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Marcelo Liberato
FICHAMENTO DO TEXTO: INTRODUÇÃO À PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
“No essencial, a perspectiva existencial pretende ajudar o cliente a escolher-se e a agir de forma
cada vez mais autêntica e responsável.”
“O que caracteriza a existência individual é o ser que se escolhe a si mesmo com autenticidade,
construindo assim o seu destino, num processo dinâmico de vir-a-ser. O individuo é um ser
consciente, capaz de fazer escolhas livres e intencionais, isto é, escolhas livres e intencionais,
isto é, escolhas das quais resulta o sentido da sua existência.”
“Cada individuo centra-se na construção de significados com que luta contra o vazio e a falta de
sentido, sendo responsável (existencialmente) pela sua auto-afirmação de desenvolvimento,
estando consciente do que sentiu e pensou, do que sente e pensa e podendo antecipar o que
poderá vir a ser no fundo.”
“Para May (1958), que introduziu a psicoterapia existencial nos Estados Unidos da América, a
ansiedade patológica resultaria do indivíduo não se confrontar com a ansiedade normal, sendo
esta a que deriva do confronto com os dados da existência.”
“As atitudes do terapeuta permitem escrutinar o nível de consciência que o cliente tem da sua
experiência e devem também facilitar-lhe tomar ainda mais consciência de si.”
“A saúde mental seria caracterizada pela abertura ao mundo próprio, enquanto as diferentes
perturbações mentais seriam caracterizadas pelo encerramento do Dasein, uma privação e
bloqueio da relação consigo mesmo, na qual o individuo se fecha ao seu mundo.”
“O método da logoterapia tem por finalidade ajudar os indivíduos que sofrem ou não de neuroses
noogénicas (espirituais) a redescobrirem o significado e propósito das suas vidas, em situações
em que o sofrimento seja induzido por fatores externos ou por fatores internos.
“É a análise da existência que toma por objeto o projeto existencial do sujeito, isto é, a existência
enquanto projeto que tem estrutura narrativa e que é continuidade compreensível das vivências
passadas, presentes e futuras.”
“A análise da existência exige uma técnica que permita a reler a existência como um texto que
projeta a pessoa, considerando que o seu projeto existencial manifesta-se nas várias
modalidades fenomênicas (linguagem, emoções, comportamento, entre outras).”
“A relação de ajuda que poderá facilitar a mudança é a que ajude o cliente a (re)encontrar a sua
liberdade ontológica (condição humana) e uma maior liberdade prática (Cannon, 1993),
comprometendo-se num processo mais autêntico de criação de si próprio no seu contexto social.”
“O passado não pode ser mudado, mas pode ser assumido. O presente e o futuro são os tempos
de mudança, expansão e realização. A dimensão terapêutica centra-se na restauração da
liberdade que permita uma reconstrução alternativa da experiência.”
“Uma relação de ajuda existencial servirá para facilitar o exercício da liberdade de escolha, ajudar
a identificar fatores de vazio existencial e de falta de poder pessoal e a aumentar a consciência
crítica e o sentido do coletivo, facilitando atitudes positivas face à participação na vida coletiva.”
A PSICOTERAPIA EXISTENCIAL: UMA PESQUISA FENOMENOLÓGICA
“A filosofia existencial postula a liberdade humana como sendo o ponto de partida para a
construção do eu. Dessa forma, dá lugar a uma proposta indeterminista e humanista, onde o
homem é visto como totalidade.”
“Husserl, em 1884, sob a influência de Franz Brentano – que propunha uma psicologia descritiva
em oposição à psicologia explicativa – fundou a fenomenologia como método, que tem exercido
uma influência considerável nos pensamentos filosófico e científico contemporâneo e os propôs
como recurso apropriado para pesquisar a vivência – o sentido – que quer dizer o que da razão, o
que origina.”
