FACULDADE SANTA FÉ

DISCIPLINA: Filosofia CURSO: PERÍODO:

PROF.
ALUNO (A):

1 Destaque a importância do pensamento de Sócrates em relevância para o

apogeu do conhecimento humano.

A filosofia é o questionamento das coisas, do como e do porquê, pois não

basta saber o que é a coisa, mas é necessário também entende-la. Assim,
questionar e ir em busca da verdade, como incita o pensamento socrático é de
grande importância para a construção do conhecimento humano. O questionamento
leva a novas possibilidades de pensamento, de interpretação, de comportamento, de
ver e analisar o campo social, político, econômico, científico, ético, etc. O método
socrático criado pelo filósofo colaborou para a teoria do conhecimento com a
demarcação do que pode ou não ser considerado universal, através do uso do
raciocínio indutivo. Ao definir uma coisa, seus limites são estabelecidos, de modo
que sua cerne pode ser então analisada para ser compreendida, assim a busca da
verdade é direcionada para o ponto de vista do ser, centrada no homem, de seus
problemas, vícios, virtudes, qualidades embora não defina o que ser humano, visto
que entende que o homem só se define por sua própria consciência, sendo o diálogo
a forma de conhece-lo, seu modo de ser e agir, seu caráter.

O método socrático, asseado na indução é composto de duas fases, sendo a

primeira a ironia, em que há a destruição do que um indivíduo reconhece como
verdade absoluta e o reconhecimento da própria ignorância a respeito do tema
tratado, afastando o conhecimento do senso comum e empírico. Na segunda fase, a
maiêutica (parto), é o oposto, pois há a construção de novos conceitos
fundamentados na razão, na racionalidade. Essa é a verdadeira contribuição do
pensamento ou método socrático: promover o distanciamento do conhecimento
empírico, sua destruição, e a construção de novos conhecimentos baseados em um
raciocínio lógico e rigoroso.
2 Analise a questão da Filosofia Medieval durante a Idade Média com influência
da Igreja Católica.

Na idade média a filosofia se mantem relacionada à religião, pois é a

teologia quem mais busca respostas para seus problemas, de modo que os texto de
teólogos e filosóficos são utilizados nas escolas na busca da construção de
conhecimentos que possibilitem achar soluções para os problemas, respostas as
questões e argumentos irrefutáveis para a convencimento do homem sobre as
verdades das crenças religiosas.

Dentre os mentores da igreja católica, um dos mais importantes para a

filosofia foi Santo Tomás de Aquino com sua suma Teológica, que no séc. XIII, fez
uma associação entre a filosofia aristotélica e a Escolástica cristã, admitindo a
existência de duas formas de conhecimento: o sensível e intelectual, de forma que o
segundo implica na existência do primeiro.

O conhecimento sensível é interno, da alma, mas sofre influência do meio

externo. O conhecimento intelectual é individual, abstrai todo o conhecimento
interno, ou sensível, se pautando no senso comum para criar um conceito,
julgamento e raciocínio sobre algo, de modo que o intelecto conhece as coisas e
mas não as percepções sobre as coisas.

A partir das relações entre filosofia e teologia foi criada a filosofia cristã, que
se mantinha entre razão e revelação. Para Santo Tomás, estes são duas formas
distintas de conhecimento, pois a filosofia é pautada em comprovações racionais,
partindo de evidências para chegar a conclusões compreensíveis, mas que podem
ser questionadas infinitas vezes; por outro lado, a teologia é pautada nas
manifestações do divino, de Deus, para as quais não cabe dúvidas. Contudo, para a
filosofia cristã a revelação ou manifestações do divino sempre seriam incontestáveis,
de modo que se há contradição entre àquela e a filosofia, está estaria errada, pois o
divino é perfeito. O filósofo em contradição deveria então buscar um novo
direcionamento para seu pensamento para chegar à verdade.
3 Com base nas características do Materialismo Dialético, assinale as
alternativas corretas.

a) () O homem é um sujeito produzido por uma razão pura.

b) () A realidade não é uma substância estática, parada e homogênea, mas uma
unidade que é diferenciada, contraditória, conflituosa.
c) () E um modo de apresentar uma tese, mediante uma argumentação, para
definir e distinguir com clareza a verdade.
d) ( X ) O mundo real não é um mundo de objetos ideais fixos, ao contrário, é
um mundo concreto, produto das relações sociais, do qual o próprio homem faz
parte.

4 Explique como Karl Marx pensa sobre a Educação nas classes sociais.

Embora não tenha desenvolvido nenhuma teoria sobre a educação, o

pensamento de Marx influenciou na gênese de alguns princípios importantes que
devem ser considerados na atual conjuntura educacional, como direcionamento das
práticas transformadoras, que se inserem e objetivam modificar o contexto social no
qual estamos inseridos.

Na perspectiva de Marx, a educação faz parte de um contexto social de luta

de classes. Assim, o homem deve transformar sua consciência para que depois
possa mudar seu meio, as circunstancias e as conjunturas em que vive.
Direcionando este pensamento para a questão da educação, a escola seria um
espaço transformador, profícuo para a disseminação de ideologias de
transformação, para haver práticas revolucionárias e concreta que garanta a
mudança do social. Ou seja, as classe proletárias tem na educação uma ferramenta
de mudança, enquanto as elites tem uma ferramenta de disseminação dos valores e
princípios capitalistas.

