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SUBJETIVIDADE

<SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA >


<RETOMANDO>

• Para isso devemos ter o entendimento que entendimento de objeto, varia de


acordo com o entendimento de homem.
• Lembrando que esse homem é DIVERSO, SINGULAR, HISTÓRICO, SOCIAL.
• A identidade da Psicologia é o que a diferencia dos demais ramos das ciências
humanas, e pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos enfoca o
homem de maneira particular.
MATÉRIA PRIMA
Nossa matéria-prima, portanto, é o
homem em todas as suas expressões, as
visíveis (nosso comportamento) e as
invisíveis (nossos sentimentos), as
singulares (porque somos o que somos) e
as genéricas (porque somos todos assim) -
é o homem - corpo, homem afeto,
homem-ação e tudo isso está sintetizado
isso está no termo subjetividade.
E A SUBJETIVIDADE?

A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós


vamos, constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando
as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica,
de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que
os elementos que a constituem são experienciados no campo comum da
objetividade social. Esta síntese - a subjetividade - é o mundo de idéias,
significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de
suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é,
também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais
• .O mundo social e cultural, conforme vai sendo
experienciados por nós, possibilita-nos a construção
de um mundo interior. São diversos fatores que se
combinam e nos levam a uma vivência muito
particular. Nós atribuímos sentido a essas
experiências e vamos nos constituindo a cada dia. A
subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar,
sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o
nosso modo de ser.
AINDA SOBRE SUBJETIVIDADE

• Em construção ou seja é mutável, produzida, automodável


• não é inato ( nasce com a pessoa)
Guimarães Rosa - que em Grande Sertão: Veredas, consegue expressar de modo
muito adequado e rico, o que vale a pena registrar:
"O importante e o bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda
não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam".
PSICOLOGIA E MISTICISMO

Psicologia, como área da Ciência, vem se


desenvolvendo na história desde 1875, quando
Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro
Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia,
em Leipzig, na Alemanha. Esse marco histórico
significou o desligamento das idéias psicológicas
de idéias abstratas e espiritualistas, que defendiam
a existência de uma alma nos homens, a qual seria
a sede da vida psíquica.
DESDE DE WILHELM WUNDT

A partir daí, a história da Psicologia é de fortalecimento de seu vínculo com os princípios e


métodos científicos. A ideia de um homem autônomo, capaz de se responsabilizar pelo seu
próprio desenvolvimento e pela sua vida, também vai se fortalecendo a partir desse
momento. Hoje, a Psicologia ainda não consegue explicar muitas coisas sobre o homem,
pois é uma área da Ciência relativamente nova (com pouco mais de cem anos).
*Nota: Marco da regulamentação, A data de 27 de agosto de 2022, marca os 60 anos da
regulamentação da Psicologia no Brasil, determinada pela Lei n.º 4.119 de 1962.
ALERTA AOS DESAVISADOS

• A busca pelo conhecimento do “Homem” tem feito alguns


“Psis” buscarem práticas não respaldadas pela ciência.
• tarô, a astrologia, a quiromancia, a numerologia, entre outras
práticas adivinhatórias e/ou místicas, têm sido associadas ao
fazer e ao saber psicológico. Estas não são práticas da
Psicologia.
EXISTE PSICOLOGIA CRISTÃ?

• VAMOS REFLETIR SOBRE ISSO UM POUCO


O que vocês acham?
Código de Ética
Princípios Fundamentais
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
a. Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade ou opressão;
b. Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer
tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA
PSICOLOGIA E HISTÓRIA
Psicologia, a história tem por volta de
dois milênios. Esse tempo refere-se à
Psicologia no Ocidente, que começa entre
os gregos, no período anterior à era cristã.
Para compreender a diversidade com que
a Psicologia se apresenta hoje, é
indispensável recuperar sua história.
Cada escola de pensamento está atrelada
uma realidade, e uma necessidade
Histórica.
A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS E OS PRIMÓRDIOS
• A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre
os gregos,
particularmente no período de 700 a.C. até a dominação romana, às vésperas da era
cristã.
• O Avanço império Grego, tivesse para pensar sobre coisas “Espirito”, Filosofia
começou a interessar pela interioridade ou de uma Psicologia.
• O próprio termo psicologia vem do grego psyché, que significa alma, e de
logos, que significa razão. Portanto, etimologicamente, psicologia significa
"estudo da alma". A alma ou espírito era concebida como a parte imaterial do ser
humano e abarcaria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a
irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
PSIQUE OU PSIQUÊ

Mitologia grega, Psique é uma divindade que representa a


personificação da alma.

