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Como instituição entende-se o sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas.
A cooperação entre as pessoas é essencial para a existência de uma instituição.
As instituições são sistemas extremamente complexas e compostas por atividades humanas em diversos
níveis de análise: as personalidades, os pequenos grupos, as relações intergrupos, as normas, valores e
atitudes.
O termo instituição envolve uma grande variedade de elementos que vão desde as normas, as leis, os
comportamentos até as organizações, as firmas e o próprio mercado. A instituição não é um conceito
descritivo, pois não designa coisas passíveis de serem vistas, que são sólidas ou concretas. Trata-se de um
conceito produzido por e para empreender análises coletivas.
Podemos considerar alguns elementos básicos que são capazes de definir uma instituição
Assim, toda instituição deve ter:
Uma estrutura de responsabilidades e deveres, onde as tarefas são distribuídas entre os seus participantes.
Relações de papéis e de poder, que regulam os seus diversos subsistemas constituintes, que estão articulados
entre si, tendo em vista os seus objetivos.
Um conjunto complexo de crenças, valores, pressupostos, símbolos, artefatos, conhecimentos e normas,
padronizados e reproduzidos por meio da socialização.
Situações conflituosas que podem ocorrer entre o que se valoriza, o que se acredita, o que se supõe poder ser
realizado e o que se considera como a maneira correta de agir.
Uma tendência se modifica lentamente, exigindo um aprendizado contínuo por parte de seus componentes.
A socialização organizacional é o processo pelo qual as pessoas aprendem o sistema de crenças e valores, e
as habilidades necessárias para desempenharem novos papéis ou assumirem novos cargos, bem como para
facilitar a sua comunicação com os outros membros do seu grupo de trabalho.
Ao mudarmos de uma empresa para outra, observamos comportamentos culturais diferentes e isso pode nos
causar preocupações, até que nos habituamos com essa nova cultura.
A cultura organizacional é o conjunto de crenças, valores, costumes, rituais, slogans, mitos, tabus, tradições,
sentimentos e comportamentos compartilhados pelo membro de determinada organização, enfim, o conjunto
de atributos físicos e psicossociais de uma organização que caracteriza o seu modo de ser e sua identidade
(LUZ, 2003).
A cultura produz uma visão de mundo que torna a vida cotidiana uma realidade ordenada aos olhos dos
indivíduos e se transmite a cultura por meio dos processos de socialização:
Socialização primária: proporcionada pelo núcleo familiar, além da aprendizagem cognitiva, envolve
circunstâncias emocionais.
Socialização secundária: proporcionada pelas demais instituições sociais (escola, comunidade, clubes,
igrejas), os conhecimentos adquiridos envolvem procedimentos mais racionais e técnicos do que na
socialização primária.
Os níveis de manifestação da cultura organizacional podem ser visualizados no cotidiano através dos
seguintes níveis:
Nível dos artefatos: arquitetura, layout, uniformes e documentos públicos. O psicopedagogo na instituição
escolar poderá também auxiliar na elaboração do projeto pedagógico, orientar os professores sobre a forma
de ajudar o aluno com dificuldades de aprendizagem, realizar um diagnóstico institucional para averiguar
possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo de ensino-aprendizagem,
encaminhar alunos para avaliação de profissionais clínicos (psicopedagogo clínico, psicólogo, fonoaudiólogo,
etc.); orientar os pais de alunos com dificuldades de aprendizagem, dentre outras atividades.
Layout de uma escola de Educação Infantil
Nível dos valores: elementos que governam o comportamento das pessoas como código de ética, carta de
princípios, filosofia da empresa. Declaração da missão, visão e dos valores da empresa. Através de seus
slogans e mensagens em murais coletivos;
O clima organizacional é definido uma propriedade do ambiente organizacional, percebida pelos membros
da organização e que influencia o seu comportamento, e indica o grau de satisfação dos membros de uma
instituição sobre aspectos da cultura, como as políticas de gestão de pessoas, o modelo de gestão, a missão da
empresa e os processos de comunicação.
Existem dois tipos de clima organizacional:
Clima bom: predominam as atitudes positivas, confiança, entusiasmo, alegria, engajamento, participação,
motivação e comprometimento;
Clima prejudicado ou ruim: marcado por tensão, discórdia, rivalidades, animosidades, conflitos, desinteresses
pelo cumprimento da tarefa, resistência manifesta ou passiva às ordens e dificuldade nas comunicações.
As relações entre clima e cultura organizacional se dão, segundo Luz (2003), como se o clima organizacional
fosse um reflexo da cultura da organização ou um reflexo dos efeitos da cultura na organização como um
todo.
Atividade extra
Assista o vídeo da Profa. Patrícia Tavares, sócia-diretora da Nex-us Consultoria, professora da EAESP/FGV
e do Insper, nas áreas de Poder e Política Organizacional, Decisão e Negociação, Planejamento Estratégico e
Gestão de Organizações Públicas, da série "Cultura e Mudança Organizacional", que discute sobre o tema
"Para que serve o conceito de cultura organizacional?" em https://www.youtube.com/watch?
v=o8qU62Rhs4I
Referência: SÃO PAULO. Escola de Governo do Estado de São Paulo – Egesp. Para que serve o conceito de
cultura organizacional? 06/03/2014. Disponível em https://www.youtube.com/watch?
v=o8qU62Rhs4I Acesso em 19 mar 2021.
Referências Bibliográficas