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Liderança

Espiritual

Pr. Kenneth Eagleton

Escola Teológica Batista Livre


(ETBL)
Campinas, SP

2013
1

Liderança Espiritual

Lição 1

Quem é líder?
Você já parou para pensar? Como sabemos quem é um líder? Como você definiria um líder?

Alguns diriam que líder é aquele colocado como chefe de outras pessoas: um gerente,
supervisor, diretor ou patrão, no caso de uma empresa; o vencedor de uma eleição, como
no caso de cargo eleito (prefeito, governador, presidente de uma associação, etc.). Outros
diriam que líder é quem manda, quem dá ordens. Será que todos estes são líderes? Será que
existem outros?

O que é liderança espiritual? Será que existe diferença entre líder secular e líder espiritual?
Vamos examinar o assunto.

Definições de liderança:
Se folhearmos livros sobre o tema de liderança, encontraremos muitas definições
diferentes. Em se tratando de liderança espiritual, prefiro as definições abaixo:

Lide a çaà àu àp o essoàdi i oà oà ualàusa osàasà apa idadesà ueàDeusà osàdeuàpa aà


influenciar out asà pessoasà e à di eç oà aosà p opósitosà deà Deus à g ifoà eu à – Robert
Clinton.
áàdis ipli aàdeàdeli e ada e teàexe e àinfluência dentro de um grupo para levá-lo a alvos
deà e efí ioà pe a e te,à ueà satisfazà asà e essidadesà doà g upo à g ifoà eu) – John
Haggaià oàliv oà OàLíde à ueàDeusàUsa 1.

Palavra chave: influência. Se tivéssemos que definir em uma só


Ser líder é ter
palavra o que é liderança, seria influência. O líder é aquele que
exerce influência sobre outras pessoas ao ponto de elas seguirem as
influência.
ideias ou a direção dada por aquele que lidera. Não adianta uma pessoa ser inteligente, ter
boas ideias e ser bem sucedida em sua vida pessoal se não tiver quem acredite nela e quem
se inspire nela. Esta pessoa não é um líder. O líder sempre tem outras pessoas que confiam
nele e o seguem.

Quando falamos em liderança espiritual, falamos de


um processo em que Deus trabalha primeiramente Liderança é um processo
no interior do líder para moldá-lo (sua mente, seu em que Deus trabalha no
coração, seus valores) e somente depois começa a líder para poder trabalhar
usá-lo, trabalhando através dele, para poder através dele.
influenciar outras pessoas.

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SHEDD, P. Russel. O Líder Que Deus Usa (S. Paulo: Edições Vida Nova, 2000), p. 11.

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O mais importante no líder espiritual não são os seus grandes feitos, as suas decisões sábias
ou o grau da sua visibilidade ou fama; o mais importante é até que ponto ele/ela tem
influenciado outras pessoas em direção aos propósitos de Deus.

Um ministério espiritual eficaz flui de quem somos. Liderança espiritual eficaz não depende
unicamente de técnica e conhecimento, mas depende muito mais de relacionamento. A
demonstração de uma vida espiritual autêntica, transformada pelo Espírito Santo, gera nas
pessoas uma confiança de que aquela pessoa pode ser seguida: ela é confiável e íntegra.

Medite nas seguintes perguntas:


Quem exerce influência espiritual sobre mim?
A que tipo de influência estou exposto?
Quem estou influenciando?
O que é que Deus deseja que aconteça na vida das pessoas que são por mim
influenciadas?

Algumas questões polêmicas:


Líder nato vs. líder desenvolvido. Uma pessoa já nasce com características de liderança? Ou
estas qualidades são desenvolvidas? Se observarmos a interação de um grupo de crianças
em uma creche, provavelmente ficará evidente que uma (ou mais) das crianças toma a
iniciativa nas atividades e brincadeiras. As outras vão atrás e participam. Parece que
algumas pessoas naturalmente tomam a frente e lideram, desde pequenas. Isto parece
confirmar que existe liderança nata (uma habilidade que a pessoa tem desde que nasceu).

Por outro lado, não é difícil encontrar pessoas que cresceram tímidas e que quase nunca
tomavam a iniciativa e, depois de passarem por treinamento e obterem experiência, se
tornam bons líderes. Muitos já demonstraram que a liderança é uma qualidade que pode
ser aprendida e desenvolvida.

Então não é uma questão de um ou outro: nato ou desenvolvido. Os dois caminhos são
possíveis. Pessoas com habilidade nata para liderança também precisam aprimorar o seu
dom. Pessoas que nunca se viram como líderes podem aprender e desenvolver esta
ha ilidade.à Deusàes olheàeà oldaàoà a te àdosàho e sàeàdasà ulhe esà ueàeleà ue àpa aà
lide a àseuàpovo,àta toàpeloà as i e toà o oàpelaàopo tu idade à 2.

Cargo de liderança vs. função de liderança. Não se deve confundir as duas coisas. Existe
diferença entre alguém que chega ao cargo de liderança através de eleição ou indicação e
alguém que exerce liderança sem nenhum cargo? Nem todos que possuem cargo de chefia
são líderes. Um gerente pode ter sido colocado nessa posição sem nenhuma habilidade para
ser líder. Os que estão sob sua supervisão são obrigados a obedecê-lo, mas talvez não o
respeitem, não confiem nele, não são inspirados pela sua vida nem por aquilo que ele diz.
Na igreja pode existir a mesma situação. Alguém pode alcançar um cargo de liderança na

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Shedd, p. 9.

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igreja por causa de sua posição social ou de seu nível de ensino, no entanto, esse líder não é
respeitado e ninguém segue o seu exemplo.

Por outro lado, existem pessoas que possuem as características de líder e que não exercem
nenhum cargo. É aquele funcionário que todos os colegas procuram para pedir opinião e
que influencia a moral dos trabalhadores. É aquele(a) irmão / irmã na igreja que, durante a
assembleia da igreja ou em alguma reunião, tem sua opinião respeitada e seguida. É aquele
em quem os outros procuram conselho. É possível ser líder sem ter qualquer cargo.

O ideal é colocar verdadeiros líderes em cargos ou funções de liderança, pois serão muito
mais eficientes.

Liderança espiritual vs. liderança secular. Existe alguma diferença nas qualidades necessárias
entre alguém que exerce uma liderança espiritual e alguém que exerce uma liderança
secular? Sim. Apesar de ambas terem muito em comum, a liderança espiritual é mais
exigente e suas qualificações encontram-seà aàPalav aàdeàDeus.à E t o,àJesus,à ha a do-os
[os discípulos], disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais
exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-
se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será
vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e
da àaàsuaàvidaàe à esgateàpo à uitos à Mtà :25-28).

Jesus deixa claro que a liderança espiritual não é exercida da mesma forma que a liderança
política ou institucional secular. Cometemos um grave erro quando trazemos os sistemas de
liderança do mundo para dentro da igreja sem analisá-los à luz da Palavra de Deus.

Diferença entre Líder e Administrador (Gerente)


Existeàu aàdife e çaàe t eàu àlíde àeàu àad i ist ado .àN oàesta osàfala doàe à e to àeà
e ado ,à o àeà al .àP e isa osàta toàdeàlíde es,à ua toàdeàad i ist ado es.àCadaàu à
tem o seu papel a cumprir, mas são diferentes um do outro. O quadro abaixo nos ajudará a
perceber as diferenças.
Gerenciamento Liderança
Controle, regras Orientação
Eficiência Efetividade (surtir efeito)
Planos Visão
Execução Direção
Processo Propósito
Fazer acontecer Influenciar os outros a fazerem
Seguidores por obrigação e dever Seguidores voluntários
Decisões que aumentarão rentabilidade Visar o bem-estar de todos a longo prazo
“fazer coisas na forma correta” “fazer coisas que são corretas”

 O gerente se preocupa com o controle da empresa ou da instituição sob sua


responsabilidade e com o cumprimento das regras já estabelecidas. O líder se

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preocupa mais em dar orientação geral (ensino, formação) aos que estão sob a sua
responsabilidade sem se preocupar tanto com os detalhes das regras.

 Oà ge e teà seà p eo upaà o à aà efi i iaà daà ui a à – tudo deve ser executado
segundo o plano previsto. O líder se preocupa com a efetividade, isto é, se o plano
está surtindo o efeito desejado (será que é um bom plano?) e se não, a necessidade
de mudar o plano. O gerente olha o presente enquanto o líder se preocupa mais em
dar direção para o futuro, enxergando aquilo que precisa ser feito lá na frente.

 O gerente se preocupa com o processo: tudo tem que ser da forma certa. O líder se
preocupa mais com a questão de se o que está sendo feito é realmente a coisa certa
no momento certo.

 Oà ge e teà seà p eo upaà e à faze à asà oisasà a o te e e :à pessoaà deà aç o,à oà aà


assa .àOàlíde àseàp eo upaà aisàe à i flue ia àasà pessoas para que elas mesmas
estejam convencidas, comprem a ideia e façam-na acontecer.

 O gerente vê os seus seguidores como pessoas que têm o dever de obedecer as suas
diretivas. O líder procura seguidores voluntários.

 O gerente, ao tomar decisões, busca soluções que aumentarão a rentabilidade e a


eficiência. O líder toma decisões de olho no futuro, visando o bem-estar de todos a
longo prazo.

Como foi dito acima, tanto a empresa como a igreja precisam de gerentes quanto de líderes.
É bom ter líderes que enxerguem, lá na frente, o que é necessário ser feito, para onde
precisamos ir e que tenham boas ideias sobre o que precisamos fazer. Mas os líderes, às
vezes, são péssimos gerentes. Uma vez que a empresa ou a igreja tem uma visão clara do
que precisam fazer e um plano para chegar até lá, precisamos de administradores que
mantenham a organização no rumo e que zelem dia a dia pela eficiência e o bom uso dos
recursos, tanto humanos quanto materiais. É importante conhecermos a diferença entre
estas duas qualidades para não colocarmos um líder para realizar tarefas administrativas e
um gerente para traçar um rumo novo. Ambos ficarão frustrados e atrapalharão suas
organizações. Nada melhor do que pessoas certas nos lugares certos.

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Lição 2

As Etapas na Vida de um Líder (Robert Clinton)3:

Robert Clinton escreve que após ter observado e estudado a vida de muitos líderes, tanto
bíblicos quanto de nossos dias, observou que líderes passam por diferentes fases
diretamente ligadas com a sua formação e desenvolvimento no campo da liderança. Estas
fases, por sua vez, são caracterizadas por diferentes processos que Deus usa na formação do
líder. Este tem que dominar com sucesso cada um desses processos para passar para a
próxima fase. O líder que não aproveita os processos para desenvolver sua capacidade de
liderança fica estagnado, não alcançando o potencial para ser plenamente utilizado por
Deus.

O conhecimento dessas fases e de seus processos pode ser muito útil ao líder para que ele
possa saber onde se encontra nesta gama da liderança e entenda quais são os processos
que Deus utiliza para formá-lo. O posicionamento do líder em uma fase não depende
necessariamente de sua idade cronológica ou do tempo que tem de vida cristã. O gráfico
abaixo nos ajudará a entender as cinco fases de Clinton.

 linha do tempo 

Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5


Alicerces
Alicerces Ministeriais e Amadurecimento Amadurecimento Convergência

Soberanos Crescimento Ministerial de Vida


Interior
* Iniciação
* Treinamento
* Aprendizagem nos
relacionamentos
* Discernimento

Fase 1 – Alicerces Soberanos. Deus coloca pessoas e situações na vida do líder em potencial
para que seus alicerces sejam formados: sua família, seu ambiente e os acontecimentos
históricos de sua vida moldam sua personalidade e formam seu caráter. Somente
entendemos esta primeira etapa em retrospectiva. Por sermos muito jovens ou por ser

3
Este item é extraído de um livro publicado pela Editora Descoberta intitulado As Etapas na Vida de um Líder,
de Robert Clinton.

