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LAGOINHA GLOBAL ESCOLA E RECICLAGEM DE SUPERVISORES

Introdução 5

MÓDULO 1:

Liderança 6

MÓDULO 1: LIDERANÇA

Uma atitude, um posicinamento,


um espírito 8

MÓDULO 1: LIDERANÇA

Um desígnio 8

MÓDULO 1: LIDERANÇA

Mais que influência 10

MÓDULO 1: LIDERANÇA

Tudo começa com uma


visão 11

MÓDULO 1: LIDERANÇA

O entusiasmo 12

MÓDULO 2:

A Essência 13

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MÓDULO 2: A ESSÊNCIA

Fé 15

MÓDULO 2: A ESSÊNCIA

Amor 17

MÓDULO 3: O CUIDADO I

Barreiras para o desenvolvimento


de líderes 21

MÓDULO 4: O CUIDADO II

Sugestões de desenvolvimento 27

MÓDULO 4: O CUIDADO II

Tire vantagens de momentos


supervisionáveis 27

MÓDULO 4: O CUIDADO II

Falta de habilidade ou falta de


aplicação do conhecimento? 28

MÓDULO 4: O CUIDADO II

O alvo é conformidade com Cristo 28

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INTRODUÇÃO
Olá, sejam bem-vindos(as) ao curso de Supervisores(as) de GC’s.
As próximas semanas serão muito especiais. Você irá refletir sobre os aspectos
importantes da nossa caminhada com Cristo e da dinâmica de uma supervisão de
GC’s.
As primeiras 4 aulas estão relacionadas com o cuidado, tanto seu quanto dos ou-
tros. Por isso o nosso convite é que você mergulhe no conhecimento e relembre as
promessas que estão sob a sua vida.
Nossa visão de capacitação para liderança é relacional e leva em consideração:

• Suas experiências de discipulado como discípulo e discipulador

• Suas experiências de vida no GC como líder e membro

• As experiências compartilhadas entre os líderes da supervisão da


qual você faz parte

• As experiências a serem vivenciadas na sala de aula

Filipenses 2:13
Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo
com a boa vontade dele.

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MÓDULO 1 A V I SÃO

LIDERANÇA
Liderança é a necessidade mais latente em nossa sociedade e geração. Líderes
verdadeiros, comprometidos com a mais elevada qualidade de liderança, com pa-
drões morais e éticos em todos os setores da sociedade, do político ao empresarial,
passando pelo eclesiástico, educacional, esportivo, artístico, mídia, jurídico, saúde
e assim por diante.

Líderes que representem valores que nos sustentaram até aqui, pilares para a his-
tória e referenciais, líderes que mostrem o caminho para uma geração comprome-
tida com resultados e vantagens pessoais.

Essa necessidade latente da sociedade, de líderes preparados, revela a importân-


cia do trabalho de um(a) supervisor(a) de GC’s que tem como seu principal objetivo
cuidar dos líderes e movê-los na direção de Jesus Cristo.

Sem supervisão os GC’s podem desviar o foco, os líderes desanimam e GC’s que
eram saudáveis começam a apresentar problemas.

Um(a) supervisor(a) de GC:

• Mantém a motivação do líder de GC fortalecida;

• Melhora a habilidade de liderança do líder de GC;

• Previne desastres antes que aconteçam;

• Ajuda os líderes a trabalharem juntos como uma equipe;

• Promove a descoberta e o desenvolvimento de novos líderes.

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Portanto o líder tem um papel fundamental na igreja e na sociedade, seja ele líder
de GC ou líder de líderes, porém a denominação líder, pode causar alguns ruídos. É
importante compreender então o que não é liderança:

• Manipular as emoções dos outros, jogando com seus temores,


carências e ambições. A verdadeira liderança é produto de inspiração,
não de manipulação, controle e intimidação;

• Resultado de títulos ou status dentro de uma organização, o que


por si não cria uma liderança automática;

• Resultado de estudo ou posição. Verdadeiros líderes não buscam poder,


são impulsionados por uma causa maior, poder não é seu objetivo;

• Uma técnica, um método ou uma ciência;

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MÓDULO 1 A V I SÃO

UMA ATITUDE, UM POSICIONAMENTO,


UM ESPÍRITO
Verdadeiros líderes, não são produzidos em laboratórios, não são produto de fór-
mulas ou técnicas. A verdadeira liderança é uma atitude, nasce do coração, brota
do espírito.