“Na pesquisa psicológica, em seu sentido qualitativo, a ideia de fenômeno assumiu o sentido de
entidade enquanto coisa, pensamento, pessoa, que se mostra enquanto situada, por meio da
descrição do situar-se.”
“A psicologia como ciência natural interessa-se pela quantidade do vivido. As ciências do espírito
tinham como tema central a vivência do sujeito, que não é regida pela causalidade, uma vez que
depende do sentido atribuído pelo autor da conduta, supondo a liberdade.”
“A psicologia que se funda no pensamento filosófico pautado no existir, vai aqui considerar as
ideias de Heidegger; este autor enfatiza a importância da linguagem como reveladora da
articulação dos sentimentos e da interpretação frente à relação do ser com o mundo e as
reflexões de Kierkegaard como fundamento daqui que é revelado na linguagem.”
“O modo existencial que separa o ser-aí dos demais entes do Universo, consistindo na relação do
dasein com o mundo, é essencialmente preocupação. A preocupação impõe a presença do
mundo, a praticidade dos objetos, implicando tanto nos aspectos da vida interior como na vida
exterior.”
“Heidegger (1989), na tentativa de descrever a estrutura do dasein, afirma que este se manifesta
sob três formas ontológicas. A primeira, que é considerada a situação originária, consiste na
abertura do ser para o mundo.”
“O psicólogo no lugar da escuta, na compreensão do relato daquele que lhe pede ajuda, pode
apreender os pontos de desordem ou de estagnação, facilitando o discurso do cliente e
permitindo que os aspectos conflitivos emerjam.”
“Seja qual for a situação, a escuta do psicoterapeuta deve ser atenta, a fim de que possa atuar
através da epoquê e exercitada com rigor, segundo os princípios da investigação fenomenológica,
onde a apreensão do discurso do cliente vai se dar através da captação intuitiva e da integração
significativa.”
“Em geral, quando se faz psicoterapia, cuida-se primeiro de conhecer e definir através dos
sintomas que o cliente manifesta, a disfunção ou alteração psicológica (ou disfunções ou
alterações) que ele possui.”
“Na psicoterapia Existencial procede-se diferente. A base da relação do terapeuta com o cliente
não é a disfunção ou alteração psicológica, mas sim – de modo direto e imediato – o seu modo de
experimentar a própria vida.”
“A psicanálise e outras psicoterapias, que estão centradas nos procedimentos técnicos, devem
necessariamente, para realizar o tratamento, fazer do homem um mecanismo que se observa,
analisa, diagnostica.”
“A psicoterapia Existencial assume uma posição oposta à daquelas forças psicoterápicas que
desejam salvar o homem ao preço de sua própria alienação. Ela é, antes de tudo, um humanismo
porque está interessada em salvar tudo que é humano e procurar resgatá-lo, quando foi perdido,
por todos os meios.”
“O Tema básico da Psicoterapia Existencial é a responsabilidade que o cliente deve ter pela sua
própria vida e a maneira de construí-la eficazmente para torna-la produtiva e satisfatória.”
“O homem não recebe sua existência como uma obra já pronta e acabada. Enquanto vive ele
deve ir progressivamente construindo-a. E o individuo constrói a vida, construindo-se a si
mesmo.”
“O processo de construção de si e da vida é realizado pelo homem através das escolhas que faz
e de das decisões que toma. Por este meio é que ele define vivencialmente a sua identidade
pessoal (o que ele é realmente) e dá uma direção à sua vida.”
“Um dos trabalhos mais significativos do terapeuta existencial é ajudar o cliente a tomar uma
consciência vivencial da importância que tem o uso da sua liberdade para se realizar como
pessoa da maneira de exercitá-la para alcançar este objetivo e do modo de assumir a
responsabilidade que decorre deste exercício.”
“Um dos trabalhos mais importantes do terapeuta é ajudar o cliente a discernir de forma teórica e
pratica, até onde chega sua responsabilidade e a dos outros nas interferências que acontecem na
sua vida.”
