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Índice

Capitulo I....................................................................................................................................3

1.Introdução................................................................................................................................3

1.2.Objectivo...............................................................................................................................3

1.1.1. Geral:.............................................................................................................................3

1.1.2. específicos:....................................................................................................................3

1.2. Metodologia.........................................................................................................................3

Capitulo II...................................................................................................................................4

2. Génese da multiplicidade cultural na metade oriental da africa austral, moçambique...........4

2.1. Cultura moçambicana.......................................................................................................4

2.2. Processo de construção do império colonial....................................................................5

2.3. Dinamismo cultural..........................................................................................................7

2.4. A diversidade cultural......................................................................................................8

2.5. Os processos culturais..........................................................................................................9

2.5.1. Processo de Enculturação..............................................................................................9

2.5.2. Processo de Aculturação ou Transculturação..............................................................10

2.5.3. Processo de Inculturação.............................................................................................12

2.5.4. Processo de Desculturação..........................................................................................12

2.5.4.1. Causas deste processo...........................................................................................12

2.5.4.2. Características do processo de Desculturação......................................................12

2.6. O paradigma cultural..........................................................................................................13


2.7. Raça ou espécie humana................................................................................................15
2.8. Etnicizacao ou tribalização.............................................................................................16
2.9. Processo de identidade cultural......................................................................................17
Capitulo III................................................................................................................................18
3. Conclusão..............................................................................................................................18
4. Referencias Bibliográficas....................................................................................................19

Capitulo I
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1.Introdução

Com o presente trabalho de pesquisa pretende se debruçar sobre o conceito de Cultura,


Características da Cultura, dinamismo cultural, os processos de enculturação, aculturação,
desculturação, factores da cultura. Falar Processos culturais é falar de elementos culturais que
possibilitam a mudança tanto participativa assim como involuntária de elementos culturais de
indivíduo para indivíduo assim como de uma sociedade. É de extremo interesse, pois
constituem o elemento de análise de uma cultura, todavia, atitudes tomadas em determinado
período representam deferentes reações e interpretações de acordo com tempo em que são
analisadas e a mudança e o conflito perniciosos

1.2. Objectivo
1.1.1. Geral:
 Compreender a Génese da multiplicidade cultural na metade oriental da africa austral
e adversidade cultural em Moçambicana.

1.1.2. específicos:

 Definir processos culturais;


 Caraterizar processos culturais;
 Dar uma contribuição teórica para o conhecimento dos aspectos culturais do ser
humano.

1.2. Metodologia
Para a produção deste trabalho foram usados métodos de recolha de dados, pesquisa
bibliográfica e recorreu-se ao uso de textos da internet.

Capitulo II
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2. Génese da multiplicidade cultural na metade oriental da africa austral em

Moçambique

Localizado na Costa oriental da África, Moçambique limita -se ao norte com a Tanzânia, a
noroeste com o Malawi, a oeste com a Zâmbia e o Zimbábue, a sudoeste com a África do Sul
e Suazilândia, sendo banhado a leste pelo oceano Índico. A capital é Maputo (antiga Lourenço
Marques), principal cidade do país. O país é dotado de multiplicidade cultural, étnica e
linguística, legado dos primeiros habitantes dessas terras, ancestrais dos povos khoisan (ou
bosquímanes) e, séculos mais tarde, pelos bantus, povos falantes da língua bantu, que
migraram do Norte por meio do vale do Rio Zambeze, avançando para os planaltos e áreas
costeiras. Os bantus ocupam quase a totalidade da África a sul do Sahara.

Esses povos eram exímios agricultores, ferreiros, oleiros e tecelões; a estrutura familiar era
simples, baseada nas linhagens, em que se reconheciam a figura de um chefe característica
que ainda hoje é mantida em várias regiões do país e dos invasores que, paulatinamente,
ocuparam essas terras e perduraram durante séculos de dominação e imposição das línguas,
tradições e costumes.

Por sua localização estratégica, às margens do Oceano Índico, a Ilha de Moçambique tornou
-se o principal porto para as embarcações que chegavam e partiam rumo à Ásia,
incrementando, também, o comércio local primeiramente com os árabes e, posteriormente,
com os indonésios, indianos e chineses, então, no século XVI, com os portugueses. Esse
caldeamento entre a população local, pertencente ao grande grupo dos bantus e os
dominadores resultou numa intensa movimentação comercial e geográfica, gerando novas
comunidades, inúmeras etnias, além dos indianos e, uma grande diversidade cultural e
linguística, que se distingue entre os dois lados do país. Todas essas populações estão
divididas de norte a sul de Moçambique, em onze províncias.

2.1. Cultura moçambicana


Segundo TYLOR apud MARTINEZ, (1994: p36), a cultura é um conjunto complexo que
inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e varias outras aptidões e habito
adquirido pelo homem como membro de uma sociedade.

