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Antropologia resumo:

A imagem do homem na história No pensamento grego, o homem é entendido como o eixo


unificador da ordem universal, porém, o que o caracteriza é a pró-pria essência e a alma.
Aristóteles trata da alma, mas não do homem integral, utilizando uma visão psicológica, não
antropológica. O que se percebe no pensamento grego primitivo é uma dualidade
fundamental da alma espiritual e do corpo material. Para Platão tudo o que diz respeito à
essência e à dignidade do homem se situa no espiritual. Por isso, em Platão percebemos o
dualismo: espírito e matéria, alma espiritual e corpo material.

No pensamento cristão podemos encontrar a visão de homem como pessoa. Esta é resultado,
sobretudo, da experiência do diálogo entre Deus e o homem. Mas essa decisão implica na
decisão e na responsabilidade do ser humano. O diferencial que vamos perceber aqui é a
revelação.

No Renascimento, o humanismo predomina. O homem é olhado como situado neste mundo,


cuja referência é Deus e a segurança está na fé nesse Deus. O homem questiona-se sobre seu
ser e o sentido de sua vida.

Mas na Idade Moderna a sociedade torna-se antropocrática (ou seja: o homem torna-se o
centro da sociedade). A submissão do homem a uma religião é substituída pela autonomia no
pensamento humano por meio da razão e da experiência.

Na Pós-Modernidade, o reflexo de tudo o que está sendo discutido e pensado: o homem


passa por uma autoexperiência concreta. Agora, o homem se vê diante da vida, da sociedade e
de si mesmo e não encontra mais nenhuma segurança que dê sentido para sua existência.

( correntes de pensamentos) Augusto Comte (considerado o pai do positivismo), vê o


homem como um simples objeto do estudo científico natural empírico, com o evolucionismo,
afirma que a evolução é fruto da seleção natural e o ser humano está incluído nessa seleção.
Para Nietzsche, o homem é produto da evolução que levará ao "super-homem", tudo acontece
na livre competição. Karl Marx e Engels são os pais do materialismo dialético. As coisas não são
estáticas, mas dinâmicas. O princípio é material. O homem não passa de um conjunto de
relações sociais, que, na verdade destroem o sentido da pessoa individual e a torna "função"
dentro do processo da sociedade. Contudo, nessa época, surgem o Existencialismo e o
Personalismo. Entre os pensadores dessas correntes de pensamento estão: Pascal, que
acrescenta à razão o coração. A existência do homem explica-se por meio do imediatismo da
experiência pessoal. Porém, o homem é jogado contra si mesmo e pode compreender sua
própria existência. Sartre vai ao extremo. Para ele, a existência humana é conduzida à plena
nulidade, ou seja, não tem validade alguma.

Sistema capitalista neoliberal: A pessoa, na visão neoliberal, acaba valendo pelo que
produz e pelo que consome. Ou seja, só quem produz e quem consome tem seu espaço,
pequeno e sem muitas alternativas, na sociedade. Mas a pessoa não é só isso. Veremos que
ela é muito mais do que uma máquina de produzir e de consumir.
DIMENSÕES DO SER HUMANO^>

Ao referir-se à dimensão biológica, refere-se, naturalmente, a tudo que se relaciona ao corpo


da pessoa. Sem dúvida, é por meio do corpo que o ser humano faz contato com os outros
seres, com o mundo e com Deus, seu Criador.

Dimensão psíquica A dimensão psíquica remete àquilo que os filósofos gregos chamam
de anima – no Português, "alma", "o que dá vida". O que faz a vida da pessoa acontecer é sua
interioridade; remetendo ao pensamento filosófico, é deparar-se com o conceito de essência.
A alma da pessoa é sua essência. Mas o que vem a ser essência?

Dimensão social Conforme alguns pensadores, o ser humano é produto do meio em que
nasce e vive. Ele recebe uma carga genética muito grande. Alguns dizem que essa carga e essa
influência do meio chegam a 95%, outros falam em 98%. Há até alguns que dizem que a
influência do meio é de 100%. Se fosse assim, não haveria individualidade

Dimensão espiritual O significado etimológico da palavra "espiritual" apresenta um


problema de terminologia específico da língua portuguesa. Essa preocupação remete a uma
questão fundamental para o entendimento dessa dimensão da pessoa. O mesmo autor afirma
mais adiante, quando aponta o espírito como poder de vida: [...] espírito é o próprio poder de
animar e não uma parte acrescentada ao sistema orgânico. Contudo, alguns
desenvolvimentosfilosóficos, aliados a tendênciasmísticas e ascéticas nomundo antigo tardio,
separaram espírito e corpo. Nos tempos modernos essa tendência chegou ao seu auge em
Descartes e no empirismo inglês. A palavra recebeu a conotação de "mente" e a própria
"mente" recebeu a conotação de "intelecto". O elemento de poder no sentido original de
espírito desapareceu, e finalmente a própria palavra foi descartada.

