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CORPOREIDADE

GESTALT-TERAPIA
Flora Couto
psicóloga – CRP 03/02441
Paradigmas do CORPO

Quando falo CORPO…qual a representação disso em


mim? No outro?

Filosofia, religião, sociologia, Psicologia

Cisão biológico(corpo) x mente(cérebro)

Corpomente x Corpo organísmico

Corpo holístico, energético, transpessoal


CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial
CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Corpo em Merleau-Ponty e Martin Heidegger.

Visão do corpo e do movimento integrados na totalidade humana

Afasta-se do pensamento cartesiano


CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Referindo-se a visão de totalidade do ser, incluindo o corpo,


Merleau-Ponty (1908-1961) afirma:

Pode-se dizer que o corpo é a forma escondida do ‘ser


próprio’ ou, reciprocamente, que a existência pessoal é a
retomada e a manifestação de um dado ser em situação.
Portanto, se dizemos que a cada momento o corpo exprime a
existência, é no sentido em que a fala exprime o pensamento
(...) É dessa maneira que o corpo exprime a existência total,
não que ele seja seu acompanhamento exterior, mas porque
a existência se realiza nele (p.229).
CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Corpo transcendental – corpo de experiência

Corpo objetivo e fenomenal: compõem uma totalidade,


permitindo ao mesmo tempo a experiência do “eu” e “meu”,
“eu corpo” e “meu corpo”, interioridade de uma exterioridade e
exterioridade de uma interioridade.

A compreensão dada pelo corpo é pré-reflexiva: meu corpo


tem seu mundo ou compreende seu mundo sem precisar
passar por representações, sem subordinar-se a uma função
simbólica ou objetivante (...) (Merleau-Ponty, 1994, p.195).

Fala falada e fala falante


CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Para Merleau-Ponty, corpo e consciência são indissociáveis, e ele


utiliza o termo corporeidade para designar o fato de que o ser
humano é naturalmente dotado de uma consciência encarnada, ou
seja, que é ela mesma corpórea. mundo.Dicionário de Gestalt-
terapia (p. 252). Summus Editorial. Edição do Kindle.

Assim, a pessoa, sendo pelo seu próprio corpo uma maneira de


estar consciente do mundo, mostra que ela é essencialmente uma
presença corpórea no mundo. Isto é o que ele chama a consciência
perceptiva ou o corpo-cognoscente: é por suas possibilidades
sensíveis e perceptíveis que o corpo tem a experiência do
mundo.Dicionário de Gestalt-terapia (p. 252). Summus Editorial.
Edição do Kindle.
CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Para Merleau-Ponty, a intercorporeidade se refere ao cruzamento


que se opera secretamente entre seu corpo e o dos outros, por
diversos métodos inconscientes como os da imitação e do
mimetismo. Esse cruzamento não é apenas descobrir o outro de
fora, mas de dentro da experiência, revelando de maneira oculta a
parte invisível ou silenciosa de seu próprio corpo. (Merleau-Ponty,
2004, p. 485)

M-L. Brunel e C. Martiny (2004, p. 485) escrevem em seu artigo: O


conceito de intercorporeidade permite compreender como a
linguagem do corpo é essencial para a compreensão empática. O
corpo é um modo de se fazer presente ao outro. Como corpo
vivido, ele está indissociavelmente ligado à sua história pessoal e
oferece uma via particular para o mundo, constituindo a base da
subjetividade e também da intersubjetividade, dado que constitui o
lugar de encontro entre sujeito e objeto, um lugar onde se
experiencia o outro.Dicionário de Gestalt-terapia (pp. 252-253).
Summus Editorial. Edição do Kindle.
CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Heidegger

Quando o ser humano se depara com algo que se apresenta


diante de sua consciência, primeiro o nota e o percebe em
total harmonia com sua forma, a partir de sua consciência
perceptiva.

Consciência e Fenômeno

Realidade e percepção

Corporeidade como uma totalidade sensível de


conhecimento sobre si e o mundo, mediado pela realidade
perceptual.
CORPOREIDADE
Perspectiva fenomenológica existencial

Corporeidade como uma totalidade sensível de conhecimento


sobre si e o mundo, mediado pela realidade perceptual.

