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1. Introdução........................................................................................................................2
1.1. Objectivos....................................................................................................................2
1.1.1. Objectivo geral.........................................................................................................2
1.1.2. Objectivos específicos..............................................................................................2
1.2. Metodologia.................................................................................................................2
2. Cultura e sociedade..........................................................................................................3
2.1. Fundamentação teórica................................................................................................3
2.2. Cultura..........................................................................................................................4
2.2.1. Conteúdos do conceito antropológicos de cultura....................................................4
2.2.1.1. Crenças.................................................................................................................4
2.2.1.2. Valores..................................................................................................................5
2.2.1.3. Normas..................................................................................................................5
2.2.1.4. Símbolos...............................................................................................................6
2.2.2. Características do conceito antropológico de Cultura..............................................6
2.3. A Cultura Organizacional............................................................................................8
2.3.1. Caracterização da Cultura Organizacional e da sua Mudança.................................8
2.4. Tipos de cultura..........................................................................................................10
2.4.1. Cultura Material.....................................................................................................10
2.4.2. Cultura Imaterial....................................................................................................11
2.4.3. Diversidade cultural...............................................................................................12
2.4.4. Dinamismo cultural................................................................................................12
2.4.4.1. Processos culturais..............................................................................................12
2.4.4.1.1. Mudança cultura.................................................................................................12
2.4.4.1.2. Factores causadores de mudanças na Cultura.....................................................13
2.4.4.2. Difusão cultural..................................................................................................15
2.4.4.2.1. Factores que impedem ou dificultam a Difusão Cultural...................................15
2.4.4.2.2. Factores que influenciam a Difusão Cultural.....................................................16
2.4.4.3. Aculturação.........................................................................................................16
2.5. Sociedade...................................................................................................................17
2.5.1. Características da sociedade...................................................................................17
2.6. A cultura e educação no contexto de aprendizagem em Moçambique......................17
2.6.1. Hibridização cultural e educação...........................................................................17
3. Conclusão......................................................................................................................22
4. Referências Bibliográficas ………………………………………..……………………23
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1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Estudar a cultura e a sociedade
1.1.2. Objectivos específicos
Identificar Conteúdos do conceito antropológicos de cultura
Descrever as características do conceito antropológico de Cultura
Explicar a cultura e educação no contexto de aprendizagem em Moçambique
1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica, que consistiu no
levantamento do material bibliográfico (livros, internet) que retratam sobre os temas em
estudo.
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2. Cultura e sociedade
2.1. Fundamentação teórica
No século XIX, alguns autores estabeleciam hierarquias entre todas as culturas humanas,
defendendo uma escala evolutiva de linha única entre elas. Nessa concepção, todas as culturas
teriam que passar pelas mesmas etapas, desde um estágio primitivo até as civilizações mais
evoluídas que seriam as nações da Europa ocidental. Essa visão etnocêntrica servia aos
interesses dos países europeus em legitimar seu expansionismo e colonização a partir de uma
suposta superioridade cultural (LARAIA, Roque de Barros1986).
Tais concepções evolucionistas foram atacadas com o argumento de que a classificação das
sociedades em escalas hierarquizadas era impossível, já que cada cultura tem a sua própria
verdade. Concluiu-se então que não existe relação necessária entre características físicas de
grupos humanos e suas formas culturais. A diversidade das culturas existentes corresponde à
variedade da história humana. Cada realidade cultural tem sua lógica interna, que faz sentido
para os indivíduos que nela vivem, pois é resultado de sua história e se relaciona com as
condições materiais de sua existência. A partir da compreensão da variedade de
procedimentos culturais dentro dos contextos em que são produzidos, o estudo das culturas
contribui para erradicar preconceitos e fomentar o respeito à diversidade cultural.
Vale ressaltar também, que as diferenças culturais não existem apenas entre as sociedades,
mas também dentro de uma mesma sociedade. Basta pensarmos na sociedade brasileira, nos
diferentes sotaques, classes sociais, etnias, género, religiões, gerações, escolarização, origens,
etc. É importante levar em conta a diversidade cultural interna à nossa própria sociedade, para
compreendermos melhor o país em que vivemos.
