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INSTITUTO MEDIO POLITECNICO PROFISSIONALIZANTE

FARMÁCIA

Período: Laboral/Tarde

Farmacoterapia

TEMA

Alergia

DISCENTES: Anatércia Bartolomeu Langa

Júlia Marta Muianga

Leonilde Esperança

DOCENTE: Dr. Fernando Notiço

Maputo, Março de 2022


Índice
1. Introdução.............................................................................................................................2

1.1. Objectivos...........................................................................................................................3

2. Metodologia..........................................................................................................................3

3. Fundamentação teórica.......................................................................................................4

3.1. Alergia................................................................................................................................4

3.2. Tipos de doenças alérgicas................................................................................................4

3.2.1. Alergias respiratórias..............................................................................................................4

3.2.2. Alergias dermatológicas.................................................................................................6

3.3. Fatores de risco para o desenvolvimento das alergias...................................................8

3.4. Sintomas das principais doenças alérgicas.....................................................................9

3.5. Diagnóstico da alergia..........................................................................................................10

3.6. Exames................................................................................................................................10

3.7. Tratamento de Alergia............................................................................................................11

4. Considerações finais...........................................................................................................12

5. Referências bibliográficas....................................................................................................13

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1. Introdução
As alergias respiratórias e cutâneas, como a asma, a renite alérgica e a dermatite atópica,
respectivamente, são doenças muito prevalentes no mundo todo, tanto em países
desenvolvidos como nos emergentes (Camelo-Nunes e Solé, 2003).

As doenças alérgicas afectam cada vez mais pessoas, e o fenómeno de alergia é


extremamente complexo, mas, ao longo dos anos, os investigadores aprenderam a conhece-lo
e a combate-lo melhor. É portanto pertinente que os estudantes da saúde conheçam o quadro
epidemiológico, clinico e a conduta das doenças alérgicas, e é nesta senda que elaborou-se o
presente trabalho de pesquisa, cujo objectivo é compreender a matéria inerente à alergias e
sua conduta terapêutica. O trabalho é realizado no âmbito da cadeira de Farmacoterapia, do
curso de Farmácia, ministrado no IMED, para fins avaliativos. Quanto á estrutura, o trabalho
encontra-se da seguinte forma: Introdução, objectivos, metodologia, desenvolvimento teórico,
considerações finais e referências bibliográficas.

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1.1. Objectivos
Para a realização de um trabalho de pesquisa, é imperioso a formulação de objetivos que irão
nortear cada passo a se seguir, e da mesma forma apontar o nível de desempenho, isto é, o
grau de cumprimento das tarefas (Lakatos e Marconi, 2003). O presente trabalho não foge da
regra, sendo que, a seguir encontram-se patentes os objetivos (geral e específicos).

Geral
 Compreender a matéria inerente à alergia e sua conduta terapêutica.
Específicos
 Buscar conceitos básicos sobre alergia;
 Identificar os tipos de doenças alérgicas;
 Identificar e descrever o tratamento das doenças alérgicas.

2. Metodologia
Atentando para a natureza e a finalidade desse trabalho, recorreu-se a uma pesquisa básica,
pós, esta busca o aprofundamento de um conhecimento científico que já foi estudado
(Lakatos e Marconi, 2003). Esta pesquisa é também de caracter qualitativo e descritivo,
porque investiga aspectos não quantificáveis, sendo que, busca atingir o objetivo principal,
que é compreender a matéria ligada as doenças alérgicas.
O estudo é de caracter exploratório e para a sua efetivação, recorreu-se a revisão
bibliográfica, porque permite ao pesquisador obter o conhecimento duma realidade já
pesquisada, abrindo perpectivas para a realização de uma pesquisa futura mais precisa
(Lakatos e Marconi, 2003).

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3. Fundamentação teórica
Toda pesquisa deve apoiar-se em alguns estudos já feitos, por isso, a seguir ira se apresentar
alguns conceitos inerentes a alergia. A apresentação das definições visa essencialmente,
clarificar as concepções teóricas fundamentais, que permitam a compreensão das ideias-
chave que corporizam esta pesquisa.

3.1. Alergia
Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico após a exposição a uma série de
agentes, em indivíduos predispostos geneticamente. É também chamada de reação de
hipersensibilidade (Pinto, 2002).

Para Pinto (2002) os agentes que costumam causar alergias são:

 Ácaros
 Fungos

 Insetos,Pelos de animais

 Pólen

 Alimentos

 Medicamentos

A herança genética é a base para se ter alergia. Entretanto, ela só será desencadeada com a
exposição a fatores ambientais.Pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, sendo
atualmente considerada um problema de saúde pública por acometer cerca de 10% a 20% da
população mundial, comprometendo de forma significativa a qualidade de vida de adultos e
crianças.A gravidade das alergias varia de pessoa para pessoa e pode causar desde uma
irritação menor a anafilaxia - uma emergência potencialmente fatal (OMS, 2014).

