O documento discute a filosofia do corpo de Merleau-Ponty, enfatizando que a percepção é o contato originário com o mundo através do corpo, que o corpo é central na experiência humana e que a abertura para o mundo se dá pela percepção corporal, não por uma consciência transcendental.
O documento discute a filosofia do corpo de Merleau-Ponty, enfatizando que a percepção é o contato originário com o mundo através do corpo, que o corpo é central na experiência humana e que a abertura para o mundo se dá pela percepção corporal, não por uma consciência transcendental.
O documento discute a filosofia do corpo de Merleau-Ponty, enfatizando que a percepção é o contato originário com o mundo através do corpo, que o corpo é central na experiência humana e que a abertura para o mundo se dá pela percepção corporal, não por uma consciência transcendental.
● Qual o sentido primeiro da condição humana de ser no mundo através do corpo?
Percepção como contato originário com o mundo por meio do corpo:
O corpo nos faz estar no mundo sem qualquer ideia preconcebida, primordialmente, é pela percepção que temos um contato direto com o mundo, assim a percepção tem grande papel, através dos sentidos da experiência do corpo, no contato originário com o mundo. Sensível como centralidade: Não busca adotar uma postura irracional, mas quer mostrar que o elemento primordial da existência é a percepção. Somos corpos que percebemos. Sentido primeiro de ser no mundo pela condição existencial de corpo que percebe, o corpo-cognoscente. Antes da reflexão da mente sobre o corpo, há uma reflexão do corpo sobre si mesmo. A abertura original para o mundo pela percepção se faz pelo corpo: O corpo é o lugar onde se encontra um sistema de comunicação com o mundo pelos movimentos, sendo um conjunto de correspondências vividas, não objetivas, transformando a realidade física em realidade vivida e assumida. Nosso campo perceptivo é um campo existencial: O sentido nas coisas funda-se na intimidade do corpo com o meio sensível, no fenômeno do aparecer. Assim a experiência propriamente perceptiva é aproximação no sentido em que ela é encontro ou contato com as coisas mesmas. Husserl: Filosofia rigorosa que suspende todas as certezas já elaboradas, buscando as essências como expressão da verdade, que não abandona as ciências, mas valoriza o mundo-da-vida, a procura da superação do idealismo transcendental. Dessa forma, o sujeito da percepção é o corpo e não uma consciência transcendental ou desencarnada. Resgate das experiências vividas: Recuperação do corpo em contato com o mundo em sua manifestação pré-científica. Toda reflexão filosófica ou todo conhecimento científico é sempre posterior às nossas experiências sensíveis, que são vividas pelo corpo. Não existe experiência perceptiva pura, a percepção não é uma vivência desinteressada: A experiência de perceber não reage mecanicamente aos dados físicos, ela se situa sempre em relação ao mundo perceptivo; ela é uma pluralidade de maneiras de se relacionar com o mundo; ela é relação com o mundo. Filosofia: Instância vigilante que tem por finalidade evitar que descrições fenomenológicas sejam uma representação distanciada das coisas. Busca perceber a textura das coisas sensíveis tal como elas se fazem presentes ao corpo. É sempre o ser do fenômeno que ele visa. Carne: Metáfora para falar do vínculo primordial com o mundo por meio do corpo, que é sempre o mediador da nossa relação com o mundo. Compreensão de que o corpo é radicalmente "ser-no-mundo" pela experiência sensível. A carne é o sensível no duplo sentido daquilo que sentimos e daquilo que é sentido, formando uma correspondência reversível entre o dentro e o fora, na qual somente se é possível tornar-se "ser" pela relação com o outro, que é um entrelaçamento ou um quiasma estabelecido na tensão permanente de que uma unidade ou uma singularidade nunca é efetivamente "uma" sem estar em relação com uma "outra".