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INSTITUTO POLITÉCNICO DE EMPREGO E GESTÃO DE NEGÓCIOS- INATEC

CURSO DE TÉCNICA DE MEDICINA GERAL

1º ANO

CADEIRA: DERMATOLOGIA

Tema: Urticária e Acnes

Nome:
Docente: Dr. Zacarias Tomas Matangue
Elisa Augusto Sozinho

Méchila Borge Mapulango

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Matola, Agosto de 2022

Indice
1.Introdução.................................................................................................................................2
1.1.Objectivos..............................................................................................................................2
1.1.1.Objectivo geral....................................................................................................................2
1.1.2.Objectivos específicos.........................................................................................................2
2.Urticária e Acnes.......................................................................................................................3
2.1.Conceitos................................................................................................................................3
2.2.Epidemiologia da Urticária....................................................................................................3
2.3.Etiologia.................................................................................................................................3
2.4.Factores de risco.....................................................................................................................4
2.5.Manifestações clinicas...........................................................................................................4
2.6.Quadro clínico da urticária.....................................................................................................4
2.7.Diagnóstico de urticária.........................................................................................................4
2.8.Tratamento de urticária..........................................................................................................4
2.9.Complicações possíveis.........................................................................................................5
2.10.Diagnóstico Diferencial da Urticária...................................................................................5
3. Urticária e Acnes......................................................................................................................6
3.1.Conceitos................................................................................................................................6
3.2.Epidemiologia da acne...........................................................................................................6
3.3.Manifestações clinicas das acnes...........................................................................................6
3.4.Diagnóstico das acnes............................................................................................................6
3.5.Tratamento da acnes...............................................................................................................7
3.6.Complicações da acnes..........................................................................................................7
3.7.Diagnóstico Diferencial Acnes..............................................................................................7
4.Conclusão..................................................................................................................................9
5.Referencias..............................................................................................................................10

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1.Introdução

No presente trabalho vou falar da urticária das acnes onde entende-se urticária como uma doença
de pele caracterizada pela formação de manchas vermelhas no corpo que normalmente provocam
coceira e inchaço no local, e a acne é uma doença genético-hormonal, autolimitada, de
localização pilossebácea com formação de comedões, pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas
que podem surgir durante a evolução, e que, dependendo da intensidade, o processo inflamatório
leva à abcessos e cistos intercomunicantes, com frequente êxito cicatricial.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral

 Compreender a urticária e acne

1.1.2.Objectivos específicos

 Descrever a epidemiologia, etiologia e factores de risco;


 Analisar o seu diagnóstico;
 Apresentar o seu tratamento, complicações e diagnóstico diferencial.

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2.URTICÁRIA E ACNES

2.1.Conceitos

Urticária é uma doença de pele caracterizada pela formação de manchas vermelhas no corpo
que normalmente provocam coceira e inchaço no local.

A urticária é caracterizada pelo rápido aparecimento de lesões cutâneas características,


geralmente acompanhada de prurido intenso e, menos comummente, com angioedema.

2.2.Epidemiologia da Urticária  

A urticária constitui uma das dermatoses mais frequentes na população em todas as faixas
etárias. A forma crónica da urticária pode afectar até 1% da população em geral, acometendo
tanto crianças como adultos, embora seja mais comum em adultos. Já a forma aguda, é mais
frequente em crianças e é ainda mais prevalente que a forma crónica. 

A infecção de origem viral, bacteriana ou parasitária é a principal causa associada a urticária,


aguda ou crónica, em qualquer faixa etária. A reacção alérgica mediada por , alimentos, fármacos
e picadas de insectos é a segunda causa mais provável de um quadro de urticária.

2.3.Etiologia

A urticária é classificada como aguda (< 6 semanas) ou crónica (> 6 semanas); os casos agudos
(70%) são mais comuns que os crónicos (30%).

A urticária aguda  (Algumas causas de urticária) resulta mais frequentemente de Reacções de


hipersensibilidade de tipo I.

Por exemplo: fármacos, alimentos, picadas ou ferrões de insecto, infecções).

A urticária crónica mais frequentemente é consequência de:

 Causas idiopáticas

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 Doenças auto-imunes.

2.4. Factores de risco

 Histórico anterior da doença


 Outras reações alérgicas

2.5.Manifestações clinicas

Anafilaxia: a urticária pode ser uma das primeiras manifestações de uma reacção alérgica grave
denominada anafilaxia, que pode resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência ou
mesmo morte se não for imediatamente tratada.

2.6.Quadro clínico da urticária 

As lesões clássicas da urticária são placas circunscritas, elevadas, eritematosas,


frequentemente com palidez central e bastante pruriginosas. As lesões podem ser redondas, ovais
ou serpiginosas e variam em tamanho.

As áreas em que as roupas apertam a pele (por exemplo, sob a cintura) ou áreas intertriginosas
(axilas) formam lesões mais extensas geralmente, mas qualquer área do corpo pode ser afectada
igualmente. As lesões desaparecem cerca de 24 horas após seu aparecimento. 

2.7.Diagnóstico de urticária  

O diagnóstico de urticária é clínico, com base em uma anamnese detalhada e um exame físico
que confirme a presença de lesões cutâneas características.

