza.
e) desafiou, como governante, os princípios revolucionários surgidos em 1789, governando
sem nenhum aparato jurídico e impondo a volta da monarquia em outros países europeus.

026. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) No contexto da expansão marítima, nos séculos XV e XVI,
Portugal era considerado uma “potência náutica”. Dentre os fatores que explicam esse
destacado desempenho dos por- tugueses nas navegações, é importante citar
a) a eficácia de suas embarcações e o uso de instrumentos de navegação por eles inventados,
como o astrolábio, o sextante e a bússola.
b)a experiência de navegação adquirida com o estabelecimento, desde o século V, de feitorias
portuguesas em grande parte do litoral africano, para o comércio de especiarias.
c) o amplo domínio do conhecimento dos mares e oceanos, que lhes permitiu, de forma pioneira,
desenvolver cientificamente a teoria de que a terra era redonda.
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d) a aliança firmada com os navegantes espanhóis durante a União Ibérica, que resultou na soma
de habilidades desenvolvidas em ambos os países e na realização de expedições em parceria.
e) os investimentos do Estado português, já unificado no século XV, no desenvolvimento da
navegação e na busca de novas rotas comerciais.

027. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) A Revolução Francesa colocou


em cheque os alicerces políticos do Antigo Regime, e sua repercussão além das fronteiras
nacio- nais pode ser percebida
a) em várias lutas pela independência na América de colonização ibérica, incluindo revoltas
coloniais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
b) na adoção, pela maioria dos países europeus, do lema liberdade, igualdade e fraternidade
em suas constituições republicanas formuladas no final do século XVIII.
c)na Declaração de Independência dos Estados Unidos, que se inspirou na experiência france-
sa e reproduziu os Direitos do Homem e do Cidadão.
d)na extinção do absolutismo monárquico e de outras formas de autoritarismo governamental na
história europeia subsequente.
e)em revoluções posteriores que se ampararam ideologicamente nos ideais iluministas, caso
da Revolução Haitiana, da Revolução do Porto e da Revolução de Outubro.

028. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) O estudo a


se-
guir, feito por Leonardo da Vinci (1452-1519), mostra um feto humano dentro do útero.

(DA VINCI, Leonardo (1452-1519), Tratado sobre a pintura, século XVI)

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Sobre o desenvolvimento do desenho anatômico, durante o Renascimento, é correto afirmar


que Leonardo da Vinci
a)elaborou um método preciso de representação e descrição da realidade, partindo da obser-
vação empírica.
b)privilegiava o aspecto figurativo e a beleza do traço mais do que a fidedignidade das re-
presentações.
c) desenvolveu uma técnica idealista, condenada pelas universidades de medicina.
d) valeu-se dos modelos árabes, presentes na Europa após a queda de Constantinopla.
e) seguia as normas religiosas que padronizavam a representação visual da experiência.

029. (FGV/2017) Perante esta sociedade, a Burguesia está longe de assumir uma atitude revolu-
cionária. Não protesta nem contra a autoridade dos príncipes territoriais, nem contra os privilégios
da nobreza, nem, principalmente, contra a Igreja. […] A única coisa de que trata é a conquista do
seu lugar. As suas reivindicações não excedem os limites das necessidades mais indispensáveis.
(PIRENNE, Henri. História econômica e social da Idade Média. 1978)

Segundo o texto, é correto afirmar que


a)a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela não tem lugar; para conquistá-lo, suas
reivindicações são a liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor de seus bens, fazer comércio,
liberdade administrativa das cidades, ou seja, não tem o objetivo de destruir a nobreza e o clero.
b)os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam privilégios semelhantes aos da no-
breza e do clero na sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os seus interesses
significam título, terras e servos para garantirem um lugar compatível com sua riqueza.
c)o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como sinônimo de liberdade, protegida da ex-
ploração da nobreza e do clero; para isso, cria o direito urbano, isto é, leis para o comércio, a justiça
e a administração que, de forma revolucionária, asseguram-lhe um lugar na sociedade moderna.
d)a sociedade medieval tem um lugar específico para os burgueses, pois as liberdades, as
leis, a justiça e a administração estão em suas mãos; tal situação tem o objetivo de brecar o
poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos pela expansão da servidão e
pelo declínio do comércio.
e)com exigências revolucionárias, como liberdade comercial, jurídica e territorial, a burguesia,
cada vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, barra a ascensão
econômica e política da burguesia, ao fortalecer a servidão no campo e impedir as transações
comerciais na cidade.

030. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) A Antiguidade


Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea.
Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V- XV), formou-se a
Europa moderna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item.

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A Reforma Protestante, ocorrida na Alta Idade Média, consolidou a unidade cristã vigente na Europa.

31.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) O Brasil foi colonizado


por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A colonização das
Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a escravidão de povos
oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no cenário histórico da
onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins
do século XVIII e primeira metade do XIX.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
O mercantilismo, conjunto de práticas econômicas que presidiu em larga medida a exploração
da América, fundamentava-se na balança de comércio favorável e na noção de riqueza nacio-
nal centrada na acumulação de metais preciosos.

32.(IBFC/SEED-RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2021) As


sociedades indígenas Tupi que ocupavam o território brasileiro apresentavam características
organizacionais específicas. Assinale a alternativa correta em relação a como essas sociedades
se organizavam.
a) Os grupos tupis praticavam a caça, a pesca, a coleta de frutas e a agricultura e migravam
temporária ou definitivamente para outras áreas
b)Os tupis se caracterizavam essencialmente como a única sociedade indígena nas terras
baixas que não era seminômade
c)Os tupis organizaram um grande sistema político centralizado no litoral brasileiro, sendo
considerado pelos europeus como uma forma de Estado legítima
d) Os tupis eram a sociedade, em números, de menor representatividade na América portuguesa

033. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/HISTÓRIA/2017) Alguns dos mais importantes funda-


mentos da civilização ocidental foram lançados na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre os quais podem ser citados as artes,
a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se seguem à queda de Roma, a Europa se
ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e verifica-se a ascendência, não apenas
religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema capilaridade – a Igreja Católica. A Baixa
Idade Média anuncia profundas transformações que atingem a culminância no início da Idade
Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se reinventa geográfica, política e cultural-
mente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a Revolução Industrial inaugura uma nova
era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do
mundo ocidental.
Os últimos séculos da Idade Média foram de profunda transformação: impulsionado pela nascente
classe burguesa, o renascimento da vida urbana, do comércio e da economia monetária prenun-
ciava o advento de uma nova forma de organização econômica, que viria a ser o capitalismo.
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034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/GO/PROFESSOR/HISTÓRIA/2018)


Sobretu- do a partir da Idade Moderna, chegando à contemporaneidade, a história da Europa e
da Amé- rica é indissociável da história da África. Relativamente ao tema, assinale a alternativa
correta.
a)Apesar das pressões de movimentos sociais, ainda não há legislação determinando o estu-
do de história da África nas escolas brasileiras.
b)Um equívoco em que muitos incorrem, no Brasil, é imaginar ser a África um continente ho-
mogêneo, sem maiores distinções entre seus povos.
c)Fundamental na colonização do Brasil, a escravidão africana inexistiu nas demais áreas da
América colonizadas pelos europeus.
d)Por causa das condições de absoluta sujeição impostas aos escravos africanos, é bastante
reduzida sua contribuição para a formação cultural do Brasil.
e) Diferentemente do ocorrido no Novo Mundo, a Europa desconhecia a escravidão e não man-
tinha intercâmbio de negócios com a África.

035. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o


fragmen- to a seguir.
Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é
preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação! Um deus no entendimento, para-
digma dos animais, maravilha no mundo. Contudo, para mim, é apenas a quintessência do pó.
William Shakespeare, Hamlet.
A fala de Hamlet introduz um contraponto ao antropocentrismo renascentista. Assinale a op-
ção que apresenta a matriz filosófica desse contraponto.
a) Humanismo
b) Ceticismo
c) Racionalismo
d) Teocentrismo
e) Niilismo

036. (FGV/SEDUC/AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Com relação às características do


es- paço social urbano na Europa medieval nos séculos XII-XIV, assinale V para a afirmativa
verda- deira e F para a falsa.
I.– ( ) O crescimento das feiras deu aos centros urbanos um grande dinamismo econômico,
incrementado pela expansão da economia monetária.
II.– ( ) As ordens mendicantes, envolvidas com a construção de catedrais e monastérios, eram
atuantes no espaço urbano, sobretudo os beneditinos e os dominicanos.
III. – ( ) As corporações universitárias representavam, nas cidades, um espaço autônomo de
pensamento, opondo-se ao ensino eclesiástico das artes liberais e científicas.
As afirmativas são, respectivamente,
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a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

037. (AOCP/IFB/PROF. DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e


aos
primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.
a)Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada ao
novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a América,
naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b)Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias de
sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com a vinda
dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na captura de
africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c)Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do co-
mércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d)Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias na
costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que partici-
passem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
e)De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção des-
tinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em fazer
alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente africano
uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.

038. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2018) O nascimento do


Brasil como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das
elites locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República,
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo
(1937‐1945), contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo
sistemático, con- duzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema abor-
dado, julgue o item.
Diferentemente do ocorrido no Brasil, a escravidão africana praticamente inexistiu nas demais
regiões da América.
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039. (IBFC/SEED-RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2021) Sobre as


re- lações políticas entre as sociedades indígenas no norte da colônia portuguesa, assinale a
alternativa correta.
a) Estabeleciam relações independentes e não coletivas
b)Estabeleciam relações coletivas de dependência entre as comunidades dominantes e
dominadas
c) Estabeleceram grandes Estados centralizados
d) Se identificavam apenas pelos troncos linguísticos

040. (IF SUL RIO-GRANDENSE/PROFESSOR/HISTÓRIA/2021) Leia o excerto a seguir.

“Aos portugueses e, em menor grau, aos castelhanos, coube, sem dúvida, a primazia no
emprego do regime que iria servir de modelo à exploração latifundiária e monocultora adotada
depois por outros povos. E a boa qualidade das terras do Nordeste brasileiro para a lavoura
altamente lucrativa da cana-de-açúcar fez com que essas terras se tornassem o cenário onde,
por muito tempo, se elaboraria em seus traços mais nítidos o tipo de organização agrária mais
tarde característico das colônias europeias situadas na zona tórrida. A abundância de terras
férteis e ainda mal desbravadas fez com que a grande propriedade rural se tornasse, aqui, a
verdadeira unidade de produção. Cumpria apenas resolver o problema do trabalho.”
(HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1995. p.
48)

Para tentar resolver essa dificuldade citada por Sérgio Buarque de Holanda, no excerto acima,
os portugueses optaram por (pelo)
a)trabalho nativo sob forma de escambo, em que os produtos manufaturados europeus eram
trocados por gêneros tropicais.
b)explorar a mão de obra escravizada, inicialmente das comunidades indígenas, e posterior-
mente da africana.
c)utilizar trabalhadores livres de Portugal, que sob o sistema de parceria, tornar-se-iam colo-
nos, dependendo de sua produtividade.
d)pagar pequenos salários aos colonos que chegavam da Europa para gerar um mercado con-
sumidor dos produtos comercializados pela metrópole.

041. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS/RJ/DOCENTE I/EDUCAÇÃO INFANTIL E


DO 1º AO 5º ANO DE ESCOLARIDADE/2019) Observe a imagem a seguir, que representa
o ritual antropofágico de indígenas da costa do Brasil.

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(STADEN, Hans. Duas Viagens ao Brasil. EDUSP,


1974)

Sobre os rituais antropofágicos dos indígenas, assinale a afirmativa correta.


a) Ocorriam em situações extremas de fome.
b) Atestavam a barbárie dos indígenas da costa brasileira.
c) Exemplificavam valores culturais distintos dos europeus.
d) Constituíam uma vingança à entrada dos portugueses.
e) Eram invenções dos europeus para justificar a colonização.

042. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o trecho a


seguir: O que as monarquias do século XVII pretendiam não era tanto a centralização, mas o
fortaleci- mento das suas dinastias, a imposição do princípio de autoridade sobre seus súditos
conside- rados pouco obedientes e pouco cumpridores de suas obrigações, especialmente em
matéria fiscal e na reputação na cena internacional, reputação essa considerada impossível
sem um exército vitorioso e temível.
(PUJOL, Xavier Gil. Centralismo e Localismo? Penélope. Fazer e Desfazer a História, Lisboa, n. 6,
1991)

De acordo com o trecho acima, a autoridade régia das monarquias europeias do século XVII
caracterizava-se pelo(a)
a) pactuação de interesses divergentes.
b) consulta aos parlamentos das decisões dos reis.
c) defesa das ambições da Igreja católica.
d) exigência de uma hierarquia social estrita.
e) militarização dos aparatos de apoio aos monarcas.
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043. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o texto a


seguir. Merece a aprovação universal a máxima de que a verdade é um produto do tempo. A
opinião mais comum sobre a antiguidade constitui uma negligência, e mal se compadece com a
própria palavra. Antiguidade, a rigor, quer dizer mundo dos mais velhos ou época mais adiantada
da vida. E é fato razoável que, tal como se espera do ancião maior notícia das coisas humanas
e mais maduro juízo que do jovem, pela experiência e pela variedade das coisas que viu, ouviu e
pensou, assim também da nossa era se deve esperar mais que dos antigos tempos, como idade
do mun- do cumulada e provida de sumas e infindas descobertas, experiências e observações.
(Adaptado de: BACON, Francis. Cogitata et visa de interpretatione naturae. 1607-1609)

De acordo com o texto, sobre o conhecimento da época de Francis Bacon, analise as afirmati-
vas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.
I – O conhecimento é atemporal, pois os Modernos repetiam o passado ao imitar os Antigos. II
– O conhecimento é frágil, por isso os Modernos deveriam submeter suas descobertas à
autoridade dos Antigos.
III – O conhecimento é temporal, e os Modernos avançavam em acúmulo de descobertas e
conhecimentos em relação aos Antigos.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – F – F.
b) V – V – F.
c) V – F – V.
d) F – V – F.
e) F – F – V.

044. (FGV/SMESSP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E


MÉDIO/HISTÓRIA/2016) Um professor de história inspira-se nas observações metodológicas
de Leandro Karnal a res- peito do uso de obras de arte no ensino da História para tratar da
cultura do Renascimento: “Não se deve estabelecer na análise artística uma leitura de ‘reflexo’
da sociedade, pois signifi- caria negar o estatuto da própria arte. A arte não é um reflexo, mas
constitui também a maneira de perceber o mundo e passa a constituir este mesmo mundo”.

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As opções a seguir interpretam corretamente o documento iconográfico no contexto da cultura


renascentista, sem reduzir a arte a um reflexo da sociedade, à exceção de uma. Assinale-a.
a)Os estudos de perspectiva do artista, ao tomar o corpo humano como modelo, espelham a
ideologia antropocêntrica própria da sociedade burguesa dos centros urbanos renascentistas.
b)A perspectiva do artista se baseia na arte da medida, entendida como projeção matemática
dos corpos sobre a superfície da pintura.
c)As grandezas sofrem uma diminuição proporcional à distância do observador, como de-
monstrado na representação frontal da cabeça inclinada.
d)O artista transforma o corpo natural em sólido geométrico para torná-lo mensurável, seccio-
nando a cabeça por planos meridianos e paralelos.
d) O artista produziu um manual técnico sobre as regras do desenho, fornecendo imagens ex-
plicativas para o cálculo da projeção geométrica.

045. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A respeito da via portuguesa para as


Índias Orientais, leia o fragmento abaixo.
“Em 1487, descobre o cabo “das Tormentas”, depois renomeado de Cabo da Boa Espe-
rança, e alcança o Oceano Índico. A partir de então, a via para o Oceano Índico e para os tráfi-
cos das especiarias está aberta. Quando Colombo ofereceu o seu projeto de alcançar as Índias
navegando em direção ao Ocidente, Portugal recusou, pois já tinha outras perspectivas, que se
realizaram em maio de 1498: , que havia partido de Lisboa com três navios um ano antes,
aportava em Calicute.”
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
a) Gil Eanes – Gonçalo Coelho.
b) Diogo Cão – Duarte Pacheco Pereira.
c) Fernão de Magalhães – Américo Vespúcio.

