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Eventos observáveis em pessoas com depressão são comuns, tais como perca
ou redução de atividade, choro, irritabilidade e crises de ansiedade, porém tais
eventos em nada ajudam ao analista do comportamento. Para o mesmo o que terá
importância será a descrição funcional, ou seja buscar a função do comportamento.
A depressão segundo Ferster 1973, trata-se de uma diminuição de
comportamentos que eram reforçados positivamente, aumentando-se os
comportamentos de fuga e esquiva de estímulos aversivos e comportamentos de
lamentações acrescidos dos choros e irritações. Essas interrupções de reforçadores
podem ser atribuídas a diferentes causas, essa interrupção quando em um sujeito
limitado que não se adapta a nova contingência e falta de reforçadores, ocasionam
diminuição ou extinção de atividades, o que gera um quadro depressivo.
METODO:
PARTICIPANTE
MATERIAIS E AMBIENTE
PROCEDIMENTO
RESULTADOS E DISCUSSAO
Sua avó demonstrava não gostar dos netos ali, R., passava então o dia na
casa de uma mulher conhecida voltando pra lá apenas a noite. Ela e seus
irmãos também passaram períodos morando em albergues e praças, além
da casa de uma tia também.
Descrevia seu pai como um homem ruim, que batia neles e na mãe,
alcoólico que molhava os colchoes para que os mesmos não dormissem a
noite. Quebrava moveis, jogava comida fora. A chamava de peste,
despertando medo dele. Suas irmãs foram agredidas sexualmente pelo
mesmo que foi denunciado.
Aos 14 anos, conheceu E. e foi morar na casa de sua sogra um ano depois
após se casar com ele. Seu pai mesmo sendo contrário ao relacionamento
foi ao casamento, sua mãe porem não foi pois não gostava da sogra de R.
Aos 16 teve o primeiro filho, e aos 21 sua filha. R., não possuía um bom
relacionamento com a sogra, o que piorou com o nascimento da filha a qual
a mesma não gostava. Aos 3 meses do nascimento de sua filha mudou se
para Goiânia vindo de são Paulo.
Aos 45, sua filha ficou gravida o que foi extremamente aversivo para a
mesma, devido ao aborto legalizado realizado devido a deficiência
apresentada no bebê, posteriormente teve M. prematuro e diagnosticado
com TEA aos 4 anos, na terceira gestação apenas sua filha teve um filho
saudável.
Aos 51 anos, sua filha com 30 foi acometida por câncer de mama que
afetou a coluna, levando-a a falecer após 2 anos e 6 meses, nesse meio
tempo foi submetida a cirurgias, quimioterapia e internações. R., então
dependia seu tempo para cuidar de casa, família, filha, netos, marido e pai.
Nos últimos 10 dias de vida de sua filha no hospital R. ainda não aceitava
sua doença. Porem um dia antes, relata que entregou tudo a Deus. Na
morte de sua filha, apenas ela estava presente. Seus netos ficaram sob sua
responsabilidade com a ajuda do pai dos mesmos e da sogra. Seu filho e
marido não falavam sobre o ocorrido.
Devido à sobrecarga que ela possuía, pensou em envenenar seu pai e seu
neto mais velho M. objetivando matá-los, porem ficava com receio de falhar
e acabou por abandonar a ideia.
A paciente alegou também, que sua relação com o marido melhorou, após
a saída de seu pai da sua casa, abrindo assim novos esquemas
contingenciais.
Apresentou também mudanças no repertorio comportamental, derivados da
psicoeducação sobre as fases do luto, conforme visto na tabela a seguir:
Por meio da metáfora do funeral, R. afirmou que queria ler em sua lapide:
fui uma boa pessoa, uma lutadora. Ela viveu a vida de um jeito feliz!
Ela sempre sorriu, trabalhou e cuidou dos netos. Mostrando assim
mudança no repertorio verbal apresentado no início do processo.
O emprego de imagens possibilitou que R., falasse das mesmas sem choro
ou tristeza, permitindo-a discriminar os comportamentos desejáveis e não
desejáveis em determinados contextos.
CONSIDERAÇOES FINAIS