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Aluna: Caroline de Souza Bonfim

Curso: Psicologia Período: 8º


Professora: Aline Baveloni
Disciplina: Teoria e Técnicas Psicoterápicas II

ATIVIDADE AVALIATIVA I - QUESTIONÁRIO

1. Qual a visão de homem e de mundo do Humanismo?


Com a ajuda de correntes de pensamentos e teorias filosóficas,
juntamente com a evolução da ciência moderna, vão surgindo diferentes formas
de se conceber o homem. Uma maneira de visão de homem que antes era
mecanicista, passa a ser também funcionalista e organicista: o homem passa a
ser reconhecido como um sistema funcional, coberto de possibilidades, ou seja,
um fenômeno singular.
Para o Humanismo, o homem é o autor de tudo, está no centro, ele é visto
na realidade de sua existência, dotado de crenças e valores, onde sua
consciência é afetada pelo mundo que está a sua volta, e por isso, ele não existe
por si só, ele existe a partir da existência do outro. Desta maneira, a consciência
do homem não é o que o constitui o mundo, mas sim, o homem e o mundo que
constituem um ao outro.
O homem, dentro da visão Humanista, é responsável por suas escolhas, e
seus valores vão sendo formados a partir delas e da sua relação com o mundo.
Ele é digno de liberdade, tem sua própria subjetividade, possui potencialidades e
é intencional.

2. Em qual contexto histórico surgiu o Humanismo e quais os principais autores


estudados?
O Humanismo teve início no contexto histórico Medieval, em um período de
transição do Renascimento, juntamente com o antropocentrismo, quando o homem
foi colocado como centro das preocupações. Nesta época houveram rupturas com
valores do passado.
Devido a ciência moderna, indagações e pesquisas foram sendo
desenvolvidas, causando uma cisão com o pensamento da igreja (teocentrismo). As
guerras acabavam com a esperança das pessoas, trazendo a angústia, a tristeza,
anseios. Este contexto histórico trouxe dúvidas sobre a existência de Deus e a
moralidade, já que na guerra os homens eram apenas mais um, quando alguém
morria, era apenas mais uma morte. A partir disso, houve o resgate da
individualidade e a vinda e do Humanismo como uma terceira força como base
filosófica.
Maslow e Rogers são considerados os principais representante do
Humanismo, porém, a Psicologia Humanista possui diversas ramificações que
analisam diferente seu objeto de estudo, assim tendo como autores: Husserl,
Giovantti e Bergson.

3. Quais são os principais objetivos da Psicoterapia Humanista?


A Psicoterapia Humanista possui como principais objetivos evidenciar a
consciência, a responsabilidade e atingir transformações. Possui ênfase na
experiência, em estar conectado com o mundo e consigo mesmo, e como
eles se afetam mutuamente. Como esta Psicoterapia é focada na pessoa, ela
traz ao paciente tomadas de decisões, reflexões sobre si mesmo, fazendo-o
buscar sua auto realização, e deixando claro que não há uma plenitude, mas
que estamos sempre em um processo, ou seja, em desenvolvimento,
facilitando o alcance ao autoconhecimento.

4. O principal método de estudo da psicologia humanista é a consciência.


Explique sobre a consciência na Psicologia Humanista e também como concebe o
inconsciente.
A consciência dentro da Psicologia Humanista é constituída pelas
interferências constantes do mundo, ou seja, pela sociedade, cultura, crenças e
conceitos. Para falar de consciência dentro dessa abordagem, é necessário falar
de objeto, já que ambos se definem através de uma correlação, já que são
unificados e estão sempre em interação: subjetividade e objetividade. Um objeto
só é percebido como objeto a partir do momento que é reconhecido pela
consciência, esta é concebida enquanto uma vivência que é criadora de sentidos,
gerando novos processos de subjetividade, estando sempre em
desenvolvimento.
Já em relação ao inconsciente, ela pode ser vista como uma
potencialidade de experiência, ou seja, o conteúdo psicológico não é
inconsciente, mas sim ainda não acessado pelo sujeito, o que se dá, pelo registro
percepcional. Nesta abordagem, o homem não é regido pelo inconsciente, e ela
não dá enfoque neste tema, como a Psicanálise.

5. Segundo o humanismo, os principais conflitos emocionais se dão no confronto


do ser com os dados da existência. Explique quais são eles.

As dificuldades de uma pessoa são criadas ao longo de sua existência, e


elas podem afetar seu desenvolvimento emocional e psíquico, comprometendo
seu bem estar e sua realização pessoal. O confronto com a existência implica a
tomada de consciência do mundo próprio da experiência subjetiva.
Os dados da existência são:
 Consciência de morte – experiência de contingência, já que traz a sensação
de possibilidade do fim de todas as possibilidades, gera ansiedade e medo da
morte, surge através do conflito entre a consciência da finitude e o desejo de
continuar sendo, porém, pode encorajar e motivar as pessoas a aproveitarem
ao máximo as oportunidades e valorizar o que temos na vida.
 Consciência de liberdade - experiência de responsabilidade e autonomia no
sentido de suas escolhas que traz o medo do incerto e do desconhecido.
 Consciência da solidão – experiência de isolamento, com medo da
separação. Essa condição faz parte da vida. Mesmo estando rodeados de
pessoas em que nos relacionamos, em algum momento o indivíduo irá
perceber que depende apenas de si mesmo para realizar os seus objetivos
pessoais.
 Consciência da falta de sentido – experiência de vazio e desespero. Não tem
sentido apenas “existir”, com isso, a consciência leva a pessoa a procurar um
sentido para a sua existência, ou seja, buscar seu desenvolvimento e sua a
autorrealização.
REFERÊNCIAS

LIMA, B. F. Alguns apontamentos sobre a origem das psicoterapias fenomenológico-


existenciais. Rev. abordagem gestalt., Goiânia, v. 14, n. 1, p. 28-38, jun. 2008.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
68672008000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 set. 2021.
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
68672008000100006>

BEZERRA, M. E. S.; BEZERRA, E. N. Aspectos humanistas, existenciais e


fenomenológicos presentes na abordagem centrada na pessoa. Rev. NUFEN, São
Paulo ,v. 4, n. 2, p. 21-36, dez. 2012. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-
25912012000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10. set. 2021.

PIMENTA, T. Existencialismo: o que é a psicoterapia existencial. Disponível em:


< https://www.vittude.com/blog/existencialismo/> Acesso em: 10. set. 2021.

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