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Psicologia Social e

Comunitária

Movimento institucionalista
Os cientistas dizem que somos feitos de
átomos, mas um passarinho me contou que
somos feitos de histórias

Eduardo Galeano
Movimento Institucionalista

Representa uma série de teorias, práticas e experiências


voltadas para autogestão e auto-análise.
Seu objetivo é promover experiências coletivas que
geram novos conhecimentos.
Desvia-se de uma lógica identitária e se direciona
para a lógica da diferença, buscando rupturas em
modos consolidados de experiências institucionais.
O poder, neste contexto, é visto como algo
relacional e difuso, não centralizado apenas em
entidades dominantes.
Conceito de Instituição
É um termo amplamente utilizado em várias disciplinas
como sociologia, antropologia, ciências políticas e filosofia.
Instituições são composições lógicas que podem
manifestar-se como leis, normas ou regularidades de
comportamento.
Elas organizam relações sociais e definem limites em
uma sociedade.
As instituições influenciam os processos de subjetivação,
seja impondo seu modelo ou permitindo novas formas de
subjetividade.
Institucionalização Humana

Humanos criam instituições como uma


forma de lidar com a ruptura entre
natureza e cultura.
Há uma necessidade intrínseca de
institucionalizar o desejo para que ele
possa ser útil para a humanidade.
Instituições têm como objetivo
proporcionar estruturas de apoio em
um mundo regido pela linguagem.
Desvio da Finalidade Institucional

Quando uma instituição desvia de seu


propósito original, ela pode restringir
liberdades democráticas.
Instituições que funcionam com base
em estruturas hierárquicas rígidas
tendem a temer a união de seus
membros.
Dialética Institucional
Instituinte
Instituições são vistas como
projetos em construção, com
dinâmicas entre o
Instituído
estabelecido (instituído) e o
emergente (instituinte).
No âmbito das instituições,
ocorre uma luta constante
entre o desejo de mudança
e as forças que resistem a Formas sociais
ela. institucionalizadas
Autogestão e Auto-análise

Contrapõe-se à tradicional gestão externa


(heterogestão) praticada na maioria das
instituições.
Tem como premissa a igualdade de
direito e desejo, buscando autonomia
e participação coletiva.
Defende a redistribuição do poder
entre os grupos, e não sua simples
destruição.
Contribuição educacional
Paradigma educativo da “Escola
Nova” que valoriza a autonomia na
educação.
Concepção de institucionalismo
visto como convergente das
instâncias econômicas, culturais,
sociais, políticas e ideológicas.
Intelectuais brasileiros
relevantes, incluindo Paulo
Freire, Anísio Teixeira, Darcy
Ribeiro, entre outros.
Na saúde mental após a Segunda Guerra

Uma nova cultura emerge, com intelectuais,


usuários do sistema manicomial e familiares se
mobilizando para debater o conceito de "loucura".
Incorporação de sujeitos anteriormente
marginalizados para o debate, incluindo
mulheres, gays, negros, indígenas e favelados.
Movimento da "antipsiquiatria" que trouxe a
discussão da loucura do espaço privado para
o público.
Correntes Institucionalistas
Sociopsicanálise (Gerard Mendel):
Une a psicanálise ao materialismo dialético para abordar
regressões institucionais do político ao psíquico.
Análise Institucional (René Lourau e Georges Lapassade):
Baseada na dialética de Hegel, foca em dispositivos
analisadores para trazer à tona o "instituinte".
Esquizoanálise (Gilles Deleuze e Félix Guattari):
Visa liberar o processo produtivo-desejante-
revolucionário por meio de práticas singulares, focando
em micropolítica.
Análise Institucional ou Socioanálise

Diferenciação:
Análise Institucional refere-se à teoria
desenvolvida por René Lourau e
Georges Lapassade.
Socioanálise é o método da Análise
Institucional em situações de
intervenção.
Análise Institucional ou Socioanálise

