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TUTORIA II

Grupo IV

CASO 1
Tópicos a serem discutidos

Histologia da pele

Teste diagnóstico: Citologia Esfoliativa

Dermatofitose

Escabiose

Tratamento farmacologiico pediátrico

Ética e conduta em situações de paciente ausente em consulta


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Histologia da Pele

Pele Espessa. Histology Guide. Disponível em: https://histologyguide.com/slideview/MH-091-thick-skin/11-slide-1.html?


x=3761&y=16023&z=100.0. Acesso em 2 ago 2021
A pele é composta pela epiderme e pela derme.

Epiderme: epitélio estratificado pavimentoso corneificado (também


chamado queratinizado).

Derme: tecido conjuntivo denso não modelado.

Hipoderme: tecido conjuntivo rico em tecido adiposo.

Outros componentes da pele: pelos,


glândulas e
elementos sensoriais do sistema nervoso.
Citologia Esfoliativa
A citologia esfoliativa corresponde ao estudo de células
descamadas da mucosa, principalmente suprabasais, por meio
de microscopia de luz, onde se analisam as mudanças
morfológicas e morfométricas das células.

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Dermatofitose
Dermatófitos: fungos queratinofílicos. Eles pertencem aos
gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton.

Maior incidencia: T. rubrum, M.canis e T. interdigitale

A transmissão pode ser por contato direto ou indireto


através de materiais contaminados.

As lesões decorrem da presença do próprio fungo ou de


reação de sensibilidade ao agente ou seus produtos
(dermatofitides).
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Tinha do corpo (Tinea corporis): Não tem predileção por sexo ou idade. Apresenta as formas
vesiculosa e anular, ambas com tendência à cura espontânea do centro da lesão. E ainda a forma em
placas descamativas eritematosas que podem simular quadros de dermatite seborreica ou de
psoríase.

Tinha crural (Tinea cruris): São mais comuns na região inguinal, podendo também estar presentes,
porém em menor frequência, nas regiões axilares, inframamárias e interglúteas. Há predileção por
homens na faixa etária de 18 a 30 anos. As lesões em região inguinal apresentam-se como placas
descamativas ou de aspecto úmido confluentes com borda ativa, eritematovesiculosa ou
pustulosa. Pode haver prurido moderado a intenso. É transmitido entre os indivíduos através do
contato íntimo com roupas contaminadas, salas de ginástica, vestiários públicos, assim como outros
locais de aglomeração humana.
Deve-se fazer a diagnose diferencial com outros processos habituais na região como dermatite
seborreica, dermatite de contato e eritrasma.
DIAGNÓSTICO
Microscopia direta: indispensável para diagnóstico, especialmente nas
onicomicoses. É realizada a coleta do material (pele/ unha) através de uma
lâmina de bisturi ou cureta estéril ou no caso dos pelos com uma pinça. A
aplicação de pomadas, cremes ou pó dificulta a identificação do fungo. O
material é colocado em uma lâmina de microscópio com diluição em KOH de
10% a 20% e ligeiramente aquecido. No microscópio, os dermatófitos são
reconhecidos como estruturas tubulares septadas (hifas e algumas
artrosporadas)

Lâmpada de Wood: Os pelos infectados por espécies do gênero Microsporum


emitem fluorescência esverdeada.

Culturas para fungos: meio de Sabouraud e Mycosel Agar, este último sendo
meio seletivo para fungos patogênicos. Sua importância está na identificação da
espécie.
PROFILAXIA: depois do banho, manter secas e arejadas as áreas de dobras
como as intertriginosas dos pés.

TRATAMENTO -> Antifúngicos tópicos: São mais eficazes para o tratamento


das dermatofitoses de pele. Imidazólicos (clotrimazol, miconazol, cetoconazol,
econazol, oxiconazol, sulconazol, sertacolazol); Alaninas (naftilina, terbinafina);
Naftionatos (tolnaftato); Ciclopirox olamina; Amorolfina. Os antifúngicos
tópicos (como miconazol, clotrimazol, itraconazol, terbinafina ou ciclopirox
olamina) são utilizados 2 vezes ao dia por 1 a 3 semanas. O tempo de
tratamento varia conforme a resposta clínica, mantendo-se até a resolução da
infecção. . Em lesões muito extensas ou na falha do tratamento tópico pode-
se utilizar antifúngico sistêmico
Escabiose
É uma dermatozoonose contagiosa e comum, cujo agente
etiológico é o ácaro Sarcoptes scabiei var. hominis.

