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Ontologia Metafísica
Tal não significa, evidentemente, que esta questão se encontre sequer na agenda
ou ordem do dia das discussões da moda. Pelo contrário. Discutir séria e
abertamente, radicalmente, se há uma natureza humana pressupõe, como é lógico,
a prévia disponibilidade para vir a admitir a hipótese de que tal coisa existiria (ou a
sua contrária). Ora o pensamento único, hoje avassalador, já decidiu, com a sua
petulante tirania do espírito, armado do seu desprezo suficiente e da sua ácida e
fulminante ironia de intelectual, que não existe nada de natural, e muito menos a
natureza humana. “Que é isso de natureza?” “Que é isso de Homem?” Só quando
quer aniquilar as instituições e outros artefactos culturais que ainda vão segurando o
dique da anomia social, ou cede ao romântico apelo ecologista ou afim, o
filosoficamente correcto apela para o tópico “natureza”...
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* Etologia, é a disciplina que estuda o comportamento animal.
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OBJETIVOS:
1. Que é o homem?
Este conceito de homem satisfaz-nos de certa forma, mas ainda não é suficiente
para podermos pensar, pelo menos filosoficamente, qual o sentido da vida humana.
Pois, omite, a velha e presente dicotomia Corpo/Alma no conceito de homem.
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2. As definições que exprimem uma característica ou uma capacidade atribuída
ao Homem são numerosas; a primeira e mais famosa é a definição de Homem como
“animal racional”. Essa definição expressa bem o ponto de vista do iluminismo grego
e o espírito das filosofias de Platão e Aristóteles. Só essa nos interessa.
2. Natureza VS Essência
Para definir este termo, lançou-se mão de uma série de conceitos, entre os quais
há alguns pontos comuns. Os principais são os seguintes: 1. Princípio do
movimentos ou substância; 2. Ordem necessária ou nexo causal; 3. Exterioridade,
contraposta à interioridade da consciência; 4. Campo de encontro ou de unificação
de certas técnicas de Investigação.
A Essência [determinismo] refere-se àquilo que faz com que uma coisa seja o que
é e não outra coisa. Ou seja, é o que uma coisa não pode não ser e que é o porquê
dessa mesma coisa, como quando se diz que o homem é um animal racional,
pretendendo-se dizer que o homem é homem porque é racional.
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acidente, que nada mais é, pelo menos no homem, que a própria razão [anima],
então, somos livres de tomar os termos “Natureza e Essência” como sinônimos,
longe disso qualquer pretensão é redundante.
A palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina ratio e a palavra grega
logos. Essas duas palavras são substantivos derivados de dois verbos que têm um
sentido muito parecido em latim e em grego.
Logos vem do verbo legein, que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio
vem do verbo reor, que quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular.
Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos?
Pensamos de modo ordenado. E de que meios usamos para essas ações? Usamos
palavras (mesmo quando usamos números estamos usando palavras, sobretudo os
gregos e os romanos, que usavam letras para indicar números).
Por isso, logos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com
medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros. Assim, na
origem, razão é a capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correta e
claramente, para pensar e dizer as coisas tais como são. A razão é uma maneira de
organizar a realidade pela qual esta se torna compreensível. É, também, a confiança
de que podemos ordenar e organizar as coisas porque são organizáveis,
ordenáveis, compreensíveis nelas mesmas e por elas mesmas, isto é, as próprias
coisas são racionais.
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Existencialismo e Essencialismo
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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