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Espiritual
2013
1
Liderança Espiritual
Lição 1
Quem é líder?
Você já parou para pensar? Como sabemos quem é um líder? Como você definiria um líder?
Alguns diriam que líder é aquele colocado como chefe de outras pessoas: um gerente,
supervisor, diretor ou patrão, no caso de uma empresa; o vencedor de uma eleição, como
no caso de cargo eleito (prefeito, governador, presidente de uma associação, etc.). Outros
diriam que líder é quem manda, quem dá ordens. Será que todos estes são líderes? Será que
existem outros?
O que é liderança espiritual? Será que existe diferença entre líder secular e líder espiritual?
Vamos examinar o assunto.
Definições de liderança:
Se folhearmos livros sobre o tema de liderança, encontraremos muitas definições
diferentes. Em se tratando de liderança espiritual, prefiro as definições abaixo:
1
SHEDD, P. Russel. O Líder Que Deus Usa (S. Paulo: Edições Vida Nova, 2000), p. 11.
O mais importante no líder espiritual não são os seus grandes feitos, as suas decisões sábias
ou o grau da sua visibilidade ou fama; o mais importante é até que ponto ele/ela tem
influenciado outras pessoas em direção aos propósitos de Deus.
Um ministério espiritual eficaz flui de quem somos. Liderança espiritual eficaz não depende
unicamente de técnica e conhecimento, mas depende muito mais de relacionamento. A
demonstração de uma vida espiritual autêntica, transformada pelo Espírito Santo, gera nas
pessoas uma confiança de que aquela pessoa pode ser seguida: ela é confiável e íntegra.
Por outro lado, não é difícil encontrar pessoas que cresceram tímidas e que quase nunca
tomavam a iniciativa e, depois de passarem por treinamento e obterem experiência, se
tornam bons líderes. Muitos já demonstraram que a liderança é uma qualidade que pode
ser aprendida e desenvolvida.
Então não é uma questão de um ou outro: nato ou desenvolvido. Os dois caminhos são
possíveis. Pessoas com habilidade nata para liderança também precisam aprimorar o seu
dom. Pessoas que nunca se viram como líderes podem aprender e desenvolver esta
ha ilidade.à Deusàes olheàeà oldaàoà a te àdosàho e sàeàdasà ulhe esà ueàeleà ue àpa aà
lide a àseuàpovo,àta toàpeloà as i e toà o oàpelaàopo tu idade à 2.
Cargo de liderança vs. função de liderança. Não se deve confundir as duas coisas. Existe
diferença entre alguém que chega ao cargo de liderança através de eleição ou indicação e
alguém que exerce liderança sem nenhum cargo? Nem todos que possuem cargo de chefia
são líderes. Um gerente pode ter sido colocado nessa posição sem nenhuma habilidade para
ser líder. Os que estão sob sua supervisão são obrigados a obedecê-lo, mas talvez não o
respeitem, não confiem nele, não são inspirados pela sua vida nem por aquilo que ele diz.
Na igreja pode existir a mesma situação. Alguém pode alcançar um cargo de liderança na
2
Shedd, p. 9.
igreja por causa de sua posição social ou de seu nível de ensino, no entanto, esse líder não é
respeitado e ninguém segue o seu exemplo.
Por outro lado, existem pessoas que possuem as características de líder e que não exercem
nenhum cargo. É aquele funcionário que todos os colegas procuram para pedir opinião e
que influencia a moral dos trabalhadores. É aquele(a) irmão / irmã na igreja que, durante a
assembleia da igreja ou em alguma reunião, tem sua opinião respeitada e seguida. É aquele
em quem os outros procuram conselho. É possível ser líder sem ter qualquer cargo.
O ideal é colocar verdadeiros líderes em cargos ou funções de liderança, pois serão muito
mais eficientes.
Liderança espiritual vs. liderança secular. Existe alguma diferença nas qualidades necessárias
entre alguém que exerce uma liderança espiritual e alguém que exerce uma liderança
secular? Sim. Apesar de ambas terem muito em comum, a liderança espiritual é mais
exigente e suas qualificações encontram-seà aàPalav aàdeàDeus.à E t o,àJesus,à ha a do-os
[os discípulos], disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais
exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-
se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será
vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e
da àaàsuaàvidaàe à esgateàpo à uitos à Mtà :25-28).
Jesus deixa claro que a liderança espiritual não é exercida da mesma forma que a liderança
política ou institucional secular. Cometemos um grave erro quando trazemos os sistemas de
liderança do mundo para dentro da igreja sem analisá-los à luz da Palavra de Deus.
preocupa mais em dar orientação geral (ensino, formação) aos que estão sob a sua
responsabilidade sem se preocupar tanto com os detalhes das regras.
Oà ge e teà seà p eo upaà o à aà efi i iaà daà ui a à – tudo deve ser executado
segundo o plano previsto. O líder se preocupa com a efetividade, isto é, se o plano
está surtindo o efeito desejado (será que é um bom plano?) e se não, a necessidade
de mudar o plano. O gerente olha o presente enquanto o líder se preocupa mais em
dar direção para o futuro, enxergando aquilo que precisa ser feito lá na frente.
O gerente se preocupa com o processo: tudo tem que ser da forma certa. O líder se
preocupa mais com a questão de se o que está sendo feito é realmente a coisa certa
no momento certo.
O gerente vê os seus seguidores como pessoas que têm o dever de obedecer as suas
diretivas. O líder procura seguidores voluntários.
Como foi dito acima, tanto a empresa como a igreja precisam de gerentes quanto de líderes.