A incidência dessa infestação aumenta muito no inverno,


acometendo ambos os sexos igualmente e sendo mais
frequente em crianças. As diferenças étnicas na epidemiologia
da escabiose estão provavelmente relacionadas a diferenças
socioeconômicas e de comportamento, tendo como fatores de
risco: pobreza, mau estado nutricional, estados demenciais,
desabrigo e aglomeração populacional.
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A principal via de transmissão é por contato pessoal, sendo
mais comum entre membros da mesma família ou entre
pessoas que residem em instituições de longa permanência. A
aquisição do parasita através de fômites (roupas, toalhas ou
lençóis) é pouco frequente, assim como pela via sexual.

Na primeira infestação, o período de incubação para início dos


sintomas é de 2 a 6 semanas, quando o indivíduo se sensibiliza
ao agente ou a seus produtos (ovos, dejetos e secreção). Em
uma segunda infestação, a sintomatologia se inicia em 1 a 2
dias.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da escabiose é essencialmente clínico, sendo o
prurido, as características e distribuição das lesões dermatológicas
e a epidemiologia suficiente para fecharem o raciocínio.

No entanto, pode ser realizado o raspado cutâneo (escarificação) de


várias lesões, de preferência da pápula ou vesícula de uma das
extremidades do túnel. O material obtido é colocado em lâmina e
examinado ao microscópio para confirmar a presença de ácaros,
ovos ou suas fezes, todavia o resultado do exame negativo não
invalida o diagnóstico e deve ser repetido principalmente nos casos
atípicos ou com manifestação leve.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
O diagnóstico diferencial compreende outras dermatoses que cursam
com prurido e lesões disseminadas, eczematizadas ou
impetiginizadas, como: dermatite atópica, estrófulo (prurigo agudo
infantil), dermatite de contato, piodermites, tinea corporis…
TRATAMENTO
Uso Tópico: A principal medicação é a Permetrina 5% (loção ou creme): deve ser
aplicado no corpo todo (em adultos, poupar a região cefálica; em crianças, incluir
couro cabeludo) de 1 a 3 noites seguidas, lavando o corpo na manhã seguinte.
Repetir o esquema em 7 dias.
Antiescabióticos orais: Como associação ao tratamento tópico, deve ser prescrito
Ivermectina (6 mg/cp): 200 microgramas/kg/dia, VO, dose única. Repetir a dose
em 7-14 dias. Em pacientes pediátricos, a dosagem da Ivermectina varia de
acordo com o peso do paciente e so pode ser utilizada em pacientes com peso
superior a 15 kg.
Se o prurido for muito intenso, o médico pode associar um anti-histamínico,
como a Loratadina (10mg/cp), 01 comprimido, VO, uma vez ao dia.

PROFILAXIA
A profilaxia é destinada aos contactantes domiciliares ou moradores de
instituições de longa permanência que não apresentam sintomas. O principal
medicamento é a Ivermectina (6 mg/cp) 200 microgramas/kg, VO, dose única.
Tratamento Farmacológico Pediátrico
Não há consenso relativo à determinação da posologia em crianças

Em geral, os cálculos usam peso, superfície corporal e idade, devendo


ser individualizados, embora em muitas bulas de medicamentos o
fabricante coloque doses de acordo com peso ou faixa etária.

Quando o medicamento é novo, pode-se calcular a dose da criança em


função da do adulto, utilizando-se valores e fórmulas apresentadas nos
Quadros. Porém, se ainda não há doses para crianças, muito
provavelmente esse medicamento ainda não foi testado
suficientemente, necessitando indicação e monitoramento ainda mais
5 criteriosos
A utilização da superfície corporal baseia-se no fato de que, na
criança, ela é maior em relação ao peso do que nos adultos. A razão
superfície corporal/peso varia inversamente com a altura. Prefere-se
a utilização da superfície corporal quando o peso da criança for
superior a 10 kg. Quando for inferior a esse valor, o próprio peso é
utilizado. Assim, a dose do medicamento é apresentada em mg/kg/dia
ou mg/m2/dia.

Quando a idade é levada em conta para cálculo de dose, usa-se a


regra de Law.

Alguns fármacos indicados em crianças têm restrição por idade


Ética e Conduta: Paciente Ausente
É vedado ao médico:

Art. 37. Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do


paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade
comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após
cessar o impedimento.

Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o
justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade.

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