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EXAME SEMIOLÓGICO DA PELE E PELOS

* Parasitas, bactérias e fungos da pele (áudio).


* Testes que podem ser feitos.
* O exame dermatológico tem por objetivo identificar a presença de agente
etiológico, células que indiquem processos alérgicos ou dermatopatias.
* Teste intradermorreativo: injeta substância antigênica intradérmica e após
determinado tempo (menos de 24h) observa-se reação inflamatório quando
positivo para identificar indivíduos alérgicos a determinadas substâncias.

Introdução
A pele é responsável pelo contorno e revestimento do corpo, é uma barreira
fisiológica organismo/ambiente sendo responsável por 75% da clínica de
pequenos e é o espelho do organismo

Aspectos anatômicos
É composta por 3 grandes tecidos, epiderme (camada superior), derme
(intermediária) e hipoderme (mais profunda).

Funções
 Proteção: contra perda de água, eletrólitos e macromoléculas e contra
injúrias externa (químicas, físicas e microbiológicas)
 Revestimento: produção de estruturas queratinizadas – pelos, unhas, cascos
e chifres (cornos não crescem se retirados, chifres sim)
 Flexibilidade: movimentação ampla (elasticidade)
 Termorregulação: sustentação do manto piloso, regulação de vasos
sanguíneos e regulação de funções glandulares
 Reservatório: de água, eletrólitos, vitaminas, ácidos graxos, carboidratos,
proteínas, dentre outras
 Pigmentação: produção de melanina e proteção de raio UV.
 Secreção: glândulas sebáceas e sudoríparas e feromônios.
 Produção de vitamina D: ativação pela luz solar.
 Sensibilidade táctil: por meio de órgãos sensitivos – calor, dor, frio e tato

Exame clinico da pele


Deve ser sistemático, a fim de evitar erros por executar o exame com
ansiedade.
- Ficha dermatológica (rotina) – dermograma: representação gráfica do local da
lesão em papel, hoje é substituída por captura de imagens. Determina
localização e extensão da lesão.
- Identificação: espécie, raça, sexo, idade, pelagem e peso (se atentar para as
predisposições associadas a essas características).
- Anamnese: queixa principal, história médica recente – inicio do quadro,
evolução do quadro e tratamento efetuado e suas consequências, história
médica regressa – antecedentes recentes e distantes, procedência geográfica
do animal, parentes e contactantes. O ambiente o manejo e os hábitos –
instalações, higiene e limpeza do ambiente, tipo de piso, higienização do
animal (produto/frequência) e hábitos alimentares. Manejo sanitário –
vermifugação, vacinação, tratamento de ectoparasitas, contato com rua e
ambientes contaminados e ingestão de alimentos humanizados.
*Caso eu tenha um agente patogênico retirar a resposta inflamatória do
organismos com anti-inflamatórios pode ser prejudicial, cuidado ao identificar
e tratar.
* Bravecto mata carrapatos não repele, logo não é preventivo. O bravecto tem
3X mais potencial que os outros do mesmo grupo (isoxiazulina)
* Coleiras contra flebotiomínios são interessantes de serem associadas com o
bavecto para prevenção.