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antes de nossa conversão, não fazemos ideia daquilo que Deus está nos preparando e de
como vem nos moldando desde que somos crianças. Deus pode usar tudo que acontece em
nossa vida; tanto as coisas boas, quanto as más, para nos preparar para nossa posição de
liderança. Isto não significa que Deus DETERMINA estes acontecimentos ou situações, mas
Eleàsa eàusa àtodasàelasàpa aàoà ossoà e .àNadaàfogeàdoà“euà o t ole.à “a e osà ueàtodasà
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segu doàoàseuàp opósito à ‘o a osà : .à

Após a morte de seu pai, os irmãos de José temiam que ele se vingasse das coisas más que
lheàhavia àfeitoà ua doàjove .àNoàe ta to,àJos à espo deu:à Vós, na verdade, intentastes
o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se
o se veà uitaàge teàe àvida à G esisà : .àápesa àdeàtodoàoàsof i e toà ueàJos àhaviaà
passado, Deus usou aquelas circunstâncias para ajudá-lo a despontar como grande líder.
Qualquer que tenha sido nosso passado (condições familiares, econômicas, físicas), boas ou
más, Deus pode usá-lo em nossa função de liderança.

Fase 2 – Alicerces Ministeriais e Crescimento Interior. Nesta etapa o líder em início de


formação começa a receber tarefas ministeriais. São oportunidades para servir na igreja em
diferentes ministérios e com diferentes níveis de responsabilidade. Estas tarefas ministeriais
funcionam como estágios em que o líder em potencial tem a oportunidade de exercer os
dons e talentos adormecidos e assim começa a se conscientizar deles. Ele vai ser bem
sucedido em algumas destas tarefas e talvez não tão bem em outras. Ele acabará exercendo
certas tarefas com alegria, enquanto que outras lhe serão um peso. São indícios dos dons de
cada um.

Durante esta fase o líder começa a se desenvolver mais no crescimento espiritual e na área
do caráter. A medida em que se dedica e em que permite que o Espírito de Deus molde o
seu coração, ele vai aprender lições valiosas nesta área.

Existem duas áreas relacionadas à capacidade de liderar: talento e caráter. É necessário a


combinação dos dois. Talento sem caráter não serve para liderança espiritual. Caráter sem
talento para liderança causa admiração, mas não conseguirá influenciar e nem dar direção a
um grupo. Desenvolvemos estas duas áreas tanto formal quanto informalmente; ou seja,
formalmente através de cursos e informalmente através de mentoreamento de um líder
mais experiente e da experiência que o líder vai adquirindo.

Nesta etapa o líder observa outros líderes e é atraído às pessoas às quais gostaria de se
assemelhar. Através da observação, da instrução e da imitação, vai adquirindo os
conhecimentos e a experiência necessários.

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Fase 3 – Amadurecimento Ministerial (com 4 sub-etapas):


o Iniciação: o líder começa a se focar mais no ministério. Ele sente um chamado para
se dedicar mais ao trabalho do Reino de Deus e os talentos e dons espirituais que lhe
foram dados por Deus através do seu Espírito passam a ser identificados e
desenvolvidos.

o Treinamento: o líder recebe treinamento formal e informal em assuntos como


liderança de grupos, organização e planejamento, didática, implementação de
mudanças e gestão de conflitos.

o Aprendizagem nos relacionamentos: o líder aprende como manter relacionamentos


sadios e aperfeiçoa seus talentos na área de relações públicas.

o Discernimento: o líder desenvolve sua capacidade espiritual de discernimento,


percebendo ou desconfiando da presença do pecado, de atitudes perigosas, da
atividade do maligno, da necessidade de mudanças, etc.

Até este ponto, Deus está agindo primariamente no líder. Ele está trabalhando mais no líder
do que através dele. Lembre-se que Deus precisa primeiramente moldar o caráter do líder
para que ele possa ter a autoridade espiritual para influenciar outras pessoas com mais
eficácia.

Fase 4 – Amadurecimento de Vida. O líder identifica os seus dons espirituais e os usa com
eficiência e poder. Aqui há uma mudança que passa do crescimento de competência para
uma maior eficácia na liderança. O crescimento espiritual e de caráter, aliados aos
treinamentos formal e informal que recebeu até este ponto, começa a dar mais fruto com o
crescimento da sua influência e capacidade de liderança.

A passagem para esta fase não significa que o líder para de crescer e aprender. Veremos
mais adiante que isto nunca pode parar na vida de um líder. Nesta fase ele continua a
elho a à suaà o pet iaà doà faze :à ape feiçoa e toà dasà t i asà pa aà ueà tudoà sejaà
feito com mais qualidade.

Oà líde à ta à ape feiçoaà oà seuà se :à oà a te à doà líde à passaà aà se à espeitado,à oà ueà


aumenta a sua capacidade de liderança.

Nesta fase ele passa a produzir frutos maduros: o líder ministra (serve) com poder dentro da
área dos seus dons, o que começa a gerar mais frutos.

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O líder também deve fazer uma avaliação com reflexão dos seus acertos e erros. Isto o
ajudará a aprender lições valiosas que podem ser aplicadas à sua vida para torná-lo um líder
ainda mais eficaz. Os erros podem ser evitados e os acertos servirão para orientá-lo no
caminho que deve trilhar e poderá transmitir as lições aprendidas para outros líderes em
formação.

O líder já está apto para servir como mentor de outras pessoas. Ele passa a ensinar e
mentorear outros líderes, passando para frente aquilo que já aprendeu. Existem alguns
líderes que tornam-se receosos de passar a outros o que aprenderam. Sentem insegurança,
achando que ao fazê-lo correrão o risco de perder o seu ministério ou a sua influência. Mas
devemos nos lembrar que o nosso chamado vem do Senhor Jesus Cristo e ele mesmo nos
disse:à deàg açaà e e estes,àdeàg açaàdai à Mateusà : .

É necessário definir as prioridades. Nesta etapa o líder passa a avaliar suas


responsabilidades (que com o acúmulo, podem ser muito grandes) e estabelece prioridades
para triar o que é menos importante e se concentrar no que é prioridade. Muitas vezes nos
confrontamos com muitas boas oportunidades, mas o líder não pode satisfazer a todas as
necessidades. O próprio Jesus não supriu todas as necessidades do povo. Após um dia
inteiro, curando e expulsando demônios, Jesus passou a noite orando em um lugar deserto.
De manhãzinha os discípulos saíram procurando Jesus, pois as filas para cura já se
formavam, mas Jesus deixou aqueles enfermos ali para continuar sua campanha de
pregação em outros vilarejos (veja Marcos 1:32-39 e Lucas 4:40-44). É necessário muita
sabedoria para determinar as prioridades.

áà espi alà as e de te:à p i ei oà ap e de osà aà se à pa aà depoisà pode osà faze .à Esteà


processo é repetitivo, nos levando cada vez a um patamar mais elevado em uma espiral
ascendente.

Fase 5 – Convergência. A maneira de ser do líder e sua autoridade espiritual formam a base
para um ministério maduro poderoso. Nesta fase o seu cargo (ou posição) está em sintonia
com os seus dons, o seu temperamento e a sua experiência. Tudo converge para
proporcionar um ministério influente e eficaz com muitos frutos. São poucos os líderes que
atingem esta fase. A maioria não passa da fase 4.

Ao longo desta caminhada de desenvolvimento da liderança, o líder precisa saber aproveitar


as oportunidades para aprender e passar de uma fase à outra. A passagem é geralmente
marcada por algum acontecimento significante que caracteriza a demarcação entre as
etapas. Estes acontecimentos que demarcam a passagem de uma fase para outra
geralmente só são entendidas em retrospectiva. Ao olharmos para trás conseguimos

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entender o que marcou uma mudança de fase. Lembre-se que se o líder parar de crescer,
ficará estagnado em uma das fases ou poderá até regredir.

O nível de influência de um líder está diretamente relacionado à fase em que se encontra.


Nas primeiras fases, sua influência será menor. Nas últimas fases sua influência aumenta
proporcionalmente.

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Lição 3

Processos
Deus usa processos (ou ferramentas) para moldar as habilidades e o caráter do líder que Ele
usa.

1. Processos usados no Crescimento Interior (em uma fase bem inicial do


desenvolvimento do líder):
 Teste da integridade. é uma prova na vida do líder em potencial para verificar suas
intenções (ou motivações) e para formar o seu caráter. São situações que Deus
introduz ou permite na vida da pessoa para verificar se ela tratará destas situações
com integridade. Várias áreas serão testadas:
o Valores (os princípios que são de maior importância para o líder). O teste de
integridade vai demonstrar quais são os verdadeiros valores do líder, de
acordo com suas escolhas.

o Convicções (o que se crê sobre certo e errado). Os testes de integridade vão


provar se o líder é ético e vão demonstrar o que ele realmente crê ser certo e
errado.

o Fé. Os testes colocarão o líder em situações onde a dependência de Deus é


essencial. Ele é chamado a exercitar a sua fé; isto é, colocá-la em uso
(Romanos 1:17b). Terá que demonstrar que vive pela fé e que não se
desespera com as circunstâncias adversas da vida.

o Chamado. Será que foi mesmo chamado a fazer isto? Os testes de


integridade irão provar este chamado. Ele busca exercer uma função de
liderança porque Deus ali o colocou ou por uma ambição pessoal?

o Perseverança. Os testes também provarão se o líder tem a capacidade de


permanecer firme diante das dificuldades, das perseguições, das decepções e
dos acontecimentos inesperados (Hebreus 10:36; 12:1).

o Honestidade (Provérbios 21:8). Os testes de integridade provarão esta área


da vida do líder em formação. Ele tem capacidade de lidar com as questões
financeiras de maneira honesta e transparente? Sempre diz a verdade,
mesmo quando isto pode causar-lhe prejuízo (Efésios 4:25)? Obedece às
regras estabelecidas, aos compromissos firmados e às leis do país, mesmo
nas coisas banais (Romanos 13:1)? Ele age de acordo com o que é lícito? É

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transparente nos seus relacionamentos e nos seus negócios? Ele não se


importa em prestar contas de seus atos, tempo e finanças aos seus
superiores?

o Quando o teste de integridade revela falhas nestas áreas, elas devem ser
trabalhadas e sanadas para que o líder esteja apto a passar adiante na sua
formação. Não se pode ser líder espiritual eficaz com falhas nestas áreas
básicas de caráter.

o É i porta te dese volver o osso caráter. Pri eiro apre de os a ser


para depois poder os fazer .