Enquanto que segundo DE NAPOLI, apud MARTINEZ (1994: p36), a cultura é conjunto de
significados e valores partilhados e aceites por uma comunidade.
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Na cultura moçambicana destacam -se as artes plásticas (escultura e pintura, inclusive em


tecido técnica batique), a dança, a música, a literatura e a presença enraizada das tradições
familiares e religiosas dos antepassados.

Nas artes plásticas, vale ressaltar os exímios escultores Macondes, conhecidos por esculpirem
no “pau preto “(o ébano), embora o artesanato em geral seja bastante representativo em
Moçambique. Na pintura, existem grandes artistas que superaram barreiras e, desde o início
do século XX, retratam em tela suas experiências de luta e de vida nas diversas regiões de
Moçambique. Entre eles, têm reconhecimento internacional as obras de Malangatana Valente
Ngwenya (1936- 2011), Bertina Lopes (1924- -2012), Shikhani (1934- 2010), Alberto
Chissano (1935 -1994) e muitos outros. Por fim, na produção têxtil, outra tradição
Moçambicana de fama internacional, destacam -se as coloridas Capulanas, de origem Tsonga,
um dos símbolos da identidade feminina moçambicana, e os tecidos pintados com a técnica
Batik. Tsonga são povos habitantes do sul de Moçambique, tanto na região de Gaza quanto de
Maputo.

Outro aspecto cultural é a literatura, a qual segundo Devi e Seabra (1971, p. 113): “[...] não
surge espontaneamente, sem uma tradição, e que esta não pode improvisar -se. Tem de brotar
naturalmente em uma superestrutura própria, ser elaborada num processo íntimo e prolongado
de civilização “.

2.2. Processo de construção do império colonial


A produção escrita moçambicana surgiu durante o período colonial com as grandes
navegações e, em 1854, com a instalação da imprensa, as primeiras publicações. Já as obras
de maior relevância surgiram no século XX, destacando -se os jornais O Africano (1909) e o
Brado Africano (1918), ambos voltados para a população local. Escreviam sobre temáticas de
interesses particulares e locais, e o mais significativo eram publicações bilíngues, com textos
em português e em língua ronga, ressaltando sempre a questão do assimilado, o que não os
deixa esquecer -se da condição de colonizado, daquele ser em situação fronteiriça, entre dois
mundos. Em decorrência dos muitos séculos da dominação portuguesa na África, deu- se a
imposição da língua e da cultura do colonizador num amplo processo de assimilação. Dessa
relação, observamos o surgimento da imprensa, em que escritores africanos produziam textos
sob a perspectiva da escrita europeia. No entanto, se, por um lado, essas narrativas fazem “A
marrabenta surgiu nas décadas de 1930 e 1940. É um ritmo urbano de origem do sul do país e
seu nome provém de rebenta, associada a dançar em excesso “.
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pouca ou nenhuma menção às línguas nacionais, por outro lado apresentam muitas referências
a autores franceses, latinos e europeus, exaltando -os como modelos a serem seguidos; é o
momento em que, segundo Ferreira (s.d., p. 33), “o escritor africano encontra -se em estado
quase absoluto de alienação, incapaz de se libertar dos modelos europeus “. Todavia, o
próprio desenvolvimento da literatura africana lusófona sugere análise e reflexão críticas,
desde o momento em que nacionalismo e identidade tornam -se conceitos essenciais na
criação de uma literatura anticolonial (1900 -1930), ideologicamente centrada na ideia de
negritude, superando a alienação dos escritores, por um sentimento nacional.

A partir desse momento, muito se discutiu sobre os pontos de maior relevância durante o
período de formação da literatura moçambicana. No âmbito literário, surgiu uma produção
que teve papel importante na luta pela independência e pelo reconhecimento do país e que, no
período pós- -independência, vem exercendo forte função histórica ao debater sobre as
questões de identidade e a condição do moçambicano pós- colonial. No norte de
Moçambique, a estrutura familiar se mantém ligada às tradições do povo macua, associada às
influências muçulmanas e portuguesas. Embora seja uma cultura patriarcal, a forma de
tratamento das mulheres está ligada ao matriarcalismo, tornando mais fácil a situação das
mulheres, porque estão mais ligadas às suas famílias de origem. Neste caso, as mulheres se
consideram melhores tratadas pelos homens. No Sul, ainda predomina a patrilinearidade,
sendo comum o lobolo, prática que consiste no pagamento de dote, dinheiro ou bens
materiais, para a família da noiva, principalmente na zona rural, tornando -a propriedade do
marido. Nessa região, as mulheres foram criadas para o trabalho, para a procriação e para os
cuidados com a família, devendo ao marido obediência e submissão, e a poligamia, sistema
considerado ilegal e que vai contra as tradições cristãs, mas é muito comum em várias
localidades do sul de Moçambique.