“Quando são os outros que escolhem e decidem no lugar do individuo, são estes que o
constroem, moldando-o, como desejam, naquilo que escolhem ou decidem por ele.”
“Existem momentos, porem, em que a escolha se torna mais difícil e, às vezes, muito complicada,
por entrarem em jogo valores que o individuo considera fundamentais para a sua vida, como
acontece em certas situações em que deve ser feito um rompimento amoroso, uma troca de
emprego, a escolha de um novo estado de vida, uma separação conjugal.”
“Estas crises são partes integrantes a vida e, num ou noutro momento, todos passam
inevitavelmente por elas. Costumam surgir de maneira brusca, perturbando o processo normal da
existência e produzindo um desequilíbrio que pode ser mais ou menos intenso e grave, conforme
o caso em que ocorra.”
“As crises são uteis porque, colocando o individuo em situações embaraçosas e desconfortáveis
servem para impulsiona-lo a fazer novas escolhas e tomar novas decisões, que possam conduzi-
lo a um reinicio de vida mais construtiva e mais adequada às suas possibilidades e exigências
atuais e às circunstâncias em que está vivendo.”
“As crises existenciais não foram feitas para destruir o homem, como pode parecer à primeira
vista e como geralmente sentimos. Elas agem como uma espécie de empurrão (geralmente
doloroso), dado pela vida, para que a pessoa siga em frente.”
“A crise é um instrumento precioso para purificar e modelar a existência, tornando-a mais genuína
e produtiva.”
“Convém notar que a crise só aparece porque a existência do homem não é estática, mas
dinâmica. A vida se encontra em processo constante de transformação.”
“Não ser é a morte, a negação de si, a infidelidade para consigo, a frustração das próprias
potencialidades e da realização pessoal. E representar o papel falso da pessoa que ele não é, na
busca de atrair a estima, a admiração e o prestígio dos outros.”
“Angustia e Medo são conceitos correlatos, mas diferentes. O medo pode gerar angustia e vice-
versa. O medo é o sentimento que temos diante de um perigo que pode ser determinado e
apontado. O medo só aparece quando o individuo sente-se impotente para enfrentar o perigo e
não tem meios para evitá-lo ou para fugir dele.”
“A angustia sempre indica a existência de um problema significativo para a nossa vida que, se
não for logo resolvido, poderá destruir ou frustrar algo de muito importante para nós.”
“A angustia neurótica se desenvolve exatamente por este motivo, porque o individuo não soube
enfrentar a angustia normal gerada por um conflito e, para evitá-la, tentou esquecê-lo, colocando-
o como fundo da consciência.”
“A angustia neurótica, por outro lado, é uma reação desproporcional à ameaça do perigo objetivo,
envolve repressão e outras formas de conflito intrapsíquico e é controlada por várias espécies de
bloqueios da atividade e da consciência, como as inibições, o desenvolvimento de sintomas e os
diversos mecanismos de defesa neurótica.”
“A Psicoterapia Existencial pretende criar condições favoráveis para que o cliente, através de
uma reflexão profunda e compartilhada pelo terapeuta, possa examinar a própria vida.”
“Esta analise reflexiva deve levar o cliente a tomar consciência dos seus modos inautênticos de
ser e de agir, a conhecer e compreender os fatores conscientes e inconscientes que os provocam
e que os mantêm para corrigi-los e transforma-los, realizando assim modificações construtivas em
sua personalidade.”
“Maslow afirma que só é bom para o homem o que pode conduzir ao desenvolvimento desejável
na direção da atualização da natureza humana.”
“Chama-se a vivencia os fatos vividos pelo individuo, mas não todos. Tudo o que o indivíduo vive
é experiência. As vivencias são experiências feitas com impacto emocional e que deixaram
marcadas de uma certa intensidade.”