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d) Colombo – Pedro Álvares de Cabral.


e) Bartolomeu Dias – Vasco da Gama.

046. (AOCP/PREF. MUNICIPAL DE LAGARTO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2011) No final


do século XIII e início do século XIV, o pintor e arquiteto italiano Giotto di Bondone (12661337),
produziu, obras como por exemplo, O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final, nas
quais manifestou um princípio estético novo, diferente do da Idade Média. Cronologicamente,
estas obras podem ser consideradas como início do movimento renascentista.
Sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) No âmbito das letras e das artes plásticas, incluindo a arquitetura, esse movimento ficou
conhecido como Renascimento cultural.
b)O movimento conhecido como Renascimento ocorreu também no âmbito filosófico, cientí-
fico, pedagógico e político.
c) No âmbito religioso também causou modificações nas formas de pensar a fé, principal
exemplo é a Reforma Protestante.
d) A amplitude e diversificação dessas transformações fazem com que muitos historiadores
as considerem como Renascimentos.
e)O problema que o movimento enfrentou com a Igreja Católica Medieval foi o fato de pregar a
inexistência de Deus.

047. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE


UBERABA/MG/PROFESSOR/
HISTÓRIA/2016) Leia o trecho a seguir.
A historiografia medievalista tem se preocupado em mostrar que o termo “Idade Média” tem
história e que esta é repleta de perspectivas que se alternaram ao longo do tempo, não apenas
mistificando o período chamado de medieval, mas também inserindo-o em meio a polêmicas.
(OLIVEIRA, N. A. S. O estudo da Idade Média em livros didáticos e suas implicações no Ensino de História. Cader-
nos do Aplicação (UFRGS), v. 23, p. 104, 2010)

Assinale a alternativa que cita, de forma CORRETA, correntes que tendiam a enxergar a
Idade Média de maneira positiva e negativa, respectivamente.
a) Positivismo e Iluminismo.
b) Comunismo e Liberalismo.
c) Romantismo e Antropocentrismo.
d) Classicismo e Tomismo.

048. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE


UBERABA/MG/PROFESSOR/ HISTÓRIA/2016) A invenção da prensa tipográfica, no século
XV, foi vista como uma ameaça pela Igreja Católica, tanto que, em 1549, a instituição publicou a
primeira versão do index proibi- torium. A lista incluía obras relacionadas à Reforma Protestante,
mas também de pensadores laicos como o florentino Nicolau Maquiavel, que teve O Príncipe
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Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a essência da obra de Ma-
quiavel que foi considerada perigosa pelo alto clero católico.
a) Ideais de apologia à monarquia absolutista.
b) Defesa de um laicismo aplicado à política.
c) Críticas à inquisição católica.
d) Vinculação dos monarcas absolutistas a Deus.

049. (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) No período compreendido entre os


sé- culos XV e XVII, a Europa Ocidental passou por significativas transformações no âmbito
eco- nômico, social, cultural e religioso.
Assinale a alternativa correta.
a)A Contra-Reforma representou uma mutação sem precedentes na história da Igreja Católica,
alterando os dogmas da fé cristã e estimulando a reconciliação entre católicos e protestantes.
b)Os intelectuais, ligados ao movimento humanista, tomaram como ideal cultural o homem da An-
tiguidade Clássica, cujo individualismo aproximava-se dos valores da recém-organizada burguesia.
c)Os descobrimentos marítimos impulsionaram o desenvolvimento econômico-social euro- peu,
mas causaram a estagnação da produção artística e intelectual devido ao contato com povos
bárbaros.
d)O Renascimento expressa um conjunto de manifestações históricas desencadeadas pelas
modificações econômicas e sociais decorrentes do comércio e da vida rural, quando a popula-
ção estava, em sua maioria, vivendo em feudos.
e)O Humanismo, a Reforma Religiosa e o Renascimento constituem movimentos isolados que
eclodiram na Europa Ocidental visando, sobretudo, valorizar os signos da unidade nacionalista,
a evangelização e o mercantilismo.

050. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2014)


Refli- ta sobre as influências do Renascimento e assinale a alternativa correta.
a) Os ideais burgueses do século XVII nada têm de herança do Renascimento.
b) A reforma e a contra-reforma foram cruciais para o fim do Renascimento.
c) O Iluminismo substituiu o Renascimento e possuem as mesmas características.
d) A Revolução Francesa foi resultado direto dos questionamentos renascentistas.
e) O Brasil foi contaminado pelas ideias renascentistas que vieram com os colonizadores.

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GABARITO
1. d 37. d
2. e 38. E
3. e 39. b
4. b 40. b
5. a 41. c
6. c 42. a
7. d 43. e
8. b 44. a
9. c 45. e
10. d 46. e
11. C 47. c
12. a 48. b
13. a 49. b
14. c 50. a
15. e
16. a
17. b
18. a
19. b
20. c
21. e
22. c
23. b
24. a
25. b
26. e
27. a
28. a
29. a
30. E
31. C
32. a
33. C
34. b
35. b
36. c

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GABARITO COMENTADO
019. (FCC/SPAG/ANALISTA DE PLANEJAMENTO/2019) A partir do século XVI, a Europa
Oci- dental sofreu diversas transformações que promoveram o crescimento das cidades, das
ativi- dades comerciais e da ciência. Foi em meio a essas mudanças que as Monarquias
Nacionais surgiram, contribuindo para o fortalecimento do poder real e acarretando no
desaparecimento gradual da servidão e no declínio do mundo feudal. O Estado Nacional
Moderno consistiu em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica,
social e política. Assim, o símbolo da formação dos Estados Modernos na Europa deu-se com
a) a participação dos burgueses na condução da política.
b) o processo de centralização política nas mãos do rei.
c) a unificação dos países e de suas elites.
d) o surgimento da representatividade política através do parlamentarismo.
e) as primeiras iniciativas de implementação da democracia.

a)Errada. A burguesia somente passa a ter participação na condução política a partir das Re-
voluções Burguesas.
b)Certa. A alternativa “b” concorda com a afirmação do enunciado “contribuindo para o forta-
lecimento do poder real”.
c) Errada. Cuidado, de fato esta se tratando das unificações que criaram os Estados Nacionais,
contudo, as elites eram subjugadas pela autoridade do monarca.
d) Errada. As monarquias nacionais eram centralizadoras.
e) Errada. Essa afirmação é absurda.
Letra b.

020. (FCC/SAEB/PROFESSOR/ÁREA: HISTÓRIA/2018) Considere o texto abaixo.


A segurança com que Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral empreenderam a travessia do
Atlântico demonstra que seus trajetos não podiam ser frutos do acaso […] o achamento da nova
terra, porém, não passou de um acontecimento que por felicidade se adicionou à missão prin-
cipal que era a Índia, para onde, feita a aguada (o abastecimento de água), a armada se dirigia.
(MAGALHÃES, Joaquim Romeiro. “Quem descobriu o Brasil?” In: FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil
para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 19-20)

O texto faz referência à controvérsia sobre a intencionalidade ou não, por parte dos portugue-
ses, da “descoberta do Brasil” em 1500. Segundo a interpretação histórica construída pelo
autor, a esquadra de Pedro Álvares Cabral

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a)se perdeu durante a travessia do Atlântico e ao achar novas terras, ali se instalou com segu-
rança para implantar novos povoados, desistindo de seu plano inicial.
b)sabia da existência de novas terras, mas seu achamento foi fruto do acaso, posto que os
portugueses ainda não dominavam rotas marítimas para a Índia.
c) percorreu uma rota oceânica previamente planejada, encontrando novas terras, que foram
importantes para o reabastecimento das embarcações, após o qual prosseguiu em sua missão.
d) empenhou-se na descoberta de terras ao longo de sua rota pelo Atlântico, uma vez que essa
missão, ao longo da travessia, substituiu o objetivo de atingir a Índia.
e)supunha que o trajeto almejado seria feito com segurança, o que não ocorreu quando a
extrema falta de água obrigou-a a aportar em terras que já eram colonizadas pelos europeus.