No entanto, esta situação tem se apresentado um pouco diferente na cidade de Maputo, pois a
modernização e a influência da globalização aos poucos vão mudando também a mentalidade
das pessoas e alterando comportamentos. Esse contexto brevemente traçado permite perceber
que a multiculturalidade entendida como um jogo de diferenças, quando diversos elementos
culturais se associam num mesmo espaço transformou -se em traço balizador do povo
moçambicano, tecendo as características peculiares da sociedade.
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Assim, tendo por princípio a valorização das diferenças entre gerações, classes sociais, grupos
linguísticos, etnias etc., e os grandes grupos a que pertencem, numa convivência nem sempre
pacífica, vai delineando a identidade (ou identidades) do povo moçambicano.

Sobre essas relações, Canclini (2013, p.19) chama de hibridação, definindo-a, em princípio,
como “processos socioculturais nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de
forma separada, se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas”.

Em outras palavras, os processos de hibridação constituem- se como componentes fortes e


desafiadores na democratização das sociedades, diante da necessidade de entendimento entre
o reconhecimento das diferenças e a globalização, movimento que cada vez mais colabora
para o crescimento das desigualdades e da exclusão, permitindo “reconhecer o que contém de
desgarre e o que não chega a fundir -se., possuidor que é de cultura singular, rica em
características oriundas de povos vários (bantu, árabes, ingleses etc.), que se estabeleceram no
país antes da chegada dos portugueses, cada qual com suas línguas, religiões e costumes.
Assim sendo, trazemos, a seguir, a posição que adotamos com relação ao conceito de
lusofonia. A ideia de lusofonia iniciou -se com as grandes navegações portuguesas a partir do
século XV, propagando, de certa forma, também sua língua e sua cultura frente aos povos
conquistados. Nesse sentido, entende -se por lusofonia os espaços que têm a língua
portuguesa como língua oficial de comunicação e, dessa forma, remete -se à Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP). O termo lusofonia, em muitos desses espaços, ainda
gera algum desconforto, uma vez que, segundo Brito e Bastos (2006, p. 65), haveria um peso
semântico forte na palavra por questões etimológicas: “remete a lusitano, português, relativo a
Portugal “.

Nessa direção, esclarece Brito (2013, p. 10): para o povo moçambicano, não é tarefa fácil ser
possuidor de tão diversas culturas, por isso mesmo, entendemos que não querem se despojar
dos valores culturais absorvidos durante a presença e convívio com o colonizador europeu,
mas, ao mesmo tempo, desejam ver respeitadas e reconhecidas suas tradições, para, então,
compreender e aceitar a transformação dessas no decorrer dos tempos.

2.3. Dinamismo cultural

Não existe cultura que tenha permanecido inalteravelmente igual a si mesma no decurso do
tempo. Isto quer dizer que, por mais rudimentar e estática que uma determinada sociedade nos
pareça, a verdade é que se foi transformada e continua a transformar-se de maneira quase
imperceptível.
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A cultura varia e modifica-se sempre. Todas as culturas possuem não só determinadas formas
acabadas consubstanciadas na tradição, os seus aspectos estáticos, mas também contem em si
gérmenes de modernismo, ou seja, os seus aspectos dinâmicos.

Portanto, as culturas mudam. E, essencialmente, mudam através de duas vias: ou surgem


descobertas e invenções no interior dos sistemas e assim crescem ou, então, os mesmos
sistemas recebem por empréstimo (por contacto) elementos de outra cultura. Geralmente
acontece que as culturas crescem mais por influencias dos empréstimos, mecanismos externos
ou causas exógenas, do que por causas ou mecanismos endógenos.

Na perspectiva de MARTINEZ (1994:35), “o dinamismo cultural, engloba todo o processo


cultural tendo como objectivo principal mostrar que as culturas estão sempre em movimento”.

Nela pode se ver toda uma população que nasce, cresce e morre. Em cada membro e em todos
os membros estão presentes aos valores culturais. Em alguns predomina o ódio, noutros
predomina amor; a fidelidade é aculturada e traída. Alimentos são produzidos e distribuídos; a
arte e artesanato são produzidos, modificados e ate destruídos; a linguagem, não é obstante,
sua estabilidade, passa por modificações úteis.

A cultura em geral poderá ser considerada entre dois extremos: um estado de estabilidade e
outro de mudança. Num sentido largo, todas as culturas estão em mudança permanente, dai
que a cultura em mudança ou mudança cultural é um aceleramento no ritmo de mudança
contínuo pela qual todas culturas passam.

Pode-se dizer que, com ligeiras excepções devidas sobretudo ao acaso, estas inovações são o
produto da imaginação criadora de indivíduos genias. Porem, a mudança cultural é na
realidade construída menos por estes casos raros e sensacionais, do que pela continua
utilização de pequenas modificações e adaptações aquilo que já existe.

