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O naturalismo filosófico
O Panteísmo
Propõe que o homem é resultado de um processo espiritual, mas,
ainda assim, impessoal. Os panteístas normalmente aceitam a teoria da
evolução biológica, e dizem que os homens estão relacionados aos
animais, espiritual e biologicamente. As religiões panteístas normalmente
têm em comum a idéia de que o ser humano que se originou do Uno
impessoal, está fazendo uma grande viagem, para voltar ao Uno através
da evolução. O hinduísmo e o budismo recomendam processos de
meditação e disciplinas espirituais para alcançar o alvo de fugir do corpo
físico, que é considerado mau. Os sistemas comuns à maioria dos sistemas
panteístas são: a divinização do ser humano, a negação do pecado original,
a idéia de que o corpo é mau e também a noção da reencarnação.
O islamismo
O islamismo ensina que a raça humana foi criada por Alá, mas visto
que Alá é completamente transcendente, a noção de uma criação à
imagem de Deus está ausente. Alá não pode compartilhar seus atributos
com as criaturas. Adão, o primeiro homem, foi criado do pó da terra. Alá
criou a mulher do mesmo ser do homem, para seu conforto. A mulher deve
ser valorizada, e o homem, sendo superior a ela, de protegê-la. Ao homem
é permitido ter até quatro esposas. Ele tem autoridade sobre elas e até o
direito de lhes aplicar castigo físico, no caso de desobediência obstinada.
O mormonismo
Joseph Smith levou a doutrina na imagem de Deus no ser humano a
um literal extremismo. Ele afirmou que Deus teria um corpo de carne e
osso e, assim, a imagem de Deus na humanidade também incluiria seu
corpo físico. Por outro lado, Deus não criou o homem do nada. Ele
começou como uma inteligência que existia eternamente, não como uma
entidade pessoal, mas como uma entidade potencial. O processo por meio
do qual as inteligências se tornaram deuses é um mistério, mas todas as
pessoas, segundo o mormonismo, nasceram como almas durante uma
vida anterior. Através das relações sexuais com suas muitas mulheres, a
divindade mórmon gerou filhos espíritos. E para que os espíritos se
tornassem deuses, eles precisavam ter corpos físicos. Por isso, a divindade
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Na história da Igreja
Seguem diferentes posições que teólogos cristãos ofereceram sobre a
constituição e natureza da imagem de Deus no homem.
Tomás de Aquino, Séc. XIII – Ainda que admitisse alguma distinção entre
imagem e semelhança, como ensinada por Irineu, ele afirmou que estas
duas expressões são sinônimas: “Embora não seja inconveniente que
algo, segundo uma designação, seja chamada imagem, e segundo
outra, seja denominado semelhança”. No estado original do homem,
antes da queda, este foi originalmente criado com um dom da graça
sobrenatural, para capacitá-lo a controlar suas “forças inferiores”. E a
submissão da razão a Deus, assim como a submissão de suas “forças
inferiores” à razão, e a submissão do corpo à alma, eram um “ato de
graça”. A imagem de Deus está situada no intelecto humano, pois
somente as criaturas dotadas de inteligência são, falando
propriamente, à imagem de Deus. Por isto, esta imagem se encontra na
mente humana, enquanto nas outras partes pode-se encontrar por
modo de vestígio. É por isso que para Tomás de Aquino, o intelecto é a
mais divina das qualidades do homem. Ele argumenta que, num certo
sentido, todo ser humano carrega a imagem de Deus. Todavia, a
imagem de Deus nos não-cristãos se encontra “quase obscurecida”, “a
ponto de quase não existir”. Se mesmo antes da queda o homem
necessitava da graça, muito mais após a entrada do pecado na criação.
Cânones de Dort, Séc. XVII, III.1 – “1. No princípio o homem foi criado à
imagem de Deus. Foi adornado em seu entendimento com o verdadeiro
e salutar conhecimento de Deus e de todas as coisas espirituais. Sua
vontade e seu coração eram retos, todos os seus afetos puros; portanto,
era o homem completamente santo. Mas, desviando-se de Deus sob
instigação do diabo e pela sua própria livre vontade, ele se privou destes
dons excelentes. Em lugar disso trouxe sobre si cegueira, trevas
terríveis, leviano e perverso juízo em seu entendimento; malícia,
rebeldia e dureza em sua vontade e seu coração; também impureza em
todos os seus afetos.”
Origens
Quanto às origens, o início da transformação antropológica remonta
ao Renascimento. Naquele período o espírito humano abriu-se a um novo
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O mundo moderno
O mundo moderno possui características exatamente opostas: não
mais teocentrismo nem autoritarismo eclesiástico, mas autonomia do
mundo da cultura em relação a todos os fins transcendentes; livre
explicação da atividade que o constitui; supremacia da evidência racional
na busca da verdade; consciência do absoluto valor da pessoa humana e
afirmação de seu poder soberano sobre o mundo. A cultura realiza-se
gradualmente. A vida e a natureza valem por si mesmas. O homem sente
que sua missão e seu destino é a posse cada vez mais plena deste mundo.
A infinita ampliação do universo só estimula a insaciável ambição de
conhecimento e poder, através da qual o eu se constitui e se enriquece, e
a vida social articula-se cada vez mais firme e variadamente.
A Filosofia
A filosofia é, ao mesmo tempo, testemunha fiel e artífice principal da
transição do teocentrismo. Aquela, a partir de 1500 (Séc. XVI) abandona a
posição cosmocêntrica dos gregos e a teocêntrica dos autores cristãos e
encaminha-se para o antropocentrismo, que segundo a nova posição, o
homem constitui o ponto de partida para o desenvolvimento da pesquisa
filosófica e em torno do qual esta se mantém continuamente polarizada. A
investigação crítica que, segundo Descartes, é o verdadeiro ponto de
partida do reto filosofar, tem por objeto o homem. Na sua Ethica, outro
não é o propósito de Spinoza senão estabelecer científica e
geometricamente a finalidade da vida humana e os meios de alcançá-la.
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A Teologia
A última disciplina envolvida na transformação antropológica foi a
teologia. Enquanto no passado foi sempre sustentado que, ao menos
nesse estudo, o ponto de partida devesse ser Deus, sua Palavra e as
afirmações dos Padres e dos Concílios, apareceram numerosos teólogos
começaram a afirmar que a estrutura formal da pesquisa teológica não
pode ser diferente da das outras ciências; logo, mesmo em teologia é
necessário partir do homem.
Diante de tudo isso, é preciso atentar para a inevitabilidade da
colocação antropológica. Hoje não se pode mais evitar o posicionamento
antropológico da teologia, assim como na filosofia, depois de Descartes,
não se pode mais evitar a posição crítica. Descartes, ao demonstrar que
uma coisa é o pensamento e outra coisa é o ser, e que o ser se atinge
através do pensar, provou a prioridade do problema crítico em relação ao
problema metafísico: com efeito, se não se verifica a atitude do
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Antropologia Antropologia
Científica Filosófica
Antropologia
Antropologia
Teológica
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Bibliografia
4. BEHE, M. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
10. FERREIRA, F.; MYATT, A. Teologia Sistemática, São Paulo, Vida Nova.
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24. SEGUNDO, Juan Luis. Que mundo? Que homem? Que Deus? São Paulo:
Paulinas, 1995.
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