Questão que exige interpretação. O autor do texto argumenta que os portugueses e espanhóis
já teriam uma rota já traçada e que o “descobrimento” se deu pelo acaso de essas terras esta-
rem no caminho da rota traçada. Ainda, o trecho “feita a aguada (o abastecimento de água), a
armada se dirigia”, concorda com o trecho da afirmativa c: “foram importantes para o reabas-
tecimento das embarcações, após o qual prosseguiu em sua missão.”
Letra c.

021. (FCC/DPE BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Considere o texto a seguir:


“[…] a especialização do escravo é determinada segundo as necessidades do mercado ou a
boa vontade de seu senhor. Esta imensa possibilidade de transferência tem uma influência
reguladora sobre o mercado, onde a demanda varia de acordo com a conjuntura e a concorrên-
cia. O escravo é, às vezes, simplesmente alugado […]. É possível alugá-lo ao dia, à semana,
ao mês, ao ano ou por mais tempo.”
(MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. 3. ed. Trad. São Paulo: Brasiliense, 1990. p.
141)

A descrição acima sinaliza uma forma de trabalho escravo


a)ocasional entre índios e negros escravizados nas regiões canavieiras, quando, durante os
muitos meses de ócio nos períodos de entressafra, eram enviados a Salvador para aprenderem
ofícios e venderem suas habilidades.
b)disseminada no meio urbano, no meio rural e bastante usual quando se tratava de indígenas
que, apesar de cidadãos livres perante a Coroa, se dispunham a suportar o cativeiro em troca
de subsistência e da proteção da Igreja.
c)rara nas cidades baianas, onde o escravo doméstico, fosse índio ou negro, era considerado
um agregado da família que deveria ser fiel a seu dono, não sendo permitido a ele deixá-lo para
prestar serviços a terceiros, prática mais comum na região Sudeste.

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d)típica de regiões de mineração, onde as flutuações de mercado eram maiores em função


das eventuais descobertas de jazidas, sendo os escravos alforriados e transformados em tra-
balhadores livres, para que seus donos não tivessem obrigações com seu sustento.
e)comum nas cidades, onde os escravos “de ganho” eram frequentes e representavam uma
fonte de renda para seus senhores, que deles dispunham livremente alugando sua força de
trabalho, se julgassem necessário ou oportuno.

O texto trata da prática de alugar escravos. Nesse sentido, eram chamados de “escravos de ganho”.
Letra e.

022. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS/PROFESSOR ADJUNTO II/ÁREA:


HISTÓRIA/2016) A respeito das populações nativas que conquistadores espanhóis e
portugueses encontraram ao chegarem à América do Sul, é correto afirmar que
a)o grupo militarmente mais forte era composto pelos astecas, organizados numa grande
Confederação mantida economicamente a custo de tributos, guerras constantes e um amplo
comércio que abarcava territórios e grupos populacionais distantes no continente.
b)os nativos do tronco linguístico designado como tupi predominavam numericamente e eram
compostos de muitos povos diferentes que viviam principalmente no interior do território, se organi-
zavam em aldeias e, em geral, se mostravam avessos à prática guerreira e à formação de impérios.
c)os incas, cujo “reino” denominado Tawantisuyo expandia-se em direção à Amazônia no momen- to
da conquista, empregavam variadas formas de trabalho e de cobrança de tributos em virtude dos
diferentes territórios que ocuparam, e algumas delas foram apropriadas pelos colonizadores.
d)as populações ostentavam graus diferentes de evolução social: alguns povos guerreiros mais
civilizados, como os maias, construíam sofisticadas pirâmides e praticavam a escrita, enquanto
outros, menos engenhosos porém mais pacíficos, desenvolviam o artesanato, a te- celagem e
viviam de forma harmoniosa com a natureza.
e)os povos nativos foram todos genericamente designados pela Igreja e pelas Coroas ibéricas
como “índios”, a partir de um equívoco de denominação cometido por Colombo, e foram con-
quistados mediante a utilização das mesmas estratégias, que desprezavam alianças e nego-
ciações, restringindo-se a práticas deliberadas de extermínio e escravidão.

a) Errada. Os astecas se limitaram ao planalto de Sierra Madre no México.


b)Errada. Os tupis consideravam a guerra como sagrada, portanto, não “se mostravam aves-
sos à prática guerreira”.
c) Certa. A mita é um exemplo de tributo dos incas utilizado pelos espanhóis.

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d)Errada. O trecho “povos guerreiros mais civilizados” pressupõe que o desenvolvimento mili-
tar seja sinônimo de avanço civilizatório.
e) Errada. As estratégias de conquistas incluíram também alianças e negociações.
Letra c.

023. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) Tanto na América espanhola


como na portuguesa, a pregação da fé cristã aos nativos contribuiu para a dominação das
popula- ções indígenas por parte das metrópoles, uma vez que
a)os indígenas endossaram coletivamente a concepção difundida pela Igreja de que subordi-
nar-se ao rei, tornar-se um súdito da Coroa, era um privilégio divino.
b)os jesuítas e demais missionários atuaram conjuntamente a serviço do Papa e do Rei, em-
penhando-se na dupla tarefa da conversão espiritual e submissão ideológica.
c) os colonizadores lançaram mão da Guerra Justa, política deliberada de extermínio indígena
virando o seguro branqueamento e a cristianização das populações mestiças.
d)as autoridades coloniais reprimiram a proposta tolerante e libertária das Missões, e convenceram
os padres de que o trabalho forçado imposto aos indígenas os tornariam mais humildes e devotos.
e)os cristãos novos que se instalaram nas colônias, bem como os líderes indígenas converti-
dos foram responsáveis pela difusão da imagem positiva do rei, garantindo a brusca diminui-
ção de revoltas.

a)Errada. Ocorreu resistência indígena, como veremos na aula “Historiografia brasileira e His-
tória do Brasil”.
b)Certa. Criada no contexto da Contrarreforma da Igreja Católica, a Ordem Jesuíta tinha a mis-
são de catequizar os indígenas ao mesmo tempo em que isso auxiliava subordinação indígena
aos colonizadores.
c) Errada. Como vimos, a Guerra Justa não foi deliberada. Em verdade, era declarada contra os
“índios bravos”.
d) Errada. Os jesuítas, autodenominados “soldados de Cristo”, buscaram impedir a escraviza-
ção dos indígenas. Ademais, os jesuítas só foram expulsos do Brasil em 1759.
e) Errada. Revoltas continuaram ocorrendo.
Letra b.

024. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) A centralização do poder pelos


reis, uma das características do Antigo Regime na Europa, deve ser compreendida levando-se
em conta alguns fatores históricos importantes, entre os quais,

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a)a profusão de guerras na região, acompanhada do fortalecimento dos exércitos e armadas


dos reinos, e a centralização administrativa por meio de novas instituições jurídicas, como leis e
impostos que atendiam ao desenvolvimento econômico.
b)as ideias que legitimavam o absolutismo, como a teoria da origem divina do poder monár-
quico, cunhada por Nicolau Maquiavel, e a derrota dos interesses das burguesias ante o forta-
lecimento das alianças entre nobrezas e reis.
c)a ausência de conflitos religiosos significativos, após a conturbada “idade das trevas”, ga-
rantindo certa estabilidade política aos monarcas, e o fim dos privilégios nobiliárquicos que
resultou em menor influência desse setor nos assuntos do rei e do Estado.
d)o prestígio da concepção de que deveria vigorar o “despotismo esclarecido” entre os gover-
nantes, na Europa, e a forçosa submissão do papado romano a determinados reis que aderi-
ram à Reforma Protestante e se sobrepuseram ao poder da Igreja.
e)a crise econômica decorrente das epidemias que assolaram a Europa na Idade Média, con-
tribuindo para a demanda popular por um “salvador”, e o impacto da Guerra dos Cem Anos, ao
arrasar as tradicionais monarquias francesa e inglesa.
f)Certa. A nobreza precisava dos reis para obterem exércitos e armamentos, assim como
também precisava das garantias de pertencimento a um estado-nação de modo a preparar-se
contra invasores. Do mesmo moto, os reis precisavam nobreza, pois sem o sistema agrário do
feudalismo o reino não se sustentava.

g) Errada. Maquiavel não defendia o poder do soberano de origem divina. Quem o fizera foram
Jean Bodin e Jacques Bossuet.
c) Errada. Após a “Idade das Trevas” eclodiram as reformas religiosas.
d) Errada. Não houve a submissão do poder papal a qualquer rei.
e) Errada. A Guerra dos Cem Anos, ao contrário do que descreve a afirmativa, fortaleceu as
monarquias absolutistas na medida em que fortaleceu o sentimento patriótico.
Letra a.

025. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) Por um lado, Napoleão representou o fim do processo
revolucionário iniciado em 1789, impondo a unidade das facções e um governo autoritário e
personalista que nada tinha que ver com as aspirações dos revolucionários republicanos
radicais de 1789. Por outro lado, transformou alguns princípios revolucionários em instituições
e leis estáveis, como o Código Civil − que regulamentou a relação entre pessoas livres e iguais
−, além de espalhar seus ideais por toda a Europa, com a força de seus exércitos.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos et al. História para o Ensino Médio. São Paulo: Atual Editora, 2013. p.
374)

Segundo o texto acima, Napoleão

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a)concretizou, ao chegar ao poder, o projeto absolutista francês, impondo o fim das distintas
facções da nobreza que agitavam as últimas décadas do Antigo Regime monárquico e unifi-
cando o país por meio de uma nova legislação, ainda que de maneira autoritária.
b)contrariou os princípios de liberdade que nortearam o início da Revolução Francesa e agiu
de forma autoritária dentro e fora da França, ainda que se reconheçam as contribuições do
Código Civil, conjunto de leis que foi um marco jurídico inovador.
c)acabou com o processo revolucionário, abusando de sua autoridade e impondo, por meio da
força, leis e instituições na contramão das aspirações revolucionárias, que foram impostas
também a outros países por ele dominados.
d)criou instituições e leis paternalistas que concretizaram expectativas das camadas mais
desfavorecidas da sociedade francesa, ao mesmo tempo em que se mostrou um imperador
tirânico ao invadir e destruir a Europa com seus exércitos em prol da manutenção dos privilé-
gios da nobreza.
e) desafiou, como governante, os princípios revolucionários surgidos em 1789, governando
sem nenhum aparato jurídico e impondo a volta da monarquia em outros países europeus.

Os princípios republicanos da Revolução Francesa foram sacrificados por Bonaparte em nome


da ordem e da estabilização do país após anos de conflitos internos. Não retomou o absolutis-
mo, mas se colocou no centro do poder. O Código Civil instituiu no Estado francês e a igualda-
de jurídica entre os seus cidadãos. Por fim, Napoleão criou um Império estável equipado com
instituições importantes para tratar os seus como cidadãos e para expandir o combate contra o
absolutismo na Europa.
Letra b.

026. (FCC/SABESP/PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DE ASSISTENTE


ADMINISTRATI- VO/2019) No contexto da expansão marítima, nos séculos XV e XVI,
Portugal era considerado uma “potência náutica”. Dentre os fatores que explicam esse
destacado desempenho dos por- tugueses nas navegações, é importante citar
a) a eficácia de suas embarcações e o uso de instrumentos de navegação por eles inventados,
como o astrolábio, o sextante e a bússola.
b)a experiência de navegação adquirida com o estabelecimento, desde o século V, de feitorias
portuguesas em grande parte do litoral africano, para o comércio de especiarias.
c) o amplo domínio do conhecimento dos mares e oceanos, que lhes permitiu, de forma pionei-
ra, desenvolver cientificamente a teoria de que a terra era redonda.
d) a aliança firmada com os navegantes espanhóis durante a União Ibérica, que resultou na soma
de habilidades desenvolvidas em ambos os países e na realização de expedições em parceria.
e) os investimentos do Estado português, já unificado no século XV, no desenvolvimento da
navegação e na busca de novas rotas comerciais.
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A formação do estado nacional português permitiu a centralização administrativa, otimizan- do


a arrecadação de impostos na medida em que eliminava atravessadores. Isso permitiu que o
estado português realizasse investimentos na área náutica justamente para buscar outras
rotas comerciais.
Letra e.

027. (FCC/SEDUC-ES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2016) A Revolução Francesa colocou


em cheque os alicerces políticos do Antigo Regime, e sua repercussão além das fronteiras
nacio- nais pode ser percebida
a) em várias lutas pela independência na América de colonização ibérica, incluindo revoltas
coloniais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
b) na adoção, pela maioria dos países europeus, do lema liberdade, igualdade e fraternidade
em suas constituições republicanas formuladas no final do século XVIII.
c)na Declaração de Independência dos Estados Unidos, que se inspirou na experiência france-
sa e reproduziu os Direitos do Homem e do Cidadão.
d)na extinção do absolutismo monárquico e de outras formas de autoritarismo governamental na
história europeia subsequente.
e)em revoluções posteriores que se ampararam ideologicamente nos ideais iluministas, caso
da Revolução Haitiana, da Revolução do Porto e da Revolução de Outubro.

Note que a FCC tem gosto por essa temática. Os ideais da Revolução Francesa e do Ilumi-
nismo, quais sejam o republicanismo, a igualdade, a liberdade e a fraternidade, influenciaram
movimentos separatistas no Brasil, como os listados na alternativa.
Letra a.

028. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) O estudo a


se-
guir, feito por Leonardo da Vinci (1452-1519), mostra um feto humano dentro do útero.

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(DA VINCI, Leonardo (1452-1519), Tratado sobre a pintura, século XVI)

Sobre o desenvolvimento do desenho anatômico, durante o Renascimento, é correto afirmar


que Leonardo da Vinci
a)elaborou um método preciso de representação e descrição da realidade, partindo da obser-
vação empírica.
b)privilegiava o aspecto figurativo e a beleza do traço mais do que a fidedignidade das re-
presentações.
c) desenvolveu uma técnica idealista, condenada pelas universidades de medicina.
d) valeu-se dos modelos árabes, presentes na Europa após a queda de Constantinopla.
e) seguia as normas religiosas que padronizavam a representação visual da experiência.

O naturalismo é uma característica do Renascimento Cultural. Nesse sentido, o estudo de Leo-


nardo da Vinci é tentativa de representação da realidade experienciável.
Letra a.

029. (FGV/2017) Perante esta sociedade, a Burguesia está longe de assumir uma atitude revolu-
cionária. Não protesta nem contra a autoridade dos príncipes territoriais, nem contra os privilégios
da nobreza, nem, principalmente, contra a Igreja. […] A única coisa de que trata é a conquista do
seu lugar. As suas reivindicações não excedem os limites das necessidades mais indispensáveis.
(PIRENNE, Henri. História econômica e social da Idade Média. 1978)

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Segundo o texto, é correto afirmar que


a)a burguesia, nascida da própria sociedade medieval, nela não tem lugar; para conquistá-lo, suas
reivindicações são a liberdade de ir e vir, elaborar contratos, dispor de seus bens, fazer comércio,
liberdade administrativa das cidades, ou seja, não tem o objetivo de destruir a nobreza e o clero.
b)os burgueses, enriquecidos pelo comércio, reivindicam privilégios semelhantes aos da no-
breza e do clero na sociedade moderna; acentuadamente revolucionários, os seus interesses
significam título, terras e servos para garantirem um lugar compatível com sua riqueza.
c)o território da burguesia é o solo urbano, a cidade como sinônimo de liberdade, protegida da ex-
ploração da nobreza e do clero; para isso, cria o direito urbano, isto é, leis para o comércio, a justiça
e a administração que, de forma revolucionária, asseguram-lhe um lugar na sociedade moderna.
d)a sociedade medieval tem um lugar específico para os burgueses, pois as liberdades, as
leis, a justiça e a administração estão em suas mãos; tal situação tem o objetivo de brecar o
poder político e econômico dos nobres e da Igreja, fortalecidos pela expansão da servidão e
pelo declínio do comércio.
e)com exigências revolucionárias, como liberdade comercial, jurídica e territorial, a burguesia,
cada vez mais rica, visa destruir a sociedade medieval; esta, por sua vez, barra a ascensão
econômica e política da burguesia, ao fortalecer a servidão no campo e impedir as transações
comerciais na cidade.