2.4. A diversidade cultural

O estudo e a compreensão da diversidade cultural são uma preocupação contemporânea, bem


viva nos dias atuais. É uma preocupação em entender os muitos caminhos que conduziram os
grupos humanos as suas relações presentes e suas perspectivas de futuro. Procura também
trazer as definições e conceitos a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade
que gera as diferenças. O desenvolvimento da humanidade esta marcado por contatos e
conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social, comunitária e pessoal, de se
apropriar dos recursos naturais e transformá-los, de conceber a realidade e expressá-la. A
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história registra com abundancia as transformações por que passam as culturas, seja movida
por suas forças internas, seja em consequência desses contatos e conflitos, mais
frequentemente por ambos os motivos. A diversidade cultural e a desigualdade social, apesar
de terem conceitos distintos, têm ampla relação, isto é quanto maior a diversidade cultural,
maior a desigualdade social.

Segundo FREIRE (1998, p108): Não devemos chamar o povo para receber instruções,
postulados, receitas, ameaças, repreensões e punições, mas para participar coletivamente da
construção de um saber, que vai além do saber de pura experiência feito, que leve em conta às
suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito
de sua própria história.

O modo de vida dos agrupamentos humanos são resultados de sua história, relaciona-se com
as condições materiais de sua existência. Entendido assim, o estudo da cultura contribui no
combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e a dignidade nas
relações humanas. A cultura diz respeito a cada povo, a cada nação e aos grupos sociais. A
diversidade cultural se manifesta nas diferentes concepções de família, na maneira de educar
os filhos, na habitação, no vestuário, na alimentação, nas crenças ou formas de cultivar e de
produzir. Essas praticas são resultantes de cada historia e das relações com o meio ou com
diferentes grupos sociais.

2.5. Os processos culturais


Os processos culturais abrangem, em uma acepção ampla, as práticas humanas e suas
manifestações, como os conhecimentos, as crenças, os valores, os costumes, as artes, a
tecnologia, que podem ser analisadas como representações simbólicas. A noção de processo
decorre do fato de a cultura ser dinâmica e de estar ligada às transformações sócio-históricas
em que interagem relações de causa e de conseqüência.
2.5.1. Processo de Enculturação

Para MONTINEZ apud BERNARDI (1994: p36), “enculturação é um processo educativo


pelo qual os membros de uma cultura se tornam conscientes comparticipantes da própria
cultura”.

Enculturação, trata-se de um processo de ajustamento de respostas individuais aos padrões de


cultura de uma sociedade. É um processo complexo, constitui um processo de
condicionamento consciente ou inconsciente se efectua, dentro dos limites sancionados por
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determinados aspetos de costumes; por este processo se consegue toda a adaptação a vida
social, todas as satisfações derivadas da expressão individual.

Segundo HERSKOVITS apud MELLO, (1983: p85): “Enculturação é um processo de


ajustamento de respostas individuais aos padrões de cultura de uma sociedade; ainda afirma
que é um processo de condicionamento consciente inconsciente que se efectua dentro dos
limites sancionados por determinados aspecto de costumes”.

Através deste processo o individuo se habitua aos modos de vida do seu grupo aprendendo as
suas formas de comportamento. É o mecanismo dominante em ordem a formação de
estabilidade cultural, dai a sua importância dos planeamentos dos padrões da vida; é inegável
a sua importância para a formação da personalidade do indivíduo.

Este processo suporta toda adaptação a vida social; as satisfações derivadas da expressão
individual; através deste modelo o individuo se habitua aos modos de vida do grupo,
aprendendo as suas formas de comportamentos; é o mecanismo dominante em ordem a
formação da estabilidade cultural e tem importância de planejar padrões da vida, formação da
personalidade do indivíduo.

O tal processo começa com o nascimento do indivíduo, em acompanhamento ao longo das


várias fazes da vida e estende-se até a morte. A cultura não é transmitida biologicamente, isto
é, não é hereditária, mas sim, é adquirida através de uma série de processos, entre os quais
temos a endoculturação.

2.5.2. Processo de Aculturação ou Transculturação


Na óptica de MARTINEZ apud CONCELHO DE CIENCIAS SOCIAIS (USA:1935),
“aculturação, são aqueles fenómenos surgidos onde grupos de indivíduos que têm culturas
diferentes entram em contacto contínuo de primeira mão, com subsequentes mudanças nos
padrões da cultura original de um dos grupos ou de ambos”.

Aculturação considera a cultura algo estática e congelado, e as influências de um grupo social


sobre outro e um processo de desconstrução da identidade, deformação. Está associado à ideia
de extinção, descaracterização/desestruturação social, cultural e perda de identidade.