É bom ter líderes que enxerguem, lá na frente, o que é necessário ser feito, para onde
precisamos ir e que tenham boas ideias sobre o que precisamos fazer. Mas os líderes, às
vezes, são péssimos gerentes. Uma vez que a empresa ou a igreja tem uma visão clara do
que precisam fazer e um plano para chegar até lá, precisamos de administradores que
mantenham a organização no rumo e que zelem dia a dia pela eficiência e o bom uso dos
recursos, tanto humanos quanto materiais. É importante conhecermos a diferença entre
estas duas qualidades para não colocarmos um líder para realizar tarefas administrativas e
um gerente para traçar um rumo novo. Ambos ficarão frustrados e atrapalharão suas
organizações. Nada melhor do que pessoas certas nos lugares certos.
Lição 2
Robert Clinton escreve que após ter observado e estudado a vida de muitos líderes, tanto
bíblicos quanto de nossos dias, observou que líderes passam por diferentes fases
diretamente ligadas com a sua formação e desenvolvimento no campo da liderança. Estas
fases, por sua vez, são caracterizadas por diferentes processos que Deus usa na formação do
líder. Este tem que dominar com sucesso cada um desses processos para passar para a
próxima fase. O líder que não aproveita os processos para desenvolver sua capacidade de
liderança fica estagnado, não alcançando o potencial para ser plenamente utilizado por
Deus.
O conhecimento dessas fases e de seus processos pode ser muito útil ao líder para que ele
possa saber onde se encontra nesta gama da liderança e entenda quais são os processos
que Deus utiliza para formá-lo. O posicionamento do líder em uma fase não depende
necessariamente de sua idade cronológica ou do tempo que tem de vida cristã. O gráfico
abaixo nos ajudará a entender as cinco fases de Clinton.
linha do tempo
Fase 1 – Alicerces Soberanos. Deus coloca pessoas e situações na vida do líder em potencial
para que seus alicerces sejam formados: sua família, seu ambiente e os acontecimentos
históricos de sua vida moldam sua personalidade e formam seu caráter. Somente
entendemos esta primeira etapa em retrospectiva. Por sermos muito jovens ou por ser
3
Este item é extraído de um livro publicado pela Editora Descoberta intitulado As Etapas na Vida de um Líder,
de Robert Clinton.
antes de nossa conversão, não fazemos ideia daquilo que Deus está nos preparando e de
como vem nos moldando desde que somos crianças. Deus pode usar tudo que acontece em
nossa vida; tanto as coisas boas, quanto as más, para nos preparar para nossa posição de
liderança. Isto não significa que Deus DETERMINA estes acontecimentos ou situações, mas
Eleàsa eàusa àtodasàelasàpa aàoà ossoà e .àNadaàfogeàdoà“euà o t ole.à “a e osà ueàtodasà
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segu doàoàseuàp opósito à ‘o a osà : .à
Após a morte de seu pai, os irmãos de José temiam que ele se vingasse das coisas más que
lheàhavia àfeitoà ua doàjove .àNoàe ta to,àJos à espo deu:à Vós, na verdade, intentastes
o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se
o se veà uitaàge teàe àvida à G esisà : .àápesa àdeàtodoàoàsof i e toà ueàJos àhaviaà
passado, Deus usou aquelas circunstâncias para ajudá-lo a despontar como grande líder.
Qualquer que tenha sido nosso passado (condições familiares, econômicas, físicas), boas ou
más, Deus pode usá-lo em nossa função de liderança.
Durante esta fase o líder começa a se desenvolver mais no crescimento espiritual e na área
do caráter. A medida em que se dedica e em que permite que o Espírito de Deus molde o
seu coração, ele vai aprender lições valiosas nesta área.
Nesta etapa o líder observa outros líderes e é atraído às pessoas às quais gostaria de se
assemelhar. Através da observação, da instrução e da imitação, vai adquirindo os
conhecimentos e a experiência necessários.
Até este ponto, Deus está agindo primariamente no líder. Ele está trabalhando mais no líder
do que através dele. Lembre-se que Deus precisa primeiramente moldar o caráter do líder
para que ele possa ter a autoridade espiritual para influenciar outras pessoas com mais
eficácia.
Fase 4 – Amadurecimento de Vida. O líder identifica os seus dons espirituais e os usa com
eficiência e poder. Aqui há uma mudança que passa do crescimento de competência para
uma maior eficácia na liderança. O crescimento espiritual e de caráter, aliados aos
treinamentos formal e informal que recebeu até este ponto, começa a dar mais fruto com o
crescimento da sua influência e capacidade de liderança.
A passagem para esta fase não significa que o líder para de crescer e aprender. Veremos
mais adiante que isto nunca pode parar na vida de um líder. Nesta fase ele continua a
elho a à suaà o pet iaà doà faze :à ape feiçoa e toà dasà t i asà pa aà ueà tudoà sejaà
feito com mais qualidade.
Nesta fase ele passa a produzir frutos maduros: o líder ministra (serve) com poder dentro da
área dos seus dons, o que começa a gerar mais frutos.
O líder também deve fazer uma avaliação com reflexão dos seus acertos e erros. Isto o
ajudará a aprender lições valiosas que podem ser aplicadas à sua vida para torná-lo um líder
ainda mais eficaz. Os erros podem ser evitados e os acertos servirão para orientá-lo no
caminho que deve trilhar e poderá transmitir as lições aprendidas para outros líderes em
formação.
O líder já está apto para servir como mentor de outras pessoas. Ele passa a ensinar e
mentorear outros líderes, passando para frente aquilo que já aprendeu. Existem alguns
líderes que tornam-se receosos de passar a outros o que aprenderam. Sentem insegurança,
achando que ao fazê-lo correrão o risco de perder o seu ministério ou a sua influência. Mas
devemos nos lembrar que o nosso chamado vem do Senhor Jesus Cristo e ele mesmo nos
disse:à deàg açaà e e estes,àdeàg açaàdai à Mateusà : .