Surgiu na década de 60, influenciada por diversas


áreas como a Psicoterapia Institucional e a Sociologia
Política.
Foco em grupos sociais em vez de indivíduos.
Análise coletiva sobre a história, objetivos e
funcionamento das organizações.
O objetivo é ultrapassar a psicossociologia
grupal e a sociologia das organizações ao
investigar determinações ocultas dos grupos.
"O papel do analista consiste em auxiliar a elucidar
os conteúdos adormecidos, a fim de, na medida do
possível, expor o material oculto, a partir do que os
analistas institucionais denominam "dispositivos
analisadores”, os quais podem ser divididos em
duas categorias: construídos e espontâneos".
Análise Institucional ou Socioanálise

Existem "dispositivos analisadores" construídos e


espontâneos, que ajudam a revelar conteúdos subjacentes.
Valoriza a análise do passado para entender o presente e
o futuro.
Promove a pesquisa-ação e pesquisa participante, com
membros do grupo se tornando protagonistas.
Socioanalistas buscam criar "subversão" da instituição,
desafiando o que é estabelecido e promovendo a
autogestão e auto-análise.
Principais conceitos
Transdisciplinaridade: Os institucionalistas veem o conhecimento
como transdisciplinar, cruzando fronteiras tradicionais de disciplinas
e enfocando a complexidade, problematização coletiva e mudanças
efetivas.
Exemplo: Um projeto de pesquisa sobre a qualidade da água em
uma cidade envolve biólogos (para analisar microorganismos na
água), urbanistas (para estudar o design da infraestrutura de
água), sociólogos (para entender o comportamento humano em
relação ao uso da água) e historiadores (para rastrear as mudanças
ao longo do tempo). Esta abordagem "transdisciplinar" garante
uma compreensão holística do tema.
Principais conceitos

Campo de Análise:
Área delimitada da vida social escolhida para aplicação de teorias
institucionalistas, podendo variar em escala.
Campo de Intervenção:
Espaço específico onde são planejadas e executadas ações para
transformar realidades sociais.
Principais conceitos

Implicação:
É um conceito fundamental no institucionalismo, que se
refere à inter-relação e conexão entre o pesquisador e o
objeto de estudo.
No entanto, a compreensão desse conceito pode variar
de acordo com contextos culturais e disciplinares.
Principais conceitos

Implicação:
Definição: Refere-se ao entrelaçamento complexo e recíproco de
influências entre a equipe de análise institucional e a organização
alvo de sua intervenção.
Este conceito vai além da noção psicanalítica de
contratransferência, incorporando uma gama mais ampla de
processos e dimensões (econômicas, políticas, psíquicas, etc.).
Principais conceitos

Implicação:
Características:
A implicação é um processo multidimensional que começa
antes mesmo do contato direto com a organização e é
fundamental para o processo de análise, refletindo uma
abordagem menos objetiva e mais interativa de análise e
intervenção.
Principais conceitos
Implicação institucional:
Este conceito se concentra nas formas como os indivíduos
são afetados e afetam as instituições em que estão
inseridos.
Isso inclui tanto as regras e estruturas formais quanto as
práticas informais e as relações interpessoais.
A análise busca identificar como as pessoas
participam da vida institucional, como suas ações
são influenciadas por normas e valores institucionais
e como elas podem desempenhar um papel na
transformação ou manutenção da instituição.
Principais conceitos

Implicação institucional:
Exemplo:
Imagine um hospital como a instituição em questão.
Um exemplo de implicação institucional seria quando
os médicos e enfermeiros seguem as diretrizes e
protocolos estabelecidos pela instituição para garantir
a qualidade do atendimento aos pacientes. Eles estão
implicados na dinâmica da instituição ao seguir suas
normas e procedimentos.
Principais conceitos

Implicação subjetiva:
Este aspecto da Análise Institucional explora como a
participação das pessoas em uma instituição afeta suas
subjetividades, ou seja, como elas se percebem e se
constituem como sujeitos.
A participação em uma instituição pode moldar a
identidade e a visão de mundo dos indivíduos, e a
análise procura entender como essa implicação
subjetiva ocorre.
Principais conceitos