A atitude e a disposição interior, do coração, de criar sua atmosfera e determinar o


seu futuro e destino.

Atitude e resultado natural da integração entre nossa autoestima, autovalor, senso


de missão, identidade e propósito.

Consequentemente, muitos desses seguidores de Davi, que inicialmente se junta-


ram a ele em Adulão, se tornaram os Valentes que o acompanharam em suas futu-
ras conquistas e que desempenharam um papel vital em sua jornada de se tornar
rei de Israel.

UM DESÍGNIO
Todo ser humano foi designado para governar, liderar, dirigir seu meio-ambiente.

Gênesis 1:28
E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra,
e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre
todo o animal que se move sobre a terra.

Independente de posição social, condição financeira, colocação profissional, for-


mação, a sua natureza é a liderança.

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Um grande exemplo para nós sobre essa natureza é a história de José.

Gênesis 39:1
E José foi levado ao Egito, e Potifar, oficial de Faraó́, capitão da guarda, homem
egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o tinham levado lá.

Gênesis 39:21-22
O SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e
deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor. E o carcereiro-mor entregou na mão de
José todos os presos que estavam na casa do cárcere, e ele ordenava tudo o que
se fazia ali.

Gênesis 41:39-40
Depois disse Faraó́ a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão
entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se
governará todo o meu povo, somente no trono eu serei maior que tu.

Não importa o que você faz, conhecer potencial e propósito será́ a chave para
atitude e comportamento que há de distingui-los.

Cabe a cada um escolher no que crer sobre si mesmo.

Gênesis 1:26
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre
toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

Criados a imagem e semelhança, temos a mesma natureza.

Deus transferiu de sua própria natureza, sua porção ao dar origem ao homem,
fomos programados para liderança.

Provérbios 23:7
Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele.

Aquilo que você acredita determina o curso de sua história, o ponto de partida
para seu futuro é o que está em seu coração. Pelas lentes do coração, você vê,
interpreta, julga e determina.

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PARTE 1 BAS E S B Í B L I CAS

MAIS QUE INFLUÊNCIA


A simples influência, por si, não caracteriza liderança e sim a forma e os meios pe-
los quais a liderança é exercida.

Influência por manipulação e controle, por intimidação e ameaça, não é liderança.

A liderança é evidenciada:

• Pela submissão e sujeição espontânea de outros à sua autoridade, por


reconhecimento dessa autoridade.

• Pela necessidade de se levar liderados a um próximo nível, novo e


desconhecido.

• Por inspiração que gera motivação

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TUDO COMEÇA COM UMA VISÃO


Visão se refere àquilo que Deus tem para nossas vidas. É a importância que se dá
ao futuro como igreja e, principalmente, como vamos chegar lá. Por isso afirmamos
que a visão é uma direção de Deus dada a um homem para que Seus propósitos
sejam realizados na Terra.

Lembre-se sempre que a nossa visão é ser uma igreja grande para servir e pequena
para se importar.

A busca entusiasmada por essa visão, contagia e inspira outros que se identificam
com aquela visão, essa influência leva outros a verem aquele que os inspirou como
líder.

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O ENTUSIASMO
Entusiasmo é uma palavra com origem grega e se dá a partir da junção de três pa-
lavras: EM / THEOS / ASM.

THEOS significa Deus, EN é um prefixo que significa dentro e ASM designa em


ação.

Portanto, entusiasmo significa Deus dentro de nós em ação.

O entusiasmo é o sinal da presença de Deus dentro de nós, da chama interior que


nunca se apaga. De dentro de nós vem os sonhos, os bons pensamentos, a genero-
sidade, a compaixão e a compreensão. É Deus que fala em nós.

