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​ SENSO COMUM

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Definição: O senso comum refere-se ao conhecimento prático e cotidiano que as


pessoas adquirem ao longo da vida, por meio de experiências, observações e
interações com o mundo ao seu redor. É um tipo de conhecimento não
sistematizado, informal e intuitivo.

Origem e Natureza: Surge da necessidade humana de lidar com situações do dia a


dia de forma rápida e eficiente, sem a necessidade de reflexão profunda ou análise
rigorosa. É construído coletivamente e transmitido de geração em geração, muitas
vezes de forma oral.

Características:

Universalidade: O senso comum é compartilhado por membros de uma mesma


cultura ou comunidade.

Simplicidade: Baseia-se em explicações simples e diretas para fenômenos e


problemas comuns.

Praticidade: É voltado para a resolução de problemas práticos do cotidiano.

Variabilidade: Pode variar de acordo com o contexto cultural, histórico e social.

Limitações e Críticas: Embora seja útil em muitas situações, o senso comum


também possui limitações:

- Sujeito a Erros: Pode estar baseado em preconceitos, estereótipos ou


informações incorretas.

- Inconsistência: Nem sempre é coerente ou consistente com conhecimentos


científicos ou filosóficos.

- Estagnação: Pode resistir à mudança e à atualização em face de novas


descobertas ou informações.

- Relação com a Filosofia: Na filosofia, o senso comum é frequentemente


questionado e analisado para entender suas bases, limitações e implicações.
Filósofos como Descartes, Kant e Wittgenstein exploraram o papel do senso
comum na formação do conhecimento e na compreensão do mundo.

Exemplos: O senso comum está presente em muitos aspectos da vida cotidiana,


desde o conhecimento sobre como atravessar a rua até suposições sobre
relacionamentos sociais ou crenças populares sobre saúde e bem-estar.
​ ATITUDE FILOSÓFICA
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​ Definição: A atitude filosófica é uma postura mental caracterizada pela busca
constante por compreender e questionar aspectos fundamentais da existência,
conhecimento, ética, valores e realidade em geral. Envolve uma abordagem crítica,
reflexiva e racional em relação ao mundo e aos problemas humanos.

​ Características da Atitude Filosófica:



​ - Questionamento: Os filósofos questionam tudo, desde as crenças comuns até os
pressupostos mais fundamentais.

​ - Reflexão: Buscam compreender profundamente os conceitos e ideias, examinando
suas origens, implicações e fundamentos.

​ - Racionalidade: Utilizam a razão e a lógica como ferramentas principais para
investigar e analisar questões filosóficas.

​ - Abertura: Estão dispostos a considerar diferentes perspectivas e pontos de vista,
mesmo que desafiadores ou contraditórios.

​ - Skepticismo Saudável: Mantêm uma atitude cética, questionando dogmas e
procurando evidências sólidas para sustentar suas conclusões.

​ Objetivos da Atitude Filosófica:



​ - Compreensão do Mundo: Busca entender a natureza da realidade, da existência
humana e do cosmos.

​ - Busca pela Verdade: Procura descobrir verdades universais e fundamentais sobre a
vida, o conhecimento e a ética.

​ - Autoconhecimento: Envolve uma reflexão profunda sobre si mesmo, suas crenças
e valores, buscando uma compreensão mais clara de sua própria existência.
​ Métodos da Filosofia:

​ - Racionalidade: Utilização da razão e da lógica para analisar e argumentar sobre


questões filosóficas.

​ - Diálogo e Debate: Discussão aberta e construtiva com outros filósofos e indivíduos
para explorar diferentes pontos de vista.

​ - Análise Conceitual: Desconstrução e análise crítica de conceitos fundamentais


para compreender sua natureza e implicações.

​ Importância da Atitude Filosófica:

​ - Desenvolvimento Crítico: Fomenta o pensamento crítico e a capacidade de


questionar suposições e ideias preestabelecidas.

​ - Ampliação do Horizonte: Permite uma compreensão mais profunda e ampla do
mundo e da condição humana.

- Desenvolvimento Pessoal: Contribui para o desenvolvimento pessoal e o


autoconhecimento, promovendo uma vida mais autêntica e significativa.

​ Exemplos de Atitude Filosófica: Desde os primeiros filósofos da Grécia Antiga até os


pensadores contemporâneos, exemplos incluem Sócrates, Platão, Descartes, Kant,
Nietzsche, entre outros


​ MOTIVOS PARA FILOSOFAR
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​ - Curiosidade e Insatisfação: Surge da curiosidade natural em relação ao mundo e
da insatisfação com respostas prontas ou dogmáticas.

​ - Desafio ao Conhecimento Estabelecido: Busca questionar e expandir os limites do
conhecimento estabelecido.

​ - Busca por Sentido e Significado: Motivada pela busca por respostas para questões
existenciais e a busca por sentido na vida.