“A tarefa principal do terapeuta existencial no encontro é procurar compreender o seu cliente, não
apenas no que ele manifesta diretamente por palavras e gestos, mas também no significado, sem
sempre claro, que ele da á vida e que se revela, de forma ampla, pelo seu próprio modo de ser e
de agir.”
“Tanto a orientação existencial como a fenomenologia são, cada uma de seu modo, formas de
abordagens humanistas, que aplicamos à Psicoterapia. Colocam o ser humano como centro e
medida do processo considerando que se encontram dentro dele as fontes e forças mais
relevantes para a sua construção, transformação e aperfeiçoamento.”
“Quando um psicoterapeuta afirma que segue a orientação fenomenológica está querendo dizer
(entendida esta afirmação de forma sumária e simples) que a base para sua terapia são os
fenômenos que se encontram na consciência do cliente, ou seja, a maneira como este percebe e
sente a realidade.”
“Fato é o que se diz estar presente na realidade e fenômeno é o que está presente na
consciência do individuo.”
“A base do trabalho que o fenomenologista realiza como terapeuta, não se encontra nos “fatos”,
mas nos “fenômenos” que lhe são transmitidos pelo relato do cliente. Conhecer e compreender o
“mundo interior” do cliente é conhecer e compreender os “fenômenos” que povoam a sua
consciência tal como ele os conhece, compreende e sente.”
“Um ponto fundamental para o fenomenologista é que o comportamento do individuo não é uma
reação à realidade como tal, mas, sim, ao significado que ele lhe atribui. Quer dizer, o individuo
se comporta como resposta ao significado que ele dá ao que existe.”
“No processo de psicoterapia a mudança da “percepção” do cliente segue também este caminho:
não se realiza pela força das argumentações ou das sugestões do terapeuta, mas por meio de
uma “iluminação” do entendimento que lhe permite fazer uma descoberta, à qual se dá o nome de
insight.”
“O insight usa-se este termo para indicar uma “descoberta” súbita de um novo significado para
alguma coisa, proporcionada por uma compreensão mais profunda que se tem da mesma.”
“Assim como a pessoa tem uma percepção das coisas que a rodeiam, possui também uma
percepção de si. Chama-se de auto-imagem à configuração destas percepções. Ela constitui a
“versão” que o indivíduo tem a respeito de sua própria pessoa e que, pelo menos sob muitos
aspectos, não coincide com que os outros pensam a seu respeito. Mas, apesar disso, a auto-
imagem é sempre vista por ele como a expressão da “verdade” daquilo que ele é.”
“O método fenomenológico. Para que se possa ir diretamente às coisas, mas de uma forma
sistemática, a fenomenologia utiliza um “método” – o “método fenomenológico” - que é regido por
dois princípios: um positivo e outro negativo. O primeiro determina que se apreenda
intuitivamente a essência do “fenômeno”. O segundo estabelece que, para intuir a essência,
torna-se necessário a libertação de qualquer interferência alheia ao fenômeno e de qualquer
preconceito.”
“O insight aparece, portanto, como fecho conclusivo para encerrar o processo de compreensão
que o diálogo terapêutico procurava. “O esclarecimento fenomenológico” manifesta, de forma
descritiva, esta compreensão que foi obtida.”
“A raiz de todo distúrbio psicológico é sempre um conflito. Maslow diz que entre os estudiosos do
assunto existe praticamente um consenso em afirmar que os distúrbios psicológicos tem a sua
origem e são mantidos pelo “conflito” e pela “frustração.”
“De modo geral, o que ocasiona conflito é o receio de uma escolha ser malfeita e frustrar
necessidades e desejos, quer no presente ou na previsão do futuro. Por isso, pelo temor desta
frustração, o conflito pode ser mantido.”
“Na psicoterapia de que estamos tratando, o caminho para resolver esta situação é transformar o
referido conflito em figura, para poder ser analisado e solucionado, como qualquer conflito
normal.”