Se escutarmos a Sua voz, ouviremos o Seu apelo a vivermos com intensidade e


compromisso a Sua vontade.

O entusiasmo é uma força vigorosamente positiva, algo que parte de dentro de nós
como uma energia extraída do nosso íntimo e que nos leva a amar, a crer efusiva-
mente no que sentimos ou observamos.

Esta força do entusiasmo é sempre benéfica e contribui, em muito, para o nosso


êxito, sucesso e felicidade.

Não basta crer, não basta amar, é preciso que o façamos entusiasticamente, com
o uso de toda a energia que nos foi dada e concedida para ser utilizada em nosso
favor e em favor das outras pessoas.

Se esperarmos ter as condições ideais para depois nos entusiasmarmos, jamais nos
entusiasmaremos com coisa alguma. Não é a realidade da vida que nos entusias-
ma, nós é que temos de entusiasmar a realidade da nossa vida.

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MÓDULO 2

A ESSÊNCIA
Sua liderança será determinada pela percepção de quem você é e porque exis-
te. Portanto, reflita sobre essas questões:

• Quem sou para Deus?

• Quem sou para minha geração?

• Que visão tenho de mim mesmo?

• Que legado vou deixar?

• Qual minha autoimagem?

• Qual minha missão?

• O que quero estar fazendo nos próximos anos?

Seu autoconhecimento, sua definição sobre si mesmo, sua autoestima, deter-


minam seu potencial.

Quando nossas convicções são saudáveis, somos capazes de dominar nosso


ambiente e cumprir o propósito de Deus para nossas vidas, quando o contrário,
nos sentimos presos, frustrados e incompletos.

Quando um supervisor não tem um bom conceito de si mesmo, uma autoima-


gem distorcida:

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Seu autoconhecimento, sua definição sobre si mesmo, sua autoestima, determi-


nam seu potencial.

Quando nossas convicções são saudáveis, somos capazes de dominar nosso am-
biente e cumprir o propósito de Deus para nossas vidas, quando o contrário, nos
sentimos presos, frustrados e incompletos.

Quando um supervisor não tem um bom conceito de si mesmo, uma autoimagem


distorcida:

• Ele poderá usar o poder de forma negativa, a fim de compensar os seus


sentimentos de frustração;

• Seu padrão será a intimidação, a manipulação e a opressão;

• Nosso autovalor restaurado, é o mais importante fundamento a ser esta-


belecido antes de nos tornarmos líderes e cumprirmos os propósitos de Deus
para nós;

• É essencial que o supervisor tenha amor próprio, para que possa amar seus
liderados.

Mateus 22:37
“Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
toda a tua força.”

Se isso acontecer, você descobrirá a Deus e a si próprio. A melhor maneira de co-


nhecer a si mesmo é conhecendo a Deus.

O alvo de todo supervisor é mover os líderes na direção de Jesus Cristo. Ao longo


deste material você terá acesso à diversos princípios importantes para a realização
deste chamado, porém agora, vamos falar sobre 2 princípios fundamentais nessa
construção, a fé e o amor.

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Fé é a crença em algo que não pode ser visto, tocado ou provado. Na bíblia,
a fé descreve a crença em JESUS. A partir do momento que a nossa fé em
CRISTO cresce, passamos a vê-lo, tocá-lo e provar as coisas de DEUS.

A partir do primeiro versículo do livro de Hebreus, entendemos que a fé não


é algo abstrato, pois ela pode crescer ou diminuir, ser bem ou mal aplicada,
bem como é uma das principais ferramentas do cristão, uma verdadeira arma
de guerra contra o diabo e um meio de se adorar a DEUS.

O termo “de fé em fé” refere-se a uma sequência de fé, como subir uma es-
cada, em que cada degrau representa um estágio. Durante nossa caminha-
da com JESUS teremos várias experiências, níveis de fé, um fato após outro,
que resultará em nosso crescimento.