Analisando estas premissas, tem-se nas ideias de Marx sobre a educação a

adoção de práticas transformadoras, tendo a escola dupla função: trazer à tona
todas as relações sociais de dominação e exploração instituídas na sociedade pelo
capitalismo, possibilitando que todos tomem consciência da realidade social em que
estão inseridos e lutar pelo fim das disparidades sociais, pelo término da dominação
e exploração das classes dominantes sobre as classes mais baixas, possibilitando
assim uma transformação social verdadeira.

5 Com base nas características do Materialismo Histórico, assinale as alternativas

corretas.

a) () O homem, a natureza e a sociedade são produzidos por uma Ideia

Absoluta.

b) (X) O movimento socialista deve ser criado pelas próprias massas

trabalhadoras, tendo o proletariado a sua frente.

c) (X) Os fatores que provocam as transformações sociais precisam ser

procurados no desenvolvimento das forças produtivas e nas relações que os seres
humanos são obrigados a estabelecer entre si, para satisfazerem suas
necessidades materiais básicas.

d) () para a revolução socialista acontecer, as massas devem continuar

aceitando passivamente as utopias formuladas pelo espirito burguês.

6 As principais tendências pedagógicas usadas na Educação brasileira se dividem

em duas grandes linhas de pensamentos pedagógicos. Faça uma comparação das
tendências Tradicional e a Libertadora.

A Tendência Liberal Tradicional aponta que o papel da escola é preparar

intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. Adota como
conteúdos os conhecimentos e valores sociais acumulados através dos tempos e
repassados aos alunos como verdades absolutas, utilizando métodos exposição e
demonstração verbal da disciplina ou utilização de padrões pré-estabelecidos.
O professor tem autoridade absoluta, em uma estrutura vertical
hierarquizada, enquanto o aluno deve assumir uma postura passiva, sendo apenas
sujeito passivo do processo ensino aprendizagem, que torna mecânica. Esse tipo de
tendência pedagógica é mais comumente adotada em escolas que adotam filosofias
humanistas clássicas ou científicas.
Na Tendência Libertadora, a função da escola é auxiliar docentes e
discentes a alcançar um ótimo nível de consciência da realidade em que vivem para
que possam ser agentes de transformação social. Adota conteúdos cujos temas
geradores sejam retirados da problematização do cotidiano dos educandos, ou seja,
há a busca de um ensino/aprendizagem significativo, trazendo a realidade do aluno
para ser discutida dentro da escola.
Os Métodos mais utilizados são Grupos de discussão e círculos de
conversa, onde todos tem espaço para se expressar, pois alunos e professores
compartilham um ambiente educacional horizontalizado, sem aquele que sabe mais
(professor) passando para aquele que sabe menos (aluno). A Aprendizagem valoriza
as vivências dos alunos, num processo de codificação-decodificação das realidades
e cotidianos para que sejam pensadas e discutidas formas de solucionar a situação
problema.

7 Discorra sobre a Filosofia e Mitologia no universo das crenças mitológicas e

religiosas.

Grandes questões sempre levaram o homem a buscar respostas: De onde

vim? Para onde vou? Quem sou eu? Assim, a própria existência humana implica em
questionamentos, pois o homem busca a explicações para tudo que o cerca, é ávido
de saber, desde as pequenas coisas de seu cotidiano aos grandes enigmas da
humanidade, como se há vida após a morte.

Para tentar explicar e entender estas questões as antigas civilizações

criavam seus mitos, visando mostrar de forma mítica sua compreensão dos
acontecimentos que as rodeavam, da natureza e seus fenômenos. Assim, baseados
em narrativas imaginárias, os mitos se consolidavam, estruturando e organizando de
maneira criativa as crenças de uma cultura. Os personagens das narrativas míticas
são as divindades, os heróis, que passavam por situações incríveis que buscavam
explicar a natureza do homem como as decorrências dos combates e os valores
culturais.
 Destarte, a fantasia toma a função de contar e explicar a realidade, que é
retratada superdimensionada, exacerbada, para que se tenha uma visão ampla do
que aquele mito significa, do que ele tenta explicar. Assim, historicamente, quando o
homem tenta explicar suas dúvidas de forma racional, e não fantasiosa, tem-se o
lugar da filosofia, entendendo-se que a perspectiva mitológica vem antes da
filosófica, estando essa para civilizações mais avançadas, enquanto aquela para
civilizações primitivas.

Depreende-se então que o pensamento mítico têm três características

principais: explicar, organizar e compensar. A função explicativa é determinada
quando o objetivo do mito é explicar situações reais, ou fatos e eventos da natureza,
como pessoas que morrem e vão para o céu dando origem às estrelas; a função
organizativa do mito se apresenta quando tenta organizar as relações sociais para
legitimar e garantir a conservação de um preceito intricado de interdições e
concessões, como por exemplo o incesto, o casamento com pessoas menores de
idade; a função compensatória do mito narra uma situação anterior que mesmo
passada deixou marcas negativas no presente, de forma que o mito devem
demonstrar que de alguma forma essa situação foi corrigida e o ambiente social
agora é salutar e seguro.

Portanto, tanto o mito quanto a filosofia buscam dar explicações do mundo

real ao homem. O mito usa a fantasia para explicar algo que já aconteceu, enquanto
a filosofia tem como objetivo explicar também o presente e o futuro, muitas vezes
analisando fatos passados.