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Comunitaria
•A psicologia comunitária surge, no Brasil, em
meados da década de 60 buscando deselitizar a
profissão, por um lado, e por outro buscando a
melhoria das condições de vida da população
trabalhadora, através da utilização de teorias e
métodos da psicologia em comunidades de baixa
renda.
• Os trabalhos de psicologia comunitária
partem de um levantamento das
necessidades e carências vividas pelo
grupo-cliente, sobretudo no que se refere
às condições de saúde, educação e
saneamento básico
•Para tanto, procura-se trabalhar com grupos populares
para que eles assumam progressivamente seu papel de
sujeitos de sua própria historia, conscientes dos
determinantes políticos e sociais de sua situação e ativos
na busca de soluções para os problemas enfrentados.
•O objetivo principal, portanto, é a transformação do
indivíduo em sujeito.
•O psicólogo atua neste sentido como um analista-facilitador , que como
um profissional que toma as iniciativas de solucionar
os problemas da comunidade.
•Segundo Nisbet (1974), “comunidade abrange todas
as formas de relacionamento caracterizado por um
grau de intimidade pessoal, profundeza emocional,
engajamento moral e continuado no tempo”.
•Ela encontra seu fundamento no homem visto em
sua totalidade e não neste ou naquele papel que
possa desempenhar na ordem social. Sua força
psicológica deriva de uma motivação profunda e
realiza-se na fusão das vontades individuais, o que
seria impossível numa união que se fundasse na
mera convivência ou em elementos de racionalidade.
• A comunidade é a fusão do sentimento e
do pensamento, da tradição e da ligação
intencional, da participação e da volição. E
Sawaia complementa: “O elemento que
lhe dá vida e movimento é a dialética da
individualidade e da coletividade.
•A perspectiva da psicologia comunitária enfatiza
que, em termos teóricos, o conhecimento se
produza na interação entre o profissional e os
sujeitos da investigação, e em termos de
metodologia, utiliza-se sobretudo a pesquisa-
participante, a pesquisa-ação e a análise
institucional.
• Este planejamento desempenha papel
fundamental para a conscientização que
ajuda grupos e indivíduos a identificarem as
características históricas e sociais de seus
problemas e a criarem estratégias para a
solução coletiva.”
•Desta forma este, tipo de trabalho vai além
do saber acadêmico e científico, o saber
popular ganha força e torna peça
fundamental para a elaboração de uma
teoria própria das experiências cotidianas se
firmam neste âmbito.
•A pesquisa-ação, segundo Nasciutti, “se define
essencialmente pelo elo entre o saber e o fazer.
• Ela parte de uma perspectiva epistemológica
interdisciplinar e que inclui assim diferentes saberes
acadêmicos, alem da relação entre saber científico e saber
popular (…) implicando como conseqüência a reelaboração
coletiva de aspirações e valores psicossociais, a
participação comunitária e a ação organizada.”
• A pesquisa-ação visa a conquista do
conhecimento através da pesquisa e a
transformação através da ação
• O pesquisador implicado pela sua posição
técnico-profissional planeja, elabora
hipóteses, pesquisa sobre objetos
psicossociais e analisa resultados a partir
de uma posição social que não pode lhe
ser indiferente.
•Não há uma delimitação definitiva das técnicas de
pesquisa, já que as situações reais é que serão
determinantes para as escolhas destas técnicas. Mesmo
assim, podem ser citadas as entrevistas semi-estruturadas,
os questionários, a observação livre e/ ou sistemáticas, a
etnometodologia, a análise de conteúdo documental e
histórica, a análise do discurso, os grupos operativos e a
dinâmica de grupo.
•A metodologia das “histórias de vida”,
oriunda das ciências sociais, também tem
se mostrado muito importante na pesquisa da