Da mesma maneira que a musculação gera o desenvolvimento dos mús-


culos, a fé também aumenta de tamanho e se desenvolve com a prática. O
primeiro passo de nossa caminhada é a fé exclusiva em Jesus, resultando na
nossa salvação.

Os níveis seguintes dessa caminhada mostrarão que viveremos dentro do


Reino de Deus aqui na Terra.

Hebreus 11:1
Ora, a fé é a certeza das
coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se
não veem.

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Cinco efeitos produzidos em nós através da fé em Jesus Cristo:

A fé produz salvação

Atos 161:31
Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa.

A fé produz confiança em Deus

1 João 5:14
Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos
alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá.

A fé produz arrependimento

2 Coríntios 5:17
E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas se passaram;
eis que se fizeram novas.

A fé produz obediência a Jesus

João 14:23
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se
alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele,
e faremos nele morada.

A fé produz fidelidade a Deus

Gênesis 18:17-18
Disse o Senhor: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão
certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas
todas as nações da terra?

Deus anseia por revelar seus segredos aos seus servos e a con-
dição para isso e a fidelidade.

Abraão mostrou-se alguém fiel, a quem Deus podia revelar os


segredos e planos sobre aquilo que ainda aconteceria, afinal,
Ele conhecia o coração de seu servo e sabia que poderia confiar
nele.

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AMOR
Muitas vezes não conseguimos amar o nosso próximo e nem a Deus porque não
temos amor por nós mesmos.

Muitos são os traumas e experiências duras durante nossas vidas, as quais satanás
usa para que nos consideremos pessoas sem valor.

Isaías 43:3
Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; por
teu resgate dei o Egito, e em teu lugar a Etiópia e Seba. Visto que foste
precioso aos meus olhos, e és digno de honra e eu te amo, portanto darei
homens por ti, e es povos pela tua vida.

Só podemos dar o que temos: se não temos amor por nossa própria vida, não po-
demos amar os outros. O primeiro passo é receber o grande amor de Deus e a cura
para toda enfermidade da alma. Ainda que você tenha imperfeiçoes, lembre-se que
Deus te ama, e pagou um alto preço para provar esse amor. Quando somos cheios
de amor, conseguimos praticar os mandamentos de Jesus.

1 Coríntios 13:1-5
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ci-
ência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a
minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu
corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata
com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.

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A expressão “amarás a teu próximo como a ti mesmo” é mencionada na bíblia por


Moisés, Paulo, Tiago e, claro, por Jesus.

Um tipo adequado de amor próprio é a base normal do relacionamento com os ou-


tros. Em nenhum momento Deus diz para que negligenciemos a nós mesmos, ou
que nos autodepreciemos.

A autoestima cristã descansa no firme fundamento de sabermos que somos aceitos,


amados e apreciados pelo próprio DEUS. Esse conhecimento gera em nós uma hu-
mildade que nasce da gratidão pela graça imerecida de DEUS, e que dEle provém.

ATENÇÃO
Sentimentos de inferioridade, insegurança, medo e inadequação não vem de
Deus, mas de satanás, como uma falsificação da verdadeira humildade.

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MÓDULO 3

O CUIDADO - PT.1
Cuidar, essa é a função mais importante de um supervisor de GC’s, todo conteúdo
apresentado até o momento teve o objetivo de reforçar pontos importantes para o
cuidado com os líderes de GC’s.

Essa não é a única função de um supervisor, que também possuí funções adminis-
trativas, que tem o objetivo de manter o bom funcionamento das reuniões, porém
sem o cuidado, as outras funções passam a ter menos sentido.

Uma pesquisa realizada no Brasil (Eficácia na Formação de Pequenos Grupos) com


149 pastores, revelou quais os principais motivos do fechamento dos pequenos
grupos (GC) em suas respectivas igrejas, com o seguinte resultado:

Ao analisar os dados acima, percebemos que os 2 itens com maior pontuação, e


que somados representam 85,18% tem relação com a liderança.

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Por isso o seu papel como supervisor(a) é fundamental para conduzir cada líder no
crescimento em Cristo Jesus.

