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Psicologia

Organizacional e do
Trabalho
ORGANIZAÇÕES: CONCEITOS E PERSPECTIVAS
ORGANIZAÇÕES - O QUE SÃO?

Fenômeno presente no cotidiano que


afeta nossa qualidade de vida.
Exemplos:
hospitais, escolas, lojas, órgãos
públicos, empresas, clubes e
entidades comunitárias e
assistenciais.
A qualidade dos processos que
configuram essas organizações é
importante para usuários, clientes e
membros das próprias organizações.
ORGANIZAÇÕES - CAMPO

Estudo científico das organizações:


campo fragmentado e disperso, sem
consenso sobre o que define uma
organização.
Os estudos organizacionais são
caracterizados por uma grande
diversidade de enfoques,
abordagens e ênfases.
ORGANIZAÇÕES - NATUREZA
Polos que tencionam o debate sobre a natureza da
organização:
a) Entidade versus processo:
entidade objetiva e independente, enquanto
outros a veem como um processo de
interação entre indivíduos.
b) Cooperação versus conflito:
algumas abordagens enfatizam a
cooperação e a harmonia entre os membros
da organização, enquanto outras destacam
os conflitos e as tensões.
ORGANIZAÇÕES - DEFINIÇÕES E SIGNIFICADOS

Organização: termo associado a diferentes significados no senso


comum.
a) Ato ou efeito de organizar(-se).
b) Modo pelo qual o ser vivo é organizado; conformação,
estrutura.
c) Modo pelo qual se organiza um sistema.
d) Associação ou instituição com objetivos definidos.
e) Organismo (exemplo: Unesco).
f) Designação de certos organismos (exemplo: Organização
das Nações Unidas).
g) Planejamento, preparo (exemplo: organização de uma
festa).
ORGANIZAÇÕES - DEFINIÇÕES E SIGNIFICADOS

Organizar:
termo associado a três eixos de significados
ou usos:
a) Constituir o organismo de;
estabelecer as bases de; ordenar,
arranjar, dispor.
b) Dar às partes de um corpo a
disposição necessária para as funções
a que ele se destina.
c) Tornar uma organização definitiva;
constituir-se, formar-se.
ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA RACIONAL
Organizações são coletividades orientadas para
atingir objetivos específicos, o que exige a ação
coordenada de pessoas;
Cooperação entre os participantes é consciente e
deliberada, com alto grau de formalização;
Atenção volta-se para os elementos internos da
organização;
Exemplos de referencial:
Teoria da Administração Científica,
Teoria Administrativa,
Teoria da Burocracia e
Teoria do Comportamento Administrativo.
ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA NATURAL

Membros perseguem distintos interesses, mas reconhecem o


valor de perpetuar a organização como um recurso importante;
Há complexidade dos objetivos organizacionais e existência de
uma “estrutura informal” que afeta o comportamento das pessoas;
Atenção dada ao comportamento das pessoas, que pode
estar orientado para o consenso, a ordem, a cooperação ou
para o conflito;
Exemplos de referencial:
Escola das Relações Humanas e
Teoria de Sistemas Cooperativos.
ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Elton Mayo (1880-1949)


psicólogo e sociólogo australiano
Seu trabalho na década de 1930 inaugurou a
oposição à abordagem da Administração
Científica.
Enfatizou a importância das relações
sociais e do comportamento humano nas
organizações, destacando que a
satisfação e o bem-estar dos
trabalhadores eram fundamentais para a
eficiência das organizações.
TEORIA DE SISTEMAS COOPERATIVOS
Chester Barnard (1886-1961)
administrador público estadunidense
Abordagem da teoria das organizações que destaca
a importância da cooperação e da comunicação para
atingir objetivos comuns.
As organizações são sistemas cooperativos de
atividades, constituídos por indivíduos que
precisam se comunicar e colaborar para atingir
objetivos compartilhados.
Enfatizou a importância da existência de um
sistema de comunicação eficiente para que os
membros da organização possam coordenar
suas atividades.
ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO

