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Questão 1
A psicologia é uma ciência que tem um longo passado mas uma curta história e sua origem vem
de psyché=alma e de logos=razão.
Fazendo uma linha história podemos começar mencionando desde a Antiguidade 700 AC (da
Grécia Antiga/Dominação Romana). Os filósofos gregos tentam sistematizar um pensamento
sobre o espírito humano e surge o Cristianismo, onde acreditavam que o homem era a imagem
e semelhança de Deus. Na sequência, vem o período da Idade Média > 400 DC onde o sistema
político e social era o feudalismo e a Igreja católica monopolizava o saber. Diante disso, todas as
ideias relacionadas às questões psicológicas estavam atreladas ao conhecimento religioso.
Posteriormente inicia-se o períoso do Renascimento (SEC XIV) onde as artes ganham relevância
e a Igreja Católica perde influência e se estabelecem os feudos e eles se organizam em
comunidades e praticam atividades comerciais -modo mercantil -sistema econômico baseado
nas trocas e mercantil.
Por fim, chega no período Moderno onde ocorre avanços e iniciam-se pensamentos e ideias
acerca do conhecimento científico. Surge o filófoso Galileu que propõe ideias através do do
conhecimento científico, matemático e ciências exatas· Nesse período, houveram avanços em
diversas áreas dentre elas a Anatomia, Fisiologia e Psicologia e foram desenvolvidas condições
para métodos e regras científicos.
Surge pensadores como Descartes, que afirmava sobre o dualismo existe entre corpo de mente,
Hegel(1770-1831) que demonstrou a importância da história para a compreensão do ser
humano, Darwin com sua teoria da evolução das espécies e diversos outros pensadores que
desenvoveram teses na área da psicologia com seus pensamentos inovadores como Wundt, que
cria laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia, Tiecher que , William
James e muitos outros.
Ainda referindo-se ao Estado Moderno houveram mudanças significativas acerca da sexualidade
e separação entre os planos público e privado – coisas que podem ser feitas na frente do rei e
coisas que não podem. Antes tudo era explícito. Quando surge o estado absolutista, surge uma
questão filósofica importante que é a relação do poder central com as liberdades individuais.
Existe o rei e as liberdades individuais e começam questionamentos acerca de quais aspectos o
rei poderia interferir na vida privada de cada indivíduo.
No contexto das práticas sociais modernas, surgem experiências constitutivas fundamentais e
essas experiências referem-se respectivamente à constituição de um domínio de interioridade
reflexiva (a nossa subjetividade) e de um campo de singularização valorativa num espaço
coletivo (a nossa individualidade). A constituição de subjetividade é caracterizada pela
constituição de um plano de interioridade reflexiva, em que cada vivência se encontra centrada
e ancorada em uma experiência de primeira pessoa, de um “eu”.
Quanto a constituição de individualidade, a psicologia só pode existir como ciência
independente, quando na modernidade se produziu o conceito de subjetividade e essa
subjetividade pode operar circunscrita em certos tipos de individualidades.
Com esse breve resumo histórico, é possível notar que houve um movimento relacionado a
busca pela subjetividade e individualidade.
Mas também uma transicao social e politica do modo agrario pro modo mercantil (sistema
economico baseado nas trocas comerciais e mercantil) e mundo mediaval para o mundo
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Questão 2
A) O projeto de uma Psicologia Científica aos moldes das ciências naturais, seu objeto de
estudo e a dupla divisão de tarefas em Psicologia
Buscava uma psicologia nos moldes através da realização de experimentos. Um aspecto
relevante é a relação entre psicologia e filosofia. Wundt acredita que a psicologia é a ciência
natural mais focada na investigação dos problemas gerais da teoria do conhecimento e da ética,
os dois principais domínios filosóficos para ele. Ele menciona que a psicologia é complementar
às ciências naturais e com isso é possível afirmar que é ma ciência preparatória para a filosofia.