Exame físico geral


Exame físico específico
1- Inspeção: direta ou indireta a fim de examinar a pele sob o pelame. A
sequência deve ser parte da rotina de inspeção, feita de forma geral e
detalhada. Seus objetivos são verificar modificação na coloração das
estruturas, presença de parasitoses, lesões primárias ou secundárias,
edemas e enfisemas cutâneos e alterações de secreções sudoral e
sebácea.
2- Palpação: pode ser direta ou indireta, e deve ser feito na sequência –
utilizar a mesma para inspeção. Seu objetivo é avaliar sensibilidade,
temperatura, consistência, umidade, elasticidade, edema e enfisema.
3- Olfação: bastante utilizado na clinica dermatológica, usado para
diferenciar odores normais de anormais, requer experiência por parte do
profissional.
4- Punção e suas diferentedes técnicas: consiste na retirada de líquido ou
massa do interior da cavidade cística. É feito o uso de seringas e agulhas.
É um exame rápido, que pode ser realizado por meio de aspiração -
biópsia aspirativa. É um exame de citologia que normalmente é corado
com panótico rápido.
5- Biópsia: a coleta dos fragmentos de tecidos pode ser realizada
basicamente por dois métodos: com auxílio de bisturi, retirando-se um
fragmento fusiforme de pele, ou com punch (saca-bocado), que é uma
lâmina circular variando de 2 a 8 mm de diâmetro e a escolha da técnica
está invariavelmente ligada à morfologia das lesões cutâ neas
- Incisional - punch ou saca-bocado: coleta-se um fragmento sadio e
alterado da pele, é utilizado para a histopatologia.
- Excisional - punch/bisturi: é feita a retirada de toda a área lesionada e
de fragmento de tecido sadio.
6- Raspado: utilizado para o diagnóstico de dermatite parasitária e
micótica.
Dermatites parasitárias – Demodex spp, Sarcoptes spp, Psoroptes spp,
Notoedres spp, Otodex spp, Cheyletiella spp.
Metodologias: raspado profundo (estrias de sangue), massageamento e
raspado superficial e coloração por KOH 10%.
Em micose cutânea coleta-se fragmentos da borda da lesão e deve-se
manter o material em local seco.
7- Reações alérgicas: mais utilizado em medicina humana, utiliza-se da
avaliação de reações a agentes antigênicos – teste da Turbeculina.
8- Outros:
- Lâmpada de Wood: detecta fungos produtores de triptofano, porém há
muitos falsos negativos, uma das causas são produtos derivados de
petróleo.
- Cultura e antibiograma: utilizado para bactérias e fungos, deve-se
considerar a microbiota indígena.

Classificação das lesões cutâneas


1- Distribuição: podem ser classificadas em localizadas, disseminadas e
generalizadas
2- Localização: região anatômica das lesões cutâneas reconhecidas durante
o exame físico
3- Topografia: classificação feita de uma lesão em relação a outra,
classificam-se em simétricas ou assimétricas, encontrando particular
importância nos quadros hormonais, em geral são representados por
perdas de pelos simétricas.
4- Profundidade: classificação das lesões em superficiais e profundas.
Importante, pois além da correlação com determinadas dermatopatias, o
prognóstico e a gravidade do quadro podem estar ligados à
profundidade da lesão.
5- Morfologia (lesões elementares cutâneas): é a classificação mais
importante, feita em 5 grupos distintos – alteração da cor, alteração da
espessura, formações sólidas, coleções liquidas, perdas e reparação
tecidual.

Exame físico da pelagem e plumagem


- Inspeção
- Palpação
- Tricograma: é o exame que avalia o ciclo biológico do pelo e suas alterações
assim como suas alterações fisiológicas e anatômicas, é o exame detalhado do
bulbo, haste e extremidades. A técnica é realizada por meio da retirada do pelo
com uma pinça e que colocados em lâmina, então pode ser feita a avaliação do
estágio do pelo (anágena, catágena e telógena), extremidades, pigmentação e
presença de fungos
Alterações: transtornos da muda – pode ser retardada por deficiências
nutricionais, ou precoce e por alterações metabólicas ou hormonais; e queda
de pelos – alopecia, que pode ser geral, generalizada ou disseminada. Na
análise das extremidades dos pelos, se estiverem quebrados, fica estabelecido
que o quadro é pruriginoso e, provavelmente, os pelos foram removidos por
lambedura ou mordedura. Quando as extremidades se encontrarem íntegras,
conclui-se que o quadro não é pruriginoso e está havendo queda exagerada de
pelos naquela região.

EXAME OTOLÓGICO

Anatomia auricular
- Orelha externa: é composta pelo pavilhão auricular, meato acústico externo e
membrana timpânica.
- Orelha média: é composta pela cavidade timpânica, ossículos, tuba auditiva e
divertículos da tuba auditiva
- Orelha interna: compota pelo labirinto membranoso (aparelho vestibular e
ducto coclear).

