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Darwin: as emoções primarias tinham um valore adaptativo e auxiliavam na sobrevivência do

animal e também do ser humano.

Paul Ekman

Emoções primarias: medo (mais básica), raiva, nojo, tristeza, supressa (menos básica) e alegria.

Medo: a emoção por excelência, reúne em si a intensidade e …… é gerador de sentimentos,


como por exemplo a ansiedade (processo psicológico)

Um único pensamento pode provocar uma emoção, pois este é imatriavel e provoca o
funcionamento do cérebro.

Marcadores somáticos: são um mecanismo automáticos que suporta as nossas decisões a


partir de experiências emocionais anteriores (que resultaram da relação entre as situações
vividas e os estados somáticos). Aumentam a precisão e eficácia do processo de decisão
perante determinada situação.

A emoção é o fenómeno mais básico, central e especifico da afetividade

Afetividade: é a tonalidade ou “cor emotiva” que o ser humano atribui à sua existência e em
particular à sua relação com o mundo. Pode ser vista a nível interno e externo:

Nível interno: fenómeno que ajuda o sujeito a percecionar a tonalidade agradável ou


desagradável dos diversos fenómenos psíquicos, objetos físicos e factos sociais.

Nível externo: manifesta-se por modificações na intensidade do comportamento, as


quais são observáveis, possíveis de registo sendo por isso quantificáveis.

A afetividade ajuda a avaliar os objetos: Gosto ou Não Gosto, que por si só já é cognição. Não
há ações humanas puramente afetivas ou cognitivas. Elas são sempre um misto. Eis o ERRO DE
DESCARTES separar a razão do afeto.

Os afetos ajudam a avaliar o objeto, o que nos ajuda a adaptação ao meio.

Os valores dependem a afetividade:

O que é bom

O que é mau

A afetividade ajuda-nos a ver o que somos e somos a partir do que sentimos.

Afeto: Fenómeno definido por Fiske e Taylor e refere-se a um fenómeno inespecífico que inclui
outros fenómenos, como os sentimentos, os estados de ânimo e as emoções.

Tipo de afetos

1 – Emoções: Fenómeno afetivo intenso, breve, centrado num objeto, que interrompe o fluxo
normal do comportamento devido à intensidade, e da cognição. Se não existir um objeto não é
uma emoção. Implica determinadas manifestações expressivas: comportamentos, reações
fisiológicas, estados subjetivos (perceções e cognições). A emoção observa-se, vê-se!
2 – Sentimentos: têm um objeto. São mais duradouros e menos intensos. São duradouros
porque são subjetivos, permitem a mentalização e a avaliação dos objetos e podem ser
produto das emoções básicas. Em termos experimentais o sentimento mais comum é a
“avaliação” (gosto/não, gosto), em termos clínicos é a “depressão” e a “ansiedade”. O medo
(emoção) se não for controlado pode gerar a depressão (sentimento)

3 – estados de animo: Fenómeno afetivo quotidiano, o mais comum durante a vigília, de


intensidade média e vivido como um fenómeno generalizado. Distingue-se dos demais tipos de
afeto pelo facto de nunca ter um objeto associado e identificado como fonte de ativação. É o
“sinto-me bem” ou “sinto-me mal”. Não é muito intenso, é oscilante, mas determina o nosso
quotidiano. Não variamos muito ao longo do dia de estados de ânimo e são os afetos mais
experimentados em relação às emoções e aos sentimentos.

4 – Paixão: Segundo Alice Isen (1984) trata-se de objetivos persistentes que duram largos
períodos de tempo, a partir dos quais o sujeito inicia ações de forma espontânea e automática
sem que existam estímulos ativadores. São fenómenos duradouros que condicionam a nossa
ação. Tais como a paixão pela música, pesca, etc. Este tipo de “paixão” também pode ser por
uma pessoa, mas é diferente da “paixão amorosa” mais próxima das emoções.