Fase 5 – Convergência. A maneira de ser do líder e sua autoridade espiritual formam a base
para um ministério maduro poderoso. Nesta fase o seu cargo (ou posição) está em sintonia
com os seus dons, o seu temperamento e a sua experiência. Tudo converge para
proporcionar um ministério influente e eficaz com muitos frutos. São poucos os líderes que
atingem esta fase. A maioria não passa da fase 4.
entender o que marcou uma mudança de fase. Lembre-se que se o líder parar de crescer,
ficará estagnado em uma das fases ou poderá até regredir.
Lição 3
Processos
Deus usa processos (ou ferramentas) para moldar as habilidades e o caráter do líder que Ele
usa.
o Quando o teste de integridade revela falhas nestas áreas, elas devem ser
trabalhadas e sanadas para que o líder esteja apto a passar adiante na sua
formação. Não se pode ser líder espiritual eficaz com falhas nestas áreas
básicas de caráter.
Teste da obediência. O líder deve passar por este teste antes de ser qualificado para
liderar outras pessoas. É através deste processo que ele aprende a reconhecer,
entender e obedecer a Palavra de Deus. O líder deve passar o teste da obediência
nas seguintes áreas:
o Generosidade (Provérbios 11:24; Romanos 12:8). Ele deve ser generoso com
as pessoas, ajudando aos necessitados. O líder deve dar exemplo como
dizimista e contribuinte liberal à obra do Reino de Deus e às causas apoiadas
pela sua igreja.
o Ministério. Quando for chamado por Deus para fazer algo, o líder deve ter
uma atitude de obediência, confiando que o Senhor estará presente
ajudando-o no processo.
o Perdão (Lucas 6:37; Colossenses 3:13). A Bíblia nos ensina a nos humilhar e
pedir perdão primeiramente a Deus quando pecamos e também aos outros
quando os prejudicamos, ferimos ou magoamos. Não somos responsáveis
pela reação destas pessoas (se irão nos perdoar ou não), mas devemos fazer
a nossa parte com toda sinceridade. Além de pedir perdão quando pecamos,
devemos perdoar aqueles que nos ofendem ou nos prejudicam. Aquele que
não perdoa desenvolve amargura, contamina os outros com negatividade e
perde a capacidade de liderar espiritualmente.
Teste da Palavra: O líder que Deus usa deve ser capaz de compreender e agir de
acordo com a Palavra do Senhor e deve passar por este teste para poder exercer
autoridade espiritual na liderança de outras pessoas. Ser aprovado neste teste
frequentemente leva ao desenvolvimento dos dons relacionados à Palavra
encontrados nos líderes.
o Ensino – capacidade de explicar com clareza a Palavra de Deus e ajudar os
ouvintes a aplicá-la na vida deles.
o Profecia – no sentido de chamar a atenção para aquilo que Deus diz ( assim
diz o Senhor ). É a capacidade de enxergar claramente onde o povo de Deus
está se desviando da Palavra e chamá-los de volta (usando a Palavra).
o Desafios ministeriais:à oà eioà peloà ualà oà líde à ouà líde à e à pote ial à à
desafiadoàpo àDeusàpa aàse ti àu aà e essidadeàeàa eita àu aà ovaàta efa .à
A fonte do desafio pode ser externa (Deus pode usar outra pessoa para
desafiá-lo) ou interna (Deus agindo diretamente trazendo convicção interna).
Treinamento
o Habilidades ministeriais: Este processo é pela aquisição de uma ou mais
habilidades (ou capacidades) que ajudam o líder a exercer a tarefa
ministerial. Por exemplo: desenvolver a capacidade de aconselhar as
pessoas.
Nota: à medida que o líder principiante demonstra fidelidade nas suas tarefas
e desafios ministeriais iniciais, Deus aumentará suas tarefas e
responsabilidades e desenvolverá sua capacidade de liderança.
o Revolta dos liderados (1 Samuel 30:6): Davi era líder de uma bando de
soldados. Certa vez, enquanto estavam fora em campanha, invasores levaram
do quartel general as famílias e os bens dos soldados. Ao regressarem para
casa e ver o que tinha acontecido em sua ausência, os soldados se viraram
contra o seu líder, Davi. A reação dele é a reação que todo líder espiritual
deveàte àe àsituaç oàse elha te:àeleà seà ea i ouà oà“e ho ,àseuàDeus .àOà
líder precisa aprender como se comportar quando enfrenta conflito ou
oposição dos liderados.
Nota: estes processos podem servir como aprendizado para o líder ou como
uma barreira para o seu aprendizado. Tudo depende de como ele encara estas
situações. Se refletir nelas, poderá aprender lições valiosas para seu futuro. Se
enfrentar estas situações com dureza de coração, poderão servir como entrave
ao seu aprendizado.
Discernimento
o Batalha espiritual. Como cristãos, somos habitados pelo Espírito Santo de
Deus. Apesar disto, Satanás não sossega e ele faz o que pode para tentar
atrapalhar os planos de Deus. Existe uma batalha espiritual que todos os
cristãos devem enfrenta .à Noà e ta to,à aà Bí liaà osà ga a teà ueà aio à à
aquele que está em vós do que a ueleà ueàest à oà u do à àJo oà : .àEstaà
batalha espiritual deve ser enfrentada com as armas espirituais que Deus nos
concede: fé (confiança em Jesus), oração (que nos dá acesso direto a Deus),
a Palavra de Deus (Jesus usou a Palavra para combater Satanás quando foi
tentado), além da ajuda de mentores e líderes espirituais experientes. O
líder precisa de discernimento para saber quando uma dificuldade está
relacionada a forças espirituais e quando diz respeito simplesmente à
natureza pecaminosa do ser humano. Culpar tudo na batalha espiritual é
falta de discernimento.
o Dupla confirmação. Uma maneira especial que Deus usa por vezes é a dupla
confirmação através de duas ou mais fontes independentes quando estamos
buscando direção.
Crises. Há uma grande variedade possível. Pode levar o líder a uma maior
dependência de Deus ou a um afastamento dEle. Espera-se que uma crise gere uma
maior dependência de Deus. Autoridade espiritual é um subproduto (consequência)
frequente de um período de crise.