 Teste da obediência. O líder deve passar por este teste antes de ser qualificado para
liderar outras pessoas. É através deste processo que ele aprende a reconhecer,
entender e obedecer a Palavra de Deus. O líder deve passar o teste da obediência
nas seguintes áreas:
o Generosidade (Provérbios 11:24; Romanos 12:8). Ele deve ser generoso com
as pessoas, ajudando aos necessitados. O líder deve dar exemplo como
dizimista e contribuinte liberal à obra do Reino de Deus e às causas apoiadas
pela sua igreja.

o Casamento. Se for casado, deve demonstrar obediência aos princípios


bíblicos do casamento, sempre sendo sexualmente e emocionalmente fiel ao
cônjuge. Ele deve obedecer aos princípios bíblicos de respeito e amor ao
cônjuge.

o Ministério. Quando for chamado por Deus para fazer algo, o líder deve ter
uma atitude de obediência, confiando que o Senhor estará presente
ajudando-o no processo.

o Perdão (Lucas 6:37; Colossenses 3:13). A Bíblia nos ensina a nos humilhar e
pedir perdão primeiramente a Deus quando pecamos e também aos outros
quando os prejudicamos, ferimos ou magoamos. Não somos responsáveis
pela reação destas pessoas (se irão nos perdoar ou não), mas devemos fazer
a nossa parte com toda sinceridade. Além de pedir perdão quando pecamos,
devemos perdoar aqueles que nos ofendem ou nos prejudicam. Aquele que
não perdoa desenvolve amargura, contamina os outros com negatividade e
perde a capacidade de liderar espiritualmente.

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o Confissão e arrependimento (Atos 3:19). Quando pecamos, devemos


confessar nosso pecado e nos arrepender. Arrependimento não é somente
sentir remorso ou tristeza pelo que você fez, mas também tomar
providências para que o pecado não continue caracterizando sua vida. O
arrependimento é uma meia-volta. Reconhecemos que estávamos indo na
direção errada e voltamos para o caminho certo.

o Certo e errado. Quando a Bíblia define claramente o que é certo ou errado, o


líder precisa estar disposto a obedecer.

o O teste de obediência serve para verificar se o líder leva a sério o discipulado;


isto é, seguir a Jesus. Sem obediência é impossível amar a Deus.

 Teste da Palavra: O líder que Deus usa deve ser capaz de compreender e agir de
acordo com a Palavra do Senhor e deve passar por este teste para poder exercer
autoridade espiritual na liderança de outras pessoas. Ser aprovado neste teste
frequentemente leva ao desenvolvimento dos dons relacionados à Palavra
encontrados nos líderes.
o Ensino – capacidade de explicar com clareza a Palavra de Deus e ajudar os
ouvintes a aplicá-la na vida deles.

o Profecia – no sentido de chamar a atenção para aquilo que Deus diz ( assim
diz o Senhor ). É a capacidade de enxergar claramente onde o povo de Deus
está se desviando da Palavra e chamá-los de volta (usando a Palavra).

o Exortação – é a capacidade de encorajar, ajudar e mesmo chamar a atenção,


quando for necessário.

2. Processos usados no Amadurecimento Ministerial em suas subdivisões:


 Iniciação
o Tarefas ministeriais: uma missão de Deus com limites de tempo (início, meio
e fim). As tarefas ministeriais podem ser avaliadas e há uma prestação de
contas. Elas podem ser usadas por Deus para testar fidelidade e obediência
no uso dos dons.

o Desafios ministeriais:à oà eioà peloà ualà oà líde à ouà líde à e à pote ial à à
desafiadoàpo àDeusàpa aàse ti àu aà e essidadeàeàa eita àu aà ovaàta efa .à
A fonte do desafio pode ser externa (Deus pode usar outra pessoa para
desafiá-lo) ou interna (Deus agindo diretamente trazendo convicção interna).

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 Treinamento
o Habilidades ministeriais: Este processo é pela aquisição de uma ou mais
habilidades (ou capacidades) que ajudam o líder a exercer a tarefa
ministerial. Por exemplo: desenvolver a capacidade de aconselhar as
pessoas.

o Experiência e treinamento: estes podem ser adquiridos através de um


treinamento informal (trabalhando ao lado de um líder mais experiente que
vai transmitindo seu conhecimento) ou então através de treinamento formal
como cursos, palestras, estágio, etc.

o Descoberta dos dons espirituais. Quando o líder em formação tem dúvidas


quanto aos seus dons espirituais na medida em que desempenha as suas
tarefas ministeriais, ele começa a perceber com mais clareza seus dons
espirituais e talentos naturais.

Nota: à medida que o líder principiante demonstra fidelidade nas suas tarefas
e desafios ministeriais iniciais, Deus aumentará suas tarefas e
responsabilidades e desenvolverá sua capacidade de liderança.

 Aprendizagem nos relacionamentos:à Pa aà pode à i flue ia à eà otivar as pessoas,


u à líde à p e isaà ap e de à o oà seà ela io a à o à asà pessoasà o à efi i ia .à Oà
problema que se apresenta é o da autoridade. Autoridade espiritual será
desenvolvida através dos processos:
o Lições sobre autoridade: Autoridade é uma qualidade que é adquirida – não
imposta ou delegada. Autoridade exige respeito para com os liderados
tratando-os com amor, sensibilidade e reconhecendo o valor de cada pessoa.
Quando as pessoas se sentem respeitadas e valorizadas, reconhecerão
voluntariamente a autoridade do líder e se submeterão a ela. Autoridade
também exige responsabilidade pois, quando se tem autoridade sobre
alguém, assume-se a responsabilidade pelo caminho no qual se está
conduzindo esta pessoa.

o Lições sobre relacionamentos: Líderes precisam aprender a melhor se


relacionar com as pessoas, pois estarão constantemente em contato com
elas. É necessário aprender a lidar com pessoas de personalidades diferentes,
como se comunicar com faixas etárias diferentes e como manter
relacionamentos respeitosos e apropriados com o sexo oposto. É necessário
aprender como resolver e evitar conflitos dentro do grupo. O líder também
precisa conhecer o limite para as brincadeiras. Existem momentos em que se

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pode brincar e momentos em que o líder precisar mostrar seriedade.


Algumas brincadeiras podem ser ofensivas. Certas pessoas toleram bem uma
brincadeira, enquanto que outras, não.

o Conflito no ministério: Conflitos são


inevitáveis, até dentro do ministério. Quem
Quem você é durante
um conflito muitas vezes
você é durante um conflito muitas vezes é
é mais importante do
mais importante do que o resultado do
que o resultado do
conflito. O líder precisa aprender a
conflito.
controlar a ira, a língua e a impaciência
durante momentos tensos de conflito. O domínio próprio demonstra o fruto
do Espírito e evita maiores danos ao relacionamento, facilitando um acordo
ou uma reconciliação posterior.

o Revolta dos liderados (1 Samuel 30:6): Davi era líder de uma bando de
soldados. Certa vez, enquanto estavam fora em campanha, invasores levaram
do quartel general as famílias e os bens dos soldados. Ao regressarem para
casa e ver o que tinha acontecido em sua ausência, os soldados se viraram
contra o seu líder, Davi. A reação dele é a reação que todo líder espiritual
deveàte àe àsituaç oàse elha te:àeleà seà ea i ouà oà“e ho ,àseuàDeus .àOà
líder precisa aprender como se comportar quando enfrenta conflito ou
oposição dos liderados.

o Crises (tempos de estresse intenso) – Deus está mais interessado em nossa


santidade do que em nossa felicidade. É por isto que às vezes passamos por
situações difíceis e enfrentamos adversidades. As crises servem para nos
amadurecer, purificar nossa motivações, aumentar a nossa dependência
nEle, aumentar a nossa busca por Ele e nos tornar mais resistentes. Elas
também servem para provar nossa fé. Nossa
Deus está mais
tendência é pedir a Deus que tire a crise, que a
interessado em
faça desaparecer. Talvez fosse melhor pedirmos
nossa santidade do
paciência, perseverança e forças para
que em nossa
suportarmos as crises e aprendermos as lições
felicidade.
que Deus tem para nós.

Nota: estes processos podem servir como aprendizado para o líder ou como
uma barreira para o seu aprendizado. Tudo depende de como ele encara estas
situações. Se refletir nelas, poderá aprender lições valiosas para seu futuro. Se
enfrentar estas situações com dureza de coração, poderão servir como entrave
ao seu aprendizado.

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15

 Discernimento
o Batalha espiritual. Como cristãos, somos habitados pelo Espírito Santo de
Deus. Apesar disto, Satanás não sossega e ele faz o que pode para tentar
atrapalhar os planos de Deus. Existe uma batalha espiritual que todos os
cristãos devem enfrenta .à Noà e ta to,à aà Bí liaà osà ga a teà ueà aio à à
aquele que está em vós do que a ueleà ueàest à oà u do à àJo oà : .àEstaà
batalha espiritual deve ser enfrentada com as armas espirituais que Deus nos
concede: fé (confiança em Jesus), oração (que nos dá acesso direto a Deus),
a Palavra de Deus (Jesus usou a Palavra para combater Satanás quando foi
tentado), além da ajuda de mentores e líderes espirituais experientes. O
líder precisa de discernimento para saber quando uma dificuldade está
relacionada a forças espirituais e quando diz respeito simplesmente à
natureza pecaminosa do ser humano. Culpar tudo na batalha espiritual é
falta de discernimento.

o O problema da estagnação. O líder precisa se conscientizar da necessidade


de crescimento constante no seu ministério. Para não estagnar, o líder é
confrontado com:
 Desafios na oração – situações que o levam a passar mais tempo em
oração.
 Desafios na fé – situações que o levam a depender mais de Deus.
 Desafios na sua influência – situações em que sua liderança será
questionada ou desafiada.

o Desenvolvimento de uma filosofia de ministério (integração das lições da


vida). Na medida em que o líder ganha experiência na área de liderança, ele
passa a ter um repertório de valores e lições aprendidas e começa a
desenvolver sua filosofia de ministério (sua maneira de encarar e
desenvolver o ministério). O desenvolvimento desta filosofia exige
discernimento para aprender com a experiência.

3. Outros processos usados por Deus para dar direção:


 Gerais
o Livros e artigos. O líder pode aprender muito sobre liderança através da
leitura de livros e artigos de outros líderes experientes e eficazes. É muito
importante cultivar o hábito da leitura.

o Passagens bíblicas. Deus nos dá direção através da Sua Palavra.

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16

o Conflitos. Conflitos são desagradáveis, mas podem ser momentos de grande


crescimento pessoal.

 Especiais (menos frequentes)


o Contatos divinos. Isto acontece quando Deus põe a pessoa certa no lugar
certo. Muitas vezes Deus usa outras pessoas para nos dar direção.

o Mentores. Falaremos sobre mentores mais adiante.

o Dupla confirmação. Uma maneira especial que Deus usa por vezes é a dupla
confirmação através de duas ou mais fontes independentes quando estamos
buscando direção.

o Preparação negativa. Quando Deus deseja mudar o direcionamento de


algu aà pessoa,à Eleà podeà usa à u aà p epa aç oà egativa ,à istoà ,à oà líder
passa a sentir-se desconfortável onde está e torna-se mais suscetível a
aceitar uma mudança do direcionamento de Deus para sua vida. Este
desconforto pode vir através de acontecimentos desagradáveis, desgaste nos
relacionamentos pessoais, acontecimentos que mostram que o seu tempo ali
terminou, ou outras circunstâncias.

o Confirmação divina. Às vezes um momento especial e sobrenatural com Deus


pode renovar as forças e o propósito do líder.

4. Processos usados no amadurecimento de vida:


 Isolamento. Isolamento não é sempre ruim. Pode ajudar na reflexão, favorece a
dependência em Deus e ajudar a ter uma nova perspectiva das coisas.

 Crises. Há uma grande variedade possível. Pode levar o líder a uma maior
dependência de Deus ou a um afastamento dEle. Espera-se que uma crise gere uma
maior dependência de Deus. Autoridade espiritual é um subproduto (consequência)
frequente de um período de crise.