Seja qual for o padrão de cultura que uma sociedade desenvolva, ele nunca fica
perpetuamente o mesmo. Há períodos em que as mudanças são mais dignas de realces ou
mais rápido duque noutros, mas o certo é que, mesmo num grupo vivendo isolado, a pressão
das forcas internas da cultura acaba sempre por ocasionar modificações. Muitas das alterações
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internas surgem à medida que as pessoas aumentam a sua soma colectiva de conhecimentos.
Com o decorrer do tempo os indivíduos vão aprendendo mais acerca do ambiente externo que
a cerca, disso resultando um diferente uso dos recursos naturais. Tal facto leva a modificações
na tecnologia, ao uso de novas ferramentas ao desenvolvimento de novas aptidões que se vão
refletir em todos lados do triângulo biocultural em que se inscreve toda a actividade do
homem, ou seja, nas relações do homem com o seu ambiente físico, nas relações interpessoais
e nas relações homem-sobrenatural.

Para LIMA et all. (s/d:197), “dá-se, pois, o nome de aculturação ao processo de que implica
uma imposição, no todo ou em parte e momentos de uma cultura sobre outra”.

Importa afirmar que o estudo deste o processo, deve se ter em conta que existe uma diferença
entre a aculturação e endoculturação, este ultimo termo ocorre a nível do individuo, em
quanto primeiro da se ao nível do grupo.

O processo de aculturação, originam formas novas de cultura e novas tradições, assumindo


em si aspectos positivos da dinâmica cultural e constituindo fenómeno primordial da própria
cultura.

Na perspectiva de HERSKOVITS apud MELLO (1983: p107), “aculturação é o estudo da


transmissão cultural em marcha”. Ao passo que difusão é o estudo de transmissão cultural
consumada. Em suma, os dois termos vêm a significar a mesma coisa, a única diferença é a
difusão serial uma aculturação consumada.

O processo de difusão cultural tem se constituído um factor muito importante da dinâmica


cultural e tem merecido dos estudiosos a atenção de que é merecedora. A ser assim, devemos
levar em consideração que as culturas são unidades integradas e harmoniosas e que ao
absorver elementos culturais de outras culturas, não o fazem como simples transplante, mas
sim como um processo de assimilação e reformulação.

No processo de aculturação, o contacto entre as culturas é indispensável, mesmo que este


contacto ocorra através de um só indivíduo, o receptor assim como transmissor, contudo, não
bastam os contactos.

A introdução de qualquer elemento cultural alienígena é também um processo activo do


receptor. Neste âmbito, os contactos são apenas parte do processo de aculturação, o que
significa que pode acontecer o contacto sem que se efective a aculturação. O contacto permite
a tomada do conhecimento do elemento cultural. Mas há caso em que, de uma fusão de
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elemento de duas ou mais culturas, surgem uma cultura nova que reelabora todos os seus
elementos constitutivos.

2.5.3. Processo de Inculturação


Na perspectiva de BERNARDI (1989: p12), “inculturação é o processo de aprendizagem
através dos quais um indivíduo ou mesmo um grupo assimila as concepções e as regras de
vida própria do grupo ou das comunidades a que pertence e de que consequentemente se
torna participante activo e passivo”.

O processo de inculturação, torna-se peculiarmente visível no envolvimento da criança e do


rapaz até a adolescência, a idade adulta e da plena autonomia individual. Porque se verifica de
forma mais ou menos parente durante todas as ideias e no decurso de vida individual.

A definição da inculturação é análoga ao conceito de socialização, mas mais vasto e mais


compressivo do que Este. A inculturação sublinha-se de modo particular o aspecto autónomo
da actividade individual através da qual um de nos imita, aprender ou desenvolver os seus
próprios conhecimentos. Além disso, o fenómeno revela-se através dos estímulos que derivam
do contacto com os outros das relações de associação e intercâmbio social, todos os aspectos
que entram no aspecto de socialização.

2.5.4. Processo de Desculturação


Segundo BERNARDI apud MARTINEZ (1994: p52), “desculturação é a destruição do
património cultural”.

2.5.4.1. Causas deste processo


 Causas internas, perda de energia da própria cultura (reduz a forca dos individuo da
comunidade, e vai eliminando a vitalidade dos traços culturais que, se não houver um
processo regenerador, caem em desuso e desaparece);
 Causas externas, crises originadas por contacto culturais. As crises têm efeitos
contrastantes segundo a natureza dos encontros (pacifica, livre, violenta, opressiva ou
de qualquer forma). Pode se afirmar que uma novidade que surge em qualquer sector
da vida (económico, politico, religioso ou técnico) traz consigo inevitavelmente uma
quebra da identidade cultural original.
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Afirma ainda BERNARDI que à autenticidade por assim dizer pura, tem, de facto, um valor
em certo qual senso relativa, hoje a cultura movimenta-se, transforma-se, contrariamente
feneceria.

