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NISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

rsidade Federal de Alfenas

uto de Ciências Humanas e Letras

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Curso: História
Disciplina: História Medieval II
Professor: Adaílson José Rui
Ano/semestre: 2022/02
Aluna(o): Manuella Pires Faria

FICHAMENTO DE TEXTO

Texto: LE GOFF, Jaques. Mercadores e banqueiros da Idade Média. 1ª ed. São Paulo
SP: Livraria Martins Fontes Editora LTDA, 1991, pp. 07-25.

Na Introdução do livro, Le Goff, nos situa no espaço em que ele fara suas análises, o da
Europa cristã, ele ainda nos diz que mesmo durante as Cruzadas em tempos de conflitos entre
cristãos e muçulmanos o comércio era a única prática que conseguia criar vínculos entre os
povos, civilizações e locais. Sendo assim, essas trocas comerciais não pararam de acontecer
com as guerras que estavam acontecendo naquele momento.
Entre os séculos XI e XIII, a sociedade mercadora medieval passou por uma revolução.
Começando pelo fim das invasões, os povos que antes penetravam na Europa cristã em busca
de pilhagens e combates dão lugar agora a trocas pacíficas, e assim afluem os grãos, os
casacos de pele, os escravos do norte que são interesse não apenas dos mercadores europeus,
mas também dos muçulmanos, que por sua vez aparecem os metais preciosos da África e da
Ásia.
Juntos dessa nova paz vem o renascimento das cidades: “É ao desenvolvimento das cidades
que se ligam os progressos do comércio medieval; é no contexto urbano que cumpre situar
o crescimento do mercador medieval.” (Le Goff, 1991, p.8)
▫ Nessa primeira fase de nascimento e desenvolvimento, o mercador medieval é
sobretudo um mercador itinerante (que viaja, se desloca, que transita).
Os primeiros obstáculos do mercador itinerante, ele encontra no trajeto que percorre, quando
feito por terra as principais dificuldades são as condições precárias das estradas, a
insuficiência dos meios de transporte e a insegurança do trajeto (bandidos, cidades ávidas por
tomarem a carga dos mercadores através de um confisco mais ou menos legalizado.) E além
disso as taxas e pedágios cobradas para se atravessar uma ponte ou até mesmo para transitar
dentro das terras.
Devido a todas essas dificuldades terrestres, o mercador medieval preferia fazer seu comercio
de maneira fluvial, através dos rios, a condução pelo barco a vela é feita em grande escala por
onde a navegabilidade do rio permita. Ainda assim, as vias marítimas é o meio que mais
enriquecera os mercadores, e com elas novos obstáculos surgem.
Em primeiro lugar estão os naufrágios e a pirataria, há cidades que também faziam uso do
direito de naufrágio, a pequena capacidade de transporte das embarcações que não
ultrapassavam as 500 toneladas.
Todo esse trabalho do mercador itinerante tem como um objetivo maior as feiras da
Champagne, onde lá havia um mercado bem estabelecido e quase permanente do mundo
Ocidental. Porém, no início do séc. XIV essas feiras começam a declinar devido a muitas
mudanças na estrutura comercial, devido a isso começam a aparecer uma nova espécie de
mercadores, os sedentários, que com uma evolução de técnicas e uma organização mais
complexa e uma rede de empregados e sócios que torna as viagens inúteis.
Desde o início da revolução comercial observamos que até mesmo a própria legislação
favorecia primeiro os mercadores, os senhores, soberanos, os papas, todos eles prestaram
apoio e proteção aos comerciantes itinerantes. O sucesso das grandes feiras por exemplo só foi
possível diante do financiamento dos alojamentos para os comerciantes e da segurança que as
autoridades do lugar concediam a eles.

Anotações
O Castelo feudal significa o ponto forte da localidade, é o que permite que aquela região tenha
certa soberania e a base da segurança daquela localidade, ele pode ser visto como opressor em
relação ao poderio dos senhores e dos trabalhadores.
As igrejas no mundo feudal não é um lugar apenas para oração mas também como símbolo de
fortaleza e proteção.

Só foi possível o desenvolvimento do capitalismo posterior ao período feudal carolíngio o


acumulo das atividades construídas nesse periodo, o comercio desenvolvido após esse período
ja existia no mundo feudal ele apenas têm um despertar.
Mundo rural sem moeda, vassalagem...
O aumento demográfico é o que vai justificar o comercio, afinal ateriormente a sociedade
rural por ser muito pequena conseguia permitir a manutenção da vida daquelas pessoas em
determinada localidade, esse aumento de números de pessoa se dá ao fato da paz relativa o
fim dos conflitos externos, dai se dá a necessidade de se rpoduzir produtos ligados a
sobrevivencia, promove mudanças principalmente deixar o seu local para buscar sua
sobrevivencia, o período feudal a sociedade está crescendo muito, de uma alta taxa de
natalidade, tanto a nobreza como os servos
O mercador itinerante vem do servo, é o filho do servo, não faria sentido um nobre ser
comerciante, essa prática pertence a pessoas sem posses, sem titulos, pessoas marginalizadas
naquela época.
As feiras aconteciam em lugares estratégicos, os produtos tem que conseguir chegar vindo
tanto do mar quanto do inetrior do continente.

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