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Abdul Mussage Abdul

Eurico Nazário André

Analise Metafisica do Homem


Licenciatura em Ensino De Filosofia Com Habilitações Em Ética

Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023
Abdul Mussage Abdul
Eurico Nazário André

Analise Metafísica do Homem: A Morte e a Imortalidade da Alma

Licenciatura em Ensino De Filosofia Com Habilitações Em Ética

O presente trabalho é de carácter avaliativo a ser


entregue no Departamento de letras e ciências
sócias, no âmbito da cadeira de Antropologia
Filosófica, 1° ano, 2° semestre. Recomendado
pelo:

MA. Mário Adolfo Januário

Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2023
Introdução

O presente trabalho tem como tema, a Analise Metafisica do Homem, onde abordaremos sobre
as categorias da pessoa, A Morte e a Imortalidade da Alma, visto que a metafísica é uma palavra
que origina de duas realidades em grego, Meta-Além, Física- natureza, meta+physi. Que
significa além da natureza, o que esta além da física. Este seria a ideia chave da definição da
metafísica. Numa outra vertente, indo para antiguidade Aristóteles é considerado o pai da
metafísica. No entanto por ele ter apresentado, chamava-se a filosofia primeira. Com o trabalho
que foi possível nas mãos de Rodes.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento; a conclusão onde


contem a síntese em relação ao tema e por fim a referência bibliográfica onde constam as obras
usadas na elaboração do trabalho.

Objectivo geral

 Compreender a Análise Metafísica do Homem.

Objectivos Específicos

 Descrever e explicar as categorias da pessoa;


 Apresentar a morte e imortalidade da alma;

Metodologia

Para este trabalho usou-se como metodologia a pesquisa bibliografia, que segundo Gil (1991)
citado por Silva & Metnexes (2001:21): “quando elaborada a partir de material já publicado,
constitui principalmente de livros, artigos de periódicos e actualmente com material
disponibilizado”.
Índice

Introdução..................................................................................................................................... 3
Analise Metafísica do Homem...................................................................................................6
Categorias de pessoa.................................................................................................................. 6
A morte e a Imortalidade da alma..............................................................................................7
A Morte da alma........................................................................................................................ 7
A Imortalidade da alma..............................................................................................................8
Conclusão.................................................................................................................................10
Referências bibliográficas........................................................................................................11
1.1. Analise Metafísica do Homem

Categorias da pessoa

A categoria de pessoa é o ápice do discurso da Antropologia Filosófica de Lima Vaz. Para


compreender o que ele entende por este conceito é importante analisar os antecedentes histórico-
filosóficos, como também a intenção que ele aplica ao conceito de pessoa.

Segundo Lima Vaz, foi no terreno das controvérsias trinitárias e


cristológicas do século IV d.C. que o termo pessoa adquiriu a riqueza
Antropologia Filosofica II, p. 189, “Pessoa era em grego prosopon, ou
seja, máscara de teatro, e esta acepção não favorecia nos primeiros séculos
do cristianismo o aprofundamento dos mistérios trinitários e cristológicos,
porque tendia a conduzir em direção de uma ideia de pessoa como
aparência.

De acordo com Vaz, (1991, p. 175), as categorias da pessoa são:

 Categoria do corpo próprio: esta categoria nos apresenta em primeiro lugar é o do


homem presente ao mundo por seu corpo. Não se trata do corpo enquanto entidade fisico-
biologica, mas do corpo enquanto dimensão constitutiva e expressiva do ser do homem.
Enquanto tal o corpo é designado na terminologia filosófica contemporânea como corpo
próprio, o problema do corpo próprio ou, em termos filosóficos, o problema da categoria
da corporeidade e não somente um problema fundamental para a Antropologia filosófica,
mas e seu ponto de partida, pois a autocompreensão do homem encontra seu núcleo
germinal na compreensão de sua condição corporal.
 Categoria do Psiquismo: a formulação clássica desse problema, ora diz respeito a
relação entre a psyche (alma) e o soma (corpo), ora a relação entre a psyche e o nous
(alma e intelecto) ou entre a psyche e o pneuma (alma e espirito). Desse modo, a tradição
ocidental conhece, com relação a estrutura psíquica do homem, dois esquemas
fundamentais: o esquema dual (relação alma corpo) e o esquema trial, (relação corpo —
alma — espirito). O primeiro recebeu uma interpretação ontológica e foi consagrado na
tradição da teologia e filosofia escolásticas, sobretudo por obra Sto. Tomas de Aquino.
O domínio do psíquico é, pois, o domínio onde começa o homem interior, e onde começa
a delinear-se o centro dessa interioridade, ou seja, a consciência. Desse. modo, emerge
aqui claramente o polo do Eu, uma vez que só se pode falar de consciência se se trata da
consciência de um Eu, implicando a reflexividade que permite opor o Eu a seus objectos.
 Categoria do espirito: Com a categoria do espírito, ou com o nível estrutural designado
como noético-pneumático, atingimos o ápice da unidade do ser humano. É nesse nível
que o ser do homem abre-se necessariamente para a transcendência: trata-se de uma
abertura propriamente transcendental, seja no sentido clássico, seja no sentido kantiano-
moderno, que faz do homem nesse cimo de seu ser que é também, para usar outra
metáfora, o âmago mais profundo de sua unidade, um ser estruturalmente aberto para o
Outro. No horizonte do espírito, o outro desenha necessariamente seu perfil como outro
relativo na relação intersubjetiva, e se anuncia misteriosamente como Outro absoluto na
relação que deverá ser dita propriamente relação de transcendência. Vaz (1991, p.201).

