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Nick António Naimo

Liderança como condição no alcance dos objetivos da organização

Licenciatura em Contabilidade

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Nick António Naimo

Liderança como condição no alcance dos objetivos da organização

Licenciatura em Contabilidade

Trabalho orientado pelo docente, na cadeira de Introdução a Gestão,


1º ano, para fins de carácter avaliativo, apresentado ao departamento
de Contabilidade e Gestão.

Docente: dr Bernardo

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
Índice

Introdução 4

1. Definição do conceito de Liderança 5

2. Liderança como condição no alcance dos objetivos da organização 6

2.1. ESTILOS DE LIDERANÇA 6

2.1.1. Liderança Autoritária 6

2.1.2. Liderança Liberal 7

2.1.3. Liderança Democrática 7

3. Teorias da Liderança 8

3.1. Teoria dos Estilos de Liderança 8

Conclusão 9

Referências Bibliográficas 10
Introdução

Com o presente trabalho, pretendo de uma forma clara e objectiva falar sobre a Liderança como
condição no alcance dos objetivos da organização.

O trabalho tem como objectivo geral, apresentar a definição dos conceitos da liderança,
apresentar as teorias de liderança e indicar a teoria dos estilos de liderança.

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi à de consulta bibliográfica, que
constitui na leitura, críticas e análises das informações de várias obras que estão devidamente
citadas dentro do trabalho e na bibliografia.
1. Definição do conceito de Liderança

Para melhor estudar a Liderança como condição no alcance dos objetivos da organização, é
necessário começar por definir o conceito de liderança.

A liderança é um tema bastante estudado e em constante discussão entre os investigadores, é


algo em que não existe concordância exata, no entanto, a maioria dos investigadores apoiam a
ideia de que o líder é alguém que orienta e influencia os outros em determinado objetivo.

Existem quase tantas pessoas a tentar definir a liderança:

Segundo Bass, a liderança é a “interação entre dois ou mais elementos de um grupo que
geralmente envolve uma estruturação ou reestruturação da situação e das percepções ou
expectativas dos membros” (Bass, 1990).

Numa perspectiva organizacional, liderar é um processo usado para motivar e influenciar


outros a aumentar a produtividade, de modo a satisfazer os objetivos das organizações
(Schermerhorn, 1999).

Silva (2016) define um novo conceito de liderança como “o processo de influência interativa
que ocorre num determinado contexto aceite pelas pessoas, para alcançar objetivos comuns”.
O processo resulta de um conjunto de ações que produzem algo e levam a um resultado
particular. É caracterizado por influência entre o líder e os seguidores e ocorre num
determinado contexto, ou seja, se o contexto mudar a liderança também será diferente. O líder
tem de ser aceite pelas pessoas para que as mesmas o sigam, caso contrário o processo de
liderança pode terminar. Por último, o líder e os seguidores têm de trabalhar para objetivos
comuns, pois, caso não aconteça, o processo de liderança pode ser afetado.

Embora haja várias definições de liderança, todas conduzem à ideia de que o líder é uma
referência, um guia que assegura estabilidade, segurança, vontade para atingir objetivos,
promove a motivação e o empenhamento dos liderados.

A liderança é considerada como um processo dinâmico e que vem sofrendo alterações e


adaptações aos vários níveis, daí a necessidade de trabalhar algumas das suas principais
características que permitem obter o máximo de eficiência e eficácia. Sejam quais forem as
características pessoais e de personalidade do líder, estas afectam as relações com os liderados
e, consequentemente, o desempenho destes nas tarefas que executam nas organizações.
2. Liderança como condição no alcance dos objetivos da organização

Liderança é um tópico fundamental nas relações de trabalho, os líderes têm de trabalhar no


sentido de evitar conflitos laborais e proporcionar benefícios para todos. Por vezes, as
incompatibilidades pessoais e profissionais entre os líderes e os liderados, fazem com que
surjam conflitos difíceis de gerir, contribuindo para o insucesso das pessoas e o fracasso das
organizações, dificultando assim o alcance das metas traçadas.

