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Ambiente e

Segurança no
trabalho (UFCD
3837) Doenças Dermatológicas
Ocupacionais

[17/11/2023]

[Formadora: Claúdia Barreiro]


Da autoria de: [Catarina Araújo, Cristiana
Fernandes e Sara Dias]

Introdução..........................................................................................................2
Investigação da Doença Atribuída.......................................................................4
Aspetos Legais e Regulamentares.......................................................................6
Estudos de Casos e Exemplos Práticos.................................................................8
Medidas de Prevenção e Melhorias Propostas....................................................9
Conclusão......................................................................................................... 10

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Introdução

No âmbito da UFCD 3837 de Ambiente, Higiene e Segurança do


Trabalho, lecionada pela formadora Claúdia Barreiro, foi-nos
proposto a elaboração de um trabalho de pesquisa sobre uma
doença profissional e a forma de como a lei é aplicada em
Portugal.

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Investigação da Doença Atribuída
As Doenças Dermatológicas Ocupacionais são doenças de pele causadas ou agravadas
pelas substâncias ou condições presentes no ambiente de trabalho. Este tipo de doenças
pode afetar várias partes do corpo, como por exemplo:
 Pele;
 Unhas;
 Cabelo;
 Membranas mucosas;

Existem inúmeras doenças dermatológicas ocupacionais, mas as mais frequentes são:

Psoríase: É uma doença crónica da pele, de natureza autoimune, o que significa que
surge quando o sistema imunitário emite sinais anómalos que aceleram o normal ciclo de
crescimento das células da pele.

Eczema: O eczema ou dermatite atópica manifesta-se com zonas da pele com manchas
inflamadas, vermelhas, descamativas e ásperas, com presença de prurido. Às vezes,
podem também surgir bolhas ou lesões que sangram. Pode surgir nas crianças e depois
desaparecer, mas por vezes mantem-se durante a vida adulta.

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Em Portugal, a maior percentagem da prevalência desta doença, é mais acentuada no
Algarve, tendo conseguido apurar também que ser do sexo feminino é um fator
tendencioso para o aparecimento da mesma.

Esta doença está presente em todos os setores nas atividades como por exemplo:
 Setor primário: agricultura
 Setor secundário: construção civil e indústria
 Setor terciário: limpezas e hospitais
Estes tipos de trabalhos, são mais suscetíveis a esta doenças, pois estão em contato
direto com substâncias causadoras da mesma.

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Aspetos Legais e Regulamentares
Foi encontrado o DL nº 341/93, de 30 de setembro, que mais tarde veio a ser revogado e
até hoje se mantém como DL nº 352/2007, de 23/10.
Contudo, foi conseguido apurar que em Portugal esta doença profissional é
desvalorizada, pois não exigente uma legislação vigente que seja concreta para as
defender.

Através da AMA conseguimos encontrar os critérios vigentes para esta doença.

 Grau ou Nível 1:
Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive de forma intermitente.
Não existe limitação do desempenho ou limitação apenas para poucas atividades da vida
diária, embora a exposição a determinadas substâncias químicas ou agentes físicos
possa aumentar a limitação temporária. Não é requerido tratamento ou tratamento
intermitente.

 Grau ou Nível 2: Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive


de forma intermitente. Existe limitação do desempenho para algumas atividades da
vida diária. Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.

• Grau ou Nível 3 Sinais e sintomas da doença de pele estão presentes, inclusive de


forma intermitente.

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Existe limitação do desempenho de muitas atividades da vida diária. Tratamento
intermitente ou constante pode ser requerido.

• Grau ou Nível 4 Sinais e sintomas da doença de pele estão constantemente presentes.


Existe limitação do desempenho de muitas atividades da vida diária que podem incluir o
confinamento intermitente dentro de casa ou de outro domicílio. Tratamento intermitente
ou constante pode ser requerido.

• Grau ou Nível 5 Sinais e sintomas da doença de pele estão constantemente presentes.


Existe limitação do desempenho da maioria das atividades da vida diária que podem
incluir o confinamento ocasional ou constante dentro de casa e de outro domicílio.
Tratamento intermitente ou constante pode ser requerido.

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Estudos de Casos e Exemplos Práticos
 Elaioconiose

Paciente masculino, de 51 anos, mecânico de profissão que chegou ao ambulatório de


dermatologia geral com queixa de pontos pretos pruriginosos nos membros superiores há
cerca de 4 meses. Negava a presença de um quadro semelhante anteriormente e afirmou
que é mecânico há mais de 10 anos e nunca usou luvas ou qualquer outro tipo de
equipamento de proteção individual.

A doença que foi diagnosticada a este senhor foi a elaioconiose, uma doença que afeta
as áreas expostas de trabalhadores que lidam com óleos ou graxas. Os métodos mais
eficazes para a prevenção desta doença é lavar as mãos com frequência, o uso de
equipamentos de proteção individual e o não contactar diretamente com as substâncias
reativas, como, óleos industriais.

Através de uma entrevista feita pela Sic Notícias 1,5% destes doentes disse já ter sido
hospitalizado devido a estes problemas e 17% teve de recorrer, pelo menos uma vez, a
consultas de urgência. Também foi referido, que mais de metade dos doentes relataram

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que apresentam lesões em áreas de elevado impacto, como por exemplo, couro
cabeludo, palmo-plantar e a face.
16% destes doentes relatam que estas doenças interferem a nível das atividades diárias,
17% relatam que afeta na vida sexual e 7% que teve de ponderar outra carreira
profissional, devido, á incapacidade destas doenças.

Medidas de Prevenção e Melhorias Propostas

Como medidas de prevenção achamos que em primeiro lugar, devia existir


uma maior atenção para abordar esta doença em vários campos, como por
exemplo, comunicação social.
Como segunda medida, maior acompanhamento médico para acompanhar a
evolução ou despistar a existência deste tipo de doença.
A distribuição e o uso do equipamento de proteção individual.
E por fim, maior cuidado com a exposição a certos tipos de substâncias que
possam fazer este tipo de doenças reagir.

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Conclusão
Em suma, as Doenças Dermatológicas Ocupacionais, são o tipo de doença mais
desvalorizado, pois pouco é falado e quando as pessoas se decidem a ir investigar e a ter
um acompanhamento regular no médico já é tarde para ser estabilizado, fazendo assim
com que muitas pessoas tenham de mudar a sua atividade profissional.

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Referencias bibliográficas

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