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FACEP
INTRODUÇÃO
Nota-se uma crescente procura pelos serviços de saúde mental, devido a uma crescente
necessidade de apoio que a população do país apresenta em resposta as adversidades da vida
social e a nível da saúde.
O quadro de saúde do país esta marcado por altos níveis de doenças infecto-contagiosas: O
HIV/SIDA, a Tuberculose e a malária foram responsáveis pela redução da esperança de vida
(36.8 anos ao nascer em 2000. A taxa de mortalidade materna é uma das mais altas do mundo
(600 a 1100 x 100.000 nascimentos) e elevadas taxas por abortos ilegais, violência contra mulher
e crianças (MANUAL DE SAÚDE MENTAL, 2005).
OBJECTIVOS
Objectivos Gerais
Objectivos específicos
Metodologia
I. ANAMNESE
A. Dados gerais
Filiação. A.V. 17 anos de idade, F, residente na cidade da matola, modelo, solteira, 10 classe de
escolaridade, religiosa da igreja anglicana, Moçambicana.
Habitat. Paciente vive em casa da sua mãe, com seus 2 iramos, (um rapaz e uma menina) e 2
sobrinhos, onde estão construídas 3 casas, uma casa grande composta por 3 quartos, outra com 2
quartos e casa de banho, feitas a blocos e coberto de placa, outra de um quarto feita de chapas
com água e luz.
Motivo da consulta. Tomei detergente de limpeza que estava numa garrafinha de água mineral e
os comprimidos de HIV da ninha mãe, “SIC”.
Segundo a mãe, referiu início súbito dos problemas a dois dias atrás apos uma discussão com o
seu namorado onde lhe encontraram dentro estatelada no chão.
Dados de estudo. Paciente foi feita uma lavagem gástrica durante o seu internamento no dia 27
de setembro de 2016.
B. Enfermidade actual
Paciente refere início a 2 dias em relação ao comportamento apos uma discussão com o
namorado por causa de ciúmes devido a uma traição e com momentos de tensão na relação o que
fez com que pensasse em cometer o acto.
Refere ouvir vozes que chamam pelo seu nome e que prefere usar auriculares para que as vozes
não lhe incomodem; com início das vozes a 2 anos atrás.
C. História pessoal. Infância – paciente refere que era uma menina muito calma, bom
relacionamento com todos; menos socializada porque não queria sair de casa, para sair tinha que
ser por insistência de alguém; sem intenções malarias assim como outras doenças.
Vida sexual. Com 15 anos de idade; início das relações sexuais com seu namorado ate agora;
relações ocasionais sem uso de preservativo e usando pilulas.
Atitudes. Estou arrependida pelo meu comportamento e penso que não vou voltar a cometer o
mesmo; procuro me acalmar, pedir perdão a minha mãe por que ela me quer bem, sempre
discutimos, mas nunca pensei em me matar.
D. Historia Familiar
Segundo a mãe, A, é a quinta numa fratria de 5 irmãos, 3 do mesmo pai e 2 de pais diferentes,
filha de pais separados quando ela tinha 9 meses; calma e bom relacionamento com todos; é uma
menina com muitos desejos, sonhos e que pretende fazer de tudo de melhor, comprar um carro e
outras coisas para sua mãe.
Segundo o paciente, refere bom relacionamento com a mãe, sua irmã mais velha de pais
diferentes, seus amigos, amigas e colegas e mau relacionamento com sua irmã mais velha do
mesmo pai; refere história de doenças mentais do lado paterno, mas não especificou.
Paciente trabalha como modelo a caminho de ser uma estilista que refere ser seu sonho; bom
relacionamento com os restantes colegas e mau relacionamento com seu chefe, porque num belo
dia, o seu chefe junto com os amigos, na praia de bilene, apos terem feito a viagem com sua irmã
e seu cunhado, lhe pediu para manter relações sexuais juntos, com seus amigos alegando que ia
lhe aumentar salário e que o que esta a receber é pouco.
Paciente nutrida, hábitos de higiene pessoais mantidos, calma, tom de voz e ritmo de fala
audível, sem alteração da motricidade, conduta social.
B. Exploração dos processos cognitivos. (atenção e concentração; perceção; orientação;
memoria; pensamento e linguagem; inteligência), alteração da perceção com alucinações
auditivas, sem alteração nas outras esferas cognitivas.
Critérios
B. O acto não preenche os critérios para auto lesão não suicida – isto é, não envolve auto lesão
direcionada a superfície do corpo realizada para produzir alívio de um estado cognitivo /
sentimento negativo ou para alcançar um estado de humor positivo.
III. INTERVENÇÃO
Que tem como objectivo auxiliar o paciente reconhecer e modificar padrões de pensamento e
comportamentos disfuncionais para outros que sejam mais racionais, realistas e eficientes na
direção de metas por ele desejados (RAMGE ET AL 1996 A 2005, P.32).
A terapia ensina o paciente a colocar em foco a cada sessão, seus pensamentos e crenças
disfuncionais, identificando, avaliando e respondendo a cada situação disfuncional (ABREU &
GULHARDI 2004, P.283).
Técnicas
Contratos de contingência – explicando o comportamento que devem ser executados,
modificados ou eliminados.
Fundamentação teórica
Suicídio e tentativas de suicídio, acto de acabar com a própria vida, dar morte a si mesmo (costa
e melo, 2001).
Paciente veio acompanhada da sua irmã com queixas de uma com pus nos lábios de órgãos
genitais e dores no baixo-ventre.
Segundo irmã, refere momentos de irritabilidade, ideias suicidas, quando os irmãos começam a
mandar piadas no sentido de brincar com ela, momentos de brigas com o namorado e sem
problemas de relacionamento com a família.
Paciente veio sozinha a consulta, refere melhorias, audição de vozes ocasionais chamando pelo
seu nome e que uma semana atrás quando ia ao mercado, ouviu a voz masculina lhe chamando;
Durante a espera para a consulta, ouviu a voz feminina chamando pelo seu nome.
Actualmente com bom relacionamento familiar, colegas, amigos. Calma, colaborante, alteração
da perceção com alucinações auditivas e sem alteração noutras esferas.
IV.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ministério da Saúde (MISAU), Direcção Nacional de Saúde , Manual de Saúde Mental, 2005.