Conflitos interpessoais (na vida pessoal ou no ministério). Como já foi dito, conflitos
sempre existirão, pois liderança exige relacionamento com outros seres humanos.
Estes conflitos podem tornar o líder mais consciente do seu caráter e dos seus
pontos fortes e fracos. É ruim passar por eles, mas pior ainda é não aprender com
eles.
Lição 4
1. Heróis – Deus usa heróis. São pessoas que admiramos muito e parecem ser intocáveis.
Eles personificam os nossos ideais e valores. São exatamente aquilo que gostaríamos de
ser. O herói é diferente da celebridade. A celebridade tem fama, é bem conhecida. Mas
a celebridade nem sempre se comporta de maneira adequada ou serve de exemplo que
deve ser seguido. Muitas vezes elas se envolvem em situações deploráveis e exibem
atitudes condenáveis. O herói sempre tem um impacto positivo na história. Ele incarna
ideais nobres e é bom exemplo de conduta e de atitudes. Frequentemente estes heróis
não tiveram um alto potencial, mas usaram aquilo que tinham para o bem do Reino de
Deus ou da sociedade e venceram grandes obstáculos.
2. Modelos – São pessoas que estão fazendo algo que se gostaria de fazer. Os modelos
ajudam a adquirir os talentos de que o líder precisa. Eles (elas) demonstram como tornar
a paixão do líder em atividade produtiva. Desenvolve-se uma qualidade (ou
característica) do modelo em vez de simplesmente imitar uma técnica. Requisitos na
escolha de um modelo:
Ter algumas qualidades que o líder gostaria de adquirir.
São melhores do que o líder é atualmente.
Estão disponíveis para serem observados. Esta é a diferença com o herói. O herói
pode ter vivido em outra época ou estar geograficamente longe do líder, mas o
modelo é uma pessoa que ele acompanha mais de perto. Não é necessário ter um
relacionamento pessoal com o modelo.
Um caráter comprovado;
Disposto a investir tempo no aprendiz.
4. Inimigos / críticos – Será que os nossos críticos e inimigos pode realmente ser usados
por Deus para ajudar a desenvolver nossa liderança? Sim. Existe valor em enfrentarmos
oposição. Nunca ignore seu inimigo até que tenha analisado aquilo do qual ele o acusa.
A Bíblia não nos ensina a concordar com os nossos inimigos ou confiar neles; mas, nos
ensina a amá-los e não odiá-los. Uma resposta branda da nossa parte desvia a fúria dos
críticos. Se nos humilharmos e analisarmos o que estão dizendo, pode ser que tenham
razão no conteúdo do que dizem (mesmo se usam meios equivocados para chamar a
nossa atenção). Pode ser que existam algumas falhas que precisamos corrigir. Se, após
analisarmos aquilo que dizem, encontrarmos que não existe verdade podemos descartar
as críticas e ignorar os ataques de nossos inimigos. Lembre-se: não cabe a nós
endireitarmos a injustiça que nos é feita e muito menos buscarmos a vingança. Deus
está ciente de tudo e a correção da injustiça e a vingança pertencem a Ele. Nossos
inimigos nos prestam um serviço ao evitar que não nos tornemos excessivamente
confiantes.
1. Uma pessoa com o coração de Deus. É necessário que o líder espiritual seja uma pessoa
dirigida pelo Espírito Santo de Deus, conhecedora da Palavra e sensível à vontade de
Deus. Sem esta característica, o líder não poderá levar o povo a uma maior aproximação
de Deus. Para encontrar tal pessoa, é necessário que o grupo passe tempo em oração,
pedindo direção. Vemos alguns exemplos bíblicos disto.
Jesus, mesmo sendo divino, orou antes de selecionar, dentre os discípulos, os doze
que seriam apóstolos (Lc 6:12).
2. Uma pessoa aprovada. O líder precisa já ter demonstrado que é digno de confiança. Por
este motivo, não pode ser novo convertido (1 Tm 3:6), pois estes ainda não tiveram
tempo de amadurecer espiritualmente. O líder precisa possuir um histórico de ter
servido bem; isto é, ter uma boa reputação (1 Tm 3:7; 2 Tm 2:15).
3. Uma pessoa disposta para a obra (1 Tm 3:1; 1 Pe 5:2; Lc 9:59-62). Não adianta o
candidato ser uma pessoa espiritual e de boa reputação se ela não tiver disponibilidade
para trabalhar com o grupo. O líder tem que ter: disponibilidade, disposição e prontidão
para servir. Disponibilidade significa ter tempo para dedicar às necessidades do grupo.
Além da disponibilidade, deve estar disposto a investir tempo e energia na liderança
deste grupo.
4. Uma pessoa disposta a ensinar e aprender. Uma das ualidadesàdoàpasto àdeveàse à aptoà
pa aà e si a à à T à : ,à ali e ta doà oà e a hoà eà usa doà aà Palav aà pa aà o igi à eà
exo ta .à ápesa à deà se à aptoà pa aà e si a ,à oà podeà te à aà atitudeà deà sa eà tudo ,à
achando que já chegou no final do aprendizado e que não tem nada mais a aprender. O
líder bem sucedido mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. A liderança
exige constante crescimento pessoal e adaptação. O líder deve ter o hábito da leitura,
deve procurar refletir sobre sua liderança e aprender com outros líderes mais
experientes.
Orgulho: Se não tiver maturidade para lidar com isto, a posição de liderança pode
ge a à o gulho.à áà so e aà p e edeà aà uí a,à eà aà altivezà doà espí ito,à aà ueda à Pvà
16:18). A prática da humildade afastará o orgulho.
4
Shedd, p. 35.
Sede de poder: o desejo de possuir poder para poder usá-lo para seus próprios
benefícios ou para manipular as pessoas corromperá o líder e o fará perder sua
influência.
