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Feudalismo: o que é, origem e mais!

por Renata Celi | maio 17, 2019 | historia | 0 Comentários

A história de nossa sociedade passou por etapas muito


diversas ao longo dos anos. Um dos períodos mais
emblemáticos é o Feudalismo, momento também
conhecido por muitos como Idade Média.

Compreender esse período é essencial para que possamos


relacionar alguns pontos importantes da atualidade e
também para auxiliar na compreensão de eventos
históricos subsequentes.

Quer saber mais sobre o feudalismo? Então, continue a


leitura!

O que é Feudalismo?

O Feudalismo é um dos momentos mais importantes e


característicos de toda a nossa história. Ocorrido
majoritariamente na Europa, esse movimento foi uma
espécie de organização socioeconômica que guiou a vida
de toda uma civilização por mais de mil anos.

O início do Feudalismo está relacionado à queda do


Império Romano, quando muitas invasões ocorreram na
região, fazendo com que as pessoas (tanto os nobres
quanto indivíduos de camadas mais baixas da sociedade)
se mudassem para o campo.
A partir disso, toda uma estrutura hierárquica foi criada
com base na terra, que servia ao mesmo tempo como
moeda de troca, local de subsistência e principal cenário
econômico da época. A seguir, saberemos muito mais
sobre esse período!

Resumo do Feudalismo

Com a queda do Império Romano do ocidente,


aconteceu uma reestruturação territorial em toda a Europa.
Com ela, ocorreu a Expansão Islâmica, ponto
fundamental para o nascimento do Feudalismo Europeu.

A principal razão para esse fato está no controle político e


militar do Mediterrâneo, o que permitiu que a Europa se
isolasse comercialmente.

Com a expansão — que teve o seu ápice com a Batalha


de Poitiers —, a sociedade europeia passou por uma série
de invasões. Com isso, a nobreza e os camponeses
passaram a se isolar no campo, longe das cidades. Assim,
surgiram os Reinos Bárbaros (ou seja, não-romanos),
cuja principal origem era germânica.
A organização dessas sociedades deu os primeiros toques
do que viria a se tornar o Feudalismo. O principal Reino
foi o Franco, que tinha uma série de particularidades em
relação aos demais. As mais marcantes eram a
centralização política precoce e as alianças com a igreja
católica. Foi também aqui que ocorreram as primeiras
divisões de terra, em condados.

Com a sucessão de reis, o Reino Franco passa a ser


fragmentado entre os filhos do Rei Luís, o Piedoso, a
partir do Tratado de Verdun. Com isso, os feudos se
tornam hereditários e o Feudalismo começa a atuar de fato
na sociedade europeia. Sua estrutura está pautada na
mistura de elementos romanos, germânicos e árabes.

O Feudalismo está dividido em duas grandes etapas: a


Baixa Idade Média e a Alta Idade Média. A seguir,
veremos cada uma das divisões de forma mais detalhada.

O que significou o Feudalismo?

Como pudemos observar, o Feudalismo foi muito mais do


que um simples período histórico. Ele foi, na verdade, um
modo de pensar que moldou a vida de pessoas por
diversos séculos e, até hoje, tem uma grande importância
na estrutura de nossas sociedades.

Um bom exemplo de sua significância está na edificação


das bases do mundo europeu, tanto no aspecto físico
(como a divisão de países, surgimento de reinos e nações)
quanto nos aspectos culturais (que vão desde os idiomas à
religião e aos costumes gerais dos povos).

Tal estrutura também tem uma forte influência em terras


distantes da Europa, como é o caso do Brasil. Afinal, os
aspectos estruturais na Península Ibérica e a centralização
precoce do poder na região, por exemplo, determinaram o
pioneirismo de Portugal e da Espanha nas Grandes
Navegações que os trouxeram até a América do Sul.
Características do Feudalismo

Assim como outros períodos de nossa história, o


Feudalismo traz consigo uma série de características
marcantes. Entre elas, podemos citar:
 economia com base na agricultura de subsistência;
 ausência de comércio ou qualquer atividade
mercantil;
 ausência de moedas ou qualquer tipo de dinheiro;
 predominância da troca entre indivíduos para
obtenção de bens de consumo;
 descentralização do poder;
 existência do trabalho servil.

Sociedade feudal

A sociedade feudal era uma estrutura fortemente


estamental e fixa. Por isso, havia pouquíssima mobilidade
social e, portanto, alguém nascido em determinada posição
não tinha a esperança de mudar de classe social ao longo
da vida.

