O pensar consuma a relação do ser com a essência do homem e é requisitado pelo
ser. Ele apenas oferta a linguagem (casa do ser) ao ser (verdade do ser). Os pensadores e os poetas manifestam ele. A história nunca é completa, mas na iminência de vir a ser. Esta história (saga) sustenta e determina cada condição e situação humana. O ser tem o dom e o poder da essência. Diz que é preciso aprender a viver no inefável, assumir a sedução da opinião pública e a impotência do privado. Antes de falar, ele precisa escutar o apelo do ser. O ser decide o nadificar. Para Heidegger, para toda percepção do ente no seu ser, o ser em si mesmo já se iluminou e acontece historicamente na sua verdade. O homem para ele está postado na clareira do ser. A sua ex-stencia é o fundamento da possibilidade da razão e é o que conserva a origem de da determinação da sua essência, por meio da in-sistencia ex-stática no destino da verdade do ser (não decide como o ente aparece). A linguagem é o advento iluminador-velador do próprio ser. Hoje essa verdade é a verdade do homem, as interpretações humanistas do homem como animal rationale, como “pessoa”, como ser espiritual-anímico-corporal. Eles não experimentam o caráter de ex-sistente (pastor do ser e cuidado). Discute a ética como Ética originária, o que ainda não foi possível por não se ter conseguido um fundamento para a Ontologia. Devemos nos libertar da visão técnica do pensar. Aqui o ente é tomado como originando da representação categórica da subjetividade em relação aos objetos e a comunicação é tida como compartilhamento dessa objetivação de tudo para todos, caindo na ditadura da opinião pública. Esta decide previamente o que é compreensível e o que não é ("lógica" e“valores”), recusa de refletir e se fecha para outras possibilidades. Com este pensar, o pensar originário chega ao fim, deixando de pensar o ser e a linguagem que, em vez de ser vista como a casa do ser, é tida como um instrumento de dominação do ente que faz ele aparecer como o efetivamente real, no sistema de atuação causa e efeito. Diz que qualquer definição do homem é metafísica ou funda uma. O humanismo começou na república romana. Ele era pensado como o contraponto aos bárbaros, tido como o erudito e instruído nas boas artes. Na renascença, os bárbaros eram da Escolástica gótica da Idade Média. Do humanismo, sempre faz parte um studium humanitatis. Isso tudo se faz presente no humanismo do séc 18 (Winckelmann, Goethe e Schiller) e pode ser levado em conta qual o conceito de liberdade e qual o conceito de natureza humana (Sartre, Marx, Cristianismo, Nietzsche; materialismo; racionalismo; individualismo; internacionalismo). Todos esses humanistas compartilham: “a humanitas do homo humanus é determinada a partir do ponto de vista de uma interpretação fixa da natureza, da história, do mundo, do fundamento do mundo, isto é, do ponto de vista do ente na sua totalidade.” 8 Holderlin parece ter pensado diferente. Eles deixam de questionar a verdade do ser e a relação do ser com o homem, não pensam a diferença entre ente e ser. Eles pressupõem a essência mais universal do homem como animal rationale.