2.2. Cultura
Nesse sentido, podemos dizer que a cultura engloba os modos comuns e aprendidos de viver,
transmitidos pelos indivíduos e grupos em sociedade. Para além de um conjunto de práticas
artísticas, tradições ou crenças religiosas, devemos compreender a cultura como uma
dimensão da vida quotidiana de determinada sociedade.
Para Fleury (1987, p.10), "A cultura, concebida como um conjunto de valores e crenças
compartilhados pelos membros de uma organização, deve ser consistente com outras
variáveis organizacionais como estrutura, tecnologia, estilo de liderança. Da consistência
destes vários factores depende o sucesso da organização". Assim, pela análise destes
conceitos de cultura organizacional depreende-se facilmente a inter-relação desta variável do
ambiente empresarial com a eficácia do sistema empresa.
Segundo Massenzio (p. 108) as crenças “são representações colectivas que definem a
natureza das coisas sagradas e profanas”. Os antropólogos costumam classificar as crenças
em três categorias:
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a) Pessoais, isto é, aquelas que são aceitas por cada indivíduo, independentemente das crenças
do seu grupo; é o caso da crença no caapora (individuo sem sorte ou aquele que trás azar );
b) Declaradas, ou seja, aquelas que são aceitas, pelo menos em público, com a finalidade
apenas de evitar constrangimentos; poderia ser exemplo disso a crença na igualdade entre as
pessoas, especialmente entre homem e mulher;
c) Públicas são aquelas crenças aceitas e declaradas como crenças comuns. Exemplo disso é
a crença na ressurreição por parte dos cristãos e na reencarnação por parte dos espíritas.
Existem antropólogos que falam de crenças científicas (que podem ser comprovadas),
supersticiosas (fruto do medo) e extravagantes (quando fogem do comum e do que é
considerando normal, como é o caso da crença de que pode acontecer alguma coisa numa
sexta-feira, dia 13 do mês). Há ainda os que classificam as crenças em benéficas e maléficas
(MARCONI; PRESOTTO, p. 28).
2.2.1.2. Valores
Dentro da cultura os valores são muito importantes. Eles são definidos pelos antropólogos
como sendo “objectos e situações consideradas boas, desejáveis, apropriadas, importantes, ou
seja, para indicar riqueza, prestígio, poder, crenças, instituições, objectos materiais etc.
2.2.1.3. Normas
As normas são definidas como “regras que indicam os modos de agir dos indivíduos em
determinadas situações”. De um modo geral consistem “num conjunto de ideias, de
convenções referentes àquilo que é próprio do pensar, sentir e agir em dadas situações” (Ibid.,
p. 29).
As normas podem ser ideais (aquelas que os membros do grupo devem praticar) e
comportamentais que são aquelas reais, pelas quais, em determinadas situações, os indivíduos
fogem das ideais. Exemplos disso são as normas de trânsito.
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2.2.1.4. Símbolos
Símbolos são realidades físicas ou sensoriais às quais os indivíduos que os utilizam lhes
atribuem valores ou significados específicos” (Ibid., p. 30). Normalmente os símbolos
costumam representar coisas concretas ou também abstractas (MARCONI; PRESOTTO, p.
33-39).
Uma característica da cultura é que ela é indissociável da realidade social. A cultura é uma
construção histórica e produto colectivo da vida humana. Isso quer dizer que falar em cultura
implica necessariamente se referir a um processo social concreto. Costumes, tradições,
manifestações culturais e folclóricas como festas, danças, cantigas, lendas, etc. só fazem
sentido enquanto parte de uma cultura específica; ou seja, as manifestações culturais não
podem ser compreendidas fora da realidade e história da sociedade a qual pertencem.