A divisão da sociedade feudal era:

 realeza;
 alta nobreza e clero;
 nobreza média;
 artesãos ricos;
 artesãos comuns;
 servos;
 escravos.

A escravidão, embora não fosse uma prática muito comum


na época, existia. A maioria dos escravos assim eram
deominados por conta de dívidas ou de guerras. A maior
relação aqui, no entanto, era a de suserania e vassalagem,
que ocorria quando o senhor feudal cedia uma porção de
terra ao servo em troca de lealdade e serviços.

Senhor feudal

O senhor feudal era o dono dos feudos, ou seja, das terras


que eram cedidas aos servos como transação comercial. A
sua principal obrigação para com esse grupo era proteger
os seus servos, especialmente em casos de guerras ou
invasões.

Já os servos, por sua vez, precisavam arcar com uma


série de demandas do senhor feudal. Entre elas, podemos
citar:

 talha (entrega de parcelas da produção total);


 dízimo (dado à Igreja);
 banalidades (taxas de uso das ferramentas do feudo,
como os moinhos);
 corveia (nome dado ao trabalho feito no feudo).

Os senhores feudais também detinham um grande poder


político e trabalhavam lado a lado com a Igreja Católica,
que tinha uma forte influência no período e controlava o
viés ideológico de toda a sociedade. Os Reis, por sua vez,
observaram um grande declínio de seu poder.

Economia feudal

A economia dos feudos era moldada pelas seguintes


características:

 autossuficiência (tudo que era produzido era utilizado


para a sobrevivência do feudo);
 subsistência;
 agricultura com baixa tecnologia.

O comércio estava presente no período, mas de maneira


extremamente sutil. O seu principal objetivo era
complementar a atividade agrícola e ele era feito na
forma de troca.

No entanto, apesar de a maioria das pessoas acreditar que


a Idade Média foi um período sem avanços tecnológicos
ou científicos, isso não é verdade. Embora essa fase da
história não seja marcada por grandes descobertas, houve,
sim, um certo desenvolvimento em áreas como a agrícola
e as artes em geral.

Crise do Feudalismo

A crise do sistema feudal começou a surgir a partir do


aumento demográfico e a consequente maior ocupação de
áreas agricultáveis, levando ao esgotamento e saturação
das terras disponíveis. Com o aumento da natalidade,
havia pouco espaço e pouco recurso para as demandas de
tantas pessoas.

Isso gerou, além da redução de posses da nobreza — que


não tinha mais terras para distribuir —, um grande êxodo
que levou tais indivíduos a buscarem maiores
oportunidades nas cidades. Assim, se iniciava o
crescimento do comércio, com foco nas cidades italianas
(que fazia transações com os povos árabes) e da região do
Flandres.

Com as Cruzadas, organizadas pela Igreja, ocorreu uma


expansão ainda maior do comércio na Europa. Assim, as
cidades passam a absorver os servos que saíram do campo
para a região urbana e ocorre o Renascimento Comercial
e Urbano, dando início ao capitalismo e originando uma
nova classe social: a burguesia.

O que é Capitalismo?

O Capitalismo é um sistema econômico no qual o


principal objetivo se dá pela obtenção do lucro e da
proteção da propriedade privada. O acúmulo de capital,
tanto pelos governos quanto pelos indivíduos, é
representado na forma de bens e dinheiro.

Apesar de ser considerado, na teoria, um sistema


econômico, o Capitalismo expande sua influência em
praticamente todos os campos da organização social,
como na política, nas práticas sociais e culturais, nos
limites éticos e em vários outros aspectos. Dessa forma, o
Capitalismo ocupa o espaço geográfico em, basicamente,
todas as suas vertentes.

As bases do Capitalismo estão consolidadas na divisão da


sociedade em classes, de maneira semelhante a outros
sistemas experimentados pela humanidade ao longo da
História. Entretanto, na teoria, é possível que um
indivíduo se posicione em diferentes classes sociais ao
longo de sua vida, desde que alcance um acúmulo de
capital.

De um lado, encontram-se aqueles indivíduos que detém


os meios de produção, chamados de burgueses. Do
outro lado, estão aqueles que vivem da própria força de
trabalho, trocando-a por salários, denominados
proletariados. Já no meio agrário, a relação permanece a
mesma, apenas alterando-se a denominação para
latifundiários e camponeses.