​ - Desenvolvimento Pessoal: Busca crescimento pessoal, autoconhecimento e
compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo.

​ - Contribuição para o Bem Comum: Almeja contribuir para o progresso da sociedade
e promover o pensamento crítico e o diálogo construtivo.

​ - Tradição Filosófica e Cultural: Em algumas culturas, é valorizada como parte da
vida intelectual e espiritual.

​ Exemplos: Figuras históricas e contemporâneas como Sócrates, Descartes e Simone
de Beauvoir foram motivadas a filosofar.
​ PONTE HISTÓRICA DA FILOSÓFIA
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​ - Definição: Refere-se à conexão contínua entre diferentes períodos da história da
filosofia, mostrando como ideias e pensamentos filosóficos se desenvolvem e se
influenciam ao longo do tempo.

​ - Continuidade Filosófica: Destaca o diálogo e a influência mútua entre filósofos ao
longo das gerações, mostrando como cada pensador contribui para o
desenvolvimento progressivo do pensamento filosófico.

​ - Desenvolvimento Progressivo: Filósofos posteriores constroem sobre as ideias de
seus predecessores, criando uma progressão na compreensão filosófica ao longo da
história.

​ - Movimentos e Escolas Filosóficas: Destaca a relação entre diferentes movimentos
e escolas filosóficas, mostrando como as ideias são transmitidas e desenvolvidas ao
longo do tempo.

​ - Importância: Essencial para entender a evolução do pensamento humano e
contextualizar ideias filosóficas dentro de uma linha de desenvolvimento intelectual
contínuo.

​ - A ponte histórica da filosofia refere-se à conexão e continuidade entre diferentes
períodos da história da filosofia, mostrando como ideias e pensamentos filosóficos
se desenvolvem e se influenciam ao longo do tempo. Esta ideia destaca que a
filosofia não é composta de períodos isolados, mas sim de uma série de
desenvolvimentos conectados, onde cada filósofo e movimento são vistos como
parte de uma linha de pensamento contínua.

​ Essa continuidade é evidenciada pelo diálogo e influência mútua entre os filósofos
ao longo do tempo, com ideias e debates sendo transmitidos e desenvolvidos de
uma geração para outra. Os filósofos posteriores frequentemente constroem sobre
as ideias de seus predecessores, expandindo e refinando conceitos filosóficos, o que
cria uma progressão na compreensão filosófica ao longo da história.
​ Além disso, a ponte histórica destaca a relação entre diferentes movimentos e
escolas filosóficas. Exemplos incluem a influência de Sócrates sobre Platão e este
sobre Aristóteles, a conexão entre o pensamento medieval e a filosofia renascentista,
entre outros.

​ Reconhecer a ponte histórica da filosofia é crucial para entender a evolução do
pensamento humano e para contextualizar ideias filosóficas dentro de uma linha de
desenvolvimento intelectual contínuo. Ao estudar filosofia, é importante traçar essas
conexões históricas para compreender completamente o contexto e a influência das
ideias filosóficas.

​ Compreender essa ponte permitirá que você veja como o pensamento filosófico
evolui ao longo do tempo e como as ideias de filósofos anteriores continuam a
influenciar o pensamento contemporâneo.
​ MITO
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​ Definição de Mito: Um mito é uma narrativa tradicional que conta uma história
sagrada ou lendária, muitas vezes envolvendo deuses, heróis ou eventos
sobrenaturais. Os mitos são frequentemente usados para explicar a origem do
mundo, fenômenos naturais, costumes sociais ou crenças religiosas.

​ Funções dos Mitos:
​ - Explicação Cosmológica: Muitos mitos explicam a origem e a estrutura do universo.

​ - Fundação de Costumes e Instituições: Mitos frequentemente fornecem justificativas para
práticas sociais, como rituais de passagem, tabus ou hierarquias sociais.

​ - Transmissão de Valores e Ensino Moral: Mitos podem transmitir valores culturais e lições
morais para as gerações futuras.

​ - Expressão de Identidade e Coesão Social: Os mitos ajudam a definir a identidade de uma
comunidade ou cultura e promovem a coesão social.

​ Características dos Mitos:
​ - Personagens Sobrenaturais: Envolvem deuses, heróis ou seres sobrenaturais.

​ - Elementos Fantásticos: Apresentam eventos ou elementos que desafiam a lógica ou a
realidade.

​ - Transmissão Oral: Originalmente transmitidos oralmente de geração em geração.

​ - Universalidade: Muitas culturas têm seus próprios mitos, mas há temas recorrentes em
diferentes tradições mitológicas.

​ Tipos de Mitos:
​ - Mitos de Criação: Descrevem a origem do universo e da humanidade.

​ - Mitos Etiológicos: Explicam a origem de fenômenos naturais, costumes ou instituições.