Esse crescimento abrange várias áreas, como:

• Discipulado – É aquele que introduz as oportunidades e possibilidades. Es-


se(a) supervisor(a) é uma fonte que derrama energia e paixão, ao invés de reti-
rá-las. Ele(a) sempre está por perto encorajando, dando confiança, orientação
e segurança.

• Confirmação – É aquele(a) supervisor(a) que anda ao lado e inspira na cami-


nhada. O confirmador observa o que o líder está fazendo e o que está se tor-
nando e acrescenta valor a isso. Confirmar é o ato de descoberta e avaliação
mútuas. Trata-se de uma pessoa que ajuda a outra para conhecer o “ser” e
“agir” de Deus.

• Exortação – O exortador, geralmente, é o amigo mais importante. Ele diz a


verdade em amor. Exortadores são purificadores que mantém a paixão espiri-
tual limpa e vigorosa. É melhor a crítica franca do que o amor sem franqueza.

• Intercessão – O intercessor é aquele que assumiu a responsabilidade de estar


constantemente orando por alguém ou por algo.

• Parceria – É aquela pessoa com a qual se divide a carga.

Esses são os papéis que um(a)


supervisor(a) que entende a
importância do cuidado realiza com
seus liderados, encorajando quando
falta coragem, direcionando, quando
falta direção e ensinando quando
falta ensinamento.

Porém, apesar da importância


exposta acima, existem algumas
barreiras que impedem o(a)
supervisor(a) de realizar essa função
de maneira eficiente e vamos falar
sobre elas a seguir.

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BARREIRAS PARA O DESENVOLVIMENTO


DE LÍDERES
Grupos de crescimento crescem ou minguam segundo a disponibilidade da lide-
rança e essa disponibilidade é afetada por alguns fatores, como:

1. Falta de tempo

“Estou cheio de trabalho. Talvez no próximo ano eu possa me envolver um pou-


co mais.” Você já ouviu essa desculpa? Cada vez mais membros e voluntários de
igreja insistem que eles não têm tempo para se envolverem com liderança. A bar-
reira da falta de tempo está no topo da lista.

O trabalho na igreja é voluntário, e com o tempo precioso que possuímos, é im-


portante escolher aonde e como vamos gastá-lo. Em uma sociedade cada vez
mais secular, muitas pessoas simplesmente riscam o trabalho na igreja de suas
listas de “coisas para fazer”. Certamente, este é um grande obstáculo a ser supe-
rado, mas existem soluções em abundância.

Aqui a solução é você incluir no seu calendário um tempo de qualidade com seus
liderados, como um compromisso. Já marque esse compromisso na agenda, as-
sim você não posterga e consegue fazer ao longo dos seus dias.

A agenda é responsabilidade inteiramente sua, pois tanto você, quanto seus lide-
rados, possuem uma agenda pessoal e profissional e encontrar o melhor horário
para ambos depende deste alinhamento.

A sugestão é que vocês mantenham uma constância nesses encontros, a cada 1


ou 2 meses, sem contar com as visitas que você fizer aos GC’s, pois assim, você
consegue acompanhar o que está acontecendo, exercer os papéis listados ante-
riormente e agir de forma proativa perante um problema.

Crie também momentos de comunhão com seus liderados, estimule, pelo menos
1 vez a cada 6 meses, um encontro entre todos os líderes para passarem um tem-
po juntos em comunhão, estreitando cada vez mais os relacionamentos.

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2. Querer Clones

Cuidado com o julgamento! Outro fator que impacta o sucesso da supervisão é


que muitos supervisores criam uma expectativa de que seus liderados terão a
mesma intensidade e maneira de fazer que eles e na maioria dos casos isso não
acontece, por isso tome muito cuidado com o julgamento.

Mateus 7:16
Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um
espinheiro ou figos de ervas daninhas?