2.5.4.2. Características do processo de Desculturação


A desculturação acontece de maneira imperceptível e lenta, afectando apenas a um ou outro
traço cultural. Desta maneira subtil vai mudando o estilo da vida de uma comunidade. Na
prática observamos o que já deixou de pertencer a cultura viva e actual de um povo, por
exemplo o uso do batuque fora do contexto ritual de uma época, assume hoje significados
diferentes aos originais, perdeu o seu significado.

Estes fenómenos por si só, assinalam de facto, o desaparecimento de traços culturais em


questão, pelo que se tornam verdadeiros índices de desculturação. O fenómeno ainda é mais
imperceptível na transformação da língua. Ela de facto não esta sujeita aos obstáculos direitos
da desculturação; adequa-se as várias situações existentes que se vão apresentando, adaptando
com facilidade novos vocábulos para novas realidades e abandonando com a mesma
facilidade.

A desculturação é um fenómeno que acontece de maneira traumática. Tais fenómenos


dissimilam lágrimas e sangue. Episodio de genocídio, extermínio trágico de pessoas,
associado muitas vezes ao cálculo programado de destruição de culturas, o comércio de
escravos, os campos nazis, os extermínios rácicos actuais, vergonha da humanidade, de quem
os praticou ou ainda os pratica, de quem os aprovou ou os aprova, de quem os consistiu ou os
que consiste, do quem os silenciou e não protestou.

2.6. O paradigma cultural


O mundo hodierno está complexo e confuso, foram diversas as mudanças sociais, políticas e
culturais nas últimas décadas. Essa crise a cada dia se enraíza nos valores de diversas
sociedades.

Segundo Alain Touraine, sociólogo francês, não compartilha do entendimento de que


entramos numa pós-modernidade. Para o autor esse entendimento afirma o desaparecimento
de todo princípio histórico central de definição do conjunto social. Entretanto, Touraine
compreende que vivemos hodiernamente em um novo paradigma, o paradigma cultural que
superou o anterior paradigma social, ocasionando o desaparecimento do universo que até
então chamávamos de social, ou seja, as sociedades passam a ser compreendidas sobre o
prisma cultural e não mais social.
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Numa perspectiva holística, a análise de Touraine se coaduna com as transformações que


diversas sociedades vêm passando recentemente. A introjeção de valores individualistas, a
perda do senso de coletividade e de socialização, a transformação dos movimentos sociais em
movimentos ‘culturais’, o crescente discurso da autonomia do ser humano e da libertação
individual, seja econômica ou até sexual são discursos cada vez mais presentes na realidade
hodierna. Dessa forma, em primeiro plano encontram-se as reivindicações por direitos
culturais, que se exprimem por meio da defesa de atributos particulares, mas conferem a essa
defesa um atributo universal.

Essas transformações também são ocasionadas devido ao processo de subjetivação liderado


por diversos atores sociais, que buscam por meio de reivindicações públicas a conquista de
direitos culturais. Este é o caso de diversos ‘movimentos culturais’ como o movimento
feminista, o movimento LGBTT, a marcha das vadias, entre outros, que tem por escopo
questionar os valores autoritários, a ordem moral e cultural imposta em determinadas
sociedades, almejando o reconhecimento da diferença e a emancipação por meio da conquista
de direitos de igualdade. Para Touraine, sujeito é todo aquele que tem vontade de ser ator de
sua própria existência. Tal concepção de sujeito diverge do pensamento de Michel Foucault
que concebia o sujeito como subordinado a uma ordem operante. Já Touraine entende que
tornar-se sujeito, conhecedor de sua realidade e de sua situação é um importante passo para a
emancipação.

Nos tempos de paradigma cultural, é nítido que um grande desafio para a humanidade é
realizar um diálogo intercultural. O discurso sobre os direitos culturais e sobre a cultura de um
modo geral não deve se transformar em um comunitarismo, que se coloque acima da
cidadania, ou seja, que reconheça a pertença cultural superior a qualquer outro direito e a
própria noção de dignidade humana. É nesse contexto que nasce a necessidade de atuar diante
de uma perspectiva intercultural, de modo a compreender no outro, nas outras culturas e nas
outras formas de pensar e agir uma possibilidade de interação e crescimento individual e
coletivo.

De fato, o paradigma cultural também evidencia a construção de uma sociedade


essencialmente liderada por mulheres, onde não estamos marchando para uma sociedade de
igualdade entre os homens e as mulheres. É evidente que o pós-feminismo consolidou
transformações e resultados das reivindicações feministas, onde os papéis centrais da
sexualidade e da libertação sexual ganham uma substancial conotação.
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Diante do paradigma cultural e da referida superação do paradigma social, é possível perceber


que existem pontos positivos e negativos que devem ser levados em consideração no debate.
Por um lado, o reconhecimento do indivíduo como um ser livre, consciente e autônomo na
gestão de sua própria vida, sem as amarras das imposições morais autoritárias construídas no
decorrer do paradigma social é de extrema importância para a humanidade e para o
desenvolvimento de uma nova moral. Já por outro lado o individualismo exacerbado e a perda
da noção de coletividade e de sociedade distorcem o sentido de um bem comum, de uma
causa em prol da coletividade e até mesmo de um sentimento de alteridade.