 Conflitos interpessoais (na vida pessoal ou no ministério). Como já foi dito, conflitos
sempre existirão, pois liderança exige relacionamento com outros seres humanos.
Estes conflitos podem tornar o líder mais consciente do seu caráter e dos seus
pontos fortes e fracos. É ruim passar por eles, mas pior ainda é não aprender com
eles.

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17

Lição 4

Pessoas que Deus usa para desenvolver um líder


Deus usa ideias e age também diretamente na pessoa para desenvolver um líder. Mas, mais
do que qualquer outro método, Deus usa pessoas – Ele trabalha através das pessoas. Quatro
tipos de pessoas são frequentemente usados por Deus para desenvolver um líder:

1. Heróis – Deus usa heróis. São pessoas que admiramos muito e parecem ser intocáveis.
Eles personificam os nossos ideais e valores. São exatamente aquilo que gostaríamos de
ser. O herói é diferente da celebridade. A celebridade tem fama, é bem conhecida. Mas
a celebridade nem sempre se comporta de maneira adequada ou serve de exemplo que
deve ser seguido. Muitas vezes elas se envolvem em situações deploráveis e exibem
atitudes condenáveis. O herói sempre tem um impacto positivo na história. Ele incarna
ideais nobres e é bom exemplo de conduta e de atitudes. Frequentemente estes heróis
não tiveram um alto potencial, mas usaram aquilo que tinham para o bem do Reino de
Deus ou da sociedade e venceram grandes obstáculos.

2. Modelos – São pessoas que estão fazendo algo que se gostaria de fazer. Os modelos
ajudam a adquirir os talentos de que o líder precisa. Eles (elas) demonstram como tornar
a paixão do líder em atividade produtiva. Desenvolve-se uma qualidade (ou
característica) do modelo em vez de simplesmente imitar uma técnica. Requisitos na
escolha de um modelo:
 Ter algumas qualidades que o líder gostaria de adquirir.
 São melhores do que o líder é atualmente.
 Estão disponíveis para serem observados. Esta é a diferença com o herói. O herói
pode ter vivido em outra época ou estar geograficamente longe do líder, mas o
modelo é uma pessoa que ele acompanha mais de perto. Não é necessário ter um
relacionamento pessoal com o modelo.

3. Mentores – São pessoas que transferem seus conhecimentos através de um


relacionamento pessoal regular com o aprendiz com vista ao aperfeiçoamento deste. É a
parte prática do treinamento e é feita com intencionalidade. O mentor é semelhante ao
modelo, mas com uma diferença: existe uma interação direta (um relacionamento)
e t eàoà e to àeàoà ap e diz .àà

O que procurar em um mentor:


 Tem a mesma filosofia do aprendiz;
 Crê no potencial do aprendiz;
 Talentoso em fazer o que o aprendiz gostaria de fazer;

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 Um caráter comprovado;
 Disposto a investir tempo no aprendiz.

Três funções de um mentor:


 Desenvolver um relacionamento: o mentoreamento exige um relacionamento
pessoal que deve ser construído. Quanto melhor o mentor conhecer o aprendiz
maior será a ajuda que poderá proporcionar.
 Instrução: transmite conceitos, habilidades e experiência para o aprendiz.
 I e tivado à oa h :à oà e to à t a s iteà o fia çaà aoà ap e diz,à oà ajudaà aà
enxergar o seu potencial e o inspira com uma visão daquilo que poderá realizar.

4. Inimigos / críticos – Será que os nossos críticos e inimigos pode realmente ser usados
por Deus para ajudar a desenvolver nossa liderança? Sim. Existe valor em enfrentarmos
oposição. Nunca ignore seu inimigo até que tenha analisado aquilo do qual ele o acusa.
A Bíblia não nos ensina a concordar com os nossos inimigos ou confiar neles; mas, nos
ensina a amá-los e não odiá-los. Uma resposta branda da nossa parte desvia a fúria dos
críticos. Se nos humilharmos e analisarmos o que estão dizendo, pode ser que tenham
razão no conteúdo do que dizem (mesmo se usam meios equivocados para chamar a
nossa atenção). Pode ser que existam algumas falhas que precisamos corrigir. Se, após
analisarmos aquilo que dizem, encontrarmos que não existe verdade podemos descartar
as críticas e ignorar os ataques de nossos inimigos. Lembre-se: não cabe a nós
endireitarmos a injustiça que nos é feita e muito menos buscarmos a vingança. Deus
está ciente de tudo e a correção da injustiça e a vingança pertencem a Ele. Nossos
inimigos nos prestam um serviço ao evitar que não nos tornemos excessivamente
confiantes.

A Seleção do Líder que Deus Usa


Quando um grupo estiver procurando um líder, principalmente um pastor, quais são as
características que devem ser consideradas? Procura-se:

1. Uma pessoa com o coração de Deus. É necessário que o líder espiritual seja uma pessoa
dirigida pelo Espírito Santo de Deus, conhecedora da Palavra e sensível à vontade de
Deus. Sem esta característica, o líder não poderá levar o povo a uma maior aproximação
de Deus. Para encontrar tal pessoa, é necessário que o grupo passe tempo em oração,
pedindo direção. Vemos alguns exemplos bíblicos disto.
 Jesus, mesmo sendo divino, orou antes de selecionar, dentre os discípulos, os doze
que seriam apóstolos (Lc 6:12).

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 Após a ressurreição e assunção de Jesus, os 11 apóstolos restantes oraram pedindo


direção na escolha do sucessor de Judas (At 1:24-26).

 A seleção de Barnabé e Saulo para serem missionários aconteceu durante oração e


jejum pela igreja de Antioquia (At 13:2-3).

2. Uma pessoa aprovada. O líder precisa já ter demonstrado que é digno de confiança. Por
este motivo, não pode ser novo convertido (1 Tm 3:6), pois estes ainda não tiveram
tempo de amadurecer espiritualmente. O líder precisa possuir um histórico de ter
servido bem; isto é, ter uma boa reputação (1 Tm 3:7; 2 Tm 2:15).

3. Uma pessoa disposta para a obra (1 Tm 3:1; 1 Pe 5:2; Lc 9:59-62). Não adianta o
candidato ser uma pessoa espiritual e de boa reputação se ela não tiver disponibilidade
para trabalhar com o grupo. O líder tem que ter: disponibilidade, disposição e prontidão
para servir. Disponibilidade significa ter tempo para dedicar às necessidades do grupo.
Além da disponibilidade, deve estar disposto a investir tempo e energia na liderança
deste grupo.

4. Uma pessoa disposta a ensinar e aprender. Uma das ualidadesàdoàpasto àdeveàse à aptoà
pa aà e si a à à T à : ,à ali e ta doà oà e a hoà eà usa doà aà Palav aà pa aà o igi à eà
exo ta .à ápesa à deà se à aptoà pa aà e si a ,à oà podeà te à aà atitudeà deà sa eà tudo ,à
achando que já chegou no final do aprendizado e que não tem nada mais a aprender. O
líder bem sucedido mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. A liderança
exige constante crescimento pessoal e adaptação. O líder deve ter o hábito da leitura,
deve procurar refletir sobre sua liderança e aprender com outros líderes mais
experientes.

5. Uma pessoa perseverante.à Co eça à e à à o ,à asàte i a à e à à uitoà elho à 4.


Tropeços comuns que podem impedir que se termine bem:
 Mau uso do dinheiro: a falta de transparência ao lidar
com as questões financeiras pode se tornar uma “Começar bem é bom,
grande tentação. A falta de disciplina financeira causa mas terminar bem é
muito melhor.”
uma perda de confiança no líder por parte do grupo.

 Orgulho: Se não tiver maturidade para lidar com isto, a posição de liderança pode
ge a à o gulho.à áà so e aà p e edeà aà uí a,à eà aà altivezà doà espí ito,à aà ueda à Pvà
16:18). A prática da humildade afastará o orgulho.

4
Shedd, p. 35.

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 Sede de poder: o desejo de possuir poder para poder usá-lo para seus próprios
benefícios ou para manipular as pessoas corromperá o líder e o fará perder sua
influência.

 Imoralidade sexual: a falta de pureza sexual destruirá o ministério e a capacidade de


liderança.

 Problemas familiares: os problemas familiares (conjugais ou com filhos) podem


muitas vezes distrair o líder e atrapalhar a sua liderança.

 Estagnação: o líder que não continua a estudar, ler, se atualizar e reciclar acaba em
um primeiro momento estagnado e depois começará um processo de retrocesso.
Sua liderança acaba sendo ineficiente e irrelevante ao grupo que está liderando.

Princípios que o líder deve seguir para terminar bem:


 Praticar as disciplinas espirituais (leitura bíblica, oração, jejum, meditação, solidão e
outras). Sem as disciplinas espirituais o líder não terá a manifestação do poder de
Deus em sua vida.

 Desenvolver uma perspectiva bíblica (uma cosmovisão cristã). Para ter uma liderança
espiritual o líder não pode pensar e agir de acordo com os princípios do mundo. Ele
(ela) precisa viver segundo os princípios bíblicos.

 Manter uma atitude de aprendizado: é essencial para evitar a estagnação e o


retrocesso.

 Manter um relacionamento com um mentor: este relacionamento é importante não


somente para seu crescimento, mas também para manter uma prestação de contas.
O mentor pode fazer as perguntas difíceis sobre sua vida espiritual e seu caráter.

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Lição 5

Listas Bíblicas de Qualificação para Liderança: 1 Timóteo 3:1-13 e Tito 1:5-9


Nestas duas passagens, o apóstolo Paulo dá instruções para Timóteo e Tito sobre as
qualificações que os líderes principais na igreja devem ter e estão divididas em duas
categorias: os bispos ou presbíteros (palavras diferentes para a mesma função de pastor) e
os diáconos. Quando olhamos as várias traduções da Bíblia em português, reparamos que a
mesma palavra em grego, em alguns casos, foi traduzida por várias palavras em português.
Longe de ser um problema, isto nos ajuda a entender a variação de significado da palavra e
o leque de sentido das qualificações. A primeira palavra que aparece é da versão bíblica ARA
enquanto que as palavras em parênteses são palavras encontradas em outras versões.

Esta longa lista deve nos fazer observar que a escolha de um pastor ou diácono é coisa séria
e não deve ser tratada de forma leviana. É importante que os principais líderes da igreja
possuam uma alta qualificação para que possam guiar o povo de
A maioria das
Deus a uma vida de santificação e serviço. Muitas das
qualificações para
características são negativas (não as devem possuir) enquanto
pastor diz respeito
outras são positivas (devem ser encontradas na vida do líder). ao seu caráter.
Vamos às qualificações.

Bispos, presbíteros (pastores):


1. Irrepreensível ou seja, que não pode ser repreendido ou culpado de nada. Isto não
significa que a pessoa seja perfeita e que nunca erre, mas significa que o erro não é
característico da sua vida. Não é uma pessoa que vive cometendo atos dignos de
repreensão.

2. Esposo de uma só mulher (marido de uma só mulher). Existe duas maneiras de


interpretar esta qualificação: a) não é polígamo, vive somente com uma mulher; b)
nunca conviveu com outra mulher, não podendo ser, portanto, divorciado. Esta última
interpretação gera muita polêmica. Alguns não aceitam pastores divorciados por
qualquer razão enquanto que outros somente permitem considerar um pastor
divorciado se for pelo motivo mencionado por Jesus (Mt 19:9).

3. Temperante (moderado, equilibrado). O líder tem que ser uma pessoa conhecida pelo
seu equilíbrio, tanto espiritual como emocional.

