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Obrigatória

Conversa Sobre Terapia-completo.pdf

A patologização da angústia no mundo contemporâneo.pdf

- Heidegger tematiza a angústia como uma disposição afetiva fundamental do ser-aí humano. A disposição afetiva que a angústia gera no

ser aí, abre novos horizontes e novas possibilidades de ser fazendo com que o indivíduo tenha uma relação mais livre e com mais sentido

no mundo.

- Com a tecnologia, todas as atividades, principalmente as mais cotidianas acabam por passarem a ser mecânicas, Heidegger considera que

os entes acabam por se desvelar do seu próprio sentido. A partir deste sentido, o ente passa a ser visto como um mero objeto que está

disponível para consumo, assim como qualquer objeto manufaturado.

- Tudo que passa pelo processo deste olhar, inclusive os entes, são passíveis de passarem pelos processos de extração, processamento,

armazenagem e consumo.

- Esse quadro configura uma tendência de empobrecimento do pensamento uma vez que este modo “calculante” do pensar considera-se a

única ou a mais elevada forma de pensamento. Além disso, obrigam que a subjetividade de cada ente siga um padrão de ser, estar, agir e

pensar, preconizando o adoecimento psíquico e a possibilidade da experiência do fenômeno da angústia.

- Bauman faz uma contraposição entre a modernidade ordeira (que é tudo minimamente calculado e já definido, guiado pelo controle) e a

ambivalência (quando a realidade escapa da noção de estar tudo minimamente calculado e tudo sob controle de alguém, vista como um

“refugo da modernidade”).

- A civilização moderna não se indaga mais sobre suas formas de viver ou tudo que cada indivíduo experimenta, e como consequência o

sofrimento humano é o preço a se pagar.


- Heidegger considera que qualquer objetivação científica da existência humana suprime seu caráter mais essencial de ser livre abertura

em que seu próprio sentido está sempre em jogo

- A partir do momento em que se percebe a angústia como uma consequência do planejamento técnico exigido pela vida, ela passa a ser

uma experiência que abre oportunidades para que a existência se aproprie de novas possibilidades.

- Toda angústia é angústia em relação à finitude da existência. Morte e angústia são presenças inalienáveis da experiência humana, no

entanto a tendência para desviar-se da experiência da finitude por intermédio de interpretações impessoais, que tratam a morte como

uma mera contingência a que todos estão sujeitos é própria do ser ai humano.

- Esta tendência a angústia e movimentos que se desviam da sensação de finitude fazem parte da estrutura ontológica do ser, a realização

histórica da angústia permite que os traços existenciais se amenizem ou não.

- Diante da realidade atual de tudo ser um projeto de controle e consumo e a busca pela evitação do contato com a finitude de diversas

formas, os sentimentos de tédio e falta de sentido que prenunciam a angústia e a experiência da finitude.

- Imprevistos e surpresas podem ser tidos como presentes gratuitos da existência, mas a partir do momento em que se nega sua

inevitabilidade, medo e sofrimento aparecem.

- Heidegger considera que somente a partir do momento em que a morte é aceita como fato e insuperável, o homem se vê livre e consegue

reconhecer sua responsabilidade diante de suas escolhas.

- Por meio da angústia, o homem deixa de compreender a si mesmo apenas a partir do mundo das ocupações e das interpretações públicas

naturalizadas, para permitir, então, uma experiência própria do existir enquanto abertura de sentido.

- Abertura (do ser): a condição de estar e constituir-se em aberto que o ser aí possui em relação às suas experiências e possibilidades.

Nossa essência se constitui à medida que somos, não havendo possibilidade de previsibilidades e cálculos.
- A impessoalidade cotidiana já nos traz as referências prontas e, com isto, tendemos ao fechamento e ao encobrimento de nossas

possibilidades mais próprias e singulares.

- Singularização: a apropriação das nossas escolhas existenciais, possibilita a compreensão da liberdade de decidir o que é ser homem, o

sofrimento psíquico é causado pelo encobrimento desta condição (restrição de sentido).

- A angústia precisa usualmente ser evitada a qualquer custo, sendo sistematicamente negada e afastada a partir de compreensões

defensivas.

- Heidegger se propõe a refletir sobre modo de experiência de sentido característico da contemporaneidade que tende à carência de

pensamento, o pensamento dominante é o mesmo que provoca a natureza a se desvelar enquanto objeto passível de ser mensurado, e

que norteia aquilo que entendemos como técnica moderna.

- Pensamento mediante: é suportar a estranheza renunciando à pretensão de tudo controlar. Preconiza uma relação de maior liberdade

para com a utilização da técnica, sem permitir que elas determinem a nossa essência.

- Serenidade: consiste em suportar a condição humana de abertura. Renúncia à atitude de controle voluntarista do mundo, este não querer

quer dizer uma permissão para que as coisas venham à luz por si mesmas.

Fenomenologia do Cuidado e do Cuidar.pdf - Capítulo 1

- Neste cuidado pelo ver, pelo investigar, pelo perguntar, recordar e esperar, o pensar se faz fenomenologia. A fenomenologia é tida como

uma possibilidade do porvir do ser.

- Fenomenologia é a possibilidade de pensar que se transforma e que por isso permanece a possibilidade de corresponder ao apelo

daquilo que se há de pensar.

Aula Revisão segundo semestre.pptx


Bibliografias

● CYTRYNOWICZ, M. B. Criança e Infância: Fundamentos Existenciais, Clínica e Orientações. São Paulo: Chiado Books, 2018.

● SAPIENZA, B. T. Conversa Sobre Terapia. 2ª ed. São Paulo: Escuta, 2015.

● SAPIENZA, B. T. Do Desabrigo À Confiança: Daseinsanlyse e Terapia. 2ª ed. São Paulo: Escuta, 2013

Complementar

● EVANGELISTA, P. Psicologia fenomenológica existencial – A prática psicológica à luz de Heidegger. Curitiba: Juruá, 2016.

● EVANGELISTA, P. E. (org.) Psicologia Fenomenológico-existencial – Possibilidades da atitude clínica fenomenológica. Rio de

Janeiro: Via Verita, 2013.

● FEIJOO, A. M. A existência para além do sujeito: A crise da subjetividade moderna e suas repercussões para a

possibilidade de uma clínica psicológica com fundamentos fenomenológico-existenciais. Rio de Janeiro: Via Verita

Editora, 2011.

● POMPÉIA, J. A. & SAPIENZA, B. T. Na Presença do Sentido: Uma aproximação fenomenológica a questões existenciais

básicas. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2013.

● SAPIENZA, B. T. Encontro com a Daseinsanalyse: A obra Ser e tempo, de Heidegger, com fundamento da terapia

daseinsanalítica. São Paulo: Escuta, 2015.

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