Objeto Intensidade/ativação Duração


Emoção Sim Muito alta Muito baixa
Sentimento Sim Média Longa
Estado de ânimo Não Média baixa Média
Paixão Sim Baixa Muito longa

Em que medida a afetividade influencia nas minhas perceções? A perceção esta associada aos
processos ligados à afetividade, logo se eu estiver alegre vejo tudo o que esta ao meu redor de
uma forma alegre, porém se estiver triste vejo tudo triste, se estiver ansioso tendo a ver os
objetos como ameaçadores. Existe um enviesamento na perceção, atenção e interpretação.
Devemos ter em conta que o estado de ânimo nunca é neutro.

As emoções estão sempre ligas a expressões faciais, se estas na existirem não são emoções. A
reflexão e o autocontrolo são-nos induzidos pela cultura.

É graças à interação que se dá a ativação fisiológica, a cognição e o comportamento.

É importante reconhecer que as emoções servem propósitos biológicos que têm por objetivo
manter-nos vivos bem como a nossa espécie e de nos afastar das fontes de perigo e manter-
nos próximos dos outros.

O que somos e no que nos tornaremos depende, em parte, de quem amamos e, (quase
sempre) de quem nos ama. Ninguém se pode conhecer enquanto não for conhecido pelo
outro.

TEORIAS SOBRE AS EMOÇÕES


Senso comum: primeiro deparamo-nos com um estímulo capaz de produzir uma emoção que
leva, por exemplo, ao medo, o que conduz a uma ativação (reação) automática do nosso corpo
(SNA)

Darwin: foi o primeiro a falar das emoções primárias e acreditava que tinham um valor
adaptativo, isto é, auxiliavam na sobrevivência do animal. Também do animal humano…

William James: a raiz do fenómeno emocional gera-se no SNA e somente a posteriori o SNC
assume conscientemente o processo como uma emoção. “Vê-se um leão, foge-se e tem-se
medo porque se foge”.

James-Langue: deparamo-nos com um estímulo capaz de produzir uma emoção, o que leva à
ativação automática do nosso corpo (SNA) e só depois teremos a consciência do facto (SNC).

Estimulo - reação - emoção

O que significaria que as diversas emoções seriam o resultado de diferentes manifestações


periférica

Esta teoria é comprovadamente falsa, porque o corpo não tem uma reação independente da
reação do cérebro, no entanto foram autores inovadores.

Inovaram no sentido de afirmar que as emoções têm um padrão fisiológico específico:

Taxa cardíaca;

Atividade elétrica da pele;

Sudação palmar;

Walter Cannon (1972): neurofisiologista, inverte o esquema e diz que a emoção é fruto do
SNC. Segundo este autor, a atividade fisiológica demoraria mais tempo do que a cognitiva:
enquanto alguém sente raiva numa questão de 2 milésimos de segundo, o nosso SNA demora
1 segundo ou 2 a ativar as principais glândulas e a enviar as hormonas ativadoras através do
sangue.

Estímulo – emoção – reação

Walter Cannon e Philip Bard estudaram, em laboratório, as emoções secundárias. Portanto


isto só é válido para as emoções secundárias. (Cannon estudou somente a raiva e generalizou
para as demais emoções)

Cannon-Barde Vs. James-Langue de acordo com a teoria de James-Langue percebemos o


estimulo ativador e reagimos com manifestações físicas (neurovegetativas). Como
consequência de tais manifestações físicas desagradáveis manifesta-se o medo. Na teoria de
Cannon-Bard o estimula primeiro conduz ao medo, o qual, então, causa a reação física.

TEORIA DOS 2 FACTORES Schachter e Singer

Reação emocional

Estimulo emocional sentimento de emoção

Rótulo cognitivo
Ekman e Friesen

- Ligeiras variações da expressão facial e do sentimento emotivo:

A) Masking: quando queremos esconder uma emoção ou expressar algo que não
pretendemos. É uma atuação social, um papel social.

B) Modulação: variação ao nível da intensidade emotiva. Quando queremos minimizar ou


maximizar a expressão emocional.