Esse trecho ilustra muito bem qual deve ser a sua preocupação, que seus
liderados deem frutos e os frutos que eles foram chamados para dar e não ne-
cessariamente devem ser os mesmos frutos que você como supervisor(a) dá, por
isso tome muito cuidado, pois quando as expectativas estão desalinhadas com a
realidade, traz-se um peso muito grande e tanto os líderes, quanto os superviso-
res acabam desanimando.

Para este caso, o melhor a se fazer é definir em conjunto, os objetivos e priorida-


des a serem seguidas, conforme veremos no próximo módulo e nas suas reuniões
mensais ou a cada 2 meses, você vai direcionado caso seu liderado(a) tenha uma
necessidade específica.

3. Não saber o que fazer

Alguns supervisores(as) apenas não sabem como fazer, se disponibilizaram e re-


ceberam um chamado, mas não sabem ao certo como fazer, por isso ao longo
deste material você está recebendo um passo a passo de como realizar a super-
visão dos GC’s.

Há pouco, falamos sobre a importância de se estabelecer uma agenda individual


com os liderados, mas o que falar nestes encontros? Como conduzir a conversa
sem parecer invasivo(a) demais? Até que ponto devo ir? E se o liderado trouxer
alguma questão que eu não sei responder?

Essas são algumas perguntas que passam pela cabeça da maioria dos supervi-
sores. Para essas questões tenha sempre uma vida de oração e intercessão pela
sabedoria que vem de Deus.

Lucas 21:15
Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será
capaz de resistir ou contradizer.

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Caso seus liderados exponham uma situação que você não conhece, não tenha
medo de dizer: “não tenho a resposta no momento”. Procure a resposta com seus
superiores e depois informe ao seu liderado(a). Não é nenhuma vergonha não
ter uma resposta no momento, lembre-se que você também está no processo de
desenvolvimento e amadurecimento.

Por último, faça perguntas. No momento em que estiver individualmente com


seus liderados, os estimulem a falar através das perguntas certas. Perguntas
certas são as que inspiram as pessoas a pensar de modos diferentes, expandin-
do sua visão e habilitando-as a contribuir ainda mais.

Questões desse tipo geralmente são abertas. Elas costumam começar com “Por
quê”, “Como” ou “O que você pensa sobre”.

Perguntas certas estimulam os liderados e, ao mesmo tempo, geram clareza e


concordância em relação aos assuntos em pauta.

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MÓDULO 3

O CUIDADO - PT.2
Este é o último módulo da primeira parte do programa de formação de supervisores
de GC’s. Como exposto no módulo anterior, uma das principais barreias para uma
supervisão eficiente é a necessidade de se estabelecer alvos e prioridades com
seus liderados, além de estarem juntos em um processo de constante desenvolvi-
mento, por isso dedicaremos esse módulo para sanar essa lacuna.

Se você está mirando em nada, certamente irá acertar em cheio!


Muitos líderes adotam essa forma de trabalho, e o processo é lento e aleatório. O
poder de estabelecer alvos aplica-se aos líderes e supervisores bem-sucedidos e às
igrejas em crescimento em geral.

Kirk Hadaway, em Church growth principles: Separating fact from fiction, resume o
resultado de seu estudo estatístico bem elaborado:

GC’s em crescimento estão orientados por alvos. Eles estabelecem alvos mensurá-
veis para frequência, acompanhamento, evangelismo, entre outros.

Alvos proporcionam direção e garantem que as prioridades sejam levadas a sério.

Alvos desafiadores têm o potencial de produzir motivação e entusiasmo. Grandes


planos criam uma sensação de entusiasmo se forem compatíveis com a missão e
visão de uma congregação.

Um alvo que todo GC se esforça em alcançar é uma data prevista par a multiplica-
ção. Uma das perguntas feitas aos 700 líderes de célula nesta pesquisa foi: “Você
sabe quando o seu grupo será́ multiplicado?”

As respostas possíveis eram “sim”, “não” ou “não estou certo”.

Líderes de GC’s que conhecem o seu alvo, multiplicam os seus grupos de


maneira regular e com maior frequência do que os líderes que não
o conhecem.