Implicação subjetiva:
Exemplo:
No mesmo hospital, a implicação subjetiva poderia ser
observada em um médico que internaliza a cultura de
trabalho da instituição e começa a se ver como alguém
que está sempre sob pressão e estresse devido à alta
demanda por cuidados médicos. Isso afeta a
subjetividade do médico, levando-o a se identificar com
o papel de "trabalhador sobrecarregado".
Principais conceitos
Implicação desejante:
A Esquizoanálise examina como os desejos individuais se
conectam e se entrelaçam com os desejos coletivos,
culturais e sociais.
A implicação desejante refere-se ao modo como os
desejos individuais estão enredados com os desejos
mais amplos do contexto em que uma pessoa vive.
Isso envolve a compreensão de como as normas, valores
e estruturas sociais afetam a expressão do desejo e
como as pessoas podem buscar a liberação das
restrições que limitam suas intensidades desejantes.
Principais conceitos

Implicação desejante:
Exemplo:
Considere um indivíduo que vive em uma sociedade
que valoriza o sucesso financeiro acima de tudo. Ele
internaliza esses valores e deseja fortemente se tornar
rico. Sua implicação desejante está ligada à busca da
riqueza como uma intensidade desejante que se
conecta aos valores culturais mais amplos.
Principais conceitos
Implicação no devir:
Na Esquizoanálise, a implicação também está ligada ao
conceito de "devir", que se refere à transformação e ao
processo de se tornar algo diferente.
A análise busca entender como os indivíduos se
implicam em processos de devir, como se adaptam ou
resistem às mudanças e como as intensidades
desejantes estão envolvidas nesse processo.
Principais conceitos
Implicação no devir:
Exemplo:
Suponha que uma pessoa esteja em um processo de
autoavaliação e autorreflexão. Ela percebe que sua
carreira atual não está alinhada com seus verdadeiros
interesses e paixões. Ela decide fazer uma mudança de
carreira para seguir sua verdadeira paixão. Nesse caso, a
implicação no devir está relacionada à transformação
pessoal, à medida que a pessoa se torna algo diferente,
deixando para trás uma carreira que não a satisfaz em
busca de algo mais autêntico.
Principais conceitos

Agenciamento:
Representa um “entre” coletivo, que não se encaixa em
padrões dominantes.
Provoca a convergência da heterogeneidade e das
diferenças.
Atua com fluxos semióticos, materiais e sociais.
Caracteriza-se por um "devir", substituindo sistemas
tradicionais de representação e ideologias por um
conjunto de singularidades e movimentos coletivos.
Principais conceitos

Agenciamento:
Se refere a uma configuração específica de ações,
relações e práticas dentro de uma instituição.
É uma maneira de compreender como as pessoas
interagem e operam dentro de um contexto
institucional, seja uma escola, um hospital, uma
empresa ou qualquer outra organização.
Principais conceitos
Agenciamento:
Um agenciamento pode ser analisado para
entender como as normas, regras, estruturas de
poder e relações interpessoais influenciam o
funcionamento da instituição.
A Análise Institucional busca identificar os
agenciamentos que podem ser opressivos ou
limitadores e propõe estratégias para torná-los
mais democráticos e participativos.
Principais conceitos