Embora a maioria das alergias não possa ser curada, os tratamentos podem ajudar a aliviar os
sintomas da alergia.

3.2. Tipos de doenças alérgicas

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Em conformidade com Camelo-Nunes e Solé (2003) existem algumas doenças alérgicas
como:

3.2.1. Alergias respiratórias

As alergias respiratórias são doenças inflamatórias crônicas que acometem as vias


respiratórias, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns.

Asma: a asma se manifesta clinicamente por crises de falta de ar ou cansaço, chiado no peito
e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhada de tosse. Cerca de 80% dos pacientes
que tem asma, apresentam também rinite. Os principais fatores desencadeantes das crises de
asma são: a exposição aos alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa, fungos (mofo),
pelos de animais, baratas, pólens e fatores irritantes como:

 Odores fortes
 Mudanças de temperatura

 Fumaças e poluição

 Infecções causadas por vírus e bactérias

 Alguns tipos de medicamentos

 Fatores emocionais

 Exercício físico

 Refluxo gastroesofágico

 Fatores relacionados ao trabalho

Rinite alérgica: A rinite alérgica manifesta-se por crises de espirros repetidos, coriza liquida


e abundante, coceira (em nariz, olhos, garganta e ouvidos), congestão nasal, alteração do
olfato e do paladar, olhos avermelhados e irritados. Nos casos de gotejamento de secreção
pós-nasal e sinusite associada, pode ocorrer tosse, em geral, seca e com piora noturna
acentuada. A repetição das crises de rinite pode desencadear complicações como infecções

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(sinusite, amigdalites, faringites e otites repetidas), levando à necessidade de uso repetido de
antibióticos.

O diagnóstico da rinite alérgica e asma se baseia em uma análise do histórico dos


antecedentes pessoais e familiares, dos sintomas, aliados aos achados do exame físico. Os
testes alérgicos realizados na pele ou no sangue definem o diagnóstico etiológico.

O tratamento se baseia em:

 Avaliação e controle de fatores que podem causar ou agravar a doença

 Controle dos ácaros da poeira no ambiente da casa, em especial no dormitório do


alérgico

 Uso de medicamentos, utilizados no alívio das crises, controle da doença e prevenção


de novas crises

 Imunoterapia (vacina para alergia), que é o único tratamento capaz de modificar a


história natural da doença

Alergia a ácaros: os ácaros são os principais responsáveis (dentre este grupo) pelo sintoma
de alergia respiratória.São seres não visíveis a olho nu e suas fezes representam o maior grau
de alergenicidade do ácaro. Alimentam-se de pele descamada, de fungos e de outras
substâncias ricas em proteína.Desenvolvem-se em locais com muito pó, com temperatura
entre 18 a 26 graus, pouca luminosidade e umidade maior que 50%. São encontrados em
colchões, travesseiros, tapetes, carpetes, brinquedos de pelúcia, etc.

Alergia a fungos: os fungos são encontrados em suspensão no ar e em ambientes fechados


como sótãos, porões, armários, malas, podendo aparecer também em banheiros, cozinhas, nos
rejuntes de azulejos, em umidificadores e em locais quentes e mal ventilados. São seres que
gostam muito de umidade e por isso abundantes em regiões próximas ao mar. Locais com
umidade elevada e poeira podem ser uma ótima oportunidade para instalação de fungos, por
isso podem estar presentes também em ar condicionado sem manutenção, colchões e
travesseiros.

Alergia a animais: a alergia a animais prevalece em cachorros e gatos, porém, ao contrário


do que pensam, os pelos não são considerados os mais alergênicos: as proteínas da saliva e
urina ligadas ao pelo são os alérgenos mais importantes, assim como o epitélio descamado,
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que são as caspas. Os antígenos podem ser carregados nas roupas para as escolas, escritórios,
automóveis, locais onde o animal nunca apareceu.

Alergia a pólen: os pólens são grãos microscópicos destinados à fecundação das plantas.
Determinadas espécies são levadas pelo ar numa época determinada chamada de período de
polinização. Os grãos de pólens das plantas produzem alergia respiratória por inalação.

3.2.2. Alergias dermatológicas


As alergias dermatológicas são doenças alérgicas de pele, que também atingem indivíduos
que tenham tendência hereditária (genética). As principais manifestações são: dermatite
atópica, dermatite de contato, urticária, angioedema e estrófulo (alergia a picadas de
mosquitos e pulgas).

