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Secretaria da Segurança Pública/Secretaria da Educação

Polícia Militar do Estado de Goiás


Comando de Ensino
Colégio da Polícia Militar Unidade DR. NEGREIROS
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Aluno(a): Professor: WENISKLEY

Série: 1ª Turma: A,B,C,D,E Turno: MATUTINO Disciplina: HISTÓRIA

FEUDALISMO

Surgimento do Feudalismo
O feudalismo teve suas origens no final do século III (3), se consolidou no século VIII (8), teve
seu principal desenvolvimento no século X (10) e chegou a sobreviver até o final da Idade
Média (século XV (15)). Pode-se afirmar que era o sistema típico da era medieval e que com ela se
iniciou, a partir da queda do Império Romano do Ocidente (476) e com ela se encerrou, no final da
Idade Média, quando houve a queda do Império Romano do Oriente (1543).
Entre as principais causas do surgimento deste sistema feudal está a decadência do Império
Romano (falta de escravos e prestígio, declínio militar) já no século III (3) d.C., na grave crise
econômica no Império Romano. Ocorreram invasões germânicas (bárbaros) que fizeram os grandes
senhores romanos abandonarem as cidades para morar no campo, em suas propriedades rurais.
Esses poderosos senhores romanos criaram ali as vilas romanas, centros rurais que deram origem
aos feudos e ao sistema feudal na Idade Média.
Nestas vilas romanas, pessoas menos ricas buscaram trabalho e a proteção dos grandes
senhores romanos e fizeram com eles um tratado de colonato, ou seja, os mais pobres poderiam
usar as terras, mas seriam obrigados a entregar parte da produção destas terras aos senhores
proprietários. Isso fez com que o antigo sistema escravista de produção fosse substituído por esse
novo sistema servil de produção, no qual o trabalhador rural se tornava servo do grande proprietário.
Funcionamento
A base do sistema feudal era a relação servil de produção. Com base nisto foram organizados
os feudos, que respeitavam duas tradições: o comitatus e o colonatus. O comitatus (que vem da
palavra comites, “companheiro”) era de origem romana e unia senhores de terra pelos laços
de vassalagem, quando prometiam fidelidade e honra uns aos outros. No colonatus, ou colonato, o
proprietário das terras concedia trabalho e proteção aos seus colonos, em troca de parte de toda a
produção desses colonos.
Um senhor feudal dominava uma propriedade de terra (feudo), que compreendia uma ou mais
aldeias, as terras que seus vassalos (camponeses) cultivavam, a floresta e as pastagens comuns, a
terra que pertencia à Igreja paroquial e a casa senhorial – que ficava na melhor parte cultivável.
As origens desse sistema feudal, de “feudo”, palavra germânica que significa o direito que
alguém possui sobre um bem ou sobre uma propriedade. Feudo, portanto, era uma unidade de
produção onde a maior parte das relações sociais passava a acontecer, porque os senhores feudais
(suseranos) eram poderosos e cediam a outros nobres (que se tornavam seus vassalos) as terras
em troca de serviços e obrigações.
Suserania e Vassalagem
Os senhores feudais possuíam terras e exploravam suas riquezas cobrando impostos e taxas
desses nobres em seus territórios. Era um tratado de suserania e de vassalagem entre eles. Esses
vassalos podiam ceder parte das terras recebidas para outros nobres menos poderosos que eles e
passavam a ser os suseranos destes segundos vassalos, enquanto permaneciam como vassalos
daquele primeiro suserano. Um vassalo recebia parte da terra e tinha que jurar fidelidade ao seu
suserano, num ritual de poder e de honra, quando o vassalo se ajoelhava diante de seu suserano e
prometia fidelidade e lealdade.
IDADE DAS TREVAS => A idade das trevas é uma periodização histórica que enfatiza as
deteriorações demográfica, cultural e econômica que ocorreram na Europa consequentes do declínio do
Império Romano do Ocidente.
A crise do feudalismo ocorreu no último período da Idade Média, denominado de Baixa
Idade Média (séculos XI e XV).
Alguns fatores foram necessários para que o feudalismo desaparecesse por completo, como
o crescimento demográfico, a Revolução Burguesa, a Peste Negra, as cruzadas e o Renascimento.