É fundamental que exista uma boa liderança por parte dos líderes, somente assim a equipa será
coesa e trabalhará afincadamente para o alcance das metas organizacionais e dos objectivos
conjuntos. Se o objectivo primordial de um líder é fazer com que os outros o sigam, então é
imprescindível que dê bons exemplos e lhes mostre o caminho a seguir.

Segundo Russo (2005) “a discussão se os líderes nascem líderes ou aprendem a sê-lo é longa.
Contudo a resposta diz Russo é simples e directa: as duas afirmações são verdadeiras.” O líder
deve ser capaz de criar um ambiente saudável, bem como interacção e dinâmica com toda a
equipa de trabalho. É fundamental criar desafios e dar autonomia, para que em conjunto se
implementem e tomem as melhores decisões.

2.1. Estilos de Liderança

White & Lippit (1939) fizeram os primeiros estudos para verificar o impacto causado pelas
diferentes formas de liderar. Segundo eles existem essencialmente três estilos de liderança:
liderança autoritária, liberal e democrática.

2.1.1. Liderança Autoritária

Em primeiro lugar aparece a liderança autoritária, “o líder fixa as directrizes, sem qualquer
participação do grupo”, é ele que fixa todas as directrizes e determina qual tarefa deve ser
realizada, tudo tem que ser feito como ele define. (CHIAVENATO, 2003).

Na liderança autoritária, autocrática ou directiva, o líder foca-se apenas nas tarefas e determina
técnicas para a execução das mesmas. O líder toma as decisões individualmente e não considera
a opinião da equipa, ordena e impõe a sua vontade. Este tipo de liderança provoca tensão e
frustração no grupo. O líder tem uma postura essencialmente directiva e não dá espaço à
criatividade dos liderados. A sua postura por vezes é paternalista e fica satisfeito por sentir que
os outros dependem dele. É rápido na tomada de decisão e os seus objectivos são o lucro e os
resultados. Por norma, neste tipo de liderança as consequências são nefastas, existe ausência
de espontaneidade e de iniciativa e quando o líder abandona a organização as pessoas sentem-
se completamente perdidas pois não estavam habituadas a tomar decisões e a terem iniciativa
própria.

O trabalho só se realiza na presença do líder, pois na sua ausência o grupo é pouco produtivo e
indisciplinado. O líder autoritário normalmente não delega tarefas, prefere ser ele a executá-
las. A liderança autoritária apresenta elevados níveis de produção, mas com evidentes sinais de
frustração e agressividade.

2.1.2. Liderança Liberal

A liderança liberal é totalmente inversa à autocrática, “há liberdade total para as decisões
grupais ou individuais, e mínima participação do líder.” (CHIAVENATO, 2003) Na liderança
liberal não há imposição de regras, parte-se do princípio que o grupo atingiu a maturidade e
não necessita do líder para o orientar e o supervisionar. Caracteriza-se pela total liberdade da
equipa, o líder não interfere na divisão das tarefas nem na tomada de decisão, quem decide é o
próprio grupo. Este é considerado o pior estilo de liderança, uma vez que não há demarcação
dos níveis hierárquicos instala-se a confusão, a desorganização, o desrespeito e a falta de um
líder com poder e autoridade para resolver os conflitos.

Na liderança liberal o líder só participa na tomada de decisão quando é solicitado pelo grupo,
os níveis de produtividade são insatisfatórios e existem fortes sinais de individualismo,
insatisfação e desrespeito pelo líder.

2.1.3. Liderança Democrática

No que respeita à liderança democrática, participativa ou consultiva, este estilo está voltado
para as pessoas e há participação de toda a equipa no processo de decisão. É o grupo que define
as técnicas para atingir os objectivos, no entanto o líder tem a responsabilidade de alertar o
grupo para as dificuldades existentes no alcance desses mesmos objectivos. Segundo
Chiavenato (2003, p.125), “As directrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e
assistido pelo líder”.
O líder envolve todo grupo, pede sugestões e aceita opiniões, existe confiança mútua, relações
amistosas e muita compreensão. Este estilo de liderança está orientado para as tarefas e para as
pessoas. Os grupos submetidos à liderança democrática, apresentam elevados níveis de
produtividade, quer em quantidade quer em qualidade. Existe ainda, um clima de satisfação,
integração e comprometimento das pessoas para com a organização.