Psiquê é representada como uma donzela com asas de


borboleta, uma simbologia que significa que Psiquê, como
a borboleta, depois de uma vida rastejante como lagarta,
flutua na brisa do dia e torna-se um belo aspecto da
primavera.
Psiquê por Wolf von Hoyer, 1842
• Os filósofos pré-socráticos (assim chamados por antecederem Sócrates, filósofo grego)
preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Discutiam se o
mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê um mundo que já existe.
• Idealistas (a idéia forma o mundo)
• Materialistas (a matéria que forma o mundo já é dada
• para a percepção).

Sócrates (469-399 a.C.)


Preocupação entre separar os homens dos animais
Característica essencialmente humana era a razão ( O que sobrepunha os instintos), A razão como essência,
peculiar

Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates


“Lugar" para a razão no nosso próprio corpo, definiu esse lugar como sendo a
Cabeça
Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão
A psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se
reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. Desta forma, os vegetais, os animais e o homem
teriam alma.
Estudou conceituando sobre Razão x Percepção x Sensação, esta disposto na Obra Da Anima
A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA
As vésperas da era cristã, surge um novo império que iria dominar a Grécia, parte da Europa e
do Oriente Médio: o império Romano, nesse época houve grande avanço do cristianismo e
consequentemente influenciou a Psicologia.
Dois grandes filósofos representam esse período: Santo Agostinho
(354-430) e São Tomás de Aquino (1225- 1274).

Santo Agostinho, inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo.
Entretanto, para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação
divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E, sendo a
alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua
compreensão.
São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o
filósofo grego, considera que maneira de o homem, na sua essência, busca a perfeição através
de sua existência. Porém, introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrário de Pacher.
Aristóteles, afirma que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos
de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. São Tomás de
Aquino encontra argumentos racionais para justificar os dogmas; da Igreja e continua
garantindo para ela o monopólio do estudo do psiquismo.
Renascimento ou Renascença. O A PSICOLOGIA NO RENASCIMENTO
mercantilismo leva à descoberta de novas
terras (a América, o caminho para as Índias,
a rota do Pacífico), e isto propicia a
acumulação de riquezas pelas nações em
formação, como França, Itália,
Espanha, Inglaterra.
. Neste período, Renê Descartes (1596-
1659), um, dos filósofos que mais
contribuiu para o avanço da ciência, postula
a separação entre mente (alma, espírito) e
corpo, afirmando que o homem possui uma
substância material e uma substância
pensante, e que o corpo, desprovido do
espírito, é apenas uma máquina. Esse
dualismo mente-corpo torna possível o
estudo do corpo humano morto.
“ É necessário que ao menos uma vez na
vida você, duvide tanto possível, de todas
as coisas.”
“ Penso, logo existo.”
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA

• No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário. O crescimento da nova
ordem econômica - o capitalismo.
• Novas exigências frente ao processo de transição do período Feudal – Capitalista.
• Mudança da visão antropocêntrica – “O homem é um ser livre”
• O avanço das Máquinas outras ciências desenvolveram Neurociências, Anatomia, Neurofisiologia,
Psicofísica (Fenômenos: de percepção e sensação)

• Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt da Psicologia cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o


primeiro laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa
produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica. Wundt desenvolve a
concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem à fenômenos
orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de agulha na pele de um indivíduo,
teria uma correspondência na mente deste indivíduo.
PIONEIROS DA PSICOLOGIA

O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século 19. Wundt, Weber e Fechner
trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa
nova ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o americano William James.

Seu status de ciência é obtido à medida que se "liberta" da Filosofia, que marcou sua história
até aqui. A evolução da ciência psicológica atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos
padrões de produção de conhecimento, passam a:
definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); delimitar seu campo de
estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; formular
métodos de estudo desse objeto; formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na
área. Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se
buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação, e o
conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas
na área. Nesse período surgiram as primeiras abordagens. Funcionalismo, Estruturalismo e Associonismo.

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