Ele vai tentar fazer uma teoria que vai quantificar com o objetivo de extrair uma lei geral. Para
ele, a experiência é mediada e os elementos tinham que estar dentro do padrão para dar o
mesmo resultado. Colocava uma pessoa em estado de prontidão, em momento introspectivo
para a pessoa perceber suas sensaçõe. Um exemplo é um experimento realizado com os
indivíduo onde eles eram submetidos a temperaturas distintas. Os analistas alteravam as
temperaturas e percebiam em quanto tempo o indivíduo sentiria frio. Wundt repetia várias
vezes e criava uma regra geral – há uma mediação para tentar entender o que ta acontecendo.
De acordo com JACÓ-VILELA, Wundt definiu a psicologia sendo uma ciência da experiência
imediata. “A psicologia é uma ciência empírica cujo objeto de estudo é a experiência imediata”.
Esse pensador define experiência sendo em geral um todo unitário e coerente, que pode ser
concebido e elaborado cientificamente a partir de dois pontos de vista distintos, porém
complementares. Ele afirma que toda experiência pode ser analisada pelo seu conteúdo
objetivo (experiência mediata) ou subjetivo (experiência imediata).
Com relação a experiência mediata a ênfase recai sobre os objetos da experiência (mundo
externo), pensados independentemente do sujeito da experiência (tipo de percepção, sensação
e sentimento) ex maça. Frio, calor, fome para verificar enquanto que a experiência imediata
investiga-se o próprio sujeito da experiência (mundo interno) em sua relação com os conteúdos
da experiência.
Com base nesses dois pontos de vista, surge uma dupla possibilidade de se fazer ciência
empírica: a ciência natural (física, química, fisiologia), que cuida dos conteúdos específicos da
experiência mediata, uma vez que os objetos fornecidos na experiência são sempre mediados
pelos fatores subjetivos; e a psicologia, que tem por objeto a experiência imediata, já que não
abstrai o próprio sujeito, como a ciência natural.
Wundt pretendia atacar uma concepção de psicologia que tratava a mente como se fosse uma
substância ou entidade, seja espiritual (espiritualismo) ou material (materialismo). Para ele, essa
forma de fazer psicologia estaria equivocada porque se baseia em hipóteses metafísicas que
extrapolam toda a possibilidade de experiência.
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Certas partes da experiência mediata podem ter correspondência direta com a experiência
imediata, sem que uma possa ser reduzida a outra pois ambas estão relacionadas.
Isso não significa, porém, que não haja lugar para a pura observação na psicologia. Ao contrário,
existem fatos psíquicos que, embora não sejam objetos reais do mundo externo, possuem o caráter
de objetos psíquicos, na medida em que sua natureza é relativamente estável e que independem do
observador. Além disso, eles têm uma outra característica em comum, que os tornam adequados à
observação: eles são inacessíveis pelo método experimental. Mas que objetos psíquicos são esses?
São aquilo que Wundt chama de produtos mentais surgidos ao longo da história, como a
linguagem, a religião, os mitos e os costumes, que dependem de certas condições psíquicas gerais,
as quais podemos inferir com base em suas características objetivas.
Uma característica fundamental desses produtos mentais é que eles pressupõem a existência
de uma comunidade de muitos indivíduos que compartilham uma certa mentalidade, embora sua
fonte última sejam sempre as características psíquicas do indivíduo em particular. É por estarem
ligados a uma comunidade popular que Wundt chamou essa área de investigação psicológica de
psicologia dos povos (Völkerpsychologie), que complementa a psicologia individual ou
experimental na busca de uma compreensão geral dos princípios fundamentais da vida psíquica.
No entanto, há uma curiosa diferença na atitude de Wundt em relação a essas duas áreas de
investigação psicológica. Enquanto na psicologia individual ele procurou sempre investigar 98
direta e empiricamente os fenômenos, na psicologia dos povos Wundt o fez apenas
indiretamente, baseando-se acima de tudo nos relatos e estudos etnológicos. Os últimos 20 anos
de sua vida (1900-1920) foram dedicados principalmente a essa psicologia dos povos, esforço esse
que resultou em dez extensos volumes.