Estagnação: o líder que não continua a estudar, ler, se atualizar e reciclar acaba em
um primeiro momento estagnado e depois começará um processo de retrocesso.
Sua liderança acaba sendo ineficiente e irrelevante ao grupo que está liderando.
Desenvolver uma perspectiva bíblica (uma cosmovisão cristã). Para ter uma liderança
espiritual o líder não pode pensar e agir de acordo com os princípios do mundo. Ele
(ela) precisa viver segundo os princípios bíblicos.
Lição 5
Esta longa lista deve nos fazer observar que a escolha de um pastor ou diácono é coisa séria
e não deve ser tratada de forma leviana. É importante que os principais líderes da igreja
possuam uma alta qualificação para que possam guiar o povo de
A maioria das
Deus a uma vida de santificação e serviço. Muitas das
qualificações para
características são negativas (não as devem possuir) enquanto
pastor diz respeito
outras são positivas (devem ser encontradas na vida do líder). ao seu caráter.
Vamos às qualificações.
3. Temperante (moderado, equilibrado). O líder tem que ser uma pessoa conhecida pelo
seu equilíbrio, tanto espiritual como emocional.
7. Apto para ensinar (ter capacidade de ensinar). Esta é uma das poucas qualificações que
depende de uma capacidade em vez de ser uma característica de caráter. Para que o
pastor tenha capacidade de ensinar, ele precisa se preparar teológica e
pedagogicamente: precisa conhecer as verdades que ensina e aprender também a
comunicar estas verdades de maneira eficaz.
8. Não dado ao vinho (não pode ser chegado ao vinho). O líder não deve fazer uso
constante e abusivo de bebidas alcoólicas. O alcoolismo e o abuso do álcool são
claramente condenados pela Palavra de Deus. O consumo moderado de álcool não é
explicitamente condenado, mas o padrão que se estabelece para os líderes espirituais e
políticos no Antigo Testamento é claramente o de abstinência alcoólica.
a. Os sacerdotes e suas famílias eram proibidos de consumir bebidas alcoólicas
durante o tempo que moravam e trabalhavam no tabernáculo/templo (Lv 10:8-
9).
b. Aqueles que desejavam se consagrar a Deus de forma especial (voto de Nazireu)
não podiam consumir bebida alcoólica (Nm 6:2-3).
c. Não era aconselhado aos reis de Israel fazer uso de bebida alcoólica (Pv 31:4-5).
d. Daniel e seus companheiros compactuaram de não consumir bebidas alcoólicas
enquanto estavam no palácio do rei da Babilônia (Dn 1:8).
e. O uso de bebida alcoólica não é sábio (Pv 20:1).
9. Não violento, mas cordato, não irascível (não inclinado a brigas, amável). O líder não
pode ser uma pessoa briguenta ou que perde a cabeça por causa de sua ira. Não pode
ser o tipo de pessoa que quando se sente insultado quer partir para a agressão física ou
verbal.
10. Inimigo de contendas (inimigo de discórdia, pacífico). O líder deve ser uma pessoa calma
que não gosta de confrontos, discussões acaloradas e bate-boca, mas, pelo contrário,
procura resolver diferenças ou fazer com que aqueles com diferenças de opinião possam
trabalhar juntos.
11. Não avarento (não de torpe ganância, não ganancioso, não apegado ao dinheiro, não
ávido por lucro, não é desonesto). O líder não ama o dinheiro ou não se apega a ele de
forma exagerada. Sua motivação não é ganhar muito dinheiro ou acumulá-lo. Não segue
a doutrina da prosperidade financeira. Dinheiro é visto como uma ferramenta para
realizar a obra de Deus, não um fim em si mesmo.
12. Que governe bem a própria casa, disciplina os filhos (mantendo os filhos em sujeição,
tenham filhos crentes não acusados de libertinagem e desobediência). O líder precisa ser
um bom chefe de família e precisa saber educar seus filhos de maneira que lhe
obedeçam com todo respeito. Ele deve fazer tudo a seu alcance para discipular a própria
família. No entanto, nenhum pai é responsável pelas decisões de seus filhos adultos.
Uma vez que criamos os filhos e que eles se tornam maiores de idade, eles têm total
responsabilidade por seus atos.
13. Não seja neófito (não seja recém-convertido, não deve ser novo na fé ou convertido há
pouco tempo). A santificação e o amadurecimento na vida cristã fazem parte de um
processo que leva tempo. O neófito, ou recém-convertido, não tem o amadurecimento
necessário para ser pastor da igreja.
14. Bom testemunho (reputação) na sociedade (bom testemunho dos de fora). Uma boa
reputação na sociedade é necessária para que o nome de Jesus não seja envergonhado e
o trabalho da igreja prejudicado.
15. Amigo do bem. Justo. O pastor precisa ter uma reputação de ser justo e fazer o que é
certo, correto, promovendo o bem de todos, tanto dentro quanto fora da igreja.
16. Piedoso (consagrado). O líder precisa se comprometer a manter sua vida espiritual aos
pés de Jesus. Deve ser uma pessoa que busca o Reino de Deus e sua justiça em primeiro
lugar (Mt 6:33).
17. Domínio próprio. Domínio próprio é um dos gomos do fruto do espírito. O pastor tem
que saber dominar a si mesmo: suas emoções, suas palavras, suas finanças, o uso de seu
tempo, os seus pensamentos, se abster de vícios, dominar a sua sexualidade e todos os
outros apetites carnais e tentações.
18. Apegado (firme) à palavra fiel, segundo (conforme) a doutrina (podendo exortar outros
pelo ensino e pela argumentação ou refutação do erro; se manter firme na mensagem
que merece confiança e que está de acordo com a doutrina). O pastor precisa conhecer
a Palavra de Deus e seus ensinamentos (doutrina) e não se desviar dela atrás de novas
revelações ou modismos.