4. Sóbrio (sensato, prudente). A sabedoria e a prudência devem ser marcas de um líder.


Sabedoria é mais do que ter conhecimento, é ter discernimento em como aplicar o
conhecimento.

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5. Modesto (respeitável, simples), não arrogante (orgulhoso). A simplicidade e a humildade


são as características que se busca, não o orgulho e a arrogância.

6. Hospitaleiro. A disposição para receber pessoas em casa. A hospitalidade sempre foi um


valor do Oriente. Nos tempos do Novo Testamento não existiam hotéis e pousadas e,
quando as pessoas viajavam, dependiam da hospitalidade de desconhecidos.

7. Apto para ensinar (ter capacidade de ensinar). Esta é uma das poucas qualificações que
depende de uma capacidade em vez de ser uma característica de caráter. Para que o
pastor tenha capacidade de ensinar, ele precisa se preparar teológica e
pedagogicamente: precisa conhecer as verdades que ensina e aprender também a
comunicar estas verdades de maneira eficaz.

8. Não dado ao vinho (não pode ser chegado ao vinho). O líder não deve fazer uso
constante e abusivo de bebidas alcoólicas. O alcoolismo e o abuso do álcool são
claramente condenados pela Palavra de Deus. O consumo moderado de álcool não é
explicitamente condenado, mas o padrão que se estabelece para os líderes espirituais e
políticos no Antigo Testamento é claramente o de abstinência alcoólica.
a. Os sacerdotes e suas famílias eram proibidos de consumir bebidas alcoólicas
durante o tempo que moravam e trabalhavam no tabernáculo/templo (Lv 10:8-
9).
b. Aqueles que desejavam se consagrar a Deus de forma especial (voto de Nazireu)
não podiam consumir bebida alcoólica (Nm 6:2-3).
c. Não era aconselhado aos reis de Israel fazer uso de bebida alcoólica (Pv 31:4-5).
d. Daniel e seus companheiros compactuaram de não consumir bebidas alcoólicas
enquanto estavam no palácio do rei da Babilônia (Dn 1:8).
e. O uso de bebida alcoólica não é sábio (Pv 20:1).

9. Não violento, mas cordato, não irascível (não inclinado a brigas, amável). O líder não
pode ser uma pessoa briguenta ou que perde a cabeça por causa de sua ira. Não pode
ser o tipo de pessoa que quando se sente insultado quer partir para a agressão física ou
verbal.

10. Inimigo de contendas (inimigo de discórdia, pacífico). O líder deve ser uma pessoa calma
que não gosta de confrontos, discussões acaloradas e bate-boca, mas, pelo contrário,
procura resolver diferenças ou fazer com que aqueles com diferenças de opinião possam
trabalhar juntos.

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11. Não avarento (não de torpe ganância, não ganancioso, não apegado ao dinheiro, não
ávido por lucro, não é desonesto). O líder não ama o dinheiro ou não se apega a ele de
forma exagerada. Sua motivação não é ganhar muito dinheiro ou acumulá-lo. Não segue
a doutrina da prosperidade financeira. Dinheiro é visto como uma ferramenta para
realizar a obra de Deus, não um fim em si mesmo.

12. Que governe bem a própria casa, disciplina os filhos (mantendo os filhos em sujeição,
tenham filhos crentes não acusados de libertinagem e desobediência). O líder precisa ser
um bom chefe de família e precisa saber educar seus filhos de maneira que lhe
obedeçam com todo respeito. Ele deve fazer tudo a seu alcance para discipular a própria
família. No entanto, nenhum pai é responsável pelas decisões de seus filhos adultos.
Uma vez que criamos os filhos e que eles se tornam maiores de idade, eles têm total
responsabilidade por seus atos.

13. Não seja neófito (não seja recém-convertido, não deve ser novo na fé ou convertido há
pouco tempo). A santificação e o amadurecimento na vida cristã fazem parte de um
processo que leva tempo. O neófito, ou recém-convertido, não tem o amadurecimento
necessário para ser pastor da igreja.

14. Bom testemunho (reputação) na sociedade (bom testemunho dos de fora). Uma boa
reputação na sociedade é necessária para que o nome de Jesus não seja envergonhado e
o trabalho da igreja prejudicado.

15. Amigo do bem. Justo. O pastor precisa ter uma reputação de ser justo e fazer o que é
certo, correto, promovendo o bem de todos, tanto dentro quanto fora da igreja.

16. Piedoso (consagrado). O líder precisa se comprometer a manter sua vida espiritual aos
pés de Jesus. Deve ser uma pessoa que busca o Reino de Deus e sua justiça em primeiro
lugar (Mt 6:33).

17. Domínio próprio. Domínio próprio é um dos gomos do fruto do espírito. O pastor tem
que saber dominar a si mesmo: suas emoções, suas palavras, suas finanças, o uso de seu
tempo, os seus pensamentos, se abster de vícios, dominar a sua sexualidade e todos os
outros apetites carnais e tentações.

18. Apegado (firme) à palavra fiel, segundo (conforme) a doutrina (podendo exortar outros
pelo ensino e pela argumentação ou refutação do erro; se manter firme na mensagem
que merece confiança e que está de acordo com a doutrina). O pastor precisa conhecer
a Palavra de Deus e seus ensinamentos (doutrina) e não se desviar dela atrás de novas
revelações ou modismos.

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Diáconos:
Em 1 Timóteo 3, após a lista de qualificações para pastores, segue uma lista de qualificações
para diáconos. Todas aparecem também na lista das qualificações para pastores e
dispensam maior explicação.
1. Respeitáveis (dignos).

2. De uma só palavra (de palavra, sérios).

3. Não inclinados a muito vinho (não dados a muito vinho, não beber muito vinho).

4. Não cobiçosos (de sórdida ganância, lucros desonestos, não dominados pela ganância).

5. Consciência limpa (consciência pura).

6. Experimentados (ter passado por um período de experiência). É parecido com a


exigência de que o pastor não seja recém-convertido. Muitas igrejas exigem também
que uma pessoa, sendo considerada para a posição de diaconia, passe por um período
de experiência de um ano.

7. Irrepreensíveis.

8. Marido de uma só mulher.

9. Governe bem os filhos e a própria casa.

Mulheres:
Após citar as qualificações para pastores e diáconos em 1 Timóteo 3, Paulo fala de algumas
qualificações para as mulheres. Existem duas possibilidades de interpretação sobre quem
seriam estas mulheres: a) as esposas dos pastores e diáconos ou b) as diaconisas. A segunda
opção é a mais provável. Isto significa que além das qualificações já citadas, haveria algumas
qualificações específicas para diaconisas:
1. Respeitáveis (dignas). Não devem ser frívolas ou levianas. São mulheres de respeito.

2. Não maldizentes (caluniadoras). Não podem ser faladeiras ou fofoqueiras.

3. Temperantes (sóbrias, moderadas). São mulheres equilibradas na sua fala e conduta.

4. Fiéis em tudo (confiáveis em tudo).

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Resumo dos ítens acima para a liderança em geral:


Caráter: irrepreensível, moderado, sensato, humilde, pacífico, amável, justo, possua
domínio próprio, não ama o vinho ou o dinheiro, fiel à sua palavra, não fala mal dos
outros, tem consciência limpa e boa reputação.

Família: fiel à sua esposa, governa bem sua casa, tem filhos disciplinados e é hospitaleiro.

Ministério: experimentado, apto para ensinar e consagrado.

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26

Lição 6

O Caráter do Líder que Deus Usa:


áà apa idadeàpa aàlide a àdepe deàdeàoàlíde àte àseguido esà ueà o fia à ele.à áà o fia çaà
tem suasà aízesà oà a te .à Éà po à issoà ueà oà a te à à e t alà aà lide a çaà efetiva 5. Aqui
está uma lista de características importantes do caráter do líder que Deus usa:

1. Santidade – Oà líde à p e isaà se à se sívelà aoà pe adoà ueà


out osà possivel e teà o side a à a eit vel à 6 (Is 6:1-3; 1 A capacidade para
Pe 1:16; Lv 11:44; 19:2). Deus é santo e Ele é a base e o liderar depende de o
padrão de santidade. Esta santidade não é baseada na líder ter seguidores
sociedade ou no que os outros estão fazendo. Do ponto de
que confiam nele.
vista humano (olhando de fora), a santidade coincide com boa reputação 7 (1 Pe. 2:12;
át.à : .à á ueleà ueà à i ep ee sível à à T à : à eà Ttà : à de o st aà sa tidade.à U aà
reputação manchada criará sérios problemas para a igreja lo alàeàpa aàoàeva gelho.à áà
reputação, uma vez prejudicada, somente poderá ser restaurada durante uma longa
a i hadaàdeài teg idade à 8. Um líder não cai de repente. Há uma queda progressiva e
às vezes imperceptível, entretanto, existem alguns sinais de alerta 9:
o Falta de disciplina em certas áreas, como: pureza de pensamento, excessos
(como na comida, por exemplo) e certos hábitos e vícios.
o Falta de compromisso com os princípios éticos e doutrinários.
o Recusa de prestar contas a alguém (áreas: financeira, uso do tempo,
relacionamentos, vida devocional, etc.).
o Racionalização dos erros cometidos – em vez de reconhecer seus erros e se
arrepender, ele procura justificar ou minimizar os pecados (falta de
arrependimento).

2. Cheio do Espírito Santo (At 6:3) – a plenitude do Espírito se manifesta pela:


o Demonstração de coragem e valentia – exemplos de Pedro (At 4:31) e Estêvão –
liderança e espírito de medo são incompatíveis.
o Zelo por Deus e pelo evangelismo – exemplo: Filipe – At 8:6.
o Certeza de que não está sozinho, mas tem um assistente divino. É sempre
necessário conhecer a mente do Senhor antes de tomar decisões.

5
Shedd, p. 37.
6
Shedd, p. 38.
7
Shedd, p. 39.
8
Shedd, p. 40.
9
Shedd, p. 40-41.

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27

3. Sabedoria (At. 6:3): Qual a diferença entre inteligência e sabedoria? Inteligência é a


capacidade de raciocinar e armazenar conhecimentos; sabedoria é a experiência e o
conhecimento prático de aplicação. É possível ser inteligente sem demonstrar sabedoria
como também é possível ser sábio sem se ter muita inteligência. A diferença entre
sabedoria humana e sabedoria do alto se encontra em Tg 3:13-18. A sabedoria do alto é:
o Pura (livre de contaminação facciosa),
o Pacífica (em vez de provocadora de contenda e disputa),
o Gentil (sensível ao sentimento dos outros),
o Razoável (disposta a ceder e negociar),
o Plena de misericórdia (mostra compaixão),
o Bons frutos (produz resultados positivos),
o Imparcial (que não vacila), a palavra em grego da a ideia de que não vacila entre
duas posições (uma certa e outra errada), não é inconstante em seu
comportamento.
o Sem fingimento (sem hipocrisia, sincera).

4. Fé:à Est v o,à u à dosà p i ei osà di o os,à foià ho e à heioà deà f à átà : .à “e à f à à
i possívelàag ada àaàDeus à H à .àPauloàta à olo ouàsuaà o fia çaàe àDeusà àCoà
1:8-9).