Em suma, a psicologia dispõe, assim como a ciência natural, de dois métodos de investigação,
que darão origem a duas formas complementares de estudo psicológico: o experimento, que a
psicologia individual/fisiológica utiliza na análise dos processos psíquicos mais simples; e a
observação dos produtos mentais, através da qual a psicologia dos povos investiga os processos
psíquicos superiores. É importante ser mencionado que essa separação é uma necessidade
apenas metodológica que não comprometem a unidade do seu objeto de estudo (os processos
psíquicos revelados na experiência).
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Existe uma relação de causalidade entre o campo da fisis, onde um evento é consequencia do
anterior, é razoavel vc pensar em Causalidade Psíquica.
Questão 3
De acordo com o pensamento de Titchener, explique:
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Cabeca dele é totalmente diferente. Ele quer fazer ciencia, na época há uma necessidade
cientifica !!!!!
Ele tem visão perspectivista em relação a experiência: separa o mundo da fisica da psicologia e
quer fazer ciência, na época há uma necessidade cientifica. Seu ponto de estudo são os objetos
que compoe a estrutura da mente (CONSCIÊNCIA)
Para ele, existiam três elementos básicos da consciência: sensações, imagens e sentimentos.
Seu foco principal estavam nas sensações que possuiam quatro atributos, dentre eles:
qualidade (bom, ruim, doce, salgado), intensidade (mais ou menos brilhante) , nitidez (preciso,
definido)e duração (tempo). Dentro essas características, a qualidade era a mais interessante
pois distingue do processo elementar dos outros. Já o atributo da nitidez nao se encaixa para o
elemento “sentimento”.
Em 1910 Titchener : ele separa mente e consciencia, onde a mente consistia na soma dos
processos mentais que ocorrem durante a vida de um indivíduo e a consciência é a soma total
dos processos que ocorrem no “agora. Consciência: juntou todos os processos e cria sendo é
discreta e a mente é descrirta como série temporal contínua .
O método introspectivo consiste em olhar pra dentro. Titcher modifica o método introspectivo
do wundt (quantitativo) e torna mais próximo da introspecção qualitativa. Titcher tenta ir além
e fazer leis gerais. Quer provar como a sensacao e a percepcao podem fazer experiencias que
pode provar que todos os homens podem ter através de modelo de estrutura científica. Ele tenta
medir a introspeccao de maneira cientifica, qualitativa e estabelecendo uma lei geral, criando
uma tabela periódica.
Wundt queria fazer cálculo matemático, com exatidão, ciência natural e exata que sempre se
baseia nos termos quantitativos. Tiecher queria medir as sensações, olhar os processos mentais
e os conteúdos mentais da consciência, qualitativo.
Wundt olha a experiência como um todo, observa, vizualiza e depois estabecia leis gerais. Tiecter
analisava cada partes mentais e catalogava nossas experiências de maneira separada fazendo
com que a introspecção fosse diferente para ambos. .
A abordagem estruturalista de Titchener, para sua época, foi inovadora mas foi vítima
de críticas. A primeira delas é que ele cria uma lei geral para um segmento muito
específico, para segmentos que não se enquadram para todos os homens. Não pode
criar uma lei geral pois não existe ciência exata e também porque os indivíduos não
estão isolados e ambiente deve ser considerado.
Outra crítica é que a introspecção conduzia a observações inviezadas e parciais. Esse
método só funcionava em ambiente artificial, não funcionando na vida real. Não ocorre
na forma de sensação, só ocorre em um espaço de laboratório. Ademais, cada pessoa
relata uma descrição diferente em relação ao mesmo estímulo recebido e com isso não
é possível criar uma lei geral.
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Além disso, esse método não podia ser usado para estudar crianças, animais e tópicos
complexos como a aprendizagem, desenvolvimento e disturbios mentais não podiam
ser investigados por esse método.
Por outro lado, essa escola também teve contribuições. O método de introspecçao como
relato verbal é usado até hoje como relato clínico consolida a psicologia como ciência
experimental dentre outras.