Diáconos:
Em 1 Timóteo 3, após a lista de qualificações para pastores, segue uma lista de qualificações
para diáconos. Todas aparecem também na lista das qualificações para pastores e
dispensam maior explicação.
1. Respeitáveis (dignos).
3. Não inclinados a muito vinho (não dados a muito vinho, não beber muito vinho).
4. Não cobiçosos (de sórdida ganância, lucros desonestos, não dominados pela ganância).
7. Irrepreensíveis.
Mulheres:
Após citar as qualificações para pastores e diáconos em 1 Timóteo 3, Paulo fala de algumas
qualificações para as mulheres. Existem duas possibilidades de interpretação sobre quem
seriam estas mulheres: a) as esposas dos pastores e diáconos ou b) as diaconisas. A segunda
opção é a mais provável. Isto significa que além das qualificações já citadas, haveria algumas
qualificações específicas para diaconisas:
1. Respeitáveis (dignas). Não devem ser frívolas ou levianas. São mulheres de respeito.
Família: fiel à sua esposa, governa bem sua casa, tem filhos disciplinados e é hospitaleiro.
Lição 6
5
Shedd, p. 37.
6
Shedd, p. 38.
7
Shedd, p. 39.
8
Shedd, p. 40.
9
Shedd, p. 40-41.
4. Fé:à Est v o,à u à dosà p i ei osà di o os,à foià ho e à heioà deà f à átà : .à “e à f à à
i possívelàag ada àaàDeus à H à .àPauloàta à olo ouàsuaà o fia çaàe àDeusà àCoà
1:8-9).
Princípios para fazer do amor algo prático (Ted Engstrom no livro de Shedd) 13:
o Desenvolver amizades em que não exigimos algo em troca;
o Esforçar-se para nutrir um interesse autêntico por outras pessoas;
o Passar tempo com as pessoas;
o Ouvir as pessoas;
o Estar presente na hora da necessidade;
10
Shedd, p. 46.
11
Shedd, p. 47.
12
Shedd, p. 47.
13
Shedd, p. 47-48.
6. Serventia
Atos 6:1-3 relata a primeira vez em que diáconos foram escolhidos. Nesta ocasião foram
es olhidosà pa aà se vi à sà esas ,à istoà ,à fo a à e a egadosà daà dist i uiç oà deà
alimento que se fazia para as viúvas necessitadas. O ter oà di o o à diakonein)
sig ifi aà se vo àouà a ueleà ueàse ve .àNoàNovoàTesta e toàfi aà e à la oà ueàoàlíde à
precisa ser um servo.
Jesus falou da necessidade de sermos servos (Mc 10:41-44). Ele próprio veio para servir
(Mc 10:45; Fp 2:7). Jesus demonstrou este princípio ao lavar os pés dos discípulos (Jo
13:4-17) e instituiu a ordenança para que nós não o esquecêssemos.
Ser líder-servo não é ficar sem poder, mas é saber usar o poder para o bem dos outros,
não para seu próprio bem. O líder-servo faz como Jesus: demonstra sua preocupação
por outras pessoas e pelas necessidades delas. Veja o exemplo de Jesus no lavar dos pés.
Servir seus seguidores não é sinal de fraqueza. Roboão perdeu a oportunidade de acatar
um bom conselho (1 Rs. 12:7).
Títulosà ueà oàs oàap op iadosàpa aàu aàatitudeàdeàse vo:à est e, à pai à pad e ,ààeà
líde à Mtà : -10) 16. A obsessão com títulos pode significar a falta de uma atitude de
serviço. A atitude de servo pode ser mais facilmente mantida em uma democracia ou em
u à siste aà deà de isõesà po à o se soà doà ueà u aà auto a iaà ouà ditadu a.à á uelesà
que não prestam contas a ninguém são especialmente suscetíveis à influência
o upto aàdoàpode . à ‘i ha dàFoste à 17.
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Shedd, p. 50.
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Shedd, p. 49.
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Shedd, p. 55.
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Shedd, p. 54.
Estar cheio do Espírito e andar no Espírito. Estar cheio do Espírito não significa que
tenhamos mais dEle, mas que Ele tem mais de nós.
Pa aà se à líde à espi itualà à e ess ioà te à oà pad oà deà Jesus:à so e teà osà ueà deseja à
ap e de à o à Jesusà deve àse à a didatosà pa aà lide a à e à seuà ei o à 20. Liderar é formar
a eçasà o àideiasàvi dasàdi eta e teàdeàDeus.à Eleà oàti haàu aàp io idadeàa ad ica,
asàsi ,àaàfo aç oàdoà a te ,àdaàlealdadeàeàdoàse viçoàaoà“e ho à 21.
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Shedd, p. 57.
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Shedd, p. 57.
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Shedd, p. 58.
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Shedd, p. 58.
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Shedd, p. 58-59.
adi al,à oà pode à have à espe a çaà deà esultadosà positivos à 23. Não se colhe figos de
espinheiros e nem uvas de abrolhos (Lc 6:44). Sem uma nova mentalidade, não haverá
liderança espiritual.
23
Shedd, p. 59.
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Shedd, p. 60.
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Shedd, p. 61.
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Shedd, p. 61.
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Shedd, p. 62.
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Shedd, p. 62.
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Shedd, p. 63.
