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ANA JÚLIA GOMES DAU

10º PERÍODO

TRABALHO I – ESBOÇO DO EXISTENCIALISMO

Trabalho apresentado à Faculdade Presidente


Antônio Carlos Alfa UNIPAC de Teófilo Otoni-
MG para a disciplina de Psicologia Existencial
Humanista II como requisito para conclusão do
Curso de Psicologia.

Professor(a): Carlos Renato de O. Faria

TEÓFILO OTONI
2023
1- Faça um pequeno esboço do Existencialismo (movimento filosófico).
Descreve as principais ideias dos seguintes autores: Soren Kierkegaard,
Friedrich Nietzsche, Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre.
O Existencialismo é um movimento filosófico que se concentra na análise da
existência individual e na busca de significado na vida humana. Ele enfatiza a
liberdade, a responsabilidade pessoal e a experiência subjetiva como aspectos
fundamentais da existência humana. No Existencialismo, a existência é vista como
algo único e singular, e cada indivíduo é considerado responsável por criar seu
próprio significado e propósito na vida. A liberdade é vista como uma característica
essencial da existência humana, mas também traz consigo uma angústia
decorrente da responsabilidade de tomar decisões e enfrentar as consequências.
Soren Kierkegaard: Kierkegaard acreditava que a existência humana era
marcada por uma angústia inerente e que cada indivíduo deveria confrontar essa
angústia pessoalmente, ele enfatizava a importância da subjetividade e da escolha
individual, argumentando que a verdade só poderia ser encontrada na ação e no
compromisso com uma escolha autêntica.
Friedrich Nietzsche: Nietzsche questionou e criticou a moralidade tradicional e
religiosa, propondo uma perspectiva filosófica que exaltava a vontade de poder e a
busca pela superação dos limites impostos pelo convencionalismo, ele enfatizava a
ideia de que os indivíduos devem criar seus próprios valores e viver de acordo com
sua própria visão de mundo.
Martin Heidegger: Heidegger explorou a questão do ser e da existência,
argumentando que o ser humano está constantemente em busca de sentido e de
um propósito, ele enfatizava a importância da autenticidade, da consciência da
própria finitude e da responsabilidade individual diante das escolhas feitas na vida.
Jean-Paul Sartre: Sartre é conhecido por sua afirmação de que "a existência
precede a essência". Ele argumentava que os seres humanos são livres para criar
seu próprio significado e propósito na vida, mas que essa liberdade também vem
acompanhada de uma angústia existencial. Sartre também enfatizava a
responsabilidade individual e a importância de agir em conformidade com os valores
que se escolhe.
Esses autores contribuíram para moldar o Existencialismo como um
movimento filosófico que coloca ênfase na experiência humana individual, na
liberdade de escolha e na responsabilidade pessoal. Cada um deles ofereceu uma
perspectiva única sobre a natureza da existência e a busca de sentido na vida.

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2023
2- Pesquise, conceitue e diferencie os seguintes termos: Autenticidade
(Carl Rogers) X Má Fé (Jean Paul Sartre).
Para Rogers, a autenticidade é a capacidade de uma pessoa ser verdadeira
consigo mesma e com os outros. Envolve uma congruência entre o que a pessoa
sente, pensa e expressa. Ser autêntico significa estar em contato com seus próprios
sentimentos e valores, agir de acordo com eles e ser honesto consigo mesmo e com
os outros. Rogers acreditava que a autenticidade é essencial para o crescimento
pessoal e para estabelecer relacionamentos saudáveis.
Para Sartre, a má-fé ocorre quando uma pessoa se engana deliberadamente
sobre sua própria liberdade e responsabilidade. A má-fé envolve evitar o
enfrentamento da liberdade individual e se esconder atrás de papéis sociais, normas
e convenções. Sartre argumentava que a má-fé é uma fuga da verdadeira
autenticidade, pois impede as pessoas de assumirem a responsabilidade por suas
ações e escolhas. Em vez disso, elas preferem se esconder por trás de desculpas,
mentiras ou comportamentos que contradizem sua verdadeira natureza.
Enquanto Rogers enfatiza a importância de ser verdadeiro consigo mesmo e
com os outros, Sartre critica a tendência das pessoas de se enganarem sobre sua
liberdade e responsabilidade, preferindo se esconder atrás de papéis sociais e
normas.
3- A partir dos conceitos de Psicologia Existencial, defina:

• Liberdade
Na psicologia existencial, a liberdade não é um estado absoluto ou uma
condição natural do ser humano, ela é uma construção social e histórica que emerge
em contextos específicos. Para a psicologia existencial, a liberdade não é apenas
uma questão de poder escolher entre diferentes opções, mas também implica
assumir a responsabilidade pelas consequências dessas escolhas. Assim, ao fazer
uma escolha, o indivíduo é livre para seguir o caminho que escolheu, mas também
é responsável por lidar com as consequências dessa escolha. Além disso, a
psicologia existencial destaca a importância da consciência da liberdade, ou seja,
ao reconhecer a sua liberdade, o indivíduo também se torna consciente da sua
responsabilidade pessoal e pode assumir o controle de sua própria vida.
• Angústia
Na psicologia existencial, a angústia é um conceito central que descreve uma
experiência emocional e existencial profunda e perturbadora. Ela surge quando um
indivíduo confronta a natureza incerta, imprevisível e ambígua da existência

TEÓFILO OTONI
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humana, bem como a consciência de sua própria finitude e liberdade. A angústia
surge da percepção de que somos seres lançados no mundo sem um propósito ou
sentido pré-determinados. Nesse sentido, a angústia está relacionada ao confronto
com a responsabilidade e a liberdade individuais. A angústia é uma experiência
emocional e existencial profunda que surge da confrontação com a natureza incerta
e imprevisível da existência humana, a responsabilidade e a liberdade individuais,
bem como a consciência da finitude e da morte. Ela desafia os indivíduos a buscar
significado, propósito e autenticidade em suas vidas, enfrentando essas questões
existenciais de frente.
• Culpa
Na psicologia existencial, a culpa é um conceito complexo que envolve uma
dimensão moral e existencial. Ela surge quando um indivíduo experimenta um
sentimento de responsabilidade por uma ação considerada inadequada, prejudicial
ou contrária a seus próprios valores e padrões pessoais. Nesse contexto, a culpa
está relacionada à consciência moral do indivíduo e à sua capacidade de avaliar
suas próprias ações em termos de certo e errado. Ela pode surgir quando o
indivíduo percebe que violou seus próprios princípios éticos ou quando se sente
responsável por causar dano a si mesmo ou a outras pessoas. A culpa pode ser
vista como uma oportunidade para reflexão e crescimento pessoal, permitindo ao
indivíduo buscar autenticidade e responsabilidade em suas escolhas futuras.
• Existência
A existência é compreendida na psicologia existencial como a condição
humana de estar consciente, vivendo e se tornando no mundo. Ela está relacionada
à liberdade e responsabilidade individuais, à consciência da própria finitude e à
busca por sentido e autenticidade. A existência é entendida como uma experiência
única e individual, na qual cada pessoa enfrenta desafios, conflitos e possibilidades
de dar sentido à sua própria vida. A existência, na perspectiva da psicologia
existencial, está intimamente ligada à ideia de liberdade e responsabilidade. Cada
indivíduo é visto como um ser livre, capaz de fazer escolhas e tomar decisões que
moldam sua própria vida. No entanto, essa liberdade também implica uma
responsabilidade pessoal pelas consequências de suas escolhas.

TEÓFILO OTONI
2023

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