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O termo “burguesia” designa a classe social dominante do sistema capitalista e está

formada por proprietários de bens ou capitais.

A burguesia surge no fim da Idade Média, com a expansão do comércio e das cidades
medievais.

A palavra tem origem em “burgos”, que significava “fortaleza” ou “pequenas cidades”.

O conceito de burguesia foi mudando com o tempo: na Idade Média eram os comerciantes;
e durante a Revolução Industrial, os banqueiros e empresários.

Surgimento da burguesia
No final da Idade Média, a Europa passava por modificações nos campos político,
econômico, social e cultural.

Nesse período aconteceu o declínio do sistema feudal e a quantidade de terra deixou de ser
um sinal de riqueza. A partir de agora, seria a quantidade de dinheiro que faria uma pessoa
ser considerada rica.

Ao mesmo tempo, a política mudava. Os senhores feudais deixam de ter poder e este passa
ao rei (absolutismo), no processo de formação das monarquias nacionais. Até a religião
sofre mudanças com a eclosão da reforma protestante.

Neste novo período, surge um grupo de pessoas que se dedicarão, especialmente, ao


comércio e às transações comerciais. O local de trabalho serão as cidades, chamadas de
burgos e, por isso, quem vive ali será conhecido como “burguês”.

O burguês defendia valores que eram estranhos à sociedade medieval como a liberdade
pessoal, livre comércio, direitos religiosos e civis.

Ao mesmo tempo, a Europa vive o chamado “Renascimento Comercial” através das


Cruzadas, e da expansão ultramarina dos séculos XV e XVI.

Tudo isso possibilitou ampliar as relações comerciais, bem como desenvolver o comércio
interno das cidades impulsionado pelas feiras.
De tal modo, o crescimento das cidades foi um fator importante para a formação da
burguesia. Os burgueses se reuniam nas “Guildas” ou “Corporações de Oficio” que
consistiam nas associações de profissionais que defendiam o interesse dos seus membros.

A partir do fortalecimento do comércio, a nobreza, antiga detentora do poder, vai perdendo


espaço para a burguesia. Os servos, que antes trabalhavam para a nobreza e o clero,
vislumbraram no comércio ascensão social, econômica e política.

Assim, a classe burguesa se consolida e começa a exigir espaço na política. Isto se dá


através de várias revoluções, nas quais podemos destacar a Revolução Francesa, em 1789
e a Revolução Industrial, que ocorre nos séculos XVIII e XIX.

Burguesia e proletariado
Na teoria marxista, desenvolvida pelos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels
(1820-1895), a burguesia e o proletariado representam duas classes sociais com interesses
contrários.

A burguesia é a classe dominante do sistema capitalista, pois detém o poder e os meios de


produção. Já o proletariado representa a classe dominada, pois o único que lhe resta é
vender sua força de trabalho à burguesia.

Desta maneira, burgueses e proletariados estariam sempre em luta e seria isso que
provocaria as mudanças na sociedade.

Burguesia mercantil
O termo “Burguesia Mercantil” designa aqueles que adotaram as ideias mercantilistas ou
seja: acúmulo de capital, balança favorável e metalismo. essas ideias.

Este grupo surge a partir do século XV, na Europa, e foi uma das consequências do
Renascimento Comercial, Cultural e Urbano.

O sistema feudal foi decaindo, seja pelo aumento da população, pelas novas tecnologias e
pela busca de produtos orientais. Sendo assim, aos poucos, o sistema feudal foi substituído
por um capitalismo primitivo, o mercantilismo.
Os burgueses buscavam o enriquecimento e a mobilidade social, algo que era impossível
dentro da sociedade feudal, onde o nascimento determinava o lugar de cada um.

Burguesia industrial
A Burguesia Industrial, como o próprio nome indica, representa uma das classes sociais
surgidas com a Revolução Industrial no século XVIII.

Esse grupo foi muito importante nesse período, pois foi a burguesia que possibilitou o
emprego de máquinas para aumentar a produção. Isso aconteceu na medida em que
investiram na compra de máquinas e matérias primas, bem como na contratação dos
empregados.

No entanto, o lucro obtido pelas primeiras indústrias foram conseguidos graças a


exploração dos operários em longas jornadas de trabalho.

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