4. Finanças: O mundo materialista corre atrás das posses e da riqueza. O sucesso dos
líderes seculares é muitas vezes medido por tudo aquilo que puderam acumular. Até
mesmo um segmento expressivo das igrejas evangélicas tem pregado uma prosperidade
fi a ei aà o oà si alà deà espi itualidadeà eà dasà ç osà deà Deus.à Jesusà e si ouà u aà
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ovaà a ei aà deà pe sa à so eà oà di hei o à . Ele mesmo não foi rico e não pregou
p ospe idadeàfi a ei a.àMuitoàpeloà o t io:à poisà onheceis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza,
vosà to sseisà i os à à Coà : .à O via e te,à oà seà est à fala doà deà i uezaà ate ial.à
Jesus, na sua pobreza material nos tornou ricos espi itual e te.à Oà líde à ist oà deveà
us a à oà ei oà eà oà oà lu o à 31 (Mt 6:19-20). Eis o ponto onde muitos líderes têm
falhado.à Jesusà e si ouà ge e osidadeà at av sà deà suasà palav asà eà ações à 32.à Maisà e à
ave tu adoà à da à doà ueà e e e à átà : .àPo à ausa disto devemos ter uma maior
p eo upaç oà e à so o e à osà e essitadosà doà ueà e à e e e à ai daà ais.à U à atoà deà
sa ifí ioàpo àJesusà àai daà aisài po ta teàdoà ueàalivia àasà e essidadesàdosàpo es à
33
(leia sobre o que Maria fez e qual foi a reação de Jesus – Jo 12:1-8). Ajudar os pobres é
bom, mas se sacrificar por Jesus e por Sua causa é ainda melhor.
5. Permanência em Cristo: Para ilustrar esta lição, Jesus fez uma analogia em João capítulo
15:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que,
estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa,
para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como
não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a
videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em
mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham,
lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis
meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei
no meu amor. (versículos 1-9).
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Shedd, p. 63.
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Shedd, p. 64.
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Shedd, p. 65.
33
Shedd, p. 65.
É imprescindível que o líder permaneça em Cristo para poder dar fruto. Sem Ele, nada
podemos fazer. Permanecer nele significa:
o Um relacionamento íntimo e espiritual entre o líder e seu Senhor.
o Obediência às Suas palavras.
o Repugnância pelo pecado – todoàa ueleà ueàpe a e eà eleà oàviveàpe a do à
(1 Jo 3:6a).
Lição 7
o Pensar apenas a curto prazo. Para se ter uma boa declaração de visão, o líder
precisa pensar e planejar a longo prazo.
o Tradição. Muitos grupos ficam paralisados pela tradição. A tradição olha para
trás; a maneira como as coisas sempre foram feitas. A visão olha para a frente ,
sem desprezar as tradições do passado.
o Amargura e inveja. Estes dois pecados seguram as pessoas nos erros do passado
e desestimulam o líder e o grupo a olhar para o que Deus pode fazer no futuro.
o Preguiça e cansaço. Buscar a face de Deus e pedir orientação para o futuro exige
dedicação e diligência. O cansaço e a preguiça paralisam o estabelecimento de
uma visão eficaz.
2. Valores: O líder espiritual precisa constantemente lembrar aos liderados dos valores
cristãos que fazem dos crentes pessoas diferentes daqueles que são guiados por valores
mundanos. Alguns destes valores cristãos são: amor, encorajamento, santidade, perdão
eàjustiça,àe t eàout os.à U àlíde àp e isaà eafi a àosàvalo esà ueàide tifi a àoàg upo 34.
Estas reafirmações devem ser regulares e constantes, pois o ser humano tem propensão
a se esquecer e é constantemente bombardeado pelos valores seculares. Os autores
bíblicos do Novo Testamento também relembravam seus leitores de coisas que já
conheciam (exemplos: 1 Pe 1:12-13; 2 Pe 3:1; Judas 5). Estes valores devem ser
fundamentos importantes pelos quais o cristão deve estar disposto a morrer. Em Corinto
osà líde esà aà ig ejaà valo izava à aà sa edo ia à eà asà a ifestaçõesà so e atu ais,à taisà
como o dom de línguas, mas Paulo teve que corrigi-los, colocando o amor como valor
supremo (1 Coríntios, capítulo 13), pois sem o amor os outros valores são inúteis.
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Shedd, p. 69.
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Shedd, p. 71.
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Shedd, p. 71.
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Shedd, p. 71.
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Shedd, p. 73.
nas tarefas mais burocráticas, mas o líder precisa dar o rumo. A boa liderança pressupõe
que a pessoa em comando tenha uma habilidade organizacional.
5. Criação de uma Unidade Funcional – o po :à Estaàta efaàdoàlíde àfo aliza-se nos inter-
relacionamentos que pessoas precisam manter para que um grupo ou a igreja funcione
apropriadamente. A administração é relacionada com o planejamento e a organização. A
unidade funcional integra as contribuições necessárias dos membros do grupo para que
esteàfu io eà o eta e te 39.àNaàig eja,àistoàsig ifi aà ia àu àse tidoàdeà o po ào deà
adaàu à o t i uià o àseusàdo sàeàtale tos.à Oà o poà Ig eja ,à o oàu àtodo,à e essita
estar bem ajustado e mantido unido, por aquilo que cada parte supre, caso cada uma
fu io eà ap op iada e te à 40 (Ef 4:11- .à áà u idadeà fu io alà u eà asà pessoasà oà
g upoàdeàu aàfo aà ueàe i ue eàaàutilidadeàdeàseusàdo sàpa aàtodaàaà o u idade à
41
. Um grupo ou igreja unido no mesmo propósito com cada membro contribuindo
segundo os dons, talentos e posses que Deus proporciona, terá muito mais força e
alcançará um nível muito mais eficiente de trabalho. Quando o líder não consegue gerar
este nível de comunhão, os esforços individuais obterão muito menos fruto.
7. Explicando e Exemplificando: O líder faz parte do grupo da mesma forma que a cabeça
faz parte do corpo. Como membro do grupo, ele deverá dar o exemplo daquilo que
almeja alcançar com os seus liderados e não poderá se eximir de suas responsabilidades
como membro do corpo.
8. Representação: Da mesma forma que um pai representa sua família, o líder representa
sua igreja ou seu grupo diante das autoridades e da sociedade em geral.
9. Renovação: O líder não permite que a tradição e a inércia se instalem. Esta tendência
começa desde o primeiro dia de formação do grupo. Toda vez que se estabelece uma
rotina está-se criando uma tradição. As tradições em si não são ruins. Porém, não
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Shedd, p. 75.