De acordo com Fachada (1998), “A diferença entre o estilo eficaz e ineficaz não depende
unicamente do comportamento do líder, mas da adequação desses comportamentos ao
ambiente onde ele desempenha as suas funções.”

O estilo de liderança a adoptar vai depender sobretudo da equipa a liderar e do seu tamanho.
Deverá estar adaptada a cada pessoa, à equipa e à tarefa a realizar, só assim se conseguirá a
máxima eficácia na persecução dos objectivos. A liderança age como diferencial competitivo,
pois tem o poder de estimular as pessoas para obter os melhores resultados num ambiente cheio
de desafios, riscos e incertezas.

3. Teorias da Liderança

Existem várias teorias de liderança e podem ser classificadas em quatro grupos: teorias de
traços de personalidade (até aos anos 40), teorias sobre estilos de liderança/comportamento do
líder (até aos anos 60), teorias situacionais/contingências da liderança (desde os anos 50 até
final da década de 70) e por último as teorias dos traços e do carisma (últimas décadas).

3.1. Teoria dos Estilos de Liderança

Na Teoria sobre os Estilos de Liderança a preocupação dominante nas várias teorias foi definir
o comportamento do líder mais eficaz. A abordagem dos estilos refere-se não ao que o
indivíduo é mas ao que ele faz, ou seja, o seu estilo de liderar. Aqui destacam-se as maneiras e
estilos de comportamento adoptados pelo líder: autocracia, liberalismo e democracia, bem
como a liderança centrada nos resultados da tarefa e a liderança centrada na preocupação com
as pessoas.
Para Chiavenato (2003, p.124), “São teorias que estudam a liderança em termos de estilos de
comportamento do líder em relação aos seus subordinados. A abordagem dos estilos de
liderança se refere àquilo que o líder faz, isto é, o seu comportamento de liderar”. Teoria dos
Traços e do Carisma.
A Liderança Transformacional é o tipo de liderança que resulta do processo de influenciar as
grandes mudanças das atitudes e comportamentos dos membros da organização e o
comprometimento com a missão e os objectivos da organização.
Conclusão

Em conclusão, dizer que a liderança é um tema muito actual e de importância estratégica para
as organizações, como tal, deve ser integrada na definição da estratégia organizacional. As
organizações precisam das pessoas para atingirem os seus objectivos e alcançar a sua visão e
missão de futuro, assim como as pessoas necessitam das organizações para atingirem as suas
metas e realizações pessoais.

Diante das mudanças, o líder deve conciliar os interesses da organização com os da sua equipa
de trabalho, empenhando-se afincadamente para proporcionar um ambiente favorável ao
desenvolvimento dos seus liderados, influenciando-os a alcançarem os objectivos comuns.
Referências Bibliográficas

▪ CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Editora Campus, 2ª edição,


2004.
▪ CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional. Editora Campus, 2ª edição,
2005.
▪ Chiavenato, I (2004). Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso das
organizações, São Paulo, Pioneira Thomson Learning.
▪ Bass, B. M. (1990). Bass & Stogdill’s handbook of leadership: theory, research and
managerial Applications, 3ª Edição, New York, The Free Press.
▪ Yukl, G. (2002). Leadership in Organizations. Upper Sandle River, Prentice-Hall, New
Jersey.
▪ Silva, A. (2016). What is Leadership?. Journal of Business Studies Quarterly. Vol. 8, nº 1.
▪ Hersey, P. & Blanchard, K. H.., & Johnson, D. E. (2001). Management of Organizational
Behavior: Leading Human Resources (8th Ed.). Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, Inc.

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