Outra característica da cultura é o seu aspecto dinâmico. Por isso é mais pertinente pensá-la
como um processo e não como algo estagnado no tempo. Isso fica claro no mundo
globalizado, marcado por rápidas transformações tecnológicas, pelo constante contacto entre
as culturas e disseminação de padrões culturais pelos meios de comunicação de massa.
Porém, mesmo quando se fala de sociedades tradicionais, não quer dizer que elas não se
modifiquem.
Strauss (1960; 19) afirma que o problema do simbólico toca a cultura e a sociedade na sua
globalidade e toda a cultura é um conjunto de comunicações:
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d) A cultura é selectiva, ela é contínua num processo que implica sempre reformulações
e a própria cultura é subjectiva.
culturais.
É importante levar em conta a diversidade cultural interna à nossa própria sociedade, para
compreendermos melhor o país em que vivemos.
As principais características da cultura podem ser percebidas através dos seguintes conceitos:
Para Schein (1992, p.12) a cultura de uma organização pode ser definida como um conjunto
de pressuposições básicas compartilhadas que o grupo de pessoas nela envolvido aprendeu
como resolvem seus problemas de adaptação externa e integração interna, que tem
funcionado suficientemente bem para ser considerada válida e, da mesma forma, assimilada
pelos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação aos
problemas. Este autor define três níveis para observação da cultura, de acordo com a visão
que o investigador pode ter do fenómeno cultural, conforme figura a seguir:
O autor afirma ainda que no processo de cognição, o indivíduo constrói modelos (imagens ou
conceitos) que estruturam, como um filtro, a interpretação de situações. Este filtro assume a
forma de uma estrutura conceitual através da qual o indivíduo analisa e se posiciona frente à
realidade vivida. Neste sentido, o entendimento dos pressupostos básicos assemelha-se à
visão da cultura na óptica da Psicoantropologia, discutida anteriormente. Os valores
assimilados dos acontecimentos são incorporados quando novos, ou modificam os valores
existentes, representando uma manifestação da cultura, intrínseca à existência do indivíduo.
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É por isso que existem tantas diferenças culturais, mesmo sendo todos pertencentes à mesma
espécie humana. As diferenças culturais não podem ser explicadas em termos de diferenças
geográficas ou biológicas.
O homem vive entre dois espaços que se completam; o referente ao espaço exterior e o espaço
ou mundo simbólico ou imagético.
Para superar os obstáculos do meio ambiente, o ser humano, desde os primórdios, criou
diversos utensílios e implementos, aproveitando matérias-primas encontradas na natureza.
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Como desenvolvimento das diversas culturas e sociedades, foram sendo elaboradas formas
que, além de úteis, fossem consideradas belas, com acabamento que proporciona se satisfação
ao usuário e ao observador. Tudo isso reflecte o modo de pensar e os valores de cada cultura e
cada sociedade.
O termo cultura material está relacionado com a finalidade ou sentido que os objectos têm
para um povo numa cultura, ou seja, a importância e influência que exercem na definição da
identidade cultural de uma sociedade. O que é material é físico, objecto ou artefactos é
entendido pelos seres humanos como um legado, como algo, é para ser apreendido, usado e
preservado, que ensina a reproduzir o mesmo objecto ou a guardar a sua memória.
Todo povo possui um património que vai além do material, de objectos. Esse património é
chamado de cultura imaterial. Ou seja, cultura imaterial é uma manifestação de elementos
representativos, de hábitos, de práticas e costumes. A transmissão dessa cultura se dá muitas
vezes pela tradição.
A cultura imaterial está associada aos hábitos, comportamentos e costumes de determinado
grupo social está a cultura imaterial ou património cultural imaterial.
Este representa os elementos intangíveis de uma cultura. Sendo assim, ele é formado por
elementos abstractos que estão intimamente relacionados com as tradições, práticas,
comportamentos, técnicas e crenças de determinado grupo social. Diferente do património
material, este tipo de cultura é transmitida de geração em geração.
Exemplos de Bens Imateriais (Danças; Músicas; Literatura; Linguagem; Culinária; Rituais;
Festas; Feiras; Lenda).