Origem do Capitalismo

O Capitalismo não surgiu do dia para a noite. Pelo


contrário, se deu em um processo lento e gradual, com
início na Baixa Idade Média, período compreendido pelos
séculos XIII e XV. Nessa época, pequenos centros
comerciais começaram a se formar, conhecidos como
burgos. Essas cidades contrapunham o modelo econômico
da época, chamado de Feudalismo. Além desta
concorrência entre sistemas, a própria Igreja Católica, a
instituição mais poderosa da época, condenava a usura, o
que dificultava ainda mais o nascimento do Capitalismo.
Com o passar do tempo, a burguesia passou a ganhar
muito poder, enquanto a classe e a cultura do acúmulo de
capital se difundiu. Associado ao crescimento dos burgos
e a urbanização da Europa, esse processo culminou no
desaparecimento do sistema feudal, dando origem ao
Capitalismo enquanto prática dominante.

O principal acontecimento histórico que marcou o


domínio do Capitalismo na Europa foi o início das
Grandes Navegações, que aconteceram nos anos finais do
século XV e no começo do século XVI.

Características

Para entender melhor o que é e como funciona o


Capitalismo, o ideal é compreender suas principais
características. Assim, o primeiro aspecto a ser notado é
a existência do Capitalismo em torno da propriedade
privada dos meios de produção. Para que o sistema
funcione corretamente, é necessário que o Estado garanta
a propriedade privada.

Dessa forma, os burgueses e latifundiários estão livres


para utilizar suas terras e propriedades como quiserem,
como donos de tais recursos. Geralmente, a propriedade
privada é garantida pela Constituição de cada país.

A busca pelo lucro máximo e pela acumulação de


riquezas é outra forte característica do sistema capitalista.
Nele, o objetivo é obter cada vez mais lucros, decorrentes
do trabalho da mão de obra proletária e de seus meios de
produção. Para a maximização dos lucros, é comum que
os detentores dos meios de produção busquem reduzir
custos e elevar os preços de seus produtos e serviços
sempre que for possível.

Além da busca pelo lucro, o Capitalismo se baseia na


economia de mercado, guiada pela lei da oferta e da
procura. Ou seja, com pouca ou nenhuma interferência o
mercado, a teoria capitalista espera que o mercado se
autorregule, principalmente por meio das leis de oferta de
produtos, demanda por eles e pela livre concorrência
entre os produtores.

Por fim, é importante também destacar a existência do


trabalho assalariado, que substituiu as relações de
servidão e escravidão, comuns nos sistemas anteriores ao
Capitalismo. O salário é fundamental para que a roda
capitalista gire, pois é com ele que os próprios
proletariados consomem os bens e serviços produzidos por
eles mesmos, os quais são detidos pela classe burguesa.

Fases do Capitalismo
O Capitalismo, em seu processo de evolução e
consolidação, passa por três fases diferentes.

Capitalismo comercial

A primeira fase, também conhecida como pré-capitalismo


ou mercantilismo, é o Capitalismo Comercial. Vigorou
entre os séculos XV e XVIII. Tem como principal
característica a transição entre o Feudalismo e o
Capitalismo, na qual os Estados buscavam acumular
riquezas e manter uma balança comercial favorável por
meio da conquista de colônias e exploração de recursos.

Capitalismo industrial

O Capitalismo Industrial surgiu com a Revolução


Industrial, ainda no século XVIII, transformando os
meios e sistemas de produção. Com essa mudança, foi
possível adotar grandes escalas produtivas, investindo na
criação de fábricas e, consequentemente, resultando no
surgimento da classe operária.

Capitalismo financeiro

Por fim, o Capitalismo Financeiro tomou conta do globo


no século XX, consolidando-se com a Primeira Guerra
Mundial. Fundamentado nas regras dos bancos,
corporações e multinacionais, o sistema é comandado
por meio de monopólios industriais e financeiros.

Enquanto indústrias e estabelecimentos comerciais


continuam a obter seus lucros, os bancos e instituições
financeiras se encontram por detrás de todo o sistema,
controlando-o com seu poder econômico.

Capitalismo x Socialismo

Como uma contraposição ao sistema capitalista, surgiram


várias outras teorias que buscavam combater as ideias
do Capitalismo, como o Socialismo e o Anarquismo. A
teoria socialista surgiu no século XVIII, se dividindo em
duas vertentes:

 Socialismo Utópico, proveniente dos estudos de


Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier;
 Socialismo Científico, baseado nas ideias de Karl
Marx e Friedrich Engels.