40
Shedd, p. 75-76.
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Shedd, p. 76.
podem ser vistas como a única maneira correta de se fazer algo. A rotina e a tradição
podem fazer o grupo esquecer o porquê daquilo que fazem. O bom líder encoraja ideias
inovadoras que trarão renovação ao grupo.
1. Incredulidade: Toda vez que um líder procura implementar uma visão mais abrangente
nas mentes de seus seguidores, encontrará pessoas que duvidem que seja possível.
Outros mostrarão falta de entusiasmo e de motivação. O líder precisa crer que é possível
conseguir a mudança ou alcançar a meta Mc (9:23). Em seguida, precisa ser convincente
para superar a incredulidade de alguns no grupo.
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Shedd, p. 81.
43
Shedd, p. 83.
44
Shedd, p. 85.
6. Soberba o gulho :à áàlide a ça,ài feliz e te,à àsus etívelà àso e a...àU àlíde àso e oà
a a e teàouveàaàvozàdoàg upoà ueàlide a,àpoisà àauto o fia te à 48. É impossível o líder
soberbo exercer uma verdadeira dependência de Deus e ouvir a sua voz, pois está
a so toàe àsià es o.à Oàlíde àso e oàap e deàpou oà o àseusàe os à 49. Não tendo a
necessária humildade, não reconhece que errou e procura se justificar. A soberba
precede a ruína e a queda (Pv 16:18). Deus se opõe aos líderes soberbos (não
abençoando o que fazem), mas dá graça aos humildes (Tg 4:6).
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Shedd, p. 86.
46
Shedd, p. 87.
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Shedd, p. 87.
48
Shedd, p. 87.
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Shedd, p. 88.
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Shedd, p. 89
Lição 8
2. Perdoar o pecado sem desculpá-lo. Perdoar é preciso, mas o pecado deve ser
reconhecido por aquilo que é, uma ofensa contra o Deus santo, e não pode ser tratado
com leviandade. Jesus ensinou a necessidade de sempre perdoar (Mt 18:22). Ele
perdoou a mulher adúltera sem desculpar o que ela fez (Jo 8:10-11). As necessidades do
perdão e da disciplina precisam ser mantidas em uma tensão saudável. É preciso muita
sabedoria para adquirir este equilíbrio.
51
Shedd, p. 91.
agrupar pessoas para fazer aquilo que você quer porque estas reconhecem que isso é o
e to à52.
6. Manter a visão sem ser sonhador. A visão do líder e de um grupo ou igreja é um alvo
atingível, uma direção na qual todos devem caminhar. O líder que sonha alto
(sonhador), mas não tem os pés no chão, tem pouco valor para a Igreja.
1. Gratidão:à áàg atid oàte àu àluga à haveà asà a tasàdeàPaulo à 54 àTsà : .à áàg atid oà
deve ser a emoção que inunda o coração daquele que Deus tem selecionado para
influenciar outros e mostrar-lhes o caminho para uma vida frutífera a Deus... Assim
o oàoà o poàhu a oàp e isaàdeàu à o aç oà ate do,àaàg atid oà e essitaàdaàaleg ia 55
(Fp 4:4).
52
Shedd, p. 97.
53
Shedd, p. 103.
54
Shedd, p. 103.
55
Shedd, p. 104.
2. Humildade:à O deà h à falta deà hu ildadeà se à e o t adoà u à espí itoà íti o à 56. Um
espí itoà íti oàse p eàt azàdivis o.à U àespí itoàhu ildeàfo e taàaàu idade,àpoisàevitaà
a crítica e concentra-seà oàe o aja e to à57.
3. Uma disposição para aprender:à Osà líde esà e à ge al,à oà so e te precisam ser aptos
pa aàe si a àeà ost a àoà a i ho,à asàta àp e isa àse àaptosàpa aàap e de à 58. O
aprendizado contínuo pode ser a chave para a liderança bem-sucedida.
4. Interesse no Reino de Deus:à U à líde à ist o,à aisà doà ueà i gu ,à deveà e te de à
como a sua visão e os seus objetivos satisfazem os interesses de Deus... As questões
ete asà s oà oà it ioà fi alà pa aà avalia à oà su esso à 59 do líder e de sua organização (Cl
: .à N oà àoàta a hoàdeàu aàig ejaà ueài po ta,à asàaàdedi aç oàdeàseusà e osà
e à u p i e àaàG a deàCo iss oà Mtà : àeàvive e àoàf utoàdoàEspí itoà Glà : à 60.
Buscar o reino de Deus deve incluir tudo que fazemos, não existindo, portanto, o
eligiosoàeàoàse ula .à “eà oàh à e hu aàligaç oàe t eàoàt a alhoàdeàu aàpessoaàeàoà
‘ei o,àtalàt a alhoàp e isaàse àa a do ado à 61.
5. Otimismo:à áà ha ilidadeà deà avalia à tudoà oà ueà a o te eà positiva e teà est à e t eà asà
62
atitudes maisài po ta tesà ueàu àlíde à ist oà podeàad ui i à ‘ à : . Mesmo as
situações mais difíceis podem ser transformadas por Deus e usadas para o bem (Ef 3:13).
7. Mantendo as prioridades: Uma das coisas mais difíceis é manter uma organização nos
seusà p opósitosà o igi ais.à U aà o ga izaç oà ist à ouà u aà ig ejaà ueà à o issaà e à
ensinar seus membros como amar a Deus acima de todas as coisas, e ao seu próximo
o oàaàsià es o,àest àpe de doàaàsuaàdi eç o à 64.
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Shedd, p. 105.
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Shedd, p. 105.
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Shedd, p. 105.
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Shedd, p. 106.
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Shedd, p. 106.
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Shedd, p. 107.
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Shedd, p. 107.
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Shedd, p. 108.
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Shedd, p. 110.