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Então, o conceito diversidade cultural trata da convivência e interacção que existe efectiva e
satisfatoriamente entre diferentes culturas. A existência de diferentes culturas é considerada
como importante património da humanidade, pois esta questão, sem dúvida, ajuda a promover
e expandir o conhecimento, assim como certos valores como o respeito e a tolerância, pois o
fato de respeitar e tolerar o outro que não manifesta as mesmas crenças e não possui a mesma
bagagem cultural, será sempre um passo a frente como pessoa.
Por outro lado, a diversidade cultural propõe o respeito não só por parte de nossos vizinhos e
daqueles que nos rodeiam e não pensam iguais a nós, mas também o respeito por parte das
autoridades que tem o poder na comunidade que habitamos. Caso a autoridade seja coerciva
contra aqueles que expressam ideias contrárias, encontraremos a clara falta de liberdade de
expressão, o que popularmente se denomina como ditadura.
Mas a autoridade além de respeitar as ideias de uma determinada cultura, deve dar garantia
necessária às diferentes culturas que integram a comunidade para sua sobrevivência, pois é
frequente uma cultura ser ameaçada pelo avanço de outra que possui uma vocação
hegemónica, então, a autoridade ou o governo deve intervir para proteger a cultura mais fraca
e evitar que a mesma termine, desaparecendo assim, a diversidade cultura.
É qualquer alteração na cultura, sejam traços, complexos, padrões ou em toda a cultura (o que
é mais difícil) .
Crescimento, Transmissão,Difusão, Estagnação, Declínio, Fusão ,reelaboração
Tentativas,Empréstimocultural, Incentivo ,Inovação,Variação,Invenção,descoberta.
Variação: é uma ligeira mudança nos padrões de comportamento pode ocorrer também em
traços culturais materiais e em Complexos Culturais.
Invenção – coisa nova, criada ou concebida no campo da ciência, da tecnologia, ou das artes.
Exemplo
- para a invenção da vacina contra a AIDS está sendo utilizado o conhecimento já acumulado
utilizado para inventar outros tipos de vacina, bem como imunologia.
Tentativa: Quando surgem elementos que tenham pouca ou nenhuma relação com o
passado. Exemplos de Tentativa: Maquina de escrever, Computador, Internet
Observações: Para esse processo cultural, o uso do termo Difusão Cultural é mais adequado e
mais utilizado do que Empréstimo Cultural
Incentivo: Elemento alheio aceito pelo povo quando atende as suas necessidades
2ª Etapa - Aceitação
As vezes uma sociedade aceita elementos culturais de pouca serventia (pouco útil. Por
exemplo: jogos, mitos.
Consiste na competição pela sobrevivência feita por um elemento novo (que compete com
outro já existente)
De acordo com Linton (1962) factores que influenciam a Difusão Cultural são:
Tipo de contacto entre povos. Pode ter uma grande duração, ou ser apenas breve e
esporádico. Maior a duração do contacto contribui para facilitar a Difusão Cultural
Comunicabilidade intrínseca do Elemento Cultural. Certos elementos culturais podem
ser expressos mais facilmente do que outros, seja na forma de actos ,sejam na forma
verbalizada. Fazer ligação com a facilidade de difusão de elementos materiais, em
relação à elementos não materiais.
Utilidade do Elemento Cultural.
Compatibilidade do novo Elemento Cultural com a Cultura onde esta sendo difundido.
Interesses que domina a vida do grupo receptor.
Prestigio do grupo doador.
Prestigio dos indivíduos sob cujos auspícios o novo elemento é apresentado à
sociedade (inovadores).
“Voguismo”, ou seja, o prospecção de aceitar coisas novas (de fora) geralmente sem
grandes utilidades.
2.4.4.3. Aculturação
É a fusão de culturas diferentes que entrando em contacto contínuo originam mudanças nos
padrões de cultura de ambos os grupos. (MARCONI; PRESOTTO, p.64)
Na troca recíproca relativizar entre as duas culturas, um grupo pode dar mais e receber
menos. Um grupo pode receber mais elementos culturais do que transmitir a aculturação é
uma forma especial de Mudança Cultural.
