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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Aspectos Filosóficos da Educação - o pensamento pedagógico moderno:


Iluminista:
Positivista:
Socialista:
Escolanovista:
5 FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIALISTA:

A fenomenologia pode ser entendida como um método, uma atitude ou uma


disposição para com o fenômeno, que não busca interpretar nem objetificar,
mas descrevê-lo do modo como se apresenta. Pode ser utilizada em diversas
áreas de humanas, na psicologia costuma ser utilizada nas abordagens
existenciais, humanistas e na gestalt-terapia. Esta disposição se coloca ao
estudo e compreensão do fenômeno do modo como este se apresenta a uma
pessoa ou a um grupo de pessoas. O fenômeno consiste justamente na
experiência e percepção, o modo como captamos, entendemos, sentimos e
somos afetados pelas vivências, entendidas como resultantes da correlação
entre o ser e o mundo, a consciência e o objeto, a subjetividade e a
objetividade. Esta correlação entende que em tudo o que percebemos
acontece numa relação entre o percebido e aquele que percebe, ou seja, entre
o sujeito e suas experiências, onde um não se separa do outro. Em
fenomenologia, costuma-se chamar de intencionalidade, uma condição que
consiste no direcionamento da consciência para o objeto, ao mesmo tempo que
este objeto se dispõe à consciência.

Enquanto método, se difere do racionalismo e empirismo. O racionalismo


buscava entender os objetos a partir da razão e do sujeito do conhecimento,
priorizando o sujeito e o pensar, enquanto o empirismo entendia os objetos a
partir da observação destes, mediada por instrumentos objetivos de medição,
como o uso de uma régua para medir o tamanho ou uma balança para verificar
o peso. A fenomenologia rompe com tais perspectivas, pois busca captar o
fenômeno do modo como este se apresenta para o sujeito, destacando uma
relação singular entre o sujeito e a coisa percebida, tendo como intuito a
descrição dessa relação do modo como acontece, sem a tentativa de
interpretar algo ou torná-la objetiva, mas captando suas singularidades. O
filósofo francês Jean-Paul Sartre oferece um contraponto na perspectiva
predominante no entendimento de ser humano na filosofia ocidental, o
essencialismo, que entendia o ser humano previamente determinado, fechado
em si, definido e estático. Diferente desta, o existencialismo entende o ser
humano em constante transformação, aberto ao mundo e num constante vir-a-
ser.

"O existencialismo surge, pois, como uma teoria que afirma o primado ou a
prioridade da existência. Mas em relação a que afirma este primado ou
prioridade? Em relação à essência." (Paul Foulquié, em 'Existencialismo')
Sartre entende que o ser humano é livre, pois a todo momento pode fazer
escolhas, mas é também condenado, pois a cada escolha que faz está
escolhendo a pessoa que vai se tornar a partir desta escolha. A liberdade
implica numa responsabilidade ética e uma permanente angústia, pois nunca
sabemos qual será a melhor escolha a ser feita, apesar disso, a todo momento
temos de escolher.

Na perspectiva fenomenológica, o mundo não é o resultado de especulações a


partir da razão, nem um algo objetivo que possa ser explicado pela medição,
mas um mundo vivido, sentido e experienciado, levando em consideração o
modo como captamos o mundo, os espaços e as relações cotidianamente, a
partir de nossas percepções, sentimentos e pensamentos. Diferente da
tendência da ciência positivista, que prioriza apenas o que pode ser calculado e
medido, a fenomenologia existencial se volta para o mundo da vida, ou seja, o
mundo tal como é vivenciado a partir de nossa experiência. Portanto, não
pretende explicar objetivamente as experiências, mas se esforça em
compreender o modo como experienciamos a vida.

"A reflexão fenomenológica vai em direção ao 'mundo da vida', ao mundo da


vivência cotidiana imediata, no qual todos nós vivemos, temos aspirações e
agimos, sentindo-nos ora satisfeitos e ora contrariados." (Yolanda Forghieri, em
'Psicologia Fenomenológica') A fenomenologia existencial busca compreender
o ser existente em movimento e transformação, contextualizando suas
experiências e as relações que estabelece. Pretende-se de tomar contato com
a existência a partir da própria existência, em sua concretude e singularidades,
se colocando aberto ao que se mostra, evidenciando a liberdade de escolha,
sem buscar interpretar. Há algumas diferenças entre as perspectivas sobre a
fenomenologia e o existencialismo, de acordo com cada autor e seus temas de
investigação. Entre os principais autores em fenomenologia estão Edmund
Husserl, Margin Heidegger, Merleau-Ponty. Os mais destacados
existencialistas foram Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.

A fenomenologia existencial é uma corrente filosófica que considera o ser-no-


mundo e entende o sujeito como resultado de relações intersubjetivas.

antiautoritário:
crítico.

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