Contudo, a destruição dos laços sociais, a solidão, a crise de identidade vivida hodiernamente
pode ser superada pelo reconhecimento do homem como sujeito, ou seja, pelo nascimento de
novos sujeitos? É possível um novo modelo de modernização? As mudanças sociais ocorridas
substancialmente nas últimas décadas são “irreversíveis”? São muitas as dúvidas e muitas as
incompreensões sobre a complexidade da realidade atual, entretanto uma coisa é certa: as
transformações estão ocorrendo de modo acelerado e nós, enquanto seres culturais, somos
direta ou indiretamente influenciados por elas, portanto tomar consciência disso é uma
contribuição para a construção da subjetividade e, consequentemente, a construção de uma
vontade de mudança.

2.7. Raça ou espécie humana


Raça, uma categoria da biologia, designa um conjunto de aspectos biofisiológicos cambiantes,
que diferenciam elementos da mesma espécie.

Segundo Bosi (2002, p168): Raça refere-se ao âmbito biológico - referindo-se a seres
humanos, é um termo que foi utilizado historicamente para identificar categorias humanas
socialmente definidas. As diferenças mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de cabelo,
conformação facial e cranial, ancestralidade e genética.

A raça, do ponto de vista antropológico é uma categoria social, ou seja, mesmo que
biologicamente não haja evidências da existência de grupos raciais humanos, os grupos
sociais dividem a humanidade e as sociedades a partir de traços fenotípicos. Dizer que raça é
uma categoria de pensamento não é evidência de sua existência no plano biológico, mas é
demonstrar que os grupos sociais utilizam esta categoria para se definir, se compreender,
estruturar sua organização social e se relacionar com outros grupos sociais. Junto com a
categoria raça estão presentes diversas representações sociais, em grande maioria, pejorativas,
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que estruturam o juízo de valor das pessoas que orientam seu comportamento social a partir
de estereótipos historicamente associados a grupos sociais.

Segundo Ianni (2004): desde os anos 50, após estudos realizados pela Organização das
Nações Unidas, num empreendimento mundial desenvolvido por geneticistas, antropólogos,
cientistas sociais, biólogos e biofisiologistas, o termo raça é considerado, ao menos sob o
prisma cientifico inaplicável a seres humanos.

A conclusão destes estudos é de que seres humanos formam um continuo de variações da


aparência, no interior da mesma espécie, sem que estas variações afetem a possibilidade de
convivência e reprodução de outros seres humanos. Deste modo, as variações biofisiológicas
na espécie humana, estão circunscritas ao plano da aparência física e decorrem de
necessidades orgânicas, inscritas na cadeia genética de grupos e espécie espalhados por todas
as regiões e 6que derivarem dos inúmeros cruzamentos entre grupos, desde a pré-história ate
os dias atuais. Ainda segundo Ianni (2004) O censo de 1872 empregou as categorias: branco,
preto, pardo e caboclo. Os denominados pardos, eram compreendidos como resultantes da
união de pretos e brancos; caboclos eram indígenas e seus descendentes da união de pretos e
brancos; caboclos eram os indígenas e seus descendentes. Considerando que os termos
branco, preto e pardo são cores, e caboclo possui raiz na origem racial, o censo de 1872
parece ter usado um critério misto de fenótipos e descendência a caracterização racial da
população.

2.8. Etnicizacao ou tribalização


Etnia são grupos de pessoas que são definidas pelas suas origens e por seus traços fiscos e
culturais. Este termo é usado para substituir o termo raça que era usado de forma abusiva já
que não existe raça de seres humanos e sim pessoas de características diferentes. “Etnia
refere-se ao âmbito cultural - um grupo étnico é uma comunidade humana definida por
afinidades lingüísticas e culturais e semelhanças genéticas. Estas comunidades geralmente
constroem estrutura social, política e territorial. Exemplo as comunidades negras, indígenas,
alemãs, italianas, polonesas e orientais.

Segundo Ribeiro (2006) em moçambique existe uma diversidade de etnias já que as origens
provêm de fusão de diferentes grupos étnicos. Alguns são classificados em Mulatos:
descendentes de negros e brancos. Os Caboclos: descendentes de índios e brancos. O Cafuzo:
são descendentes de índios e negros. Os Indígenas: são nativos da região brasileira. Brancos:
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são apresentadas poucas pigmentações, ou seja, pele clara. Negros: são os que apresentam
grande pigmentação, ou seja, pele escura.