Organizações não são sistemas fechados e


dependem do fluxo de pessoal, de recursos e de
informação do seu ambiente externo;
A inclusão da noção de ambiente para definir-se
uma organização representou um significativo
avanço na construção das teorias
organizacionais;
Exemplos de referencial:
Teoria da contingência e
Teoria da ecologia das organizações.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA

Não há nada de absoluto nas


organizações ou na teoria administrativa,
e que tudo é relativo e dependente das
condições do ambiente.
Variáveis ambientais:
são independentes e as técnicas
administrativas são dependentes
dentro de uma relação funcional.
Não há uma relação de causa e
efeito entre elas, mas sim uma
relação funcional do tipo "se
então".
TEORIA DA CONTINGÊNCIA

Reconhecimento, diagnóstico e adaptação:


são importantes, mas não são suficientes.
é necessário identificar constantemente as
relações funcionais entre as condições
ambientais e as práticas administrativas.
Organizações bem-sucedidas:
são aquelas que se adaptam adequadamente
às demandas ambientais.
Ambiente molda as organizações:
as características das organizações
dependem das características do ambiente
em que estão inseridas.
TEORIA DA ECOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Busca identificar a razão para a diversidade de


organizações existentes, tendo como foco a
questão da seleção natural.
Seleção natural:
conceito aplicado à ecologia
organizacional, que significa que o
ambiente seleciona as organizações,
causando a morte de outras, a seleção
leva à evolução, que é a seleção
sistemática.
TEORIA DA ECOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
Unidades de análise:
na abordagem ecológica dos estudos
organizacionais são utilizadas três
unidades de análise:
o individuo, a população e a
comunidade.
na ecologia organizacional, são cinco as
unidades analisadas:
membros de uma organização,
subunidades, organizações individuais,
populações de organizações e
comunidades (populações) de
organizações.
TEORIA DA ECOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Estrutura genética:
conceito importante para a teoria da
ecologia organizacional que é
representada por:
a estrutura organizacional;
padrões de ação e comportamento
organizacional; e
estrutura normativa que é a forma que
as organizações são definidas e
tratadas como corretas por seus
membros e pela sociedade.
ORGANIZAÇÕES - PERSPECTIVAS
Perspectivas teóricas no campo organizacional:
a) Cognitivista:
enfatiza a importância dos processos mentais, cognitivos
e perceptivos no comportamento organizacional.
b) Culturalista:
destaca a importância da cultura organizacional, ou seja,
dos valores, crenças e normas compartilhados pelos
membros da organização.
c) Institucionalista:
enfatiza a importância das instituições sociais na
formação e no funcionamento das organizações.
VISÃO COGNITIVISTA
Racionalidade Limitada:
a tomada de decisão
raramente é
completamente racional
ou baseada em
informações perfeitas
as decisões são muitas
vezes "satisfatórias" e
representam a "melhor
solução encontrada
naquelas circunstâncias"
VISÃO COGNITIVISTA
Agência do indivíduo:
o indivíduo é um agente ativo que
constrói sua própria realidade, com
base em pressupostos, ideias,
modelos mentais ou estruturas
cognitivas
essas representações internas
influenciam a interpretação da
realidade, tornando-a única para
cada indivíduo
VISÃO COGNITIVISTA
Papel da linguagem e das
relações sociais:
o processo de construção da
realidade é mediado pela
linguagem e ocorre dentro
das relações sociais
as pessoas constroem
significado para o mundo em
que vivem, explicando e
dando sentido a eventos e
situações
VISÃO COGNITIVISTA
Processos de ação e de tomada
de decisão
A realidade não é pronta e
acabada, mas construída por
sujeitos e de seus pressupostos
Todo processo é mediado pela
linguagem e se dá dentro das
relações sociais
A coexistência entre sujeitos é
assegurada pela existência de
representações compartilhadas
VISÃO CULTURALISTA