2.5. Sociedade
A partilha desses elementos cria a identidade cultural e o organismo social. A sociedade une
os indivíduos ao mesmo nível de desenvolvimento cultural e tecnológico em espaços
geográficos, histórico e políticos comuns.
Nosso interesse pelos processos de hibridação surgiu das análises linguísticas que fazemos
acerca da variedade de língua portuguesa usada em Moçambique que consideramos um
produto híbrido resultante do contacto entre a língua bantu e a língua portuguesa. Em nossa
acepção e, contrariamente, às teorias da degeneração de higienistas que defendem as formas
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Em Moçambique, sobretudo nas zonas urbanas lidamos com uma cultura híbrida que não é,
nem tipicamente africana, nem sequer, totalmente, europeia. Ela também não é a justaposição
simples de duas culturas, ela tem traços africanos, mas também europeus e ela também é, ao
mesmo tempo, uma terceira cultura. A cultura urbana moçambicana encontra-se ao mesmo
tempo fora e dentro da cultura ocidental e da cultura autenticamente africana.
Pode-se considerar que Moçambique tem no Ensino Básico um currículo híbrido ao nível dos
conteúdos, bem como ao nível das teorias e abordagens curriculares. O MINED/PCEB institui
uma nova lógica na planificação curricular, pois cria novos sujeitos para a concepção
curricular: professor e membros da comunidade.
A origem regional, étnica e racial, muitas vezes, pode estar associada à condição de classe
social, por exemplo, é raro encontrar em Moçambique Como proposto por ( Frederick
Erickson in: ERICKSON F. 1987). mendigo de raça branca ou indiana.
Por exemplo, os indivíduos analfabetos do meio rural possuem uma cultura africana mais
ancestral e são mais pobres do que os alfabetizados do meio urbano que possuem valores
culturais de carácter mais universal.
3. Conclusão
Chegado a este ponto o grupo conclui que, o conceito de antropologia cultural relaciona se ao
de ciências sócias, ao pretender conhecer o homem enquanto elemento integrante de um
grupos organizado, sendo assim, a cultura é inseparável da natureza humana, na medida em
que qualquer pessoa tem a capacidade de classificar experiencias, de as codificar. Por outro
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Portanto a palavra “cultura” é relacionada com um tipo específico de arte: a erudita. Além da
arte, a cultura também inclui o conhecimento, as crenças, a lei, a moral, os costumes
e hábitos de uma sociedade. Ou seja, todos que convivem com outros indivíduos em
comunidade são pessoas cultas. A cultura gera um sentimento de pertencimento e se relaciona
com valores, crenças e visões de mundo. Essa identidade cultural representa a memória do
povo durante muitos séculos e varia conforme o tempo.
A cultura tem uma série de características muito próprias, que revelam a sua grande
importância no contexto humano. Em primeiro lugar, a cultura é aprendida. É aprendida,
porque existe graças a um processo de transmissão de geração em geração e não existe
independentemente dos indivíduos. A aprendizagem da cultura começa a partir do
nascimento, e dá-se essencialmente por imitação dos outros. A cultura também é simbólica,
pois todas as culturas possuem símbolos que são compreendidos de modo semelhante por
todas as pessoas que as integram. É uma forma de comunicação, é uma rede de sentidos que
torna possíveis as relações pessoais. Tudo nas culturas é de carácter simbólico
Em Moçambique, sobretudo nas zonas urbanas lidamos com uma cultura híbrida que não é,
nem tipicamente africana, nem sequer, totalmente, européia. Ela também não é a justaposição
simples de duas culturas, ela tem traços africanos, mas também europeus e ela também é, ao
mesmo tempo, uma terceira cultura. A cultura urbana moçambicana encontra-se ao mesmo
tempo fora e dentro da cultura ocidental e da cultura autenticamente africana.
4. Referências Bibliográficas