Etnia, uma categoria antropológica, refere-se a um conjunto de dados culturais, língua,


religião, costumes alimentares, comportamentos sociais, mantidos por grupos humanos não
muito distantes em sua aparência, os quais preservam e reproduzem seus aspectos culturais no
interior do próprio grupo, sem que estejam necessariamente vinculados por nacionalidade
comum, ainda que compartilhem um território comum e se organizem, em determinados
casos, como população geral deste território.

Não há culturas superiores e inferiores, mais complexas e menos complexas, ricas e pobres;
há culturas diferentes, e qualquer comparação que pretenda atribuir valor positivo ou negativo
a essas diferenças é cientificamente erronia. Por isso não há grupo social a que possa faltar
cultura, já que este termo, em seu sentido antropológico, significa precisamente a maneira
pela qual um grupo social se identifica como grupo, através de comportamentos, valores,
costumes, tradições, comuns e partilhados. Negar a existência de cultura em determinado
grupo é negar a existência do próprio grupo.

A cultura vem sendo compreendida a partir de tensões entre a mudança e a permanência,


contudo acredita-se que o que é preciso ser estudado e problematizado é como as
manifestações, ditas tradicionais sobrevivem a esse novo quadro das sociedades
contemporâneas. A partir daí é possível compreender elementos importantes para aprofundar
os estudos em culturais.

2.9. Processo de identidade cultural


Os processos das identidades estão ligados a historia da humanidade, que não se constitui
somente do que é oficial, dos grandes feitos, dos grandes lideres. Nós professores temos o
dever de ensinar aos nossos alunos as contribuições dos diferentes grupos culturais na
construção da nação, ensinar o respeito, aceitação e admiração pela cultura pela etnia do outro
da outra, mostrando que o estranhamento é gerado pelo desconhecido, assim como o
preconceito. Precisamos estimular nossos alunos o pensamento critico e a percepção de que,
para o outro, também somos o outro, a outra. Valorizar a historia de vida de nossos alunos, de
suas famílias, e suas experiências poderá ser fator determinante para a construção de uma
identidade positiva de si mesmo e elevar a sua autoestima.

Para as populações moçambicanas, dançar e cantar são parte da essência humana; é uma
forma de celebrar a vida e a morte. Todas as regiões têm as suas danças específicas,
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representações típicas das tradições, principal- mente religiosas de cada etnia. São danças que
celebram os rituais de iniciação, rituais de passagem, rituais de celebração das colheitas, de
celebração dos casamentos e da morte e muitas outras, que nos dias atuais acontecem
normalmente nas regiões rurais, sempre acompanhadas por músicos e instrumentistas. Os
tambores são os instrumentos mais usados no acompanhamento dessas danças. No interior do
país, encontram -se pequenos grupos musicais, que procuram manter vivas as tradições
folclóricas. Nas cidades, embora a música acompanhe os ritmos atuais do ocidente, os
músicos procuram aliar modernidade às tradições, onde buscam suas influências e criam uma
nova música moçambicana. O principal ritmo musical em Moçambique é a marrabenta3, com
características folclóricas e de outros ritmos moçambicanos como a magika, xingombela e
xukuta4.

Capitulo III
3. Conclusão
Depois de um longo estudo a cerca de dinamismo cultural, O dinamismo cultural, engloba
todo o processo cultural tendo como objectivo principal mostrar que as culturas estão sempre
em movimento, isto é, a própria natureza da aprendizagem da cultura lhe determina uma
transformação lenta. A endoculturação pela qual os indivíduos passam inclui uma conotação
subjectiva, como será visto a seu tempo. O que de facto, supõe uma certa variação nos
padrões de comportamento, mesmo pequena e imperceptível, tal variação ocorrida em cada
comportamento individual ira possivelmente provocar uma modificação bem substancial no
cômputo geral. Cultura não poderia existir sem pessoas a ela relacionadas e transmitindo-a
aos seus descendentes. Tanto a sociedade como a cultura foram definidos como fenómenos
independentes dos indivíduos, a nível individual, implica necessariamente numa reformulação
da cultura objectiva, que acentua na sucessão das gerações. E no processo de transmissão de
padrões de comportamentos alguns valores são regulados ao esquecimento e outros novos são
integrados.

Ainda concluímos que, cultura é o conjunto complexo que inclui conhecimentos, arte, moral,
lei, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquirido pelo homem enquanto
membro da sociedade.
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Para terminar, o trabalho ora elaborado não é acabado, pelo que admitimos contribuições e
criticas construtivas por parte dos leitores interessados ao tema; assim, constitui fonte
principal de consulta e consolidação dos conhecimentos sobre a cultura material.

4. Referencias Bibliográficas
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