Subjetividade e Sujeito entendido como um projeto aberto, em


um contínuo movimento de tensionamento dialético e dialógico
com o campo sistêmico das dimensões perceptuais,
produzindo tessituras impermanentes de realidade: processo
de simbolização mítica.

Vir - a – (ser)- no mundo – com

A corporeidade é um processo mítico.


CORPOREIDADE
Mito e narrativas corporais

Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo


e/ou simbólico, procurando explicar os principais
acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens
do Mundo e do Homem. Pode-se dizer que o mito é uma
primeira tentativa de explicar a realidade.

Os símbolos como ancoras do processo de simbolização


possuem as características de uma “gestalt”.

O pensamento holístico também se faz presente para o


entendimento dos símbolos no homem, mostrando que os
mesmo também são relacionados a todos os aspectos do
sistema e não meras representações mentais, expressas em
narrativas linguísitcas.
GESTALT – TERAPIA E CORPOREIDADE
Conceituação

Perls, Hefferline e Goodman (1997): corpo como totalidades


significativas, significativas porque entendem que o todo
explica suas partes e há uma tendência das partes em
completar o todo.

Para Perls (1981 apud ANTONY, 2010) o corpo é o invólucro


de todas as nossas sensações e excitações; sendo que cada
emoção tem sua conexão com determinada ação em nosso
corpo se transformando assim na própria linguagem do
organismo.

Adriana Schnake (2001): o corpo é gestalt e olhando para o


principio de parte-todo, em cada célula do corpo pode-se
reconhecer e visualizar a presença de toda a pessoa, em
qualquer parte do corpo a pessoa está inteira, presente.
Conceituação

Antony (2005): corpo é o local onde as coisas aparecem,


acontecem, onde sentimentos e estímulos se tornam visíveis e
a partir do corpo é que se descobre e se interage com o
mundo; sendo o corpo lócus também de experimentação e
expressão: primeira totalidade da qual o ser humano se
apropria, ainda criança reconhece que habita em seu corpo.

Antony (2010): um constituinte ímpar do desenvolvimento da


criança, pois o mesmo é fonte de conhecimento, de percepção,
de vivência e apreensão do mundo/ambiente para a criança. O
corpo como sendo o primeiro espaço a ser reconhecido pela
criança como sendo dela, assim todos os seus sentimentos,
pensamentos passam pelo seu corpo para se tornar significado
posteriormente auxiliar no processo de construção de sua
subjetividade.
Conceituação

Monica Alvim (2007): visão de corpo como modo de ser no


mundo, descrevendo ainda que é este corpo que situa o sujeito
no mundo, que se relaciona, e principalmente que é a partir
deste que cada ser humano percebe o outro, o mundo e se
percebe na medida em que o outro é percebido.

Monica Alvim (2007): “O corpo é físico, vital e humano. O corpo


é vidente e visível. O corpo vê-se, toca-se: o corpo é um si por
imanência, somente aquilo que vive, existe enquanto corpo, é
que se transforma em significação."

Veiga (2006): o corpo se estabelece também como um evento


social, cultural, religioso e psicológico, sendo que este tem
muito a nos comunicar: espaço privilegiado do encontro entre
idéias e emoções, nele se transpõem sentidos e ação.
Conceituação

Ribeiro(2009) traz a ideia de corpo como sendo um micro -


universo formado por água, terra, ar e fogo sendo o corpo a
metade da constituição total do eu e a outra metade é o meio
ambiente existindo intradependentes uma da outra.

Ribeiro(2006): o termo corpo-pessoa para explicitar que é


nessa síntese que todo o universo se torna significação e
sentido, para cada indivíduo.

Contudo sua definição mais próspera é a de corpo como sendo


a casa de cada um, a casa onde vivemos e, além de casa, esse
corpo é também veículo condutor que leva cada um ao
encontro de tudo aquilo que mais o fascina, ou não. Nos atenta
ainda para o fato de sermos esse corpo e não apenas de
possuí-lo: “Não existem eu e meu corpo. Só sei que existimos”
(RIBEIRO, 2006, p. 97)
“O corpo é a pessoa, o retrato de mim mesmo, da
minha história, por isso só pode ser falado por mim.
Se o outro me toca eu toco o outro, devo fazê-lo com
a reverência própria de quem entra num santuário a
procura do sagrado” (RIBEIRO, 1997)
Self
Contato

Awareness sensorial

Corporeidade

Figura fundo

Autoregulação

Ajustamento Criativo
Retroflexão
Self, Contato e Corporeidade

O ato de contato é uma totalidade que envolve um fluxo


continuum de awareness, atividade motora e sentimento, a
partir da interação pessoa-mundo em direção à formação de
gestaltens que só podem prosseguir enquanto o excitamento e
o interesse puderem ser mantidos. (Perls, Hefferline e
Goodman, 1997) (L. Perls, 2002, p.153).

