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INTRODUÇÃO
Como se pode perceber as emoções fazem-se acompanhar de um conjunto de reações fisiológicas que estão
associadas à necessidade de preservação, de defesa e de adaptação do organismo. Assim podemos destacar de
entre as várias reações:
Componente cognitiva
1. Ocorre quando tomamos conhecimento da situação, se não houver conhecimento dela não
experienciamos qualquer emoção
2. São conjuntos de ideias e diálogos internos que acompanham a emoção e surgem automaticamente
com a situação
Componente Avaliativa
1. Quando fazemos uma avaliação, agradável ou desagradável, da situação
2. São reações gerais que impactam a nossa visão em relação ao mundo
Componente Fisiológica
1. Quando manifestamos uma reação corporal face à emoção
Componente Expressiva
1. Quando manifestamos uma expressão facial
Componente Comportamental
1. Quando se desencadeia um conjunto de comportamentos que um individuo poderá ter em relação a
outro
2. São conjuntos de comportamentos, muitas vezes automáticos e impulsivos, que as pessoas tendem a
apresentar quando experimentam uma certa emoção
Componente Subjetiva
1. Relaciona-se com o que o individuo sente a nível emocional, é o estado afetivo que está associado à
emoção
Nenhum destes componentes é a emoção. A emoção é a junção de todos estes componentes que se influenciam
de forma recíproca.
No que diz respeito ao controlo das emoções e o desenvolvimento da inteligência emocional, tendo em
consideração esses componentes, implica o desenvolvimento de aptidões específicas como por exemplo:
O nosso conhecimento sobre as várias componentes refletiu-se na existência de várias teorias das emoções.
PERSPETIVA EVOLUTIVA
1. Darwin procurou traços comuns na expressão das emoções, identificando as seis emoções primárias
que foram anteriormente exploradas. Considerou que as emoções têm um papel adaptativo
fundamental na espécie humana, visto que é determinante para a sua capacidade de sobrevivência.
2. Paul Ekman, por sua vez, acreditava que culturas diferentes teriam emoções diferentes, durante a
sua investigação confirmou a tese de Darwin de que há emoções que são universais,
independentemente da cultura em que se manifesta. Continua a defender que a cultura influencia as
emoções, na medida em que há condutas sociais que controlam a sua expressão, mas afirma que
existe um património comum ao nível das emoções e da sua expressão.
PERSPETIVA COGNITIVISTA
1. Afirma que os processos cognitivos, como as perceções, as recordações e aprendizagens são
fundamentais para se perceberem as emoções.
2. A forma como interpretamos e avaliamos uma dada situação é que desencadeia uma determinada
emoção.
3. Exemplo: Se um amigo não responde quando deixo uma mensagem, a minha emoção não será a
mesma de eu pensar que ele não me responde deliberadamente (tristeza) ou se penso que ele está
com algum problema pessoal (inquietação/preocupação)
PERSPETIVA CULTURALISTA
1. Afirma que as emoções são processos aprendidos no processo de socialização, em que as diferentes
sociedades e culturas definem o tipo de emoções que se podem manifestar e de que forma são
manifestadas.
2. Esta perspetiva nega a existência de emoções universais, defendendo que à diversidade cultural
corresponde uma diversidade de emoções e das respetivas expressões emocionais.
EM SUMA
Apesar de serem utilizados como sinónimos, os termos sentimento e emoção têm significados distintos o
sentimento surge quando relembramos as nossas emoções, a emoção é uma reação automática, onde se inclui as
reações fisiológicas.
As emoções, para além de se refletirem num conjunto de reações fisiológicas que permitem a sobrevivência e
adaptação do Homem, têm origem num conjunto alargado de componentes que se influenciam mutuamente e
que permitem o desenvolvimento emocional e intelectual e possibilitam a compreensão de nós próprios e da
sociedade. Para além disso evidenciam-se a existência de várias teorias que procuram compreender melhor a
causa das emoções. Dentre as várias perspetivas destaca-se a evolutiva, que estabelece a existência de emoções
primárias universais a alegria, a tristeza, o medo, a surpresa e a aversão e de emoções secundárias que
resultam da interação do individuo com o meio.
Podemos assim afirmar que sem emoção seriamos incapazes de fazer as escolhas mais simples e de evoluir
enquanto pessoas e enquanto espécie, o próprio pensamento, a nossa razão, precisa das emoções para ser eficaz
e tomar as melhores decisões.