Exame otológico
 Indícios de otopatias: animal balançando a cabeça, prurido com membros
posteriores, conduto auditivo com odor fétido, animal apresentando maneios
de cabeça.
 Inspeção direta
 Inspeção indireta: otoscopia
 Palpação: direta ou indireta
 Citologia
 Cultura

Conclusão
- Exame clínico completo
- Atenção redobrada à identificação e anamnese
- Exame físico dermatológico – ficha dermatológica
- Tentar descobrir a causa do problema: pode ser realizado raspado, citologia,
biopsia, tricograma, reação alérgica (IgE), “in print” e teste da fita adesiva
(citologia) e verificar agente ou indicativos celulares.

Exame clínico oftalmológico


Acuidade:
Refração: capacidade da luz de atravessar o olho até ser captada pelas células
especializada da retina
Dioptrias:
Introdução
A relação ocular depende da posição da espécie na cadeia alimentar. O campo
visual de equinos e bovinos é de 350°, sendo primordialmente monocular, já
cães e gatos tem um campo de visão de 240°, sendo primordialmente binocular
além de terem percepção de profundidade.
A percepção das cores é dicromática – vermelho e azul / vermelho, verde e
amarelo. Isso se dá pela menor concentração de células especializadas na
retina, ocorre uma menor diferenciação das cores.
Anatomia ocular
Globo ou bulbo ocular: compreende todo o olho e seus anexos
 Túnica fibrosa: compreende a córnea e a esclera
 Tanto a esclera com a corne apresentam essas camadas: epitélio –
estroma (composto por fibras colágena) – descemet – mesotélio (ou
endotélio em algumas literaturas). A grande diferença entre elas é que
na córnea as fibras colágenas estão organizadas e na córnea não a
presença de vascularização???? A esclera é esbranquiçada.
 A córnea deve ser transparente, brilhante, lisa e avascular
 Túnica vascular (úvea): íris, corpo ciliar e coroide
 Quanto mais fina for a íris mais azul ela será e menor será a sua
resistência a luz solar. A sua musculatura é a responsável por contrair ou
dilatar (miose ou midríase) a pupila.
 Corpo ciliar: apresenta a pars plana – onde a retina (sustentação da
retina) se adere à uvea, e a pars glicada faz sustentação da
lente/cristalino. Sendo responsável também por esticar ou relaxar o
cristalino, permitindo focar e desfocar. Faz a produção do humor aquoso,
que preenche as câmaras anteriores e posteriores e mantêm o formato
do globo ocular e logo uma melhor refração, alterações na produção ou
filtração desse fluido é denominado glaucoma??? Espasmos na
musculatura ciliar provoca dor, cicloplegia é então buscada, a fim de para
os espasmos.
 Coróide: faz a nutrição do tecido nervoso, a retina.
 Túnica nervosa: retina e nervo optico
 A retina fica apoiada na calota posterior, é um conglomerado de células
capazes de converter o impulso luminoso em impulso nervoso.
 Tapetum lucidum: apresenta uma pigmentação refletiva que permite
uma melhor capacidade visual, por meio da reflexão da luz que faz com
ela seja melhor aproveitada os permitindo uma melhor visualização
noturna.
Os animais tem muitos bastões e poucos cones, por isso vêem melhor a
noite e diferencia menos cores, jáá ns humanos temas menos bastões e
mais cones.
Tapetum nigrum
Anexos oculares:
 Pálpebra: os animais possuem três pálpebras, uma inferior outra superior e
uma terceira pálpebra – membrana nictitante, serve como um rodo para
remover corpos estranhos que caiam no olho.
 Cílios: gatos não tem cílios, ademais, estão sempre presentes na pálpebra
superior. Tem função de proteção. Pode ocorrer alterações pelo
direcionamento de crescimento.
Inflamação da glândula tarsal – tersol, o lápis pode entupir essa glândula. Qual
a sua função?
 Conjuntiva: forma um espaço que é preenchido por lágrimas e protege de
que ?/
 Glândula lacrimal: principal – dorsolateral ao globo, próximo ao perosteo
orbital do canto nasal – glândula da terceita pálpebra pode ocorrer protusão
dessa gladula da pálpebra, muito comum em cães).

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