“Os distúrbios psicológicos não devem ser considerados como “enfermidades” e nem se deve
chamar de “doentes” quem é afetado por eles.”
“A analise das vivencias é um dos recursos mais uteis e eficazes que se pode ter para a
compreensão mais profunda das reações do cliente.”
“Acontece porem que o tema central do diálogo psicoterápico, na orientação existencial e
fenomenológica, é a própria vida do cliente. Este ajudado pelo terapeuta, vai evocar e refletir
sobre suas experiências para conhecer e compreender os seus comportamentos e os desejos e
necessidades que os motivaram.”
“Convém notar, porém que, no caso de “motivação”, a busca da “causalidade” não é feita de fora,
pela observação de alguém (como acontece nas ciências naturais), mas pelo próprio indivíduo
que procura dentro de si a explicação de seus comportamentos.”
“É comum que os psicoterapeutas iniciantes tenham uma parca apreensão dos conceitos e dos
temas dos enfoques teóricos que adotam, bem como de seus recursos técnicos e de seu
manejo.”
“Quanto mais familiarizados conosco mesmos, menor a ameaça que sentimos diante do que
encontramos (Benjamin, 1978: 23).”
“Desta forma, é razoavelmente comum que psicoterapeutas iniciantes estejam tão preocupados
consigo mesmo que, lamentavelmente, podem mesmo esquecer seu compromisso com seus
pacientes e/ou com suas tarefas.”
“Neste sentido Calligaris (2004) alerta que a orientação terapêutica na qual você se formou ou
está se formando [...] não é uma ideologia, nem uma fé na qual seria preciso que você
acreditasse, nem uma espécie de dívida que você contraiu com seus mestres e que o forçaria a
se fazer seu repetidor e arauto fiel (Calligaris, 2004: 65).”
“Calligaris (2004) destaca alguns traços de caráter que considera desejáveis em quem deseja se
tornar psicoterapeuta: gosto pronunciado pela palavra; carinho espontâneo e extrema curiosidade
pela variedade da experiência humana, gerada da variedade “animada” de sua própria vida, com
o mínimo possível de preconceito; e uma boa dose de sofrimento psíquico.”
“É na mesma direção de Ribeiro (1986) destaca que o psicoterapeuta não é um deus onipotente,
é um homem consciente de suas fragilidades.”
“Para Calligaris (2004), “de fato, se a psicoterapia faz seu efeito, o paciente para de idealizar o
terapeuta” (Calligaris, 2004: 7). De fato, no processo psicoterápico, “há muitos momentos em que
é inevitável que o paciente nos considere e nos use como modelos” (Ibid.:148). Entretanto, “a
identificação dos pacientes conosco nos impõe uma responsabilidade”.”
“Neste sentido, Cardoso (1985) destaca que a maioria dos psicoterapeutas, dos mais diferentes
referenciais, concorda que a função da supervisão do psicoterapeuta iniciante é “leva-lo a
perceber o quanto de idealizado existe em sua atuação, quanto de sua vivência como pessoa
atua no processo terapêutico, sem esquecimento do natural auxílio ao seu desenvolvimento
teórico e aperfeiçoamento técnico” (Cardoso, 1985: 11).”
“Da mesma forma, Ribeiro (1999) destaca que “o psicoterapeuta não pode e não tem de decidir
nada para o cliente, mas pode decidir com o cliente, num encontro profundo que de fato
contamine a totalidade da relação” (Ribeiro, 1999: 29).”
“O uso da técnica deve ser cauteloso e fundamentado numa estratégia que sintetize a teoria e a
prática do psicoterapeuta e o vínculo entre vivencia, compreensão, pensamento e ação entre
psicoterapeuta e paciente.”
“Desta forma, para Calligaris (2004), a função do psicoterapeuta não é ensinar seus pacientes
nem “mexer” com suas vidas, mas favorecer a conscientização dos desejos dele.”