Questão de interpretação: “A burguesia está longe de assumir uma atitude revolucionária”. Ou


seja, a burguesia não quer, naquele momento de formação do absolutismo, uma mudança radi-
cal na sociedade. Assim, a única alternativa que concorda com o texto é a letra “a”. Na aliança
firmada entre a recente surgida burguesia e os monarcas, que levou à formação das Monar-
quias Absolutistas, a burguesia conquistava algumas benesses dos monarcas e os ajudava
financeiramente através de tributos ou porcentagem em contratos comerciais.
Letra a.

030. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) A Antiguidade


Clássica (greco-romana) lançou as bases do que se entende por Civilização Contemporânea.
Nos mil anos do que se convencionou chamar de Idade Média (séculos V- XV), formou-se a
Europa moderna. Considerando essas informações como referência inicial, julgue o item.
A Reforma Protestante, ocorrida na Alta Idade Média, consolidou a unidade cristã vigente na Europa.

A Reforma Protestante ocorreu já na Idade Moderna, rompendo com a unidade cristã vigente
na Europa.
Errado.

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31.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2021) O Brasil foi colonizado


por Portugal no contexto do mercantilismo europeu da Idade Moderna. A colonização das
Américas significou a subjugação da população originária (indígena) e a escravidão de povos
oriundos da África. As independências latino-americanas ocorreram no cenário histórico da
onda revolucionária que, iniciada na América do Norte, varreu boa parte da Europa, entre fins
do século XVIII e primeira metade do XIX.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial, julgue o item.
O mercantilismo, conjunto de práticas econômicas que presidiu em larga medida a exploração
da América, fundamentava-se na balança de comércio favorável e na noção de riqueza nacio-
nal centrada na acumulação de metais preciosos.

Metalismo e balança comercial favorável


Certo.

32.(IBFC/SEED-RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2021) As


sociedades indígenas Tupi que ocupavam o território brasileiro apresentavam características
organizacionais específicas. Assinale a alternativa correta em relação a como essas sociedades
se organizavam.
a) Os grupos tupis praticavam a caça, a pesca, a coleta de frutas e a agricultura e migravam
temporária ou definitivamente para outras áreas
b)Os tupis se caracterizavam essencialmente como a única sociedade indígena nas terras
baixas que não era seminômade
c)Os tupis organizaram um grande sistema político centralizado no litoral brasileiro, sendo
considerado pelos europeus como uma forma de Estado legítima
d) Os tupis eram a sociedade, em números, de menor representatividade na América portuguesa

Os tupis eram seminômades e viviam da caça, pesca, coleta e agricultura.


Letra a.

033. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/HISTÓRIA/2017) Alguns dos mais importantes funda-


mentos da civilização ocidental foram lançados na Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).
Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre os quais podem ser citados as artes,
a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se seguem à queda de Roma, a Europa se
ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e verifica-se a ascendência, não apenas
religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema capilaridade – a Igreja Católica. A
Baixa Idade Média anuncia profundas transformações que atingem a culminância no início da
Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se reinventa geográfica, política e

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culturalmente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a Revolução Industrial inaugura


uma nova era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do mundo
ocidental.
Os últimos séculos da Idade Média foram de profunda transformação: impulsionado pela nascente
classe burguesa, o renascimento da vida urbana, do comércio e da economia monetária prenuncia-
va o advento de uma nova forma de organização econômica, que viria a ser o capitalismo.

As práticas comerciais e urbanas em fins da Idade Média marcam a ascensão do capitalismo


mercantil.
Certo.

034. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA/GO/PROFESSOR/HISTÓRIA/2018)


Sobretu- do a partir da Idade Moderna, chegando à contemporaneidade, a história da Europa e
da Amé- rica é indissociável da história da África. Relativamente ao tema, assinale a alternativa
correta.
a)Apesar das pressões de movimentos sociais, ainda não há legislação determinando o estu-
do de história da África nas escolas brasileiras.
b)Um equívoco em que muitos incorrem, no Brasil, é imaginar ser a África um continente ho-
mogêneo, sem maiores distinções entre seus povos.
c)Fundamental na colonização do Brasil, a escravidão africana inexistiu nas demais áreas da
América colonizadas pelos europeus.
d)Por causa das condições de absoluta sujeição impostas aos escravos africanos, é bastante
reduzida sua contribuição para a formação cultural do Brasil.
e) Diferentemente do ocorrido no Novo Mundo, a Europa desconhecia a escravidão e não man-
tinha intercâmbio de negócios com a África.

Como vimos, a África é um continente que abrigou vários povos, impérios e culturas. Desse
modo, a visão de homogeneidade cultural dos africanos é simplista e longe da realidade.
Letra b.

035. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o


fragmen- to a seguir.
Que obra-prima é o homem! Como é nobre em sua razão! Que capacidade infinita! Como é
preciso e bem-feito em forma e movimento! Um anjo na ação! Um deus no entendimento, para-
digma dos animais, maravilha no mundo. Contudo, para mim, é apenas a quintessência do pó.
William Shakespeare, Hamlet.
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A fala de Hamlet introduz um contraponto ao antropocentrismo renascentista. Assinale a op-


ção que apresenta a matriz filosófica desse contraponto.
a) Humanismo
b) Ceticismo
c) Racionalismo
d) Teocentrismo
e) Niilismo

Como o enunciado pede contrapontos ao Renascimento, as letras “a” e “c” já podem ser des-
cartadas pois são características do Renascimento. Como a citação de Shakespeare (para
mim, é apenas a quintessência do pó) desacredita do ser humano, só podemos marcar a letra
“b”. Ceticismo aqui é a descrença no ser humano. É importante ler com atenção e interpretar a
questão para não cair na “pegadinha” de assinalar Teocentrismo por impulso.
Letra b.

036. (FGV/SEDUC/AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) Com relação às características do


es- paço social urbano na Europa medieval nos séculos XII-XIV, assinale V para a afirmativa
verda- deira e F para a falsa.
I.– ( ) O crescimento das feiras deu aos centros urbanos um grande dinamismo econômico,
incrementado pela expansão da economia monetária.
II.– ( ) As ordens mendicantes, envolvidas com a construção de catedrais e monastérios, eram
atuantes no espaço urbano, sobretudo os beneditinos e os dominicanos.
III. – ( ) As corporações universitárias representavam, nas cidades, um espaço autônomo de
pensamento, opondo-se ao ensino eclesiástico das artes liberais e científicas.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) F, F e V.

I.– Verdadeira. As feiras comerciais causavam um grande dinamismo nas cidades.


II.– Falsa. As ordens mendicantes não eram atuantes nos espaços urbanos, uma vez que os
monastérios ficavam longe das cidades, mas especificamente ao redor dos campos, era lá que
toda a produção de conhecimento acontecia.

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III – Falsa. As universidades não possuem autonomia de pensamento e muito menos eram
autônomas, eram controladas pelo poder da Igreja.
Letra c.

037. (AOCP/IFB/PROF. DE HISTÓRIA/2016) No que diz respeito à história da África e


aos
primórdios do tráfico de escravos para Portugal e América, assinale a alternativa correta.
a)Durante séculos, a África esteve praticamente isolada do comércio com outras regiões, à
exceção do seu Norte. A partir do final do século XV e em um crescendo, ela foi incorporada ao
novo sistema geoeconômico orientado para o Atlântico, ligando a Europa, a África e a América,
naquilo que ficou conhecido como comércio triangular.
b)Até a chegada dos portugueses à África, seus habitantes viviam em formas comunitárias de
sociedade, desconhecendo a escravidão e praticando um comércio de escambo. Com a vinda
dos portugueses, isso se alterou, com o surgimento de tribos especializadas na captura de
africanos para transformá-los em escravos e na pilhagem.
c)Ao chegarem à África, os portugueses apoderaram-se das saídas das grandes rotas do co-
mércio de ouro e de escravos, que haviam sido estabelecidas há séculos. Impedidos de fazer
seu comércio com outros povos e necessitando de uma série de bens que não conseguiam
produzir, os africanos foram obrigados a fornecer escravos para os portugueses.
d)Durante o século XV e o início do XVI, os portugueses estabeleceram inúmeras feitorias na
costa ocidental, fazendo alianças com a população local e com seus chefes, para que partici-
passem do comércio com os europeus, principalmente ouro e escravos.
e)De início, os portugueses pretendiam instalar-se na África, organizando uma produção des-
tinada à exportação para a Europa, mas a resistência dos africanos e a dificuldade em fazer
alianças com os chefes tribais levou-os a optarem pelo Brasil, tornando o continente africano
uma região fornecedora de braços para as propriedades agrícolas da América.

Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa A estaria cor-
reta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando intera-
ções com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta é a letra D,
pois os portugueses somente conseguiram empreender o comercio de escravos construindo
feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
Letra d.

038. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO/HISTÓRIA/2018) O nascimento do


Brasil como Estado Nacional, na primeira metade do século XIX, coincide com o esforço das
elites locais para estabelecer uma identidade nacional brasileira. Com o advento da República,
em 1889, vê‐se a preocupação de buscar no passado elementos que legitimassem a nova
ordem. É na Era Vargas (1930‐1945), especialmente durante a ditadura do Estado Novo
(1937‐1945),
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contudo, que o projeto de afirmação da nacionalidade adquire foros de algo sistemático, con-
duzido pelo governo central.
Tendo as informações acima como referência inicial e considerando a amplitude do tema abor-
dado, julgue o item.
Diferentemente do ocorrido no Brasil, a escravidão africana praticamente inexistiu nas demais
regiões da América.

Muito fácil! A escravidão africana existiu na maior parte do continente americano.


Errado.

039. (IBFC/SEED-RR/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2021) Sobre as


rela- ções políticas entre as sociedades indígenas no norte da colônia portuguesa, assinale a
alterna- tiva correta.
a) Estabeleciam relações independentes e não coletivas
b)Estabeleciam relações coletivas de dependência entre as comunidades dominantes e
dominadas
c) Estabeleceram grandes Estados centralizados
d) Se identificavam apenas pelos troncos linguísticos

As relações tribais internas eram coletivas. Ademais, tribos que eram dominadas por outras
mantinham uma relação de dependência.
Letra b.

040. (IF SUL RIO-GRANDENSE/PROFESSOR/HISTÓRIA/2021) Leia o excerto a seguir.


“Aos portugueses e, em menor grau, aos castelhanos, coube, sem dúvida, a primazia no empre-
go do regime que iria servir de modelo à exploração latifundiária e monocultora adotada depois
por outros povos. E a boa qualidade das terras do Nordeste brasileiro para a lavoura altamente
lucrativa da cana-de-açúcar fez com que essas terras se tornassem o cenário onde, por muito
tempo, se elaboraria em seus traços mais nítidos o tipo de organização agrária mais tarde ca-
racterístico das colônias europeias situadas na zona tórrida. A abundância de terras férteis e
ainda mal desbravadas fez com que a grande propriedade rural se tornasse, aqui, a verdadeira
unidade de produção. Cumpria apenas resolver o problema do trabalho.”
(HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1995. p.
48)

Para tentar resolver essa dificuldade citada por Sérgio Buarque de Holanda, no excerto acima,
os portugueses optaram por (pelo)

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a) trabalho nativo sob forma de escambo, em que os produtos manufaturados europeus eram
trocados por gêneros tropicais.
b) explorar a mão de obra escravizada, inicialmente das comunidades indígenas, e poste-
riormente da africana.
c) utilizar trabalhadores livres de Portugal, que sob o sistema de parceria, tornar-se-iam
colonos, dependendo de sua produtividade.
d) pagar pequenos salários aos colonos que chegavam da Europa para gerar um mercado
consumidor dos produtos comercializados pela metrópole.

No clássico “Raízes do Brasil”, Sergio Buarque destaca as motivações que levaram os portu-
gueses a escravizarem os indígenas, num primeiro momento, e os africanos.
Letra b.

041. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS/RJ/DOCENTE I/EDUCAÇÃO INFANTIL E


DO 1º AO 5º ANO DE ESCOLARIDADE/2019) Observe a imagem a seguir, que representa
o ritual antropofágico de indígenas da costa do Brasil.

(STADEN, Hans. Duas Viagens ao Brasil. EDUSP,


1974)

Sobre os rituais antropofágicos dos indígenas, assinale a afirmativa correta.


a) Ocorriam em situações extremas de fome.
b) Atestavam a barbárie dos indígenas da costa brasileira.
c) Exemplificavam valores culturais distintos dos europeus.
d) Constituíam uma vingança à entrada dos portugueses.
e) Eram invenções dos europeus para justificar a colonização.
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Em antropologia é muito usado o conceito de etnocentrismo. Quando se observa uma cultura dife-
rente, deve-se despir-se dos preconceitos. Quando se olha o outro do ponto de vista de sua própria
cultura, fatalmente caímos em julgamentos. Lembrando que a antropofagia carregada de simbolis-
mo, pois acreditavam que absorviam as virtudes dos inimigos vítimas de seu canibalismo.
Letra c.

042. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o trecho a


seguir: O que as monarquias do século XVII pretendiam não era tanto a centralização, mas o
fortaleci- mento das suas dinastias, a imposição do princípio de autoridade sobre seus súditos
conside- rados pouco obedientes e pouco cumpridores de suas obrigações, especialmente em
matéria fiscal e na reputação na cena internacional, reputação essa considerada impossível
sem um exército vitorioso e temível.
(PUJOL, Xavier Gil. Centralismo e Localismo? Penélope. Fazer e Desfazer a História, Lisboa, n. 6,
1991)

De acordo com o trecho acima, a autoridade régia das monarquias europeias do século XVII
caracterizava-se pelo(a)
a) pactuação de interesses divergentes.
b) consulta aos parlamentos das decisões dos reis.
c) defesa das ambições da Igreja católica.
d) exigência de uma hierarquia social estrita.
e) militarização dos aparatos de apoio aos monarcas.

Questão difícil. Tem nível de complexidade elevado porque é de uma prova para professor de
História. No entanto, ela te ajuda com a interpretação necessária para gabaritar as questões da
FGV. O enunciado trata dos interesses dos monarcas. Como há de se lembrar, a burguesia tam-
bém tinha interesses que acabaram convergindo para o pacto. Nesse sentido, vale lembrar que
Thomas Hobbes, na sua defesa do absolutismo, defende um contrato social, um pacto social.
Letra a.

043. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o texto a


seguir. Merece a aprovação universal a máxima de que a verdade é um produto do tempo. A
opi- nião mais comum sobre a antiguidade constitui uma negligência, e mal se compadece
com a própria palavra. Antiguidade, a rigor, quer dizer mundo dos mais velhos ou época mais
adiantada da vida. E é fato razoável que, tal como se espera do ancião maior notícia das
coisas humanas e mais maduro juízo que do jovem, pela experiência e pela variedade das
coisas que viu, ouviu e pensou, assim também da nossa era se deve esperar mais que dos

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antigos tempos, como idade do mundo cumulada e provida de sumas e infindas descober-
tas, experiências e observações.
(Adaptado de: BACON, Francis. Cogitata et visa de interpretatione naturae. 1607-1609)

De acordo com o texto, sobre o conhecimento da época de Francis Bacon, analise as afirmati-
vas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa.
I – O conhecimento é atemporal, pois os Modernos repetiam o passado ao imitar os Antigos. II
– O conhecimento é frágil, por isso os Modernos deveriam submeter suas descobertas à
autoridade dos Antigos.
III – O conhecimento é temporal, e os Modernos avançavam em acúmulo de descobertas e
conhecimentos em relação aos Antigos.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
a) V – F – F.
b) V – V – F.
c) V – F – V.
d) F – V – F.
e) F – F – V.

Prezado, o trecho do anunciado “da nossa era se deve esperar mais que dos antigos tempos”
é a chave para resolver a questão.
As afirmativas Ie II considera que os modernos devem se submeter aos conhecimentos da antiguidade.
A afirmativa III concorda com o texto na medida em que afirma que os modernos aprendem
com a experiência dos antigos, mas, avançam.
Letra e.