Dermatite atópica: as manifestações estão relacionadas com uma predisposição genética


(hereditária) para maior produção de anticorpos IgE, determinado uma hiper-reactividade da
pele, em que os pacientes reagem exageradamente aos estímulos ambientais (alérgenos e
irritantes).

Manifesta-se como eczema, que são lesões inflamatórias crônicas e/ou recorrentes da pele,
acompanhadas de coceira intensa e pele seca.As localizações das lesões variam com a idade e
podem se manifestar de forma leve até casos graves, onde as lesões são intensas e
disseminadas.

Dermatite de contato: as reações a substâncias em contato com a pele podem ocorrer pela
ação direta sobre a pele (dermatite de contato irritativa, por exemplo, a detergentes e água
sanitária) e por mecanismos alérgicos, por exemplo, bijuterias e esmaltes.Caracteriza-se pelo
aparecimento da lesão na área da pele que entrou em contato com o alérgeno, e a base do
tratamento consiste na descoberta da causa e seu afastamento.

Urticária: a urticaria é multifatorial, podendo ser desencadeada por alimentos,


medicamentos, picadas de insetos himenópteros (abelha, vespa e formiga), infecções, doenças
auto- imunes, doenças hematológicas, distúrbios hormonais... E uma parcela pode ser
idiopática, onde a causa não é detectada ou não identificável. As lesões são em forma de
placas avermelhadas, com coceira intensa, de localização variável e duração fugaz. As
urticárias podem ser agudas ou crônicas (as que tem mais de 6 semanas de evolução).

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O tratamento consiste em identificar a causa que originou o problema, com base na história
clínica e em exames complementares. O tratamento com anti-histamínicos serve para alívio
dos sintomas e geralmente tende a ser de uso prolongado, e por mais que não se tenha a cura,
é possível obter melhor qualidade de vida. Denomina-se Angioedema quando atinge as
camadas mais profundas da pele, atingindo lábios, pálpebras, mãos, pés, genital e face.

Estrófulo: refere-se as alergias causadas por picadas de insetos, como pernilongo,


borrachudos, mosquitos e pulgas.

Alergia ao látex: a alergia a látex é definida como uma reação imunológica contra as
partículas do látex da borracha natural após sensibilização prévia. É preciso, portanto, haver
um contato anterior para que ocorra a reação.

Alergias alimentares: a maioria dos casos de reações adversas aos alimentos são de origem
não-alérgica, como é o caso das reações tóxicas (diarreia após ingestão de alimentos com
toxinas bacterianas) e as intolerâncias alimentares (por dificuldade de digestão do alimento,
como nos casos de intolerância à lactose).Em se tratando de alergia alimentar, é necessário o
envolvimento do sistema imunológico que responde de forma exagerada e anormal contra
constituintes dos alimentos independentemente da quantidade ingerida, e constituem ainda
um grande desafio quanto ao diagnóstico e tratamento. As principais manifestações de alergia
alimentar são: dermatológicas (urticária, angioedema, dermatite atópica), gastrointestinais
(vômitos e diarreia) e anafilaxia.

Alergia medicamentosa: a alergia medicamentosa é uma reação adversa, com qualquer


efeito nocivo, não-intencional e indesejado de uma droga, observado nas doses terapêuticas
habituais em seres humanos para fins terapêuticos, profiláticos ou diagnósticos. As reações
adversas a medicamentos classificam-se em previsíveis e imprevisíveis.

A alergia medicamentosa ocorre quando há envolvimento do sistema imunológico, que


interpreta o medicamento como uma substância que causará algum dano ao corpo e o ataca.
Na primeira vez que isso ocorre, um anticorpo específico é acionado. A partir da segunda
exposição haverá uma manifestação clínica.

Alergia ocular (conjuntivite alérgica) - a conjuntivite alérgica é causada por reação de


hipersensibilidade tipo I e relaciona-se intimamente com exposição direta ao alérgeno. É a
forma mais comum de alergia ocular.

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As alergias, em geral, têm vários fatores causais, dependendo de cada tipo.Por exemplo, uma
pessoa com rinite pode ter alergia a ácaros (que ficam no pó de casa). Uma criança pode ser
alérgica a leite, podendo apresentar diarreia, lesões de pele, inchaço nos lábios ou sintomas
respiratórios.

