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EDUCAÇÃO NO RENASCIMENTO
Beira
2023
SELMA ARNALDO MACAMO
EDUCAÇÃO NO RENASCIMENTO
Beira
2023
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Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................... 3
1.1.1. Gerais ...................................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos .............................................................................................................................. 3
1.2. Metodologias ............................................................................................................................... 3
2. Educação no renascimento .............................................................................................................. 4
2.1. Contextualização ......................................................................................................................... 4
2.2. Modelos de escolas na idade média ............................................................................................ 5
2.3. Pensamento pedagógico renascentista......................................................................................... 6
3. Conclusão ........................................................................................................................................ 7
4. Bibliografia ..................................................................................................................................... 8
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1. Introdução
Não se deve pensar o renascimento como uma ruptura com o pensamento religioso: apenas
uma retomada da vida humana e da valorização dos aspectos mundanos, um movimento
reformista inclusive sobre a religião (Reforma e contra-reforma) e a ascensão da burguesia
enquanto classe económica, mesmo que ainda vigorem os títulos de nobreza e de hierarquia
religiosa. A escola e a educação vão buscar a superação das contradições entre pensamento
religioso medieval e a busca de secularização por parte da burguesia.
1.1.Objectivos
1.1.1. Gerais
Compreender a educação no renascimento
1.1.2. Específicos
Ilustrar a contextualização do renascimento;
Descrever a escolas no período mediável;
Debruçar entorno de pensamento pedagógico renascista.
1.2.Metodologias
Para a realização deste trabalho e para o alcance dos objectivos pretendidos, recorreu ‘se a
diversas pesquisas em artigos científicos, manuais, tomadas e notas e materiais já publicados.
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2. Educação no renascimento
2.1.Contextualização
O movimento renascentista envolveu uma nova sociedade e, portanto novas relações sociais
em seu cotidiano. A vida urbana passou a ter um novo comportamento, pois o trabalho, a
diversão, o tipo de moradia, os encontros nas ruas, implicavam por si só um novo
comportamento dos homens. Isso significa que o renascimento não foi um movimento de
alguns artistas, mas uma nova concepção de vida adoptada por uma parcela da sociedade, e
que será exaltada e difundida nas obras de arte. Apesar de recuperar os valores da cultura
clássica, o renascimento não foi uma cópia, pois se utilizava dos mesmos conceitos, porém
aplicados de uma nova maneira a uma nova realidade, (Cabral 2008).
O Renascimento pode ser considerado como um marco do início da Idade Moderna, uma vez
que reflecte o desenvolvimento de uma nova vida e de uma nova mentalidade, vinculadas à
ascensão da cidade e da burguesia. Foi nas cidades italianas que essa nova cultura se
desenvolveu, cidades mercantis desde as Cruzadas, que viram o nascimento de uma camada
social ligada ao comércio. A vida urbana, por si só, implicava o estabelecimento de novas
formas de relacionamento social, diferentes daquelas estabelecidas no mundo feudal. Somam-
se a isso a necessidade de justificar o comércio e a preocupação com a obtenção do lucro,
mentalidade condenada pela Igreja Católica, (Recco 2008).
Embora alguns tópicos desta seção não sejam específicos do Renascimento, são apresentados
aqui para um melhor entendimento da evolução da educação no Renascimento, em si.
Considerada desde o Renascimento como período obscurantista e decadente, só em meados
do século XIX a Idade Média passou a ser entendida como etapa necessária da história da
civilização ocidental. Na verdade, durante cerca de um milénio, a Europa medieval passou por
lentas mudanças económicas e políticas que, no entanto, prepararam o caminho da
modernidade educacional Escolas Paroquiais No quadro da cidade romana, cada comunidade
cristã organiza-se tendo à sua cabeça um bispo epíscopos, que quer dizer vigilante eleito pelos
fiéis. Com o número crescente de igrejas, os bispos localizam-se apenas nos centros mais
importantes, enquanto se desenvolve, em outras cidades, o papel dos presbíteros do grego
presbyteroi, os anciãos donde vem a palavra francesa prêtre, sacerdote, (Debus, 2002).
cristianismo foi mais precoce no Oriente do que no Ocidente), no fim do século III, o
movimento eremita, que traduz a revolta dos seus adeptos contra um tal abrandamento,
(Cassirer, 2001).
É nos mosteiros espalhados pela Europa, longe do rebuliço das novas cidades emergentes, que
surgem as Escolas Monásticas que visam, inicialmente, apenas a formação de futuros monges.
Funcionando de início apenas em regime de internato, estas escolas abrem mais tarde escolas
externas com o propósito da formação de leigos cultos (filhos dos reis e os servidores destes).
O programa de ensino, de início muito elementar aprender a ler, escrever, conhecer a Bíblia
(se possível de cor), canto e um pouco de aritmética vai-se enriquecendo de forma a incluir o
ensino do latim, gramática, retórica e dialéctica, (Cassirer, 2001).
Este pensamento se caracterizava por uma revalorização da cultura greco-romana. Foi essa
nova mentalidade que influenciou a educação tornando-a mais prática, incluindo a cultura do
corpo e substituindo processos mecânicos por outros mais agradáveis. Foram as grandes
navegações do século XVI e a invenção da imprensa realizada por Gutemberg que exerceram
grande influência neste pensamento pedagógico. A educação renascentista preparou a
formação do homem burguês e, por isso, essa educação não chegou às massas populares. Foi
caracterizada pelo elitismo, pelo aristocratismo e pelo individualismo liberal. Atingia
principalmente o clero, a nobreza e a burguesia nascente, (Cabral, 2010).
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3. Conclusão
Vale observar, também, a importância de um estudo histórico sobre esta evolução, visto que
somente com uma consideração sensata, podemos valorizar e entender todo o processo para,
no futuro, medir as atitudes e consequências de mudanças neste modelo, como
tendencialmente vem acontecendo ao longo dos séculos
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4. Bibliografia
Cassirer, E. (2001). Indivíduo e cosmos na filosofia do Renascimento. São Paulo, SP: Martins
Fontes.
Debus, A. G. (2002). O homem e a natureza no Renascimento. Porto, PT: Porto Editora. 2002