Bloqueios do contato produz um impedimento do fluxo de


awareness, um retardamento da interação na fronteira e a
consciência se intensifica: auto-regulação se foca na direção
da sensação de atividade e separação da situação e as
representações são ativadas como recursos que, tendo sido
eficazes no passado, oferecem uma possibilidade agora.
(Alvim, 2011).
Fundo Self na
função ID Fluxo do agora Self na
função ego
Excitamentos Self na função
Totais
personalidade

Vivências
passadas N N+E=Exc. Int. Figura

Excitamentos Neurose/Psicose:Repetição,
Contidos =Assimilação ausência, desarticulação de
hábitos nas formas criativas
de contato no presente com
Hábitos Fronteira de contato diferentes níveis espirais de
awareness e
Dados=lógicas Co-dados integração/desintegração
sistêmica.
sistemas de crenças
Self, Contato e Corporeidade
Perls, Hefferline e Goodman (1951/1997) descrevem duas outras
possibilidades além do contato fácil ou difícil: situações
emergenciais na interação onde há perigo ou frustração. Quando
situações de perigo são extremas, repetidas e/ou dolorosas, há um
“reajustamento da fisiologia, uma tentativa de estabelecer um novo
conservadorismo inconsciente sob as novas condições [...] uma
fisiologia secundária” (op.cit., p.207). Tais ajustamentos se tornam
crônicos e fixam o funcionamento do self, impedindo o fluxo de
awareness e o processo de ajustamento criativo. (Alvim, 2011).

Nesse sentido a Gestalt-Terapia descreve o funcionamento


neurótico como uma situação de emergência crônica de baixa
intensidade, ou seja, uma situação de desequilíbrio crônico de
baixa tensão, que envolve uma sensação contínua de perigo e
frustração. (Alvim, 2011).
Self, Contato e Corporeidade

Na situação de emergência crônica duas funções de emergência


(que a princípio seriam temporárias) entram em ação ao mesmo
tempo: um ocultamento deliberado e uma hiperatividade não
deliberada, havendo um excesso duplo sobre os receptores e
proprioceptores. (Alvim, 2011).

Há uma atenção intensa do organismo para um suposto “perigo” do


ambiente - os receptores ficam aguçados e a musculatura
enrijecida, pronta para fugir ou lutar. (Alvim, 2011).

Como as exigências proprioceptivas são menos ameaçadoras, já


que a hiperatividade exaure a energia e a tensão aí envolvida, a
atenção é desviada delas e investida na sensação de perigo.
(Alvim, 2011).
Self, Contato e Corporeidade
Os proprioceptores são retraídos e há auto-constrição, gerando um
tipo de dessensibilização, a percepção do corpo como parte do self
é diminuída e há perda de contato com o próprio corpo, sensações
e sentimentos. (Alvim, 2011).

Ocorre a redução da função id – o fundo de onde parte o apetite e


a direção da ação – reflete em inibição motora e em uma falta de
confiança em si próprio, medo do futuro, falta de crença nas
possibilidades, no “eu posso”. (Alvim, 2011).

Neurose: rompimento da unidade corpo, mente, organismo e


ambiente. O ego deliberado (ativo) é sentido como isolado do
mundo; ele intervém ao invés de aceitar a interação espontânea, a
energia para o contato parece vir “de dentro”, exclusivamente dele,
movimentada não por sua sensação organísmica, mas por sua
vontade racional, controlada pela “mente” (Perls, Hefferline e
Goodman, 1951).
Self, Contato e Corporeidade

Na teoria da Gestalt-terapia, a elasticidade da formação


figura/fundo é o ponto inicial para compreender a funcionalidade
das neuroses e psicoses.