C) Simulação: quando queremos expressar uma emoção que não é autêntica/sentida.

G. MANDLER - Processamento cognitivo das emoções

As emoções dependem mais/surgem da perceção ou avaliação da situação. Quando a situação


e a ativação são congruentes existirá uma emoção. Para Mandler, as emoções aparecem
quando algo vai interromper os nossos planos de ação. A emoção é o inesperado, é breve e
intenso. A interrupção dos planos de ação, que são o elemento central para se percecionar
uma situação emocional, é necessária para que surja a ativação desencadeando as mudanças
significativas ao nível do SNA associadas à expressão emocional. Esta interrupção é uma
situação que não foi prevista, levando a que o organismo se prepare para uma nova situação a
nível fisiológico e cognitivo.

2 Tipos de interrupção:

Acontecimentos inesperados.

Acontecimentos esperados que não se concretizaram

É por isso que nos lembramos mais depressa de algo que se quis e não se concretizou do que
daquilo que concretizamos… fica sempre aliado a uma emoção, e quanto mais carga afetiva
tem, mais facilmente vem à memória (efeito Zeigarnik).

BERSCHEID

Aplica as teorias de Mandler na clínica e defendeu que o motivo do divórcio/separação mais


frequente reside na incapacidade de os casais elaborarem até ao fim planos de ação: planos de
prazer e os planos de obrigações pessoais.

O stress desadaptativo surge quando interrompemos demasiado frequentemente os nossos


planos de ação

Evocação seletiva: quando estamos tristes, tendemos a recordar momentos tristes


Com base na evocação seletiva e nos processos preceptivos afetados pela afetividade,
podemos dizer que as nossas perceções da realidade são SEMPRE subjetivas!

BAUER (1986) MODELO DA REDE SEMÂNTICA DA MEMÓRIA AFECTIVA

Para Bauer a memória organiza-se por nódulos associativos. Cada um destes nódulos contém
informação de cariz emocional, tais como esquemas emotivos, conceitos e situações.1 Quando
um nódulo é ativado, os demais tendem a permanecer inibidos, mantendo-se o E.A. por algum
tempo

Quando um estimulo é avaliado passa a ser tratado por um nódulo (ou rede de nódulos afins)
e de algum modo corta-se dos demais.

A cognição humana é sempre afetiva

Instintos (pulsões automáticas que nos levam a agir de determinada maneira através de
estímulos emocionalmente competentes, são não conscientes) – emoções (programa
automático, de regras biológicas, ex. enamoramento, são a flexibilização dos instintos) –
sentimentos (flexibilização das emoções)

Enamoramento: uma das emoções mais básicas

É possível interromper o programa biológico, mas para isso é necessário que a emoção ainda
não tenha sido ativa, caso já esteja ativada não é possível interromper o processo.

A emoção é uma ativação

Cognição e emoção – Não as podemos diferenciar, porque a emoção é apenas um dos quarto
afetos. A cognição é o modo como eu trabalho com esses afetos. A cognição esta ao serviço da
emoção.

Para Damásio

Emoções: programas complexos, em grande medida automatizados de ações modeladas pela


evolução. O mundo das emoções é sobretudo um mundo de ações levadas acabo pelo nosso
corpo.

Sentimento de emoção: são perceções compostas daquilo que acontece no corpo e na mente
quando sentimos emoções.

Composto por:

1 estado corporal especifico, durante uma emoção real ou simulada.

2 um estado de recursos cognitivos alterados e evocação de certas ideias.

Mapas cerebrais: representam no cérebro o que é exterior.

Como são desencadeadas as emoções: podem ser desencadeadas por imagens de objetos,
acontecimentos ou ideias que estão a ter no momento ou no passado que estão a ser
invocadas.
Estimulo emocionalmente competente: é um estimulo que ativa de imediato uma emoção
concreta perante uma determinada situação. Por exemplo, se um leão entrar na sala todos
ficaram com medo. Perante um estimulo, neste caso o leão na sala desencadeou-se uma
emoção, nomeadamente o medo.

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