DIMENSÃO DE Unidade e totalidade Quando tratamos do entendimento sobre a pessoa, é


importante notarmos que ela é uma unidade e uma totalidade ao Ser Pessoa – Uma Proposta
Humanista 83 mesmo tempo. Frankl (1989), psiquiatra, obteve uma experiência profunda
sobre o ser humano enquanto esteve preso em um campo de concentração durante a Segunda
Guerra Mundial.

Dimensão da consciência O ser humano é o único que sabe de si mesmo. Ele se pergunta:
Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Para que existo? Ele é, portanto, o valor
absoluto, o valor-fim, a medida de todas as coisas. Diante do valor ser humano, todas as
demais são relativas, por maisimportantes que sejam. Ele sabe isso porque, ao longo da
humanidade, foi descobrindo, foi desvendando, foi compreendendo o seu lugar no mundo.
Dimensão do amor O ser humano como Pessoa é um ser de comunhão e não de solidão.
Ele reconhece no outro o valor absoluto. Ninguém é mais importante para uma Pessoa que a
outra Pessoa. É o "Eu" que se dirige ao "Tu", para afirmar como valor supremo a comunhão do
"Nós". O outro sou eu mesmo, isto é, a mesma essência sob outra aparência. Esta é a
experiência do Amos: descobrir o outro na sua identidade, na sua singularidade e na sua
profundidade.

Dimensão da liberdade A liberdade é outra dimensão fundamental da Pessoa. Para


Dostoiévski, "a liberdade é o atributo da divindade", no sentido de que o que mais aproxima o
ser humano de Deus é a possibilidade do exercício da liberdade.

A dimensão ética do Ser Pessoa Diante do ser pessoa, deparamo-nos com a questão da ética,
elemento constitutivo da condição de sobrevivência, vivência e convivência. Assim, a ética
pode ser entendida como um conjunto de normas que regula o comportamento de grupos
humanos.

IMPORTANTE RELACIONAR A ETICA COM TODAS AS QUESTÕES NA JHORA DA


PROVA. COMO ETICA E MEIO AMBIEMTE. ETICA E CORRPUPÇÃO. ETICA E JUSTICA E
ETC...
EXEMPLO DE PERGUNTAS: 1) Para saber se você compreendeu bem o conteúdo, verifique
se há distinção entre ética e moral,segundo a apostila e ostextosindicados. Fundamentado
nessa afirmação, responda: a) Você entende que é possível existir moral sem ética? b) Quando
moral pode ser entendida como ética? c) Por que a ética e a moral não são entendidas como
um conjunto de verdades fixas e imutáveis, mas fazem parte de um contexto histórico-social
determinado? 2)

Diante do que foi estudado sobre ética e moral, reflita sobre o porquê de, na sociedade
contemporânea, não constatarmos uma verdadeira morte dos valores, tais como a
honestidade, a palavra, a sabedoria, a sensibilidade e a semelhança?

Dualismo corpo-alma O dualismo é uma concepção que está sempre presente na


concepção antropológica. Os filósofos "pitagóricos gregos" pensavam que a alma era imortal,
vinha do céu e caía na Terra para entrar no corpo, ao qual ficava atada. Por isso, eles
buscavam, com a "liberação do corpo", o "retorno".

QUESTÕES.
1) Reflita sobre a seguinte afirmação: O dualismo é uma concepção que está sempre
presente na concepção antropológica. Assinale a resposta INCORRETA:
a) A posição de Santo Tomás é clara: o homem não pode ser explicado como a união
de duas partes: a orgânica e a espiritual. Para os clássicos, o ser humano é uma
reunião substancial desses dois princípios (um opera em relação ao outro).
b) Na obra de Tomás de Aquino, fica evidente a importância da unidade essencial do
homem. É conhecida a expressão de Tomás de Aquino sobre a matéria: est principium
individuationis, que indica que o que determina a individualidade no homem é a
matéria (totalidade biológica), sendo este seu constitutivo essencial.
c) Qualquer forma de dualismo antropológico (como a de Platão ou de Descartes) é
refutada pelos investigadores atuais da Antropologia Filosófica.
d) O dualismo é uma concepção que está sempre presente na antropologia grega. Os
filósofos "pitagóricos gregos" (Platão, Aristóteles, Zenão, no período seguinte
Agostinho, os escolásticos etc.) pensavam a alma separada do corpo. Esta, que era
imortal, vinha do céu e caía na Terra para entrar no corpo, ao qual ficava atada. Por
isso, eles buscavam, com a "liberação do corpo", o "retorno"