5. Amor:à Oà a o à à aisà i po ta teà oà Novoà Testa e toà


do que os dons espirituais ou o conhecimento (1 Co 13:8; O amor é mais
8:1). Uma liderança sem amor é como corpo sem
importante no Novo
Testamento do que
o aç o à 10. Os liderados desenvolverão lealdade ao líder
os dons espirituais ou
ua doàse te à ueàeleà eal e teàosàa a.à á o à agape)
o conhecimento.
de caráter bíblico, não procura os seus próprios
interesses, mas o bem-esta àdeàu ài oàouàdoàp óxi o à 11.à Oàlíde à ueàseàide tifi aà
com o sofrimento de um seguidor ganhará a sua lealdade. O amor é a qualidade que
ap oxi aàoàlíde àdoàg upo à 12.

Princípios para fazer do amor algo prático (Ted Engstrom no livro de Shedd) 13:
o Desenvolver amizades em que não exigimos algo em troca;
o Esforçar-se para nutrir um interesse autêntico por outras pessoas;
o Passar tempo com as pessoas;
o Ouvir as pessoas;
o Estar presente na hora da necessidade;

10
Shedd, p. 46.
11
Shedd, p. 47.
12
Shedd, p. 47.
13
Shedd, p. 47-48.

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28

o Tratar as pessoas de igual para igual;


o Ser generoso com elogios legítimos e encorajamento;
o Priorizar os amigos;
o Amar o próximo como a si mesmo;
o Enfatizar as qualidades e virtudes dos outros.

6. Serventia
Atos 6:1-3 relata a primeira vez em que diáconos foram escolhidos. Nesta ocasião foram
es olhidosà pa aà se vi à sà esas ,à istoà ,à fo a à e a egadosà daà dist i uiç oà deà
alimento que se fazia para as viúvas necessitadas. O ter oà di o o à diakonein)
sig ifi aà se vo àouà a ueleà ueàse ve .àNoàNovoàTesta e toàfi aà e à la oà ueàoàlíde à
precisa ser um servo.

Pauloàusaàoàte oàpa aàdefi i àsuaàp óp iaàfu ç o:à se voàdeàJesusàC isto à ‘ à : .àOsà


cooperadores de Paulo são também chamados de cooperadores (sunergos, no grego),
irmãos (adelphos), servos (diakonos) e apóstolos (apostolos), em ordem de frequência
decrescente 14.à E àsuasà a tas,à e hu àdeàseusà o pa hei osà à ha adoàdeàp ofeta,à
professor ou pastor, muito menos, ancião ouà ispo à15.

Jesus falou da necessidade de sermos servos (Mc 10:41-44). Ele próprio veio para servir
(Mc 10:45; Fp 2:7). Jesus demonstrou este princípio ao lavar os pés dos discípulos (Jo
13:4-17) e instituiu a ordenança para que nós não o esquecêssemos.

Ser líder-servo não é ficar sem poder, mas é saber usar o poder para o bem dos outros,
não para seu próprio bem. O líder-servo faz como Jesus: demonstra sua preocupação
por outras pessoas e pelas necessidades delas. Veja o exemplo de Jesus no lavar dos pés.
Servir seus seguidores não é sinal de fraqueza. Roboão perdeu a oportunidade de acatar
um bom conselho (1 Rs. 12:7).

Títulosà ueà oàs oàap op iadosàpa aàu aàatitudeàdeàse vo:à est e, à pai à pad e ,ààeà
líde à Mtà : -10) 16. A obsessão com títulos pode significar a falta de uma atitude de
serviço. A atitude de servo pode ser mais facilmente mantida em uma democracia ou em
u à siste aà deà de isõesà po à o se soà doà ueà u aà auto a iaà ouà ditadu a.à á uelesà
que não prestam contas a ninguém são especialmente suscetíveis à influência
o upto aàdoàpode . à ‘i ha dàFoste à 17.

14
Shedd, p. 50.
15
Shedd, p. 49.
16
Shedd, p. 55.
17
Shedd, p. 54.

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29

A principal função do líder cristão é ser um líder espiritual. Isto significa:


 Estar em comunhão com Deus através do seu Espírito (Fp 2:1).

 Sensível à direção do Espírito. O Espírito Santo é a presença capacitadora de Deus. A


presença do Espírito na nossa vida é Deus em nós.

 Estar cheio do Espírito e andar no Espírito. Estar cheio do Espírito não significa que
tenhamos mais dEle, mas que Ele tem mais de nós.

Porque é necessário que o líder seja espiritual?


1) A igreja é um organismo espiritual.
2) A batalha da igreja é espiritual. Estamos em uma batalha espiritual.
3) As tarefas mais importantes da igreja são espirituais.

A Prática e o Ensino de Jesus


Para ser um bom líder espiritual, deve-se aprender com a
prática e o ensino de Jesus. Ele é o líder dos líderes e o Para ser um bom líder
melhor modelo (Mc 1:22; Lc : .à U àseguido àdeàC istoà espiritual, deve-se
não deve tentar dirigir as vidas dos outros sem primeiro ser aprender com a prática
e o ensino de Jesus.
t ei ado à 18.à Oà t ei a e toà i luià aà i st uç oà ve alà eà aà
p ti aàe àações à19.

Pa aà se à líde à espi itualà à e ess ioà te à oà pad oà deà Jesus:à so e teà osà ueà deseja à
ap e de à o à Jesusà deve àse à a didatosà pa aà lide a à e à seuà ei o à 20. Liderar é formar
a eçasà o àideiasàvi dasàdi eta e teàdeàDeus.à Eleà oàti haàu aàp io idadeàa ad ica,
asàsi ,àaàfo aç oàdoà a te ,àdaàlealdadeàeàdoàse viçoàaoà“e ho à 21.

Vamos ver, então quais são as lições de Jesus para a liderança:


1. Uma nova mentalidade: Para liderar pessoas no corpo de Cristo, não se pode manter a
mesma mentalidade do mundo. É necessária uma transformação da mente para que se
possaàte àaà e teàdeàC isto.à Nós,àpo ,àte osàaà e teàdeàC isto à àCoà : .à Jesusà
e fatizouà aà fidelidadeà dosà ueà adota à aà suaà p óp iaà e talidade.à Essaà ovaà e te à
teria as características vividas peloà p óp ioà Jesus à 22. São as características das bem-
aventuranças (Mt 5:2-12; veja também Rm 12:1- .à O deà faltaà u aà t a sfo aç oà

18
Shedd, p. 57.
19
Shedd, p. 57.
20
Shedd, p. 58.
21
Shedd, p. 58.
22
Shedd, p. 58-59.

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30

adi al,à oà pode à have à espe a çaà deà esultadosà positivos à 23. Não se colhe figos de
espinheiros e nem uvas de abrolhos (Lc 6:44). Sem uma nova mentalidade, não haverá
liderança espiritual.

2. Mortificação:à Mo tifi aç oà à oà p o essoà deà e t ega à oà ego à à o teà o e à pa aà sià


es o àpa aà ueàaàvo tadeàdeàDeusàsejaàfeitaàe à ossaàvida.à Mo teàpa aàal a ça àu aà
vida centrada em Cristoà àaà o diç oàdaàlide a çaàp odutiva à 24 (Mc 8:34-35; Jo 12:24-
25). Como uma semente, para que produza fruto, primeiro precisa apodrecer no solo
pa aà ueà oà ge eà oà seuà i te io à possaà ge i a ,à ota ,à es e à eà f utifi a .à Mo teà
para si mesmo não significa suicídio psicológico, tornando-se apático e dominado por
u à o plexoà deà i fe io idade à 25.à Masà sig ifi aà ueà oà líde ,à pa aà se à o oà Jesus,à
e essitaàa a do a àsuaàp óp iaàvo tadeàeàa aça àaàvo tadeàdeàDeus à 26. É substituir a
nossa vontade humana pela dEle. Betty Scott Stam, antes de ser decapitada por
comunistas na China, juntamente com seu marido, escreveu:

Senhor, eu abandono todos os meus planos e propósitos, todos os meus desejos e


expectativas e aceito a sua vontade para a minha vida. Eu dou a mim mesma, a
minha vida, o meu tudo, completamente a Ti para ser Tua para sempre. Encha-
me e manda-me com o Teu Espírito Santo. Usa-me como Tu queres, manda-me
para onde Tu quiseres. Faça o Teu desejo por completo em minha vida a qualquer
custo, agora e para se p e 27.

Ji à Elliot,à a tesà deà se à a ti izadoà pelosà í diosà áu aà e à ,à es eveu:à N oà à toloà


ue àla gaàoà ueà oàpodeàsegu a àpa aàpega àoà ueà oàpodeàpe de à 28. Estes são dois
belos exemplos de mortificação.

3. Compaixão: Jesus sentiu profunda compaixão pelos necessitados. Compadeceu-se das


ultidõesà po ueà estava à aflitasà eà exaustasà o oà ovelhasà ueà oà t à pasto à Mtà
9:36). Jesus compadeceu-se de dois cegos que pediram para ser curados (Mt 20:29-34) e
comoveu-se ao ponto de chorar quando viu a dor das irmãs de Lázaro (Jo. 11:33-35).
Estesà s oà ape asà algu sà dosà exe plosà ueà ve osà osà eva gelhos.à áà lide a çaà ueà
exclui o fraco, o doente e os membros esquecidos da sociedade, não reflete o ensino de
Jesus à 29. O líder espiritual tem que ter compaixão pelas suas ovelhas e pelas almas
perdidas.

23
Shedd, p. 59.
24
Shedd, p. 60.
25
Shedd, p. 61.
26
Shedd, p. 61.
27
Shedd, p. 62.
28
Shedd, p. 62.
29
Shedd, p. 63.

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31

4. Finanças: O mundo materialista corre atrás das posses e da riqueza. O sucesso dos
líderes seculares é muitas vezes medido por tudo aquilo que puderam acumular. Até
mesmo um segmento expressivo das igrejas evangélicas tem pregado uma prosperidade
fi a ei aà o oà si alà deà espi itualidadeà eà dasà ç osà deà Deus.à Jesusà e si ouà u aà
30
ovaà a ei aà deà pe sa à so eà oà di hei o à . Ele mesmo não foi rico e não pregou
p ospe idadeàfi a ei a.àMuitoàpeloà o t io:à poisà onheceis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza,
vosà to sseisà i os à à Coà : .à O via e te,à oà seà est à fala doà deà i uezaà ate ial.à
Jesus, na sua pobreza material nos tornou ricos espi itual e te.à Oà líde à ist oà deveà
us a à oà ei oà eà oà oà lu o à 31 (Mt 6:19-20). Eis o ponto onde muitos líderes têm
falhado.à Jesusà e si ouà ge e osidadeà at av sà deà suasà palav asà eà ações à 32.à Maisà e à
ave tu adoà à da à doà ueà e e e à átà : .àPo à ausa disto devemos ter uma maior
p eo upaç oà e à so o e à osà e essitadosà doà ueà e à e e e à ai daà ais.à U à atoà deà
sa ifí ioàpo àJesusà àai daà aisài po ta teàdoà ueàalivia àasà e essidadesàdosàpo es à
33
(leia sobre o que Maria fez e qual foi a reação de Jesus – Jo 12:1-8). Ajudar os pobres é
bom, mas se sacrificar por Jesus e por Sua causa é ainda melhor.

5. Permanência em Cristo: Para ilustrar esta lição, Jesus fez uma analogia em João capítulo
15:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que,
estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa,
para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como
não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a
videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em
mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham,
lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis
meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei
no meu amor. (versículos 1-9).