Apesar de ser frequentemente confundido com o


Comunismo, uma vez que ambos se baseiam nas ideias de
igualdade econômica, existem profundas diferenças entre
ele e o Socialismo. Enquanto o Socialismo é um sistema
econômico, o Comunismo é encarado como uma
ideologia, que pensa a sociedade sem desigualdades e
classes sociais.

Dessa forma, é possível encarar o Socialismo como um


sistema que tem, por objetivo, levar a sociedade ao
Comunismo.

Sistema dominante no mundo, o Capitalismo encontra-se


em constante evolução, aprofundando cada vez mais suas
práticas de obtenção de lucros e valorização da
propriedade privada. Entender seus conceitos é
fundamental não apenas para exames como o Enem, mas
principalmente para entender o mundo em que vivemos
hoje.

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Nobreza togada e Nobreza de Espada
A nobreza de espada era composta por senhores
feudais e geralmente tinha funções militares.Entre esses
nobres havia um grupo mais privilegiado.Era membros
das famílias muito antigas e muito ricas, que formavam a
corte do rei e viviam na ociosidade

A nobreza togada era composta por burgueses


enriquecidos que compravam títulos de nobreza ou
cargos.Com isso pretendiam obter respeito e usufruir
os privilégios que tinham os nobres
Fatores para a Expansão Marítima
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí
definir este processo como uma empresa comercial de
navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos.
Para o sucesso desta atividade comercial, o fator essencial
foi a formação do Estado Nacional.
 Formação do Estado Nacional e a centralização
política: as Grandes Navegações só foram possíveis
com a centralização do poder político, pois fazia-se
necessária uma complexa estrutura material de
navios, armas, homens, recursos financeiros.
 A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes
objetivos, tornando viável a expansão marítima.
 Avanços técnicos na arte náutica: o aprimoramento
dos conhecimentos geográficos, graças ao
desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento
de instrumentos náuticos - bússola, astrolábio,
sextante - e a construção de embarcações capazes de
realizar viagens a longa distância, como as naus e as
caravelas.
 Interesses econômicos: a necessidade de ampliar a
produção de alimentos, em virtude da retomada do
crescimento demográfico; a necessidade de metais
preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o
monopólio exercido pelas cidades italianas no
Mediterrâneo Âque contribuía para o encarecimento
das mercadorias vindas do Oriente; tomada de
Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo
ainda mais os produtos do Oriente.
 Sociais: o enfraquecimento da nobreza feudal e o
fortalecimento da burguesia mercantil.
 Religiosos: a possibilidade de conversão dos pagãos
ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja
Católica.
Expansão marítima portuguesa
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão
marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de
paz interna e da presença de uma forte burguesia
mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua
centralização política que, como vimos, era condição
primordial para as Grandes Navegações.
A formação do Estado Nacional português está
relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e
muçulmanos na península Ibérica.
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha
(a partir de 1143), caracterizada pelo processo de
expansão territorial interna.
Entre os anos de 1383 e 1385, o Reino de Portugal
conhece um movimento político denominado Revolução
de Avis - movimento que realiza a centralização do poder
político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o
mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é
caracterizada pela expansão externa de Portugal: a
expansão marítima.
Etapas da expansão
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia,
que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em
conquista de terras; e à Igreja Católica e a possibilidade de
cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa
de ampliar seus lucros.
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
 1415 - tomada de Ceuta, importante entreposto
comercial no norte da África.
 1420 - ocupação das ilhas da Madeira e Açores no
Atlântico.
 1434 - chegada ao Cabo Bojador.
 1445 - chegada ao Cabo Verde.
 1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das
Tormentas.
 1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute).
 1499 - viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Expansão marítima espanhola
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469,
com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de
Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram
os mouros na Guerra de Reconquista.
No ano de 1492, o último reduto mouro - Granada - foi
conquistado pelos cristãos. Neste mesmo ano, Cristovão
Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
Colombo acreditava que, navegando para Oeste, atingiria
o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber
chegou a um novo continente: a América.
A seguir, a principais etapas da expansão espanhola:
 1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a
América.
 1504 - Américo Vespúcio afirma que a terra