2) Gevaert (1995) explica que o termo "espírito" é um termo "complicado" por ser
vago e impreciso. Muitas vezes, expressa um fenômeno vital concreto, "hálito", e,
outras vezes, um princípio exclusivamente humano, "atman", "pneuma", "spiritus" etc.
Sobre esse tema, assinale a resposta INCORRETA.
a) O espírito é a dimensão constitutiva que diferencia o humano do resto da criação. O
espiritual é a dimensão própria do homem. Aristóteles diz que o espírito que vem de
fora é thyrathen.
b) Os pensadores da antropologia filosófica contemporânea, como Scheler, Mondin
e J. Jolif, defendem que o corpo, como o espírito, são sistemas completos. Ambos,
corpo e espírito, são substâncias concretas.
c) São muitos osteólogos que definem o homem como o resultado da imersão do
espírito na matéria. A maioria defende a ideia que não é imersão acidental e sim
substancial, e, a partir dessa característica ontológica, o homem é uma pessoa
espiritual.
d) A Antropologia Filosófica contemporânea defende como princípio que o que
caracteriza a pessoa espiritual é a capacidade que esta possui para se distanciar da
dimensão psicofísica, esse "sair de si"

3) O homem tem uma natureza que é universal a todos os homens. Entretanto, ele não
é uma realidade estática, pois o homem concreto é um ser dinâmico que forja sua
personalidade na existência. Partindo dessa reflexão, analise as alternativas seguintes
e indique a única que a complementa corretamente. a) Desde Santo Tomás, os
pensadores cristãos defendem que todos os homens nascem como uma folha em
branco, sendo que a sociedade os modela.
b) Ao ler o conteúdo da unidade, podemos afirmar que existe algo que se destaca do
puramente sensitivo e do anímico: o princípio espiritual, que é de natureza evolutiva.
c) As características humanas denotam a existência de um Centro Espiritual
ou Alma Espiritual.

4)Viktor E. Frankl (2003) explica o homem como um ser condicionado e afirma que é o
resultado da reunião de vários fatores que respondem a leis – como a da causalidade,
a da semelhança etc. R: Para configurar sua personalidade, o ser humano
precisa do suporte, ou seja, da cooperação que as outras pessoas
proporcionam.
1) Indique a única alternativa falsa:
a) A categoria alteridade é própria da natureza humana, está relacionada com a
necessária vinculação com os outros "eus". O homem é em seu constitutivo um ser
aberto à sociabilidade e a comunidade.
b) Pode-se dizer que o ser humano é pessoa, quanto mais diferente, mais peculiar seja
em relação aos outros seres humanos. Quanto mais indiviso seja, como diziam os
escolásticos, para estes pensadores a pessoa é: indivisum in se et divisium a quolibet
alio, ou seja, na individualidade ontológica está a base da personalidade.
c) J. Y. Jolif (1969, p. 184-185) explica que a alteridade e a unicidade são categorias
ontológicas. Estas categorias implicam em si mesmas numa contradição. Ambas
dependem da renuncia do conceito de subjetividade pura, o homem não pode deixar
de reconhecer, aceitar e integrar a dimensão da alteridade. Eu não posso dar-me
sem que se dê também o outro. Essa concepção de homem é contrária à ideia de ser
individualista que o neoliberalismo e as linhas de pensamento positivista defendem
nos dias de hoje.
d) O ser humano necessita comunicar-se com o outro e também ter contato com o
mundo – essa é uma exigência natural. Devemos considerar também que sua finitude
e sua dificuldade para compreender a multiplicidade da verdade o obrigam ao diálogo
e ao intercâmbio.

2) Indique a única alternativa que complementa o pensamento de SAHAGUN. "A


propriedade de um ser espiritual é sua independência, liberdade ou autonomia
essencial perante os contratempos e pressão do orgânico da vida [...]. Talser espiritual
não está limitado nem pelosimpulsos, nem pelo meio é aberto ao mundo". (SAHAGUN
1996, p. 146).
a) Portanto, o homem está limitado por crenças, desejos, vínculos sociais etc. Estes
são determinantes do comportamento.
b) Assim, se somos produtos de situações e realidades que fogem do nosso controle e
não escolhemos livremente nossos genes nem nossa realidade ambiental e cultural,
não podemos fundamentar efetivamente a hipótese de que o nosso comportamento
seja resultado de uma escolha livre.
c) Nascemos em uma sociedade estruturada, não pedimos nem escolhemos nosso
destino, bem como não escolhemos nossa personalidade social.
d) A pessoa, porser espiritual, atua sabendo o que está fazendo e, especialmente,
podendo concordar ou não segundo o juízo da razão.

3) Complete os textos com "Liberdade de" ou "Liberdade para". a) Não há liberdade


sem condição ética, não há liberdade sem responsabilidade. Já que a liberdade, por ser
da pessoa, supõe sempre uma dimensão interpessoal, o homem é sempre um eu no
mundo com outros "eus". Esta forma de liberdade é denominada: _"+Liberdade
"para_. b) O homem nasce sem nenhuma norma ou modelo – portanto, com uma
liberdade sem limites. A minha responsabilidade é limitada ante a liberdade. A
vontade é livre e ela impõe a ação. Esta forma de liberdade é denominada +)
liberdade "de"

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