À medida que essa dinâmica fica perturbada, encontra-se


“frequentemente ou rigidez (fixação) [a psicose], ou uma falta de
formação de figura (repressão) [na neurose]. Ambas interferem na
completação normal de uma Gestalt adequada” (PHG, 1997, p.
34). Goodman (PHG, 1997, p. 235) compreendia a psicose como
“distúrbios das funções de id”. Dicionário de Gestalt-terapia (p.
314). Summus Editorial. Edição do Kindle.
CORPO E TERAPIA
CORPO E TERAPIA

Objetivo: ampliação da awareness sensorial para trazer a


figuração das fixações e tensões que estão muscularmente
encouraçadas - que se tornaram involuntárias, enrijecidas
inconscientemente pelas frustações e perigos crônicos - e os
componentes existências do conflito em que elas estão habituadas;
para que elas possam ser experienciadas em uma nova fronteira
do aqui – e - agora, sob uma condição atual de musculatura
voluntária. (Perls, Hefferline e Goodman, 1997).

O processo psicoterapêutico se inicia com a awareness da função


id, o que significa dizer que, a partir de uma experiência estética,
conectando-se com a corporeidade e as sensações, a ação
escolhida dentre as possibilidades que se apresentam estará
orientada pela necessidade que ativa e mobiliza o fundo. (Alvim,
2011)
CORPO E TERAPIA

O terapeuta deve conectar-se com as próprias sensações


presentes, concentrando-se na forma da situação, orientando sua
intervenção para a necessidade que se apresenta e revela no id da
situação, o que ativa e mobiliza o fundo orientado pela necessidade
dominante, abstraindo o cliente das representações(Alvim, 2011)

O gestalt-terapeuta busca a totalidade da forma, que inclui a fala e


o gesto do corpo que acompanha a fala: os movimentos de braços,
pernas, cabeça, o tom de voz, o olhar e seus movimentos. Enfim,
tudo o que se apresenta enquanto uma ação emana do campo e
toma uma forma, a partir da percepção de cliente e terapeuta. A
estrutura da situação é a coerência interna de sua forma e
conteúdo (Perls, Hefferline e Goodman, 1951/1997, p.93)
CORPO E TERAPIA

J-M. Delacroix (2011) apresenta a intercorporeidade, em seu


artigo, como um elemento fundamental no processo
terapêutico em Gestalt para a criação do vínculo e da
intersubjetividade, e a define por quatro características:

1) Pelo que se passa, de corpo a corpo, entre o paciente e o


terapeuta, no invisível de início, depois mediante as diferentes
manifestações que podem afetar o terapeuta em seu corpo,
em seu imaginário, em seu estado interior, em seu
pensamento.

2) Pela consciência que se tem dessas manifestações, graças à


sua própria corporeidade, engajada no processo de contato, e
pelo fato que coloca a hipótese de que elas são transmitidas
de forma não consciente pelo paciente, por meio dos vínculos
invisíveis baseados nos fenômenos da interdependência e da
ressonância.
CORPO E TERAPIA

3) Pelo fato de que se espera trazer a intercorporeidade à


consciência do paciente, dando-lhe certos elementos da
própria experiência do terapeuta, que são considerados como
uma informação que lhe vem do organismo do paciente.

4) Pela co-afetação de corpo a corpo na qual a corporeidade


de um abre o outro à sua própria corporeidade em um
movimento de vaivém, criando assim uma circularidade de um
ao outro, por intermédio da qual se tecem o vínculo, a relação
e a intersubjetividade.Dicionário de Gestalt-terapia (pp. 253-
254). Summus Editorial. Edição do Kindle.
CORPO E TERAPIA

Essas diferentes definições mostram bem o princípio da


circularidade desenvolvido por Merleau-Ponty: a intercorporeidade
é um processo de corpo a corpo no qual o físico, o emocional, o
relacional, o histórico, o mental, o energético e o espiritual estão
presentes simultaneamente e circulam de um a outro em um
movimento contínuo.

