Você está na página 1de 8

FILOSOFIA ETAPA VI

ATTITUDES FILOSÓFICAS

1. A busca pelo autoconhecimento: o conhecimento de si nos permite saber quais os nossos


limites e nunca nos julgarmos conhecedores de tudo ( O ser humano é um ser perfectível).

2. Questionar nossas crenças costumeiras:

Nossas crenças se tornam um problema porque são algo ou ideia em que acreditamos sem pô-
las à prova.

3. Viver momentos de crise:

A crise é a circunstância em que somos levados a mudar de atitude e impelidos a indagar qual
a origem, o sentido e a realidade de nossas crenças.

4. Atitude crítica:

Em grego, crítica tem três sentidos:

Capacidade de julgar, discernir e decidir corretamente.

Exame racional, sem preconceito e sem julgamento das coisas.

Atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor.

5. Atitude reflexiva:

A reflexão é a volta do pensamento sobre si mesmo como fonte daquilo que foi pensado. É a
concentração mental em que o pensamento busca examinar, compreender e avaliar suas
próprias ideias.

CONDIÇÕES HISTÓRICAS PARA A FORMAÇÃO DA FILOSOFIA

As Viagens Marítimas

As viagens produziram o desencantamento ou a desmitificação do mundo, que passou, assim,


a exigir uma explicação sobre a origem, explicação que o mito já não podia oferecer;

A Invenção do Calendário

Que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos
importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma
percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível;

A Invenção da Moeda

Que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos
objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo
cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade
de abstração e de generalização;
O Surgimento da Vida Urbana

O surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e
de prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens
constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às
artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a filosofia poderia
surgir;

A Invenção da Escrita Alfabética

Que como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e


de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras
escritas — como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses —
supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a ideia dela, o
que dela se pensa e se transcreve;

A Invenção da Política

Que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia:

1. A ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si
mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas.

2. O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de


discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. Agora, com a polis, isto é, a cidade
política, surge a palavra como direito de cada cidadão de emitir em público sua opinião, e
surge também o discurso político como a palavra humana compartilhada, como diálogo,
discussão e deliberação humana, isto é, como decisão racional e exposição dos motivos ou das
razões para fazer ou não fazer alguma coisa.

3. A política estimula um pensamento e um discurso que procuram ser públicos, ensinados,


transmitidos, comunicados e discutidos. A ideia de um pensamento que todos podem
comunicar e transmitir, é fundamental para a filosofia.

SOCIOLOGIA ETAPA VI
1. VIDA EM SOCIEDADE: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Viver em sociedade é participar de um complexo conjunto de grupos sociais com laços diversos
entre si.

1.1.Nessa complexidade, como se relacionam indivíduo e sociedade?

Por meio da troca de influências onde ambos se transformam como transformam também a
realidade.

1.2. A vida em sociedade é marcada por mudanças que resultam de fatores culturais, políticos,
econômicos, religiosos. Algumas mudanças ocorrem mais lentamente ( mudanças religiosas ) e
outras de modo mais acelerado.

Entre os fatores que aceleram o processo de mudanças sociais estão as tecnologias e a


modernização, devido:

À qualidade e quantidade das informações que produzem

Aos materiais que utiliza

2. Os fundamentos da vida em sociedade

As mudanças sociais não nos tornam iguais ( com as mudanças há sempre os favorecidos e os
desfavorecidos).

Apesar das mudanças algo permanece comum as sociedades. Elas se fundamentam:

Nas relações sociais

Na comunicação

Na interação

2.1. No processo de aproximação social usamos de diversas formas de contato para:

- formar unidades sociais que atendam nossas necessidades básicas: família, vizinhos etc.
Quando isso não acontece, nos tornamos ameaças até para nós mesmos. Dentro dessas
unidades básicas, desenvolvemos a sociabilidade, entendida como:

O uso prático ou na prática dos hábitos e costumes aprendidos por um indivíduo, do


grupo do qual ele faz parte.

2.2. No processo de sociabilidade, a interação se destaca por:

a) manter os grupos unidos

b) manter a trama das relações sociais quer sejam harmoniosas quer sejam conflituosas

3. Como se definem as relações sociais?

As relações sociais não se definem num plano de igualdade porque:


Ocorrem a partir de posições hierárquicas

Implicam relações de poder, entendido como a capacidade de conseguir algo, de condicionar a


vontade de alguém.

3.1. Como realidades históricas e cheias de significados para seus membros, as sociedades
mantém uma estrutura comum: as relações são motivadas por interesses comuns.

4. As primeiras inquietações dos cientistas sociais

Giram em torno das desigualdades de direitos e oportunidades.

4.1. Razões para as desigualdades:

a) a forma como os indivíduos se apropriam dos recursos da natureza e dos bens produzidos

b) quando os indivíduos de uma sociedade acentuam as diferenças entre si.