Abaixo as principais causas que acarretaram a crise do sistema feudal.


Crescimento Demográfico: a partir do século X, o aumento considerável do número de
pessoas foi um fator decisivo para que surgisse uma nova classe social interessada, sobretudo, no
comércio: a burguesia.
A classe burguesa, formada por artesãos, mercadores, banqueiros e donos de companhias de
comércio, eram habitantes das antigas cidades medievais fortificadas, denominadas de burgos.
Com isso, o poder da nobreza, dos senhores feudais e do clero também entram em declínio.
Diante desse sistema, ficou difícil suprir as diversas necessidades da população (alimentação,
moradia, saúde, etc.) que praticamente duplicou nos séculos seguintes.
Revolução Burguesa: com o surgimento da burguesia, muitas pessoas fugiam dos feudos
(êxodo rural) para as cidades em busca de melhores condições.
O surgimento da moeda, o desenvolvimento das cidades medievais e da intensificação das
atividades comerciais, foram essenciais para que o sistema feudal entrasse em declínio.
A nova classe social que surgia aspirava contra o absolutismo, almejando independência e
propondo uma nova economia, baseada no sistema capitalista (burguesia mercantil). Além disso, a
burguesia lutava pelo enriquecimento e pela mobilidade social, sistema desconhecido na sociedade
feudal.
Peste Negra: um dos fatores que assolaram a população na Idade Média, foi a pandemia da
Peste Negra (ou peste bubônica), que matou cerca de um terço da população europeia a partir do
século XIV.
Entre 1346 e 1353, a falta de higiene e de condições favoráveis de vida foram determinantes
para que a peste atingisse grande parte da população.
Assim, a diminuição da mão de obra caiu drasticamente, revelando um pouco da crise feudal
que se iniciava.
A população vivia em condições precárias de habitação e higiene, o que fez com que o vírus
da peste, que se alojava nas pulgas dos ratos, se proliferasse drasticamente.
Isso implicou, principalmente, na maior opressão e exploração dos poucos servos que ainda
trabalhavam nos feudos.
Isso deixou cada vez mais a população descontente, levando a diversas revoltas
camponesas, das quais se destacam a Jacquerie (1358) e a Revolta Camponesa de 1381.
As Cruzadas: Foi a partir do movimento das Cruzadas (entre os séculos XI e XIII), uma série
de oito expedições de caráter religioso, econômico e militares organizadas pela Igreja, que o
comércio se intensificou e o renascimento comercial surgiu na Europa.
As comercializações de produtos com o Oriente a partir da abertura do mar mediterrâneo foi
um fator determinante para a queda do sistema feudal, com o aumento das rotas comerciais.
Ainda que do ponto de vista religioso elas não tenham atingido muitos objetivos, as Cruzadas
favoreceram o desenvolvimento comercial, pondo fim a dominação árabe no Mar Mediterrâneo.
Renascimento: Com novas descobertas e mudanças nos âmbitos religioso, comercial,
urbano, cultural, artístico e científico, surge no século XV na Itália, o Renascimento.
Este foi um movimento artístico, filosófico e cultural que permitiu a mudança de mentalidades
na sociedade europeia.
As comercializações de produtos com o Oriente a partir da abertura do mar mediterrâneo foi
um fator determinante para a queda do sistema feudal, com o aumento das rotas comerciais.
Ainda que do ponto de vista religioso elas não tenham atingido muitos objetivos, as Cruzadas
favoreceram o desenvolvimento comercial, pondo fim a dominação árabe no Mar Mediterrâneo.
Renascimento: Com novas descobertas e mudanças nos âmbitos religioso, comercial,
urbano, cultural, artístico e científico, surge no século XV na Itália, o Renascimento.
Este foi um movimento artístico, filosófico e cultural que permitiu a mudança de mentalidades
na sociedade europeia.

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