A corporeidade de um não existe sem a corporeidade do outro e as


duas corporeidades são postas em movimento e em interação por
esse princípio de circularidade, dando todo seu sentido a esta frase
citada no início deste verbete: “É pelo meu corpo que eu
compreendo os outros, como é pelo meu corpo que eu percebo as
‘coisas’” (Merleau-Ponty, 1945, p. 216).
CORPO E TERAPIA

O papel do terapeuta é o de abrir sua consciência (awareness)


ao que passa por si, de colocar-se em circulação restituindo ao
paciente o que este lhe transmitiu sem o saber, e de sustentar
esta circularidade. É por esse sistema que o terapeuta e o
paciente se tornarão sujeitos com suas corporeidades
próprias; o corpo enquanto carne se torna um corpo-
cognoscente, lugar de encontro, de ressonância e de captação
entre um e outro, e necessariamente um lugar onde se
experiencia o outro.

O corpo-cognoscente tem a capacidade de estar em relação


com o mundo exterior e, como tal, de ser um sujeito senciente,
e ele tem igualmente a possibilidade de voltar-se sobre si
mesmo, de ser para si mesmo seu próprio objeto, de ser um
objeto sentido. Dicionário de Gestalt-terapia (p. 254). Summus
Editorial. Edição do Kindle.
CORPO E TERAPIA

Corpo senciente: aquele que capta e ressente; corpo sentido:


aquele que se vive com o que captou; e, acrescentamos, corpo
relacionante: o terapeuta que traduz ao paciente, fazendo uso de
suas palavras, o que sentiu de seu corpo a corpo, que observa e
aguarda suas reações, e que sustenta a circulação. Dicionário de
Gestalt-terapia (p. 254). Summus Editorial. Edição do Kindle

O conceito de intercorporeidade é, pois, muito pertinente à Gestalt,


dado que permite refinar a reflexão sobre o que se passa no entre-
dois, entre o paciente e o terapeuta: o corpo cognoscente do
terapeuta, seu corpo sentido e senciente, torna-se uma caixa de
ressonância, um captador, ele ressoa ao que se passa entre, ele
capta os elementos da experiência do paciente e de seu mundo
interior. circulação. Dicionário de Gestalt-terapia (p. 254). Summus
Editorial. Edição do Kindle
CORPO E TERAPIA

Estamos em um fenômeno sutil de corpo a corpo no qual isso


passa de um a outro de maneira invisível e esse invisível pode se
manifestar através do organismo do terapeuta e de suas
manifestações corporais, emocionais, e também por imagens, por
lembranças de sua própria história, por pensamentos, por estados
interiores (excitação, irritação, aborrecimento, vazio, desinteresse,
confusão, falta etc.).Dicionário de Gestalt-terapia (p. 255). Summus
Editorial. Edição do Kindle.

Consideramos que os fenômenos que passam pelo organismo do


terapeuta são, de fato, fenômenos do campo: eles são
desencadeados pela situação na qual o terapeuta se oferece com
seu corpo cognoscente para captar os elementos do desconhecido,
do “não sabido” do paciente.Dicionário de Gestalt-terapia (pp. 255-
256). Summus Editorial. Edição do Kindle.
CORPO E TERAPIA

Cabe ao terapeuta construir uma intervenção que explicite, na


relação, o que lhe foi transmitido no invisível. Essa intervenção
de restituição é delicada; ela deve ser feita no momento
oportuno e de maneira aceitável pelo paciente. Dicionário de
Gestalt-terapia (p. 256). Summus Editorial. Edição do Kindle.

Se nós definirmos as sequências de colocação em contato e de


pleno contato como momentos em que há um ir de um em
direção ao outro no visível e no real, o ir em direção já teve
lugar mediante os vínculos invisíveis que passam de um ao
outro e que suscitam reações no corpo do terapeuta, que
desenvolveu uma postura de consciência-presença, de escuta e
de receptividade, sem julgamento. Dicionário de Gestalt-terapia
(p. 256). Summus Editorial. Edição do Kindle.

O emocional e o imaginário do terapeuta são, então,


considerados como manifestações oriundas do corpo-carne
colocadas em movimento pelo corpo a corpo sutil e energético.
Dicionário de Gestalt-terapia (p. 256). Summus Editorial. Edição do Kindle.
Referência Bibliográfica

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ALVIM, Mônica Botelho. O lugar do corpo em Gestalt-Terapia: dialogando com
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Disponível em http://www.igt.psc.br/ojs/ ISSN 1807-2526.
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Perls, F. Hefferline, R. & Goodman, P. (1951/1997). Gestalt-Terapia. São Paulo:
Summus.

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