​ - Mitos Heroicos: Narram as aventuras de heróis e seus feitos extraordinários.

​ - Mitos de Transformação: Contam histórias de metamorfoses ou mudanças de forma.

​ Interpretação dos Mitos:
​ - Abordagem Literal: Aceita os mitos como narrativas históricas ou factuais.

​ - Abordagem Simbólica: Vê os mitos como expressões simbólicas de verdades mais
profundas ou universais.

​ - Abordagem Funcional: Analisa os mitos em termos de suas funções sociais, psicológicas
ou culturais.

​ - Importância na Filosofia: Os filósofos muitas vezes analisam os mitos para
entender a natureza da crença, da linguagem simbólica e da formação da identidade
cultural. Eles também exploram como os mitos influenciam a visão de mundo das
pessoas e podem ser usados para transmitir ensinamentos filosóficos.
​ PLATÃO
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​ Vida de Platão: Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo grego antigo, discípulo de
Sócrates e mestre de Aristóteles. Ele fundou a Academia em Atenas, uma das
primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental.


​ Principais pensamentos de Platão:

​ Teoria das Ideias: Platão defendia a existência de um mundo transcendente de
Formas perfeitas e eternas, acessadas pela mente racional, em contraste com o
mundo sensível percebido pelos sentidos.

​ Dualismo da Alma: Ele acreditava na imortalidade da alma e em sua divisão em


partes racional, irascível e concupiscente, influenciando sua visão da vida após a
morte e da natureza humana.

​ Alegoria da Caverna: Utilizou essa metáfora para ilustrar o processo de busca pelo
conhecimento verdadeiro, saindo da ignorância das sombras da caverna em direção
à luz do sol das Ideias.

​ Teoria Política: Em "A República", Platão apresenta sua visão de uma sociedade ideal
governada por filósofos-reis, baseada na justiça e no conhecimento das Formas.

​ Epistemologia: Criticava a confiabilidade dos sentidos e defendia que o verdadeiro


conhecimento era alcançado através da razão e do pensamento filosófico.


​ Resumindo : Platão acreditava em um mundo de realidade transcendente, composto
pelas Formas ou Ideias perfeitas e eternas. Essas Formas são acessadas pela mente
racional e representam a verdadeira realidade, enquanto o mundo sensível percebido
pelos sentidos é apenas uma cópia imperfeita das Formas. Além disso, Platão
defendia a existência da alma imortal, dividida em partes e capaz de existir além da
morte física. Ele via a filosofia como a busca pelo conhecimento verdadeiro,
alcançado através da razão e da reflexão. Politicamente, Platão propunha uma
sociedade ideal governada por filósofos-reis, baseada na justiça e no conhecimento
das Formas. Esses são alguns dos princípios gerais nos quais Platão acreditava,
refletindo sua visão de mundo e sua filosofia.
​ QUESTÕES ANTROPOLÓGICAS
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​ Origens da Antropologia Filosófica: A antropologia filosófica surge da busca
filosófica pela compreensão do ser humano em sua totalidade, incluindo sua
natureza, origens, características e papel no mundo.

​ Natureza Humana: Uma questão central na antropologia filosófica é a investigação
da natureza humana. Filósofos exploram temas como livre arbítrio versus
determinismo, a existência de uma essência humana ou se somos essencialmente
seres sociais, racionais ou emocionais.

​ Identidade e Diversidade: A filosofia antropológica investiga a identidade humana,
incluindo questões de identidade cultural, racial, étnica, de gênero e nacional. Além
disso, explora a diversidade cultural e as implicações filosóficas da pluralidade de
culturas.

​ Relação entre Cultura e Indivíduo: Filósofos analisam a interação entre cultura e
indivíduo, questionando até que ponto somos moldados por nossa cultura e até que
ponto podemos moldar nossa própria identidade dentro do contexto cultural.

​ Liberdade e Determinismo: Debate-se sobre se os seres humanos têm livre arbítrio
ou se nossas ações são determinadas por fatores biológicos, sociais, culturais ou
históricos. Essa questão fundamental envolve discussões sobre responsabilidade
moral e agência individual.

​ Conceito de Pessoa: Filósofos antropológicos investigam o conceito de pessoa,
questionando o que define uma pessoa e quais são suas características essenciais.
Isso pode incluir discussões sobre a mente-corpo, a consciência, a autoconsciência
e a capacidade de raciocínio.

​ Natureza da Experiência Humana: Explora-se a natureza da experiência humana,
incluindo questões sobre o significado da vida, a busca pela felicidade, o sofrimento
humano e o sentido da existência.

​ Desafios Contemporâneos: Filósofos antropológicos também abordam desafios
contemporâneos, como o impacto da tecnologia na experiência humana, a
globalização e a interconexão cultural, as questões éticas da biotecnologia e as
preocupações sobre o meio ambiente e a sustentabilidade.

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