Os estudos laboratoriais são geralmente normais em pacientes sem história ou achados físicos
que sugiram um processo de doença subjacente, e devem ser solicitados em casos seleccionados,
como em pacientes com quadro persistente, portanto o ideal é encaminhar os pacientes com
suspeita de alergia a um alergista ou imunologista para avaliação adicional.     

2.8.Tratamento de urticária

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O tratamento inicial da urticária aguda, com ou sem angioedema, deve se concentrar no alívio a
curto prazo do prurido e do angioedema, se houver. 

O uso dos anti-histamínicos de segunda geração são recomendados como tratamento de primeira
linha. Essas drogas são minimamente sedativas, são essencialmente livres dos efeitos
anticolinérgicos que podem complicar o uso de agentes de primeira geração, têm poucas
interações medicamentosas significativas e requerem dosagem menos frequente em comparação
com os agentes de primeira geração.

Alguns exemplos de anti-histamínicos de segunda geração mais utilizados e suas posologias: 

Loratadina: A dose padrão é de 10 mg uma vez ao dia para maiores de seis anos, o que é
minimamente sedativo. Pode ser aumentado até 10 mg duas vezes ao dia em adultos, se
necessário. 

Cetirizina: A dose oral ou intravenosa padrão de 10 mg uma vez ao dia é apropriada para
adultos e crianças com 12 anos ou mais. Pode ser aumentada para 10 mg duas vezes ao dia em
adultos, se necessário.

Fexofenadina: A dose sugerida é de 180 mg por dia para maiores de 12 anos (ou até duas vezes
ao dia em adultos, se necessário) ou 30 mg duas vezes por dia para crianças de 2 a 11 anos. 

Os anti-histamínicos de primeira geração incluem difenidramina, clorfeniramina, hidroxizina


e outros. 

2.9.Complicações possíveis

Urticária não tratada pode evoluir para problemas de saúde mais sérios, como:

Anafilaxia: Reacção alérgica que envolve todo o corpo, causa dificuldade na respiração e pode
colocar a vida em risco inchaço na garganta: pode causar um bloqueio das vias respiratórias e,
consequentemente, risco de morte.

2.10.Diagnóstico Diferencial da Urticária

Embora a urticária crónica seja o diagnóstico mais comum, outros


diagnósticos diferenciais devem ser considerados, como:

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 Distúrbios Mastocitários (Incluindo Mastocitose);
 Síndrome Hipereosinofílica;
 Vasculite Cutânea (Urticária Vasculite);
 Eritema Multiforme;
 Lúpus Eritematoso e Doenças Anti-Inflamatórias;

3. URTICÁRIA E ACNES

3.1.Conceitos

Acne é uma doença de pele que ocorre quando as glândulas secretoras de óleo (glândulas
sebáceas) tornam-se inflamadas ou infectadas, provocando cravos, espinhas, cistos, caroços e
cicatrizes.

A acne é uma doença genético-hormonal, autolimitada, de localização pilossebácea com


formação de comedões, pápulas, pústulas e lesões nodulocísticas que podem surgir durante a
evolução, e que, dependendo da intensidade, o processo inflamatório leva à abcessos e cistos
intercomunicantes, com frequente êxito cicatricial.

3.2.Epidemiologia da acne

É uma patologia típica dos adolescentes, com elevada frequência (em alguns estudos acometendo
60% das mulheres e 70% dos homens na puberdade), sendo, em geral, mais precoce e mais
persistente (o que pode ser explicado pela alta frequência de distúrbios endócrinos, como a
Síndrome dos Ovários Policísticos) nas meninas, porém mais intensas nos meninos. Em geral é
autolimitada, resolvendo espontaneamente após os 20 anos, de distribuição universal e não
escolhe nenhuma raça.

3.3.Manifestações clinicas das acnes

É caracterizada por uma erupção polimorfa, contendo comedões (cravos), pápulas, pústulas e
lesões nodulocísticas, com grau variável de inflamação e cicatrizes. 

3.4.Diagnóstico das acnes

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O diagnóstico é clínico e baseado no exame físico. Não é necessária nenhuma análise
laboratorial ou biópsia cutânea.

3.5.Tratamento da acnes

O tratamento é variado, levando-se em consideração diferentes aspectos como gênero, extensão e


gravidade da doença, porém deve-se pautar no princípio de que deve ser múltipla, isto é, devem
ser usados, ao mesmo tempo, técnicas e medicamentos que ajam nas várias etapas da patogenia
da acne.

Acne grau I: manejado com medicações tópicas, como sabonetes a base de enxofre ou ácido
salicílico ou, preferencialmente, retinoides tópicos como gel de tretinoína ou isotretinoína
0,05% (lembrando de evitar a exposição solar, pois os retinoides deixam a pele altamente
fotossensível). Para os pacientes que não querem ou não podem evitar a exposição solar, pode-
se utilizar o ácido azeláico 15% (também utilizado em gestantes, pela teratogenicidade dos
retinoides). Em geral a melhora ocorre em 4 semanas.