044. (FGV/SMESSP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E


MÉDIO/HISTÓRIA/2016) Um professor de história inspira-se nas observações metodológicas
de Leandro Karnal a res- peito do uso de obras de arte no ensino da História para tratar da
cultura do Renascimento: “Não se deve estabelecer na análise artística uma leitura de ‘reflexo’
da sociedade, pois signifi- caria negar o estatuto da própria arte. A arte não é um reflexo, mas
constitui também a maneira de perceber o mundo e passa a constituir este mesmo mundo”.

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As opções a seguir interpretam corretamente o documento iconográfico no contexto da cultura


renascentista, sem reduzir a arte a um reflexo da sociedade, à exceção de uma. Assinale-a.
a)Os estudos de perspectiva do artista, ao tomar o corpo humano como modelo, espelham a
ideologia antropocêntrica própria da sociedade burguesa dos centros urbanos renascentistas.
b)A perspectiva do artista se baseia na arte da medida, entendida como projeção matemática
dos corpos sobre a superfície da pintura.
c)As grandezas sofrem uma diminuição proporcional à distância do observador, como de-
monstrado na representação frontal da cabeça inclinada.
d)O artista transforma o corpo natural em sólido geométrico para torná-lo mensurável, seccio-
nando a cabeça por planos meridianos e paralelos.
d) O artista produziu um manual técnico sobre as regras do desenho, fornecendo imagens ex-
plicativas para o cálculo da projeção geométrica.

Olha a pegadinha! O enunciado diz que a arte não é mero reflexo da sociedade. A alternativa
afirma que o artista é influenciado pelo antropocentrismo renascentista, mas não diz que ele
criou uma obra refletindo a sociedade. A perspectiva do artista, apesar da influência antropo-
cêntrica, é inovadora.
Letra a.

045. (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR/HISTÓRIA/2014) A respeito da via portuguesa para as


Índias Orientais, leia o fragmento abaixo.
“Em 1487, descobre o cabo “das Tormentas”, depois renomeado de Cabo da Boa Espe-
rança, e alcança o Oceano Índico. A partir de então, a via para o Oceano Índico e para os tráfi-
cos das especiarias está aberta. Quando Colombo ofereceu o seu projeto de alcançar as Índias
navegando em direção ao Ocidente, Portugal recusou, pois já tinha outras perspectivas, que se

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realizaram em maio de 1498: , que havia partido de Lisboa com três navios um ano antes,
aportava em Calicute.”
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima.
a) Gil Eanes – Gonçalo Coelho.
b) Diogo Cão – Duarte Pacheco Pereira.
c) Fernão de Magalhães – Américo Vespúcio.
d) Colombo – Pedro Álvares de Cabral.
e) Bartolomeu Dias – Vasco da Gama.

Em 1488, Bartolomeu Dias atingiu o cabo sul-americano, enfrentando neste local uma perigosa
tempestade e, por essa razão, denomina-o Cabo das Tormentas, mais tarde Cabo da Boa Es-
perança. Em 1498, Vasco da Gama, comandando uma frota de quatro navios, atingiu a cidade
de Calicute na Índia.
Letra e.

046. (AOCP/PREF. MUNICIPAL DE LAGARTO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2011) No final


do século XIII e início do século XIV, o pintor e arquiteto italiano Giotto di Bondone (12661337),
produziu, obras como por exemplo, O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final, nas
quais manifestou um princípio estético novo, diferente do da Idade Média. Cronologicamente,
estas obras podem ser consideradas como início do movimento renascentista.
Sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) No âmbito das letras e das artes plásticas, incluindo a arquitetura, esse movimento ficou
conhecido como Renascimento cultural.
b)O movimento conhecido como Renascimento ocorreu também no âmbito filosófico, cientí-
fico, pedagógico e político.
c) No âmbito religioso também causou modificações nas formas de pensar a fé, principal
exemplo é a Reforma Protestante.
d) A amplitude e diversificação dessas transformações fazem com que muitos historiadores
as considerem como Renascimentos.
e)O problema que o movimento enfrentou com a Igreja Católica Medieval foi o fato de pregar a
inexistência de Deus.

O Renascimento não negava a existência de Deus. O próprio enunciado da questão cita obras
de cunho religioso.
Letra e.

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047. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE


UBERABA/MG/PROFESSOR/
HISTÓRIA/2016) Leia o trecho a seguir.
A historiografia medievalista tem se preocupado em mostrar que o termo “Idade Média” tem
história e que esta é repleta de perspectivas que se alternaram ao longo do tempo, não apenas
mistificando o período chamado de medieval, mas também inserindo-o em meio a polêmicas.
(OLIVEIRA, N. A. S. O estudo da Idade Média em livros didáticos e suas implicações no Ensino de História. Cader-
nos do Aplicação (UFRGS), v. 23, p. 104, 2010)

Assinale a alternativa que cita, de forma CORRETA, correntes que tendiam a enxergar a
Idade Média de maneira positiva e negativa, respectivamente.
a) Positivismo e Iluminismo.
b) Comunismo e Liberalismo.
c) Romantismo e Antropocentrismo.
d) Classicismo e Tomismo.

Muito fácil. Lembre-se do “macete” do CARINHO acerca do renascimento. Ora, o romantismo é


a única corrente que valoriza a Idade Média, enquanto o Antropocentrismo renascentista bus-
ca uma ruptura com os valores medievais.
Letra c.

048. (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/PREFEITURA DE


UBERABA/MG/PROFESSOR/ HISTÓRIA/2016) A invenção da prensa tipográfica, no século
XV, foi vista como uma ameaça pela Igreja Católica, tanto que, em 1549, a instituição publicou a
primeira versão do index proibi- torium. A lista incluía obras relacionadas à Reforma Protestante,
mas também de pensadores laicos como o florentino Nicolau Maquiavel, que teve O Príncipe
censurado.
Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a essência da obra de Ma-
quiavel que foi considerada perigosa pelo alto clero católico.
a) Ideais de apologia à monarquia absolutista.
b) Defesa de um laicismo aplicado à política.
c) Críticas à inquisição católica.
d) Vinculação dos monarcas absolutistas a Deus.

Maquiavel é inovador em seu tempo por vários motivos, dentre estes, indicar a separação entre
política e religião na orientação das suas ações governamentais.
Letra b.

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049. (AOCP/INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) No período compreendido entre os


sé- culos XV e XVII, a Europa Ocidental passou por significativas transformações no âmbito
eco- nômico, social, cultural e religioso.
Assinale a alternativa correta.
a)A Contra-Reforma representou uma mutação sem precedentes na história da Igreja Católica,
alterando os dogmas da fé cristã e estimulando a reconciliação entre católicos e protestantes.
b)Os intelectuais, ligados ao movimento humanista, tomaram como ideal cultural o homem da An-
tiguidade Clássica, cujo individualismo aproximava-se dos valores da recém-organizada burguesia.
c)Os descobrimentos marítimos impulsionaram o desenvolvimento econômico-social euro- peu,
mas causaram a estagnação da produção artística e intelectual devido ao contato com povos
bárbaros.
d)O Renascimento expressa um conjunto de manifestações históricas desencadeadas pelas
modificações econômicas e sociais decorrentes do comércio e da vida rural, quando a popula-
ção estava, em sua maioria, vivendo em feudos.
e)O Humanismo, a Reforma Religiosa e o Renascimento constituem movimentos isolados que
eclodiram na Europa Ocidental visando, sobretudo, valorizar os signos da unidade nacionalista,
a evangelização e o mercantilismo.

Os valoresdo período se identificavamcom a classe burguesa nascenteda estagnaçãodo feudalismo.


Letra b.

050. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE FUNDÃO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2014)


Refli- ta sobre as influências do Renascimento e assinale a alternativa correta.
a) Os ideais burgueses do século XVII nada têm de herança do Renascimento.
b) A reforma e a contra-reforma foram cruciais para o fim do Renascimento.
c) O Iluminismo substituiu o Renascimento e possuem as mesmas características.
d) A Revolução Francesa foi resultado direto dos questionamentos renascentistas.
e) O Brasil foi contaminado pelas ideias renascentistas que vieram com os colonizadores.

Apesar de serem também produto das ideias renascentistas, a Reforma Protestante e a Contra
Reforma Católica substituíram a arte renascentista. Exemplos disso foram o barroco e o roco-
có, expressões de arte derivadas da Contra Reforma Católica.
Letra a.

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