30
Shedd, p. 63.
31
Shedd, p. 64.
32
Shedd, p. 65.
33
Shedd, p. 65.

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32

É imprescindível que o líder permaneça em Cristo para poder dar fruto. Sem Ele, nada
podemos fazer. Permanecer nele significa:
o Um relacionamento íntimo e espiritual entre o líder e seu Senhor.
o Obediência às Suas palavras.
o Repugnância pelo pecado – todoàa ueleà ueàpe a e eà eleà oàviveàpe a do à
(1 Jo 3:6a).

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33

Lição 7

As Responsabilidades do Líder que Deus Usa


Com certeza, ser líder traz uma série de vantagens. Entretanto, existem também
responsabilidades. Algumas das coisas que se espera do líder que Deus usa são:
1. Visão: Vimos no início da matéria que visão é um dos fatores que distinguem o líder do
gerente. Uma das responsabilidades do líder é dar uma visão clara do alvo e dos
objetivos finais ao grupo, proporcionando direção e propósito que levem sempre ao
progresso. Ele enxerga o que outros não enxergam ou não estão procurando. Ele não cai
na armadilha de simplesmente gerenciar o que existe, tornando-o mais eficiente, pois
esta é a função do gerente. Sem esta visão o grupo fica perdido, patinando, sem saber
para onde vai. Transmitir visão é uma função essencial da liderança. A visão precisa ser
bem definida, comunicada com frequência e periodicamente fazendo-se os ajustes que
se fizerem necessários. Se estes preceitos não forem seguidos, aparecerão os ladrões de
uma boa visão, tais como:
o Falta de clareza na visão. Uma declaração de visão confusa pode, em alguns
casos, ser mais prejudicial do que não se ter nenhuma visão articulada.

o Pensar apenas a curto prazo. Para se ter uma boa declaração de visão, o líder
precisa pensar e planejar a longo prazo.

o Tradição. Muitos grupos ficam paralisados pela tradição. A tradição olha para
trás; a maneira como as coisas sempre foram feitas. A visão olha para a frente ,
sem desprezar as tradições do passado.

o Medo de mudanças. Muitos grupos sentem conforto e segurança em fazer as


coisas da maneira como sempre foram feitas e sentem-se inseguros com as
mudanças. Uma liderança eficaz precisa apresentar uma visão convincente,
mostrando que as mudanças podem ser benéficas.

o Legalismo e regras excessivas. Algumas organizações, com a preocupação


louvável de promover a santidade e manter a sã doutrina, acabam criando um
sistema rígido de regras humanas para legislar o comportamento dos membros.
Esta burocracia também pode derrotar a tentativa de estabelecer uma visão
audaciosa e saudável.

o Amargura e inveja. Estes dois pecados seguram as pessoas nos erros do passado
e desestimulam o líder e o grupo a olhar para o que Deus pode fazer no futuro.

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34

o Preguiça e cansaço. Buscar a face de Deus e pedir orientação para o futuro exige
dedicação e diligência. O cansaço e a preguiça paralisam o estabelecimento de
uma visão eficaz.

2. Valores: O líder espiritual precisa constantemente lembrar aos liderados dos valores
cristãos que fazem dos crentes pessoas diferentes daqueles que são guiados por valores
mundanos. Alguns destes valores cristãos são: amor, encorajamento, santidade, perdão
eàjustiça,àe t eàout os.à U àlíde àp e isaà eafi a àosàvalo esà ueàide tifi a àoàg upo 34.
Estas reafirmações devem ser regulares e constantes, pois o ser humano tem propensão
a se esquecer e é constantemente bombardeado pelos valores seculares. Os autores
bíblicos do Novo Testamento também relembravam seus leitores de coisas que já
conheciam (exemplos: 1 Pe 1:12-13; 2 Pe 3:1; Judas 5). Estes valores devem ser
fundamentos importantes pelos quais o cristão deve estar disposto a morrer. Em Corinto
osà líde esà aà ig ejaà valo izava à aà sa edo ia à eà asà a ifestaçõesà so e atu ais,à taisà
como o dom de línguas, mas Paulo teve que corrigi-los, colocando o amor como valor
supremo (1 Coríntios, capítulo 13), pois sem o amor os outros valores são inúteis.

3. Motivação: Outra responsabilidade do líder é manter o grupo motivado a alcançar os


seusàalvosàeà a te àosàseusàvalo es.à N oà àsufi ie teàa u ia àosàalvos;à adaàseguido à
p e isaà se à alta e teà otivado à 35. Para ser um motivador, o líder precisa ter a
habilidade de despertar e mover as pessoas à ação e à realização. Ele tem que
t a s iti à suaà vis oà t oà pe suasiva e te,à ueà seusà seguido esà i oà adot -la ,à
aleg e e teài vesti doàvida,àe e gia,àdi hei oàeàp eo upaç oà ela à 36.à Naà ealidade,à à
impossível alguém motivar outra pessoa, pois a motivação é uma atitude gerada dentro
do indivíduo. Ela surge da persuasão que convence os seguidores de que os alvos
claramente focalizados são dignos de todo o esforço que é necessário para alcançá-
los 37. O sacrifício imediato que se requer vale a pena, pois se vislumbra as recompensas
oàfutu o.àOàa o à àoà aio à otivado àdeàtodos:à Poisàoàa o àdeàC istoà osà o st a ge à
(2 Cor. 5:14a).

4. Administração: A administração é o ponto forte do gerente, mas nem sempre do líder.


Mesmo não sendo seu ponto forte, o líder que Deus usa precisa organizar e administrar
as atividades e ações de Deus na Terra decidindo o que será feito, a sequência de ações,
planejando os acontecimentos e dando prioridade para o que é necessário. As atividades
e os eventos desnecessários são empurrados para a periferia 38. Outros poderão ajudar

34
Shedd, p. 69.
35
Shedd, p. 71.
36
Shedd, p. 71.
37
Shedd, p. 71.
38
Shedd, p. 73.

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35

nas tarefas mais burocráticas, mas o líder precisa dar o rumo. A boa liderança pressupõe
que a pessoa em comando tenha uma habilidade organizacional.

5. Criação de uma Unidade Funcional – o po :à Estaàta efaàdoàlíde àfo aliza-se nos inter-
relacionamentos que pessoas precisam manter para que um grupo ou a igreja funcione
apropriadamente. A administração é relacionada com o planejamento e a organização. A
unidade funcional integra as contribuições necessárias dos membros do grupo para que
esteàfu io eà o eta e te 39.àNaàig eja,àistoàsig ifi aà ia àu àse tidoàdeà o po ào deà
adaàu à o t i uià o àseusàdo sàeàtale tos.à Oà o poà Ig eja ,à o oàu àtodo,à e essita
estar bem ajustado e mantido unido, por aquilo que cada parte supre, caso cada uma
fu io eà ap op iada e te à 40 (Ef 4:11- .à áà u idadeà fu io alà u eà asà pessoasà oà
g upoàdeàu aàfo aà ueàe i ue eàaàutilidadeàdeàseusàdo sàpa aàtodaàaà o u idade à
41
. Um grupo ou igreja unido no mesmo propósito com cada membro contribuindo
segundo os dons, talentos e posses que Deus proporciona, terá muito mais força e
alcançará um nível muito mais eficiente de trabalho. Quando o líder não consegue gerar
este nível de comunhão, os esforços individuais obterão muito menos fruto.

6. Acompanhamento do Processo de Crescimento: Um dos frutos de uma liderança bem


sucedida será o crescimento em número do grupo ou da igreja. Com o crescimento virá
o aumento da demanda sobre o líder. Para acompanhar este processo de crescimento, o
líder deverá formar outros líderes secundários que o ajudarão nesta fase de crescimento
(2 Tm 2:2) como deverá também preparar o seu sucessor (assim como Moisés fez com
Josué). É necessário que esses futuros líderes passem por vários testes e que sejam fieis.
Para isto o treinador precisará ter paciência e perseverança, e investir muito tempo
nestas vidas. Liderança exige capacidade para o desenvolvimento de novos líderes.

7. Explicando e Exemplificando: O líder faz parte do grupo da mesma forma que a cabeça
faz parte do corpo. Como membro do grupo, ele deverá dar o exemplo daquilo que
almeja alcançar com os seus liderados e não poderá se eximir de suas responsabilidades
como membro do corpo.

8. Representação: Da mesma forma que um pai representa sua família, o líder representa
sua igreja ou seu grupo diante das autoridades e da sociedade em geral.

9. Renovação: O líder não permite que a tradição e a inércia se instalem. Esta tendência
começa desde o primeiro dia de formação do grupo. Toda vez que se estabelece uma
rotina está-se criando uma tradição. As tradições em si não são ruins. Porém, não

39
Shedd, p. 75.
40
Shedd, p. 75-76.
41
Shedd, p. 76.

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36

podem ser vistas como a única maneira correta de se fazer algo. A rotina e a tradição
podem fazer o grupo esquecer o porquê daquilo que fazem. O bom líder encoraja ideias
inovadoras que trarão renovação ao grupo.

Impedimentos à liderança bem sucedida


U àlíde àefi ie teàpla ejaà uidadosa e teà o oàsupe a àaà esist iaàeàto a àaàoposiç oà
e àalgoàva tajosoàpa aàele 42. Estes impedimentos à liderança bem sucedida podem vir dos
outros ou de si mesmo.

1. Incredulidade: Toda vez que um líder procura implementar uma visão mais abrangente
nas mentes de seus seguidores, encontrará pessoas que duvidem que seja possível.
Outros mostrarão falta de entusiasmo e de motivação. O líder precisa crer que é possível
conseguir a mudança ou alcançar a meta Mc (9:23). Em seguida, precisa ser convincente
para superar a incredulidade de alguns no grupo.

2. Inconstância: Tiago alerta-nos de que o homem inconstante é instável em todos os seus


caminhos (Tg 1:8). Alguns líderes não são confiáveis e alguns seguidores são
inconstantes. O compromisso com Deus e com o seu serviço tornam-se esporádicos e
passageiros. O líder inconstante perde a confiança do grupo e a capacidade para liderar.
Aqueles que prometem mas não cumprem, que estão sempre atrasados, faltam aos
compromissos, vacilam em sua dedicação, oscilam muito em suas emoções ou que
mudam frequentemente de rumo, comprometem a eficácia de sua liderança. Não
podem servir a Deus e ao mesmo tempo desfrutar dos prazeres do mundo. O amor por
Deus e o amor pelo mundo são incompatíveis (1 Jo 2:15 e Mt 6:24).

3. Desânimo:à a uelaà atitudeà deà apatiaà eà e t egaà aà u à egativis oà p evale e te à 43. O


desânimo aparece quando se perde a esperança. Líderes precisam transmitir esperança
(2 Co 4:1, 7-10, 16- ;à : .à Oà des i oà eà aà dep ess oà s oà asà aio esà a eaçasà pa aà
ual ue à g upoà ouà ig ejaà ueà estejaà passa doà po à pe seguiçõesà ouà t i ulações à 44 (Hb
10:35). Para não perder esperança e cair no desânimo, o líder precisa cuidar de sua
alma. A prática das disciplinas espirituais (leitura bíblica regular, meditação, oração,
jejum, simplicidade, retiro espiritual, etc.) é fundamental para manter intimidade com o
Senhor e permitir que o manancial de águas vivas flua constantemente, renovando o
coração do líde .àáàp ti aàdoà “ha at ,àouàdiaàdeàdes a so,à àta à uitoài po ta teà
para evitar que o cansaço físico prejudique a sua eficácia. Deus estabeleceu este
princípio no Antigo Testamento (fazendo inclusive parte dos Dez Mandamentos) e ele

42
Shedd, p. 81.
43
Shedd, p. 83.
44
Shedd, p. 85.

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37

não foi revogado no Novo Testamento. Vivemos atualmente em um período onde a


sociedade é bastante agitada. Tudo é controlado pelo relógio e parece não haver tempo
para fazer tudo que gostaríamos. Se o líder não instituir intencionalmente um dia de
descanso em sua rotina, ficará exausto e perderá sua capacidade de liderar com eficácia.