Agenciamento:
Exemplo: A sala de aula pode ser entendida como um
agenciamento tanto na perspectiva da Análise
Institucional quanto na Esquizoanálise, dependendo
do enfoque e das questões analisadas.
Principais conceitos
Agenciamento:
Exemplo:
Agenciamento Institucional:
A sala de aula é uma parte de uma instituição
educacional maior, como uma escola. Nesse
contexto, a sala de aula é vista como um
agenciamento institucional que envolve elementos
como regras, normas, hierarquias, estruturas de poder
e políticas educacionais. Os professores, alunos,
materiais didáticos e as práticas pedagógicas estão
interligados dentro desse agenciamento.
Principais conceitos
Agenciamento:
Exemplo:
Agenciamento Pedagógico:
A sala de aula também é um agenciamento
pedagógico, onde ocorre a interação entre
professores e alunos, a transferência de
conhecimento e a construção de saberes. Os
métodos de ensino, as estratégias pedagógicas e a
dinâmica das aulas são parte integrante desse
agenciamento.
Principais conceitos
Agenciamento:
Exemplo:
Agenciamento de Subjetividade:
A sala de aula influencia a subjetividade dos alunos,
moldando suas identidades como aprendizes e
cidadãos. As experiências na sala de aula, as relações
interpessoais e as práticas educacionais podem afetar
o modo como os alunos se veem e se relacionam com
o conhecimento e o mundo.
Principais conceitos
Agenciamento:
Exemplo:
Agenciamento de Devir:
A sala de aula também é um espaço onde os alunos
estão em constante devir, ou seja, em um processo de
transformação e aprendizado. Eles estão se tornando
algo diferente do que eram antes, adquirindo
conhecimento e desenvolvendo suas habilidades.
Principais conceitos
Agenciamento:
Exemplo:
Agenciamento de Intensidades:
A sala de aula pode ser vista como um agenciamento
de intensidades. Dentro dela, diferentes fluxos de
intensidade estão em jogo, incluindo a intensidade
do desejo de aprender dos alunos, do desejo do
professor de ensinar, das emoções dos alunos, das
relações interpessoais e das experiências sensoriais.
Principais conceitos
Desejo:
O agenciamento é uma zona de circulação do desejo.
Todos são compostos de forças, além de modelos e formas, e
o agenciamento permite a expressão dessas forças.
Exemplo: Uma comunidade local expressa seu "desejo" de ter um
espaço verde, como um parque ou jardim, em seu bairro
densamente urbanizado. Mesmo sem recursos ou apoio imediato,
a comunidade se mobiliza, organiza eventos de captação de
recursos e conversa com autoridades locais para tornar esse
desejo uma realidade.
Principais conceitos
Desejo:
O conceito de desejo na esquizoanálise é uma parte fundamental
da teoria desenvolvida por Gilles Deleuze e Félix Guattari.
Na esquizoanálise, o desejo não é entendido da mesma forma
que nas psicanálises tradicionais de Freud. Em vez disso, o
desejo na esquizoanálise é uma força vital, criativa e
multifacetada que molda a nossa relação com o mundo e
com nós mesmos.
Principais conceitos

Desejo como força produtiva:


Na esquizoanálise, o desejo é visto como uma força produtiva que
gera constantemente novos desejos e conexões.
Ele não é apenas uma busca por satisfação de necessidades
básicas, mas uma força que nos impulsiona a criar, explorar, e
se transformar.
Principais conceitos

Desejo como produção de subjetividade:


O desejo não está ligado apenas a indivíduos, mas também à
produção de subjetividade.
Ele molda a forma como percebemos o mundo e como nos
constituímos como sujeitos.
Na esquizoanálise, a subjetividade é vista como algo fluido e
em constante mutação, moldada pelo desejo.
Principais conceitos

Desejo e multiplicidade:
Deleuze e Guattari enfatizam a multiplicidade do desejo.
Isso significa que o desejo não é uma entidade unitária, mas
uma rede complexa de desejos interconectados.
Essa multiplicidade implica que o desejo pode ser
contraditório e heterogêneo, indo além das categorias
tradicionais de bem e mal.
Principais conceitos
Desejo e fluxo:
O desejo é visto como em um fluxo contínuo, em oposição a um
estado estável.
Ele está constantemente em movimento, buscando novas
intensidades e conexões. Isso reflete a visão da esquizoanálise
de que a realidade é fluida e dinâmica.
Desejo e devir:
O desejo está relacionado ao conceito de "devir", que se refere a
processos de transformação e mudança.
Na esquizoanálise, o desejo é o que nos leva a nos tornarmos
algo diferente do que éramos antes, a nos tornarmos "outros"
em constante evolução.
Principais conceitos