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Questão 4
A) Explique como James descreve a Consciência (ou Self) e cite suas características
ou atributos
James denomina a consciência como “self”/ “eu” e afirma que não é uma esfera polida,
com um espaço interior no qual cabem coisas, e mergulhada em um mundo que a
delimita externamente. Para esse pensador, quanto mais ele avança em relação ao
mundo, mais ele se expande e quanto maior a experiência comum humana, maior a
abrangência do "self". A consciência nao aparece para ela mesmo de forma fragmentada
James acredita que a ideia de “self” é apenas “o nome de uma posição”, uma espécie de
perspectiva individual privilegiada a partir da qual o mundo é medido em suas distâncias
e a extensao do self depende de quanto você age no aqui e no agora.
Ele concebe tais distâncias – por exemplo, a distância entre o que é “aqui” e “ali” – em
função das ações individuais sobre o ambiente: onde o indivíduo age é o aqui ou, em
outro exemplo possível, o momento em que ele age é o “agora”, contraposto ao
momento de uma ação passada ou de uma ação que ainda acontecerá.
“Em outras palavras, o self não existe como uma estrutura com certa organização
psíquica, antes de suas ações; ao contrário, ele passa a existir em função de suas ações
sobre o ambiente!”
A consciência como fluxo possui cinco características fundamentais. A seguir, nomearei
os atributos descritos por James: 1) a pessoalidade; 2) o seu aspecto mutante; 3) a
continuidade; 4) a referência aos objetos; 5) o seu aspecto seletivo (James, 1890: 225).
O aspecto mutante se relaciona com a fluidez, onde não há limites de tempo e espaço
definidos previamente.
O conceito de evolução proposto por Darwin teve um impacto profundo nas ideias de James.
Ele destacava a importância dos organismos aos desafios ambientais e naturalizava os processos
cognitivos sem reduzí-los ao substrato material (Harrison, 2004), sempre considerando as
interações funcionais entre o organismo e o meio em que ele vive.
James trabalha o funcionalismo a partir de alguns conceitos e essa abordagem sistematiza as
práticas de ajustamento e para ele era importante o estudo do hábito. Ele afirmava que “um
hábito adquirido, do ponto de vista fisiológico, é nada mais que uma nova via de descarga
formada no cérebro pela qual, desde então, certas correntes aferentes tendem a seguir” (James,
1892: 137).
Para a compreensão do do conceito de hábito tem pontos precisam ser analisados, dentre eles:
primeiro, o destaque dado à sua base física ou neurofisiológica e sua participação tanto nos
limites do aprendizado de novos hábitos como na modificação de hábitos antigos. O segundo é
um conceito funcional onde existe a apresentação do hábito no contexto das ações adaptativas
que levam um ser vivo a interagir no meio. James revela a posição darwiniana ao destacar a
utilidade adaptativa do hábito. Ao dissertar sobre os “efeitos práticos do hábito”, ele é claro:
“Primeiro, o hábito simplifica nossos movimentos, os faz acurados e diminui a fadiga. […]
Segundo, o hábito diminui a atenção consciente com a qual realizamos nossos atos” (James,
1892: 140-141). E, na continuidade, James enuncia sua segunda metáfora naturalista: “Hábitos
dependem de sensações não atendidas” (James, 1892: 143).
Em terceiro lugar, se destaca a possibilidade de alterar hábitos pela ação voluntária e os efeitos
ético-morais a ela correspondentes.
O fundamental aqui é notar o quanto é importante para um organismo a aquisição e
manutenção da habilidade, ou capacidade, de fazer a atenção consciente repousar. Em outras
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palavras, não atender a uma sensação equivale a ascender a um tipo particular de repouso.
Deixando a cargo do hábito toda uma série de atividades mais ou menos cotidianas ou banais,
embora fundamentais à conservação da vida diária, o organismo reserva à vida mental
plenamente consciente outras tarefas e esforços.
A sistematicidade científica de James era porque ele não estava preocupado em criar leis gerais.
Anteriormente a essa abordagem, eram feitas experiências que todos poderiam repetir e tirar o
mesmo resultado específico. O método de pesquisa funcionalista é eclético e pragmático.