Na elevação do homem, ao nível do espírito, presume-se a noção de espírito como co-extensiva


ou homóloga à noção de Ser entendida segundo suas,, propriedades transcendentais e unidade
(unum), verdade (verum) e bondade (bonum). Em sua estrutura espiritual ou noético-pneumática,
o homem se abre, enquanto inteligência (noüs), à amplitude transcendental da verdade, e,
enquanto liberdade (pneüma), à amplitude transcendental do bem: como espírito ele é, pois, o
lugar do acolhimento e manifestação do Ser e do consentimento ao Ser.

1.2.3. A morte e a Imortalidade da alma

 A Morte da alma

De acordo com Reale e Antiseri (2003, p. 153), a morte na perspectiva Platônica, representa um
episódio que ontologicamente se refere exclusivamente ao corpo. Ela não apenas não causa dano
a alma, mas ao contrário, lhe traz grande beneficio, permitindo-lhe viver uma vida mais
verdadeira, vida voltada para si mesma, sem obstáculos e véus, inteiramente unida ao inteligível.
Isso significa que a morte do corpo é abertura para a verdadeira vida da alma. Sentido do
paradoxo, portanto, não muda com a inversão de sua formula. Pelo contrario, torna-se mais
preciso: o filosofo é aquele que deseja a verdadeira vida (= morte do corpo) e a filosofia treino
para a vida autêntica, para a vida na dimensão exclusiva do espirito. A "fuga do corpo" comporta
o reencontro do espirito.

 A Imortalidade da alma

Como explica Porfírio nos textos extraído na obra Reale e Dário (2006) A imortalidade da alma
ou pyche é um tema que tem como objectivo provar que a psyche é sublime ao soma ou corpo.
Platão no livro por meio do dialogo de Sócrates e seus discípulos símios cibas cria varias teorias
para mostrar-lhes como sua tese sobre a imortalidade da alma é verdadeira. ele afirma que todos
os objectos pertencem à teoria dos contrários, mas a alma é verdadeira. Ela é imortal e sempre
existiu. A alma acima de tudo é considerada como vida. Ela por ser pura, é imortal pertence ao
mundo das ideias, ao mundo das coisas inteligíveis que fazem todos os outros objectos existirem.
Esse pensamento mostra que a alma não pode ser inferior ao corpo, mas que ela pertence as coias
puras e imortais, por isso é lhe atribuída o conhecimento verdadeiro. Nisto para Platão: a alma
seria imortal, imóvel eterna, imutável e incorruptível.

A imortalidade da alma é um estado em que a vida não tem fim e esta além do poder da morte e
que obtida após a ressurreição. Todas as almas no final, não se tornam imortais pelo poder da
ressurreição de Jesus cristo. Ezequiel 37: 1-4, João 5: 28-29, coríntios 15:20-22).

Foram ideias que representaram a cerca da crença, que a alma poderia sujeitar-se a uma
ramificação a uma vida pois morte, e que quando o corpo padece alma sai do corpo, por isso a
matéria esta intimamente separada como a alma, alma, a alma é o cárcere da corpo, o corpo
como afirma Platão, seria uma ideia que compõem uma prisão, alma aprisiona-se ao corpo,
quando este corpo vive, mal que o corpo desaparece alma transmigram para outra vida. Por isso
pode si dizer que a alma é imotal.

A imortalidade da alma Ibn Sīnā, aborda a questão da imortalidade da alma, a respeito da


constatação de que a estrutura da alma racional não está impressa em uma matéria
corporal”, e sobre tudo “A respeito de que as almas humanas não se corrompem nem
transmigram”. O objectivo geral do filósofo aqui é demonstrar que a alma humana, por
ser racional, e diferentemente da vegetal e de animal (que cessam com a morte de seus
corpos), não está impregnada ou enraizada em seu corpo e, portanto, continuaria a existir
após a dissolução deste, prescindindo dele para subsistir. Apesar de a alma vir à
existência e permanecer sempre junto ao corpo, regendo-o e conduzindo-o enquanto
estiver vivo, o princípio dela não estaria neste último, pois a natureza da alma é
incorpórea. A ligação entre as duas substâncias (corpo e alma humanos) é acidental; elas
não estão essencialmente unidas. De fato, a ligação entre ambos é fraca o suficiente para
permitir a imortalidade da alma, mas forte o bastante para manter a individuação desta,
adquirida com o corpo material que regeu. É isso que Ibn Sīnā quer provar a destruição
do corpo não implica a destruição da alma. (Falsafa, 2002).
Conclusão

Chegado ao fim do presente trabalho, primeiramente agradecemos ao mestre por ter nos dado o
tema do trabalho porque de facto serviu para o aprofundamento dos nossos conhecimentos em
virtude do mesmo, a metafisica é um ramo da filosofia que estuda o ser enquanto ser, sob ponto
de vista da sua transcendental vertente. Nas categorias da pessoa , Pessoa era em grego prosopon,
ou seja, máscara de teatro, e esta acepção não favorecia nos primeiros séculos do cristianismo o
aprofundamento dos mistérios trinitários e cristológicos, porque tendia a conduzir em direção de
uma ideia de pessoa como aparência. Temos a categoria do corpo, categoria do psiquismo,
categoria do espirito. A imortalidade da alma é um estado em que a vida não tem fim e esta além
do poder da morte e que obtida após a ressurreição.
Referências bibliográficas

Giovanni Reale, Dario Antisseri, História da filosofia antiga, filosofia pagã antiga, v. 1, São
Paulo : Paulus. 2003.

Lima, Vaz, Henrique, Antropologia filosófica, ed 4˚, são Paulo Brasil, 1991.

Falsafa: a filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002.

Reale, Giovanni. Antiseri, Dário; (2007) história da filosofia, vol. 1; editora paulus,

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