descoberta por Colombo era um novo continente.
 1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a
primeira viagem de circunavegação do globo.
A rivalidade Ibérica
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os
territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar
um acordo - proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493:
um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de
Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha.
Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi
assinado o Tratado de Tordesilhas.
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais
nações europeias.
Navegações Tardias: Inglaterra, França e Holanda
O atraso na centralização política justifica o atraso destas
nações na expansão marítima:A Inglaterra e França
envolveram-se na Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e,
após este longo conflito, a Inglaterra passa por uma guerra
civil - a Guerra das Duas Rosas (1455-1485); já a França,
no final do conflito com a Inglaterra, enfrenta um período
de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses,
durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses,
durante o reinado de Francisco I, iniciaram a expansão
marítima.
A Holanda tem seu processo de centralização política
atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o
enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua
independência é que os holandeses iniciarão a expansão
marítima.
Consequências
As Grandes navegações contribuíram para uma radical
transformação da visão da história da humanidade. Houve
uma ampliação do conhecimento humano sobre a
geografia da Terra e uma verdadeira Revolução
Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus,
asiáticos, africanos e americanos.
A seguir, algumas das principais mudanças:
 Decadência das cidades italianas.
 Mudança do eixo econômico Âdo mar Mediterrâneo
para o oceano Atlântico.
 Formação do Sistema Colonial.
 Enorme afluxo de metais para a Europa proveniente
da América.
 Retorno do escravismo em moldes capitalistas
 Eurocentrismo, ou a hegemonia europeia sobre o
mundo.
 Processo de acumulação primitiva de capitais
resultado na organização da formação social do
capitalismo.
EXERCÍCIOS
1) (PUCCamp-SP) -o processo de colonização europeia
da América, durante os séculos XVI,XVII e XVIII, está
ligado à:
a) expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das
monarquias nacionais absolutas e à política mercantilista.
b) Disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento
do comércio com os povos orientais e à política livre-Â-
cambista.
c) Política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola
das terras e ao crescimento do comércio bilateral. Criação
das companhias de comércio, ao desenvolvimento do
modo feudal de produção e à política liberal.
d)Política industrial, ao surgimento de um mercado interno
consumidor e ao excesso de mão-de-obra livre.
2) Cesup/Unaes/Seat-MS)- Na expansão da Europa, a
partir do século XV, encontramos intimamente ligados
à sua história:
a) a participação da espanha nesse empreendimento, por
interesse exclusivo de Fernando de Aragão e Isabel de
Castela, seus soberanos na época;
b) a descoberta da América, em 1492, anulou
imediatamente o interesse comercial da Europa com o
Oriente;
c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras
descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização e
concordância da França, Inglaterra e Holanda;
d) Portugal, imediatamente após o descobrimento do
Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito ouro para a
Europa, desde 1500;
e) O pioneirismo português.
3) PUC-MG - O descobrimento da América, no início
dos tempos modernos, e posteriormente a conquista e
colonização, considerando-se a mentalidade do homem
ibérico, permitem perceber que, EXCETO:
a) O colonizador, ao se dar conta da perda do paraíso
terrestre, do maravilhoso, lançou-se à reprodução da
cenografia europeia da América;
b) O colonizador, negando o que pudesse parecer novo,
preferiu ver apenas o seu reflexo no espelho da história;
c) Colombo se recusava a ver a América, preferindo
manter seus sonhos de que estaria próximo ao Oriente;
d) O processo de descrição e observação do novo
continente envolvia basicamente a manutenção do
universo indígena;
e) A conquista representou a possibilidade de transplante e
difusão dos padrões culturais europeus na América.
4) Portugal e Espanha foram as primeiras nações a
lançarem-se nas Grandes Navegações. Isto deveu-se,
basicamente a/ao:
a) enorme quantidade de capitais acumulados nestas duas
nações desde o renascimento comercial na Baixa Idade
Média;
b) processo de centralização política favorecido pela
Guerra de Reconquista;
c) diferentemente de outras nobrezas, a nobreza
portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e
conseguiram financiar o projeto de expansão marítima;
d) o desenvolvimento industrial da península Ibérica
forçou estas nações a buscarem mercados consumidores e
fornecedores;
e) espírito aventureiro de portugueses e espanhóis.
5) Entre as consequências da Expansão Marítima,
NÃO encontramos:
a) a formação do Sistema Colonial;
b) o desenvolvimento do euro-centrismo;
c) a expansão do regime assalariado da Europa

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