Acne grau II: em geral as medicações tópicas também são suficientes, como os retinoides ou
também o peróxido de benzoíla 2,5-10% associados a um antibiótico tópico como eritromicina 2-
4% ou clindamicina 1%, que podem ser encontrados combinados. Em casos refratários, pode-se
utilizar antibióticos sistêmicos como as tetraciclinas 500 mg 2 à 4 vezes ao dia.

Acne grau III, IV e V: podem ser manejadas com antibióticos sistêmicos (tetraciclina,
doxiciclina, eritromicina) associado a anticoncepcionais hormonais (nas mulheres) com ação
antiandrogênica, como o citrato de ciproterona. Porém, são as formas candidatas clássicas ao uso
dos retinoides orais, a famosa Isotretinoína oral. Nos quadros mais graves (como o grau IV e V),
é recomendado associar um corticoide, como a prednisona 20mg/dia, para prevenir o efeito
flareup (exacerbação da doença pelo uso da isotretinoína). 

3.6.Complicações da acnes

Impacto psicossocial devido à aparência da pele atingida pela acne:

 Baixa autoestima

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 Ansiedade e depressão
 Foliculite:

3.7.Diagnóstico Diferencial Acnes

Rosácea: uma doença inflamatória crónica da pele associada a hiperreatividade capilar,


geralmente observada em mulheres de meia-idade. Os pacientes apresentam eritema facial,
telangiectasias, pápulas, pústulas e alterações fimatosas.

Foliculite: uma condição comum da pele caracterizada por inflamação dos folículos pilosos
devido a um agente infecioso (mais frequentemente por Staphylococcus aureus). Os pacientes
apresentam prurido, pústulas foliculares e pápulas eritematosas.

Hidradenite supurativa: uma doença inflamatória crónica do folículo piloso e estruturas


associadas. Esta condição provoca a oclusão e rutura folicular que, por sua vez, causa abcessos,
trajetos fistulosos e cicatrizes. Geralmente atinge as regiões axilar, inguinal e inframamária. O
diagnóstico é clínico.

Queratose pilar: uma condição comum que provoca pápulas foliculares pequenas e pontiagudas
nas superfícies extensoras dos braços ou coxas secundárias à queratinização. Pode estar presente
eritema. O diagnóstico é clínico. Não é necessário tratamento, mas podem ser utilizados ácido
salicílico e retinóides.

Dermatite perioral: uma condição que provoca erupção eritematosa pápulo-pustulosa que se


inicia nas pregas nasolabiais e progride perioralmente. Não estão presentes comedões. O
diagnóstico é clínico.

Hiperplasia sebácea: uma condição comum provocada pelo aumento das glândulas sebáceas.
Pacientes com história de “pele oleosa” podem desenvolver pápulas umbilicadas, da cor da pele
ou amareladas, que geralmente atingem a testa, o nariz e as maçãs do rosto. O diagnóstico é
clínico, embora a biópsia possa ser realizada para excluir carcinoma basocelular (devido à sua
aparência semelhante). Não é necessário tratamento, mas podem ser realizadas dermoabrasão,
tratamento com laser, isotretinoína ou remoção cirúrgica por razões estéticas.

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4.CONCLUSÃO

Depois do confronto com a teoria pode se concluir que a urticária é uma doença de pele
caracterizada pela formação de manchas vermelhas no corpo que normalmente provocam coceira
e inchaço no local. A forma crónica da urticária pode afectar até 1% da população em geral,
acometendo tanto crianças como adultos, embora seja mais comum em adultos. Já a forma
aguda, é mais frequente em crianças e é ainda mais prevalente que a forma crónica, pode ser uma
das primeiras manifestações de uma reacção alérgica grave denominada anafilaxia, que pode
resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência ou mesmo morte se não for
imediatamente tratada.

O diagnóstico de urticária é clínico, com base em uma anamnese detalhada e um exame físico
que confirme a presença de lesões cutâneas características, enquanto a acne aparece na
puberdade induzida pelo início da produção de harmónios femininos (estrógenos) e masculinos
(andrógenos). Apesar da maioria dos casos de acne se resolver espontaneamente na segunda
década da vida, há excepções e algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a
vida adulta, até cerca de 35 anos. A acne aparece com maior frequência no rosto, peito e costas,
onde o número de glândulas sebáceas é maior. Desenvolve-se em pessoas com tendência
hereditária; isto significa que um jovem, cujo pai e mãe tiveram acne, tem maior chance de
apresentá-la. No entanto, você pode ser o primeiro a ter espinhas em sua família, assim como
todos os irmãos ou somente um deles pode apresentar pele acneica. A acne pode ter graus
variados, com maior ou menor inflamação. Ela sempre é mais grave quando apresenta cistos,
caroços e muitas lesões.

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5.REFERENCIAS

AZULAY, Rubem David e AZULAY, David Rubem. Dermatologia. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.

Keri, J.E. (2020). Acne vulgaris. MSD Manual Professional Version. Retrieved March 2, 2021.

Rao, J., and Chen, J. (2020). Acne vulgaris. In James, W.D. (Ed.). Medscape. Retrieved March
2, 2021.

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