4. Estagnação também é um impedimento a uma boa liderança. Para evitá-la, o líder


precisa ler livros, frequentar palestras e dialogar com outras pessoas. Não pode
simplesmente confiar em seu conhecimento e experiência. Precisa manter-se atualizado,
renovado, buscando seu vigor nas Escrituras, no seu caminhar com o Senhor e na sua
área de especialização 45 (pregação, ensino, aconselhamento, evangelização, missões,
etc.).

5. Inveja e cobiça: Quando a honra e os privilégios do líder são proporcionalmente maiores


que as exigências de suas tarefas, se posicionando acima dos liderados, alguns
seguidores podem desenvolver inveja. O líder também está sujeito à tentação da inveja
e da cobiça, desejando ardentemente mais poder, reconhecimento, posição e/ou bens
materiais. Temos um exemplo muito negativo de dois dos discípulos, Tiago e João, que
cobiçavam os melhores lugares no reino de Jesus (Mc 10:35-45). Quando os outros dez
discípulos souberam disto, ficaram com inveja dos dois. Jesus rapidamente corrigiu a
atitude dos discípulos: Mas e t e vós ão é assi ; pelo co t á io, ue uise to a -se
grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será
se vo de todos (v. 43-44). ásà pessoasà i vejosasà s oà íti as à 46 e negativas,
e ve e a doà osà ela io a e tos.à áà o içaà ta à te à u à efeitoà o ivoà aà
47
o u idade à , levando as pessoas a deixar a ética de lado para conseguir o que
querem. Cristãos devem deixar de lado toda cobiça (1 Pe 2:1).

6. Soberba o gulho :à áàlide a ça,ài feliz e te,à àsus etívelà àso e a...àU àlíde àso e oà
a a e teàouveàaàvozàdoàg upoà ueàlide a,àpoisà àauto o fia te à 48. É impossível o líder
soberbo exercer uma verdadeira dependência de Deus e ouvir a sua voz, pois está
a so toàe àsià es o.à Oàlíde àso e oàap e deàpou oà o àseusàe os à 49. Não tendo a
necessária humildade, não reconhece que errou e procura se justificar. A soberba
precede a ruína e a queda (Pv 16:18). Deus se opõe aos líderes soberbos (não
abençoando o que fazem), mas dá graça aos humildes (Tg 4:6).

45
Shedd, p. 86.
46
Shedd, p. 87.
47
Shedd, p. 87.
48
Shedd, p. 87.
49
Shedd, p. 88.

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38

7. Falsidade: A integridade, a transparência e a verdade trazem confiança; mas a falsidade


traz desconfiança. Essa desconfiança surge como se fosse uma trinca na armadura ou
rachadura numa represa. Mentiras, palavras enganosas, desvio de fundos e hipocrisia
s oà fo asà deà falsidade.à áà falsidadeà eà aà hipo isiaà despedaça à osà ali e esà deà u à
ela io a e toà deà o fia çaà du adou o à 50. O líder tem um mandato de confiança de
seus seguidores. Quando a falsidade quebra esta confiança, ela só poderá ser restaurada
com arrependimento sincero, grande esforço e paciência.

50
Shedd, p. 89

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39

Lição 8

Equilíbrio no Estilo de Liderança


Equilíbrio é uma das marcas de um líder maduro. Ele não se deixa levar pela euforia e o
crescimento e não se deixa abalar pelo desânimo e pelas perdas. Ele não se posiciona como
extremista nas questões duvidosas e não é dogmático nas doutrinas secundárias. U àlíde à
precisa de equilíbrio para produzir influência positiva em seu grupo... Um líder que não evita
ext e os,à uaseà ueà e ta e teàt opeça àeàf a assa à51.

Áreas onde o equilíbrio precisa ser exercido:


1. Escolher o meio termo entre a flexibilidade e a indecisão. Quando se é flexível ao
extremo, não existe um padrão ou normas. Decisões são tomadas muito rapidamente e
podem ser mudadas ou revertidas com rapidez. Tudo é variável e dependente do
momento. A incerteza reina e os liderados ficam confusos. Na outra extremidade tem-se
a indecisão. As decisões se tornam arrastadas devido à burocracia, ao receio, ou à
desorganização, e o funcionamento da organização ou da igreja acaba emperrado.
Nenhum destes extremos é desejável. O líder deve possuir flexibilidade suficiente frente
a mudanças rápidas, mas ao mesmo tempo ser ponderado com uma análise das
consequências e dos recursos necessários. O líder qualificado necessita de
discernimento para saber quando tomar logo uma decisão e quando abrir oportunidade
para sugestões de outras pessoas.

2. Perdoar o pecado sem desculpá-lo. Perdoar é preciso, mas o pecado deve ser
reconhecido por aquilo que é, uma ofensa contra o Deus santo, e não pode ser tratado
com leviandade. Jesus ensinou a necessidade de sempre perdoar (Mt 18:22). Ele
perdoou a mulher adúltera sem desculpar o que ela fez (Jo 8:10-11). As necessidades do
perdão e da disciplina precisam ser mantidas em uma tensão saudável. É preciso muita
sabedoria para adquirir este equilíbrio.

3. Equilíbrio entre a lealdade e a verdade. Promova seguidores que tenham respeito e


lealdade pelo líder, mas que também sejam capazes de confrontá-lo quando estiver
errado. O líder precisa se cercar de pessoas que digam a verdade e não simplesmente o
ueà a ha à ueà oà líde à ue à ouvi .à É importante discernir a diferença entre poder e
autoridade. O poder é a habilidade de forçar outras pessoas a fazer a sua vontade,
mesmo que eles não queiram fazê-la. Autoridade, por outro lado, é a habilidade de

51
Shedd, p. 91.

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40

agrupar pessoas para fazer aquilo que você quer porque estas reconhecem que isso é o
e to à52.

4. Procurar o meio termo entre a mesquinhez e o desperdício. A mesquinhez leva à


ganância e ao acúmulo exagerado de recursos e estes não são utilizados para a obra de
Deus. O desperdício é o outro extremo e se resume ao mau uso dos recursos que Deus
nos dá e má administração (ou má mordomia). Devemos ser liberais com os recursos
sem cairmos no desperdício e na falta de planificação.

5. Manter o equilíbrio entre o amor e a verdade. A verdade é tão importante quanto o


amor (Ef 4:15). Se a verdade for reprimida para se proteger uma ação pecaminosa, o
amor será sacrificado junto com a verdade. A confrontação é um atributo necessário da
verdade. Por outro lado, se a verdade for praticada sem amor, caímos na vala do
legalismo e da falta de compaixão.

6. Manter a visão sem ser sonhador. A visão do líder e de um grupo ou igreja é um alvo
atingível, uma direção na qual todos devem caminhar. O líder que sonha alto
(sonhador), mas não tem os pés no chão, tem pouco valor para a Igreja.

7. Equilíbrio entre a preocupação e a negligência. É muito fácil cair em um extremo ou no


outro. Por um lado podemos viver paralisados por uma preocupação exagerada de tudo
que poderia ocorrer, enquanto que no outro extremo podemos ser negligentes, sem
considerar os perigos e as consequências. Liderança exige que se calcule o custo e a
possibilidade de sucesso antes de se lançar em uma empreitada arriscada (Lc 14:28-33).

Atitudes que Fazem a Liderança Bíblica Bem-Sucedida


Todo líder deseja exercer uma liderança bem sucedida. Para isto é necessário se preparar e
dese volve à atitudesàha ituaisà ueàp oduze àu aàlide a çaàpiedosa à53:

1. Gratidão:à áàg atid oàte àu àluga à haveà asà a tasàdeàPaulo à 54 àTsà : .à áàg atid oà
deve ser a emoção que inunda o coração daquele que Deus tem selecionado para
influenciar outros e mostrar-lhes o caminho para uma vida frutífera a Deus... Assim
o oàoà o poàhu a oàp e isaàdeàu à o aç oà ate do,àaàg atid oà e essitaàdaàaleg ia 55
(Fp 4:4).

52
Shedd, p. 97.
53
Shedd, p. 103.
54
Shedd, p. 103.
55
Shedd, p. 104.

Liderança espiritual Prof.: Pr. Kenneth Eagleton


41

2. Humildade:à O deà h à falta deà hu ildadeà se à e o t adoà u à espí itoà íti o à 56. Um
espí itoà íti oàse p eàt azàdivis o.à U àespí itoàhu ildeàfo e taàaàu idade,àpoisàevitaà
a crítica e concentra-seà oàe o aja e to à57.

3. Uma disposição para aprender:à Osà líde esà e à ge al,à oà so e te precisam ser aptos
pa aàe si a àeà ost a àoà a i ho,à asàta àp e isa àse àaptosàpa aàap e de à 58. O
aprendizado contínuo pode ser a chave para a liderança bem-sucedida.

4. Interesse no Reino de Deus:à U à líde à ist o,à aisà doà ueà i gu ,à deveà e te de à
como a sua visão e os seus objetivos satisfazem os interesses de Deus... As questões
ete asà s oà oà it ioà fi alà pa aà avalia à oà su esso à 59 do líder e de sua organização (Cl
: .à N oà àoàta a hoàdeàu aàig ejaà ueài po ta,à asàaàdedi aç oàdeàseusà e osà
e à u p i e àaàG a deàCo iss oà Mtà : àeàvive e àoàf utoàdoàEspí itoà Glà : à 60.
Buscar o reino de Deus deve incluir tudo que fazemos, não existindo, portanto, o
eligiosoàeàoàse ula .à “eà oàh à e hu aàligaç oàe t eàoàt a alhoàdeàu aàpessoaàeàoà
‘ei o,àtalàt a alhoàp e isaàse àa a do ado à 61.

5. Otimismo:à áà ha ilidadeà deà avalia à tudoà oà ueà a o te eà positiva e teà est à e t eà asà
62
atitudes maisài po ta tesà ueàu àlíde à ist oà podeàad ui i à ‘ à : . Mesmo as
situações mais difíceis podem ser transformadas por Deus e usadas para o bem (Ef 3:13).

6. Oração perseverante: A presença ou não da oração na vida do líder pode fazer a


diferença entre oà su essoà eà oà f a assoà à Tsà : .à ásà de isõesà a hadasà e à o açõesà
são muito mais prováveis de serem corretas do que aquelas que são baseadas
ex lusiva e teà aài telig iaàhu a a à 63 (Pr 3:5-6).

7. Mantendo as prioridades: Uma das coisas mais difíceis é manter uma organização nos
seusà p opósitosà o igi ais.à U aà o ga izaç oà ist à ouà u aà ig ejaà ueà à o issaà e à
ensinar seus membros como amar a Deus acima de todas as coisas, e ao seu próximo
o oàaàsià es o,àest àpe de doàaàsuaàdi eç o à 64.

56
Shedd, p. 105.
57
Shedd, p. 105.
58
Shedd, p. 105.
59
Shedd, p. 106.
60
Shedd, p. 106.
61
Shedd, p. 107.
62
Shedd, p. 107.
63
Shedd, p. 108.
64
Shedd, p. 110.

Liderança espiritual Prof.: Pr. Kenneth Eagleton

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