FILOSOFIA ETAPA VII

PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA

FILOSOSFIA ANTIGA

Características:

Tentativa de compreender a realidade sem o uso das histórias míticas;

A Filosofia Antiga é caracterizada por uma diversidade de concepções;

No início da filosofia não há uma primazia da razão mas das experiências;

Experiências sensoriais, reflexões e da geometria como estudo da natureza;

Diversidades de concepções sobre o mundo, os seres e as transformações;

Início do uso da razão e da lógica como meio de entender a realidade;

Conceitualização da filosofia como atividade racional para alcançar verdades;

Separação do mundo real e do mundo ideal, sendo o ideal como verdadeiro;

Desvalorização das experiências sensoriais e da percepção individual

Esta dividida em quatro subperíodos:

a) Pré-socrático ou cosmológico: a filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do


mundo e as causas das transformações da natureza;
b) Socrático ou antropológico: a filosofia investiga as questões humanas ( ética, política,
técnicas). Além disso, busca compreender qual é o lugar do ser humano no mundo;
c) Sistemático: a filosofia busca reunir e sistematizar tudo o que foi pensado nos dois
períodos anteriores; se interessa em mostrar que tudo pode ser objeto do
conhecimento desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam
firmementes estabelecidas para oferecer os critérios de verdade; além disso os
filósofos procuram encontrar o fundamento último de todas as coisas por meio de
uma investigação que ficou conhecida pelo nome de metafísica.
d) Helenístico ou greco-romano: período de divulgação da filosofia no mundo graças às
conquistas de Alexandre Magno. Nele, a filosofia se ocupa com a ética, o
conhecimento humano, as relações entre os humanos e a natureza, e de ambos com
Deus.

Filosofia Medieval:

Características:

Influências da Filosofia Clássica (Platão e Aristóteles);

Tentativa de estabelecer união entre a razão e a fé;


Crença numa única verdade, que é a fé do catolicismo;

O conhecimento filosófico não pode contrariar os preceitos da Igreja;

Crença num único criador do mundo e na imortalidade da alma;

Concepção racional das verdades a partir da fé religiosa;

Supremacia do espírito sobre o corpo, desprezo do corpo;

Aquele que deixa o corpo governar a alma é tido como pecador;

A liberdade era vista como harmonia das ações com a vontade de Deus;

É preciso crer para compreender, por conta do peso da fé sobre a razão;

A filosofia se mantêm confinada apenas nos mosteiros.

É dividida em Patrística e Escolástica

A Patrística se inicia com as obras dos apóstolos Paulo e João e dos primeiros padres da Igreja
Católica. Tinha a tarefa de evangelizar e defender a fé cristã contra os ataques, além de
conciliar a filosofia com o Cristianismo.

Introduziu com Santo Agostinho a ideia de homem interior por meio da qual explicava que o
ser humano, dotado de liberdade, era responsável pela existência do mal no mundo.

Para introduzir suas ideias os padres as transformaram em dogmas, passando a existir dois
tipos de verdade: verdades reveladas ou da fé e verdade da razão ou humanas.
SOCIOLOGIA ETAPA VII

1. O SENTIDO DO TRABALHO

• Há algum tempo, e ainda hoje em muitas cidades pequenas, se você perguntasse para
alguém quem era essa pessoa, a resposta poderia ser algo como: “sou o Pedro, filho
do Antônio e da Letícia, irmão da Paula”.

• O que uma resposta como essa significa?

a) Ela nos apresenta uma sociedade na qual a origem familiar de uma pessoa é um
elemento central e de reconhecimento diante do coletivo.
b) Que as raízes e o pertencimento a determinada família seriam indicadores de
quem uma pessoa é.

1.1.Hoje em dia, a não ser em situações muito específicas, é pouco comum alguém se
apresentar dessa forma. Preste atenção na conversa entre adultos que acabam de se conhecer
e repare nas perguntas que são feitas. Geralmente, as duas primeiras questões são: “Qual é o
seu nome?” e “O que você faz?”

A resposta a essa última pergunta costuma ser algo

a respeito da função que a pessoa exerce no mundo do trabalho, como “sou


comerciante”, “sou advogada”, “tenho um sítio e vendo algumas coisas que
planto”.

2. Trabalho: o novo centro de representação social do indivíduo

• Essas situações ilustram o papel central que o trabalho ocupa em nossa vida.

a) Além de serem o modo pelo qual adquirimos dinheiro para custear nossa
sobrevivência, nossas necessidades e comodidades, os trabalhos que realizamos

b) também determinam nosso papel diante da sociedade.

3. Breve História do Trabalho

3.1. Nas sociedades primitivas

• O trabalho não tinha o mesmo significado de atividade remunerada de hoje. Nessas


sociedades:

• As atividades ( caça, pesca) eram realizadas coletivamente;

• O objetivo das atividades era apenas o sustento do grupo;

• Eram dedicadas poucas horas do dia a tais tarefas;

• As tarefas eram divididas por gênero (homens, mulheres), por idade, por condição
física.
3.2. Na Sociedade Antiga.

• Com o advento da propriedade privada, o ser humano começou a acumular bens e


riqueza, passando a escravizar outros povos como forma de conquistar poder. Nesse
processo o trabalho surge. Etimologicamente estava ligado ao vocábulo tripalium
( instrumento de tortura) porque ligava-se ao esforço físico e ao cansaço.

• Na Grécia Antiga o trabalho era considerado indigno, baseava-se na mão de obra


escrava e era usado como critério de estratificação social.

3.3. Na Idade Média

O trabalho continuava sendo indigno, era realizado por servos, também servia como
critério de estratificação social.

3.4. Na Idade Moderna

Com o advento do capitalismo o trabalho passa a ser o garantidor da dignidade, a mão


de obra era assalariada e era fator de emancipação do gênero humano.

Contribuiu para a mudança de uma visão negativa para uma visão positiva do trabalho
a ética protestante que afirmava que a riqueza conquistada pelo trabalho e investida em mais
trabalho era um sinal de salvação.

Você também pode gostar