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E.E.F.M.E.P.J.A.

EMBAIXADOR ASSIS CHATEAUBRIAND

IDADE MÉDIA
Relacionar a Expansão Comercial e as Trocas Culturais com
o Fortalecimento da Burguesia.

Aula Webex – SEMANA DE 07. A 11.06.2021 Aula - 2

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 Como que o renascimento comercial pode contribuir com as trocas culturais entre europeus e orientais ?

 Quais fatores contribuíram para o surgimento e fortalecimento da Burguesia na baixa Idade Média ?

UNIDADE – 2
Capítulo V e VIII
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Renascimento comercial é o nome que se dá ao processo de crescimento


comercial pelo qual a Europa passou a partir do século XI.
Esse renascimento aconteceu a partir do desenvolvimento de um excedente
comercial e resultou no surgimento de rotas comerciais por toda a Europa.
Esse processo estava diretamente ligado ao renascimento urbano que a Europa
passou no mesmo período.

O crescimento comercial da Europa medieval a


partir do século XI foi resultado
do desenvolvimento demográfico e agrícola.
Ambos possibilitaram o surgimento de um
excedente agrícola, que pôde ser
comercializado, principalmente para as cidades.
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O crescimento urbano resultou em uma demanda maior por produtos que somente o comércio poderia
proporcionar.

Como a produção local era, na maioria das vezes, bastante limitada, passou a ser necessário recorrer ao
comércio para obter determinados tipos de mercadoria
(a necessidade variava de região para região).

Com isso, estabeleceu-se um comércio que dependia, sobretudo, das conexões de longa distância para
obter mercadorias. Os mercadores que não possuíam conexões com o mercado de longa distância, em
geral, não foram bem-sucedidos.

Assim, o desenvolvimento comercial levou ao surgimento de uma nova classe social, que não dependia
mais da itinerância (alteração frequente de local) para sobreviver.

O comércio europeu na Baixa Idade Média dependia bastante das rotas marítimas, que transportavam
de maneira mais ágil e barata as mercadorias por longas distâncias.
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Eixos do comércio medieval

O renascimento do comércio na
Europa medieval levou ao
desenvolvimento de dois grandes
eixos de comércio.

Um deles era o eixo


mediterrânico, que era controlado
pelas cidades italianas
de Gênova e Veneza.

O segundo era o eixo nórdico e era


controlado por uma liga de cidades do
norte da Europa chamada de Liga
Hanseática.
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Trocas Culturais
Os árabes trouxeram ainda para o Ocidente espécies vegetais como o arroz, a
cana-de-açúcar, o café, o algodoeiro, a laranjeira, o limoeiro, a alface e a
amoreira.

Produziram um artesanato de alta qualidade, principalmente nos tecidos, tapetes,


brocados e objetos de metais, dos quais se podem destacar as famosas espadas de
aço fabricadas em Toledo, na Espanha.

Os árabes produziram ainda uma vasta literatura, cuja principal obra destacada é
”As mil e uma noites”, uma coletânea de contos originários de diversos lugares do
Oriente, como da China, da Índia e da Pérsia, todas interligadas com a história da
princesa Sherazade, que narra histórias fantásticas ao sultão com quem havia se
casado.

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A confluência cultural, as disputas pela ocupação dos espaços, a


miscigenação e o estranhamento, marcaram a vivência entre as
populações do oriente e ocidente durante toda a Idade Média.

Se por um lado as guerras aceleraram este distanciamento, por outro as


aproximações foram várias; incentivadas pelas peregrinações e trocas
culturais intensas, que garantiam a flexibilidade identitária e a
elaboração de novos significados e parâmetros.

Uma interpretação dos indícios deixados pelo tempo nos apresentam


diversas possibilidades de análise, que perpassam os fazeres cotidianos
dos homens de uma determinada época.

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O termo “burguesia” designa a


classe social dominante do sistema
capitalista e está formada por
proprietários de bens ou capitais.
A burguesia surge no fim da Idade
Média, com a expansão do
comércio e das cidades medievais.
A palavra tem origem em “burgos”,
que significava “fortaleza” ou
“pequenas cidades”.
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(UFRN/2009) O linguista russo Mikhail Bakhtin (1895-1975) analisou concepções e práticas culturais
vigentes na Idade Média. Em uma de suas análises, ele afirmou:
O riso era condenado pelo cristianismo oficial da Idade Média. O tom sério caracterizava a cultura
medieval oficial, sendo a única forma de expressar a verdade, o bem e tudo o que era importante.
Apud: COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e geral. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 153.

As reflexões de M. Bakhtin foram incorporadas pela pesquisa histórica contemporânea que trata do
quadro cultural da Idade Média. O panorama da Idade Média delineado por essas pesquisas revela
que

a) Uma cultura popular, impregnada de humor, também se manifestava por meio dos festejos
carnavalescos, das encenações cômicas e satíricas e dos gracejos dos bufões e dos bobos.
b) A influência da Igreja Católica conseguiu homogeneizar a cultura do Ocidente medieval,
moldando-a segundo seus valores e extinguindo as criações humorísticas, consideradas profanas.
c) Uma série de elementos culturais trazidos pelos novos invasores (normandos e magiares)
alteraram significativamente o modelo cultural predominante na Europa ocidental.
d) A cultura universitária, também pregando a austeridade e consagrando a divisão social dominante,
foi o mais eficiente sustentáculo dos modelos defendidos pela Igreja e pelos senhores feudais.

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Após um período de estagnação, percebe-se, por volta do século XII, um renascimento das
atividades comerciais no continente europeu. Dentre os fatores que possibilitaram tal fato, pode-se
destacar

a) A concentração de poder nas mãos dos reis, submetendo os senhores feudais à sua autoridade e
unificando a moeda em seus reinos.w.historiaemfoco.com.br

b) O surgimento de novas religiões cristãs, a partir da Reforma Protestante, que valorizavam o
trabalho e o lucro.

c) A produção de um excedente agrícola, em função da utilização de novas técnicas, gerando bens
para o mercado.

d) O crescimento da classe guerreira, a partir do aumento geral de população, garantindo a


segurança das estradas.

e) O despovoamento dos campos, causado pela Peste Negra, tornando necessária a compra de
gêneros alimentícios básicos.
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