3.3. Fatores de risco para o desenvolvimento das alergias


De acordo com Faria (2002) uma pessoa pode desenvolver uma alergia em qualquer idade,
mas você pode estar mais propenso a desenvolver uma alergia se:

 Tiver um histórico familiar de asma ou alergias, como, urticária e rinite

 Tiver asma ou outra condição alérgica

3.4. Sintomas das principais doenças alérgicas


As reações alérgicas podem variar de leves a graves. Em alguns casos graves, as alergias
podem desencadear uma reação fatal conhecida como anafilaxia (Faria, 2002). O autor aponta
os seguintes sintomas para cada doença alérgica:

1. A rinite alérgica pode causar:

 Espirros

 Comichão no nariz, olhos ou no céu da boca

 Coriza (nariz escorrendo, entupido)

 Olhos lacrimejantes, vermelhos ou inchados (conjuntivite)

2. Uma alergia alimentar pode causar:

 Formigamento na boca

 Inchaço dos lábios, língua, face ou garganta

 Urticária

 Anafilaxia

3. Uma alergia a picadas de insetos pode causar:

 Grande área de inchaço (edema) no local da picada

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 Coceira ou urticária em todo o corpo

 Tosse, aperto no peito, chiado ou falta de ar

 Anafilaxia

4. Uma alergia a medicamentos pode causar:

 Urticária

 Comichão na pele

 Erupção cutânea

 Edema facial

 Chiado

 Anafilaxia

5. A alergia dermatológica pode apresentar os seguintes sintomas:

 Vermelhidão

 Inchaço (edema)

 Coceira ou urticária em todo o corpo

 Descamação

 Irritação

 Manchas ou de borbulhas (bolhas avermelhadas ou brancas)

 Anafilaxia

3.5. Diagnóstico da alergia


O diagnóstico das alergias e doenças alérgicas é realizado principalmente por meio do
histórico clínico e do exame físico do paciente. Quando necessário, exames são utilizados
para complementação e/ou confirmação do diagnóstico clínico (Pinto, 2002).

3.6. Exames

Para Faria (2002) os principais exames utilizados em alergia são:


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 Testes cutâneos de leitura imediata e de contato
 Exames laboratoriais, como a dosagem de IgE total e IgE específica no sangue

 Diagnóstico por imagem, como radiografia e tomografia

 Dietas de eliminação

3.7. Tratamento de Alergia

A alergia e as doenças alérgicas são tratadas com a associação do tratamento clinico às


medidas de controlo ambiental, para o sucesso e controle do quadro. Em caso de falha no
tratamento clínico, pode-se utilizar a imunoterapia alérgeno-específica, que é o único
tratamento que interfere no mecanismo básico da doença alérgica (Smith, 2010).

a. Medicamentos

De acordo com o MISAU (2007) na sua quinta edição do Formulário Nacional de


Medicamentos, os fármacos mais usados para o tratamento de alergias são:

 Anti-histamínicos (adrenalina; clorfeniramina; difenidramina; hidroxizina;


prometazina; )

 Corticoides (betametasona; clobetasol; hidrocortisona; metilprednisolona;


mometasona; triamcinolona ).

 Vasoconstritores tópicos nasais

b. Imunoterapia

Exposição a alérgenos em doses gradualmente maiores (hipossensibilização ou


dessensibilização) por meio de injeção ou em doses altas por via sublingual pode induzir à
tolerância e é indicada quando a exposição a alérgenos não pode ser evitada e o tratamento
farmacológico é inadequado. O mecanismo é desconhecido, mas pode envolver a indução do
seguinte:

 Anticorpos IgG, que competem com a IgE por alérgenos ou evitam que a IgE se ligue
aos receptores de IgE nos mastócitos;
 Interferon-gama, IL-12 e citocinas secretadas pelos linfócitos TH1;
 Linfócitos T reguladores.

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4. Considerações finais
A alergia é um grupo nosológico de diversas etiologias, que no entanto dependem de vários
factores determinantes para a sua manifestação. O meio ambiente, a predisposição genética
entre outros factores permeiam a ocorrência deste mal. Relativamente a conduta terapêutica,
o tratamento medicamentoso demostra-se eficiente, no entanto, há que trabalhar o meio onde
o individuo se encontra, isto no sentido de evitar recaídas.

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5. Referências bibliográficas
Camelo-Nunes IC, Solé D. (2003). Mecanismo das doenças alérgicas. In: Borges DR,
Hothschild H, editores. Atualização Terapêutica Manual Prático de Diagnóstico e
Tratamento. 21ª ed. São Paulo: Artes Médicas Ltda; p. 7-10;

Marconi, M, & Lakatos, E, M (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5ª Edição: São


Paulo, Atlas editora;

MISAU (2007). Formulário Nacional de Medicamentos. 5ª Edição: Maputo;

Organização Mundial da Saúde OMS. (2011). Modelo de lista essencial de medicamentos.


Genebra;

Pinto PL. (2002). Alergia a fármacos na criança. Rev Port Imunoalergol. 10:197-8

Faria E. (2002). Síndrome de alergia múltipla a fármacos. Rev Port Imunoalergol. 10:195-96;

Smith, S, W. (2010). Drogas farmacêuticas: Manejo de medicamentos antialérgicos. Brasil.

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