Analisadores:
Estes são manifestações da realidade social que
expõem as contradições nas instituições e no
sistema social.
Servem como indicadores dos conflitos e
desequilíbrios existentes nas organizações.
Revelam que as organizações não apenas
reproduzem o esperado, mas também
introduzem novidades e conflitos.
Principais conceitos
Analisadores:
Definição: Um fenômeno ou elemento dentro de uma
organização ou sistema social que revela, manifesta ou denuncia
aspectos ocultos, conflitos, ou dinâmicas subjacentes dessa
organização ou sistema.
Diferenças com a Psicanálise: Enquanto a Psicanálise foca em
formações do inconsciente expressas predominantemente por
vias verbais (sonhos, lapsos, chistes, etc.), o conceito de analisador
no Institucionalismo abrange uma gama mais ampla de
expressões, incluindo não apenas discursos, mas também objetos,
arquiteturas, costumes, e outras materialidades expressivas.
Principais conceitos
Tipos de Analisadores
Naturais/Históricos: Fenômenos que emergem espontaneamente
dentro de um contexto histórico-social, como revoluções ou
acidentes, que são capazes de revelar e potencialmente resolver
as dinâmicas subjacentes que os geraram.
Construídos/Artificiais: Ferramentas ou dispositivos
deliberadamente introduzidos pelos analistas institucionais em
uma organização para estimular a expressão e resolução de
conflitos internos.
Principais conceitos

Analisadores:
Exemplo: Em uma empresa, sempre que o tema
"flexibilidade de horário" é abordado em reuniões,
surgem tensões e debates acalorados entre os
funcionários. Essa reação repetitiva ao tema torna-se
um "analisador" das relações de trabalho e da
cultura organizacional, revelando a necessidade de
uma abordagem mais aprofundada sobre a questão
do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
História do institucionalismo no Brasil

O institucionalismo foi introduzido no Brasil, especificamente


no Rio de Janeiro e no Sudeste, por argentinos no final da
década de 1970.
Inicialmente, sua aplicação era na área de saúde mental e
defendia uma prática grupalista e interdisciplinar.
Heterogeneidade de inserção:
Apesar da origem na saúde mental, o movimento
institucionalista se fez presente em várias áreas, como
educação, assistência social e saúde.
AI e Esquizoanálise

Implicação:
Central no institucionalismo, este conceito sugere
que não existem polos estáveis entre sujeito e
objeto, mas sim uma constante transformação e
desestabilização entre eles.
O conceito, associado tanto à Análise
Institucional quanto à Esquizoanálise, enfatiza
a interconexão entre o pesquisador e seu
objeto de estudo.
AI e Esquizoanálise

Relação entre instituído e instituinte:


Lourau examina a dinâmica das
instituições, contrastando as forças
revolucionárias do instituinte e as
forças conservadoras do instituído.
O equilíbrio entre esses polos é
visto como dinâmico e em
constante fluxo.
AI e Esquizoanálise

Implicação e Instituições:
A implicação não é sobre comprometimento
pessoal, mas sobre como as instituições afetam
ou "atravessam" os indivíduos.
Para efetuar uma análise profunda, deve-
se considerar os valores, expectativas,
desejos e crenças enredados nas relações
com as instituições.
AI e Esquizoanálise

Implicação como Dispositivo de Intervenção e


Produção de Conhecimento:
A implicação é vista tanto como um instrumento
de produção de conhecimento quanto de
transformação.
Na pesquisa, o observador já está envolvido no
campo de observação e sua intervenção altera
o objeto de estudo.
Pesquisa-intervenção: Modalidade de pesquisa defendida pelos
institucionalistas, é realizada em colaboração com a população
pesquisada e visa modificar o objeto de pesquisa através de
intervenções cotidianas.
Exemplo: Uma psicóloga deseja estudar os efeitos do bullying nas
escolas. Em vez de apenas observar ou distribuir questionários, ela
decide implementar um programa anti-bullying, oferecendo
workshops e sessões de terapia em grupo para os estudantes. Ao
mesmo tempo, ela monitora as mudanças no comportamento e
bem-estar dos estudantes. Esta é uma "pesquisa-intervenção",
onde o ato de pesquisar está intrinsecamente ligado à intervenção
no campo de estudo.
Até semana
que vem!

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