Cultura como sistema semântico:


a cultura é entendida como "teias de
significados tecidas pelos homens"
fornecem um contexto para entender
socialmente eventos,
comportamentos e instituições
os significados culturais são
historicamente criados e expressos
através de formas simbólicas
VISÃO CULTURALISTA
Representações sociais nas
organizações:
as organizações são vistas como
produtoras de sistemas de
significados comuns
as representações sociais, que são
imagens construídas da realidade,
desempenham um papel fundamental
na maneira como os membros de
uma organização percebem e
interagem com ela
VISÃO CULTURALISTA

Cultura como construção da realidade:


a cultura é um processo contínuo e
proativo de construção da realidade
os líderes formais não são os únicos
criadores de uma cultura
organizacional
ela se desenvolve através da
interação social
VISÃO CULTURALISTA

Organizações como minissociedades:


têm seus próprios padrões distintos
de cultura e subcultura
estes padrões podem ter uma
influência significativa na capacidade
de uma organização de lidar com
desafios
VISÃO CULTURALISTA

Consequências da visão culturalista:


ela destaca o significado simbólico
da vida organizacional
oferece um novo foco para a criação
da ação organizacional
reestrutura conceitos como
liderança, e
fornece novas perspectivas sobre as
relações entre a organização e o
ambiente.
VISÃO INSTITUCIONALISTA

Visão Institucionalista da Sociedade:


a sociedade é vista como uma rede
de instituições, organizações,
estabelecimentos, agentes e
práticas.
Quatro instituições essenciais
a língua,
as relações de parentesco,
a religião e
a divisão técnica e social do trabalho.
VISÃO INSTITUCIONALISTA

Características das Instituições:


instituições são estruturas multifacetadas,
duráveis e resistentes a mudanças
são formadas por elementos simbólicos
(regulatórios, normativos e culturais-
cognitivos), atividades sociais e recursos
materiais e humanos
guiam os comportamentos e são fontes de
resistência a mudanças
VISÃO INSTITUCIONALISTA

Pilares das Instituições:


três pilares das instituições
têm funções distintas, mas estão
interligados na prática
o pilar regulatório estabelece regras e
normas;
o pilar normativo define objetivos e
meios para alcançá-los; e
o pilar cultural-cognitivo enfatiza a
construção socialmente mediada de
significados comuns
VISÃO INSTITUCIONALISTA

Visão Institucionalista Francesa das


Organizações:
busca entender os mecanismos de
ação dos agentes em situações
organizacionais
enfatizam a independência relativa
dos atores em relação às estruturas e
a importância das dimensões
subjetivas no ambiente
organizacional
VISÃO INSTITUCIONALISTA

Campo Neoinstitucionalista Anglo-


Saxônico:
destaca a importância das interações
informais na troca e
compartilhamento de valores e
crenças na organização, que por sua
vez moldam a identidade da
organização
VISÃO COGNITIVISTA DE MONSTROS S.A.

Como a interação com Boo, a menina humana,


influencia a mudança de percepção de Sulley e
Mike? Como essa mudança de percepção afeta a
dinâmica geral da Monstros S.A.?
De que maneira a transição para o riso influenciou
as estratégias de treinamento e desenvolvimento
dos funcionários para adaptá-los às novas
técnicas de coleta de energia?
VISÃO CULTURALISTA DE MONSTROS S.A.

Como a mudança para a coleta de risos afetou a


cultura organizacional da Monstros S.A.,
especialmente em termos de valores e crenças
sobre o que constitui uma 'fonte de energia'
adequada?
De que forma a introdução do riso como energia
principal modificou as tradições e rituais dentro
da Monstros S.A.?
VISÃO INSTITUCIONALISTA DE MONSTROS S.A.
De que maneira a Monstros S.A. utilizou elementos
simbólicos (como rituais, cerimônias e histórias) para
facilitar a transição para uma nova fonte de energia,
alinhando-a com os elementos regulatórios, normativos e
culturais-cognitivos existentes?

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