Ted Engstrom, um líder de líderes, observa: “Os melhores líderes sempre tinham um
trajeto planejado, alvos específicos e objetivos por escrito. Eles tinham em mente a
direção na qual queriam seguir”. O mesmo é verdade a respeito dos melhores líde-
res de células e igrejas

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Descubra a visão que seu líder já tem e molde-a. Embora você queira expandir a visão, você
precisa primeiro descobrir com o que o seu líder já está sonhando. Então agite essa visão,
encoraje-a e faça-a crescer.

Os supervisores devem ajudar os líderes a melhorar em todas as áreas, como também devem
providenciar informação extra e treinamento para desenvolver as paixões únicas que cada líder
tem.

David Owen diz: “Um bom supervisor reconhece as diferenças entre os líderes, e ele ou ela ajusta
o estilo de cada um de acordo com isso. Nós estamos lidando com pessoas”.

As pessoas não podem fazer a grama crescer. Podem, no entanto, fertilizá-lá e regá-lá para que
ela cresça sozinha.

De uma forma parecida, o supervisor prepara o ambiente para que os líderes cresçam.

Os supervisores precisam ser cuidadosos para evitar que os líderes dependam demais deles.

Algumas vezes o supervisor vai precisar responder às perguntas e ser o especialista, mas
primeiro ele deve tentar fazer com que o líder de GC tire algo de suas próprias experiências.

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Um bom supervisor(a) vai então aproveitar o discernimento que veio da boca do próprio líder e
constantemente lembrá-lo de que foi dele esse discernimento.

Bons supervisores sabem que a prática leva aos resultados, por isso são implacáveis em treinar,
treinar e treinar.

Informação é coisa barata quando não é mesclada com experiência. Ler um livro, participar em
um seminário não faz as coisas acontecerem. As pessoas precisam de mais do que isso para
serem verdadeiramente eficazes. Elas precisam de prática constante.

As informações somente terão impacto por meio da repetição constante. Jesus usou esse
método com seus discípulos.

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SUGESTÕES DE DESENVOLVIMENTO.

• Divida a experiência de aprendizagem em espaços de tempo. Não tente fazer tudo de


uma vez. Dê às pessoas a chance de caminhar em seu próprio ritmo.

• Promova experiências ativas. As pessoas precisam praticar o que aprenderam, sair do


teórico para o prático.

• Eleve o nível. O desenvolvimento ocorre quando o supervisor tira os líderes de sua


zona de conforto para aprender.

TIRE VANTAGEM DE MOMENTOS


“SUPERVISIONÁVEIS”
Os líderes às vezes erram. Mas a falha é um ótimo professor. Quando um líder falha, Deus pode
usar essa falha se o líder quiser. Mais do que isso, a falha ensina suas lições rapidamente, e a vida
é cheia de oportunidades de aprender com ela.

Quando um de seus líderes falhar, ele ou ela provavelmente vai lhe pedir conselhos. Antes de dar
seu conselho, verifique com o líder quais as lições que ele(a) aprendeu.

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FALTA DE HABILIDADE OU FALTA DE


APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO?

Em muitos casos, as pessoas já têm a habilidade ou o conhecimento de que preci-


sam, mas lhes falta confiança, motivação ou técnicas para aplicar as novas habili-
dades.

Determine se eles precisam focar em aprender ou em fazer; identifique que chave


vai destrancar o desempenho de cada um.

Um dos principais papéis de um supervisor é ajudar os líderes na aplicação das


suas habilidades. O supervisor não deve se concentrar somente em desenvolver os
líderes de acordo com o que eles precisam (por exemplo, evangelizar, ouvir, liderar
uma célula ou como fazer a comunidade acontecer), mas também na forma como
os líderes melhor se desenvolvem.

O ALVO É CONFORMIDADE COM CRISTO

Seu alvo como supervisor é ajudar seus líderes a se tornarem conforme a imagem
de Jesus Cristo.

Romanos 8.29
“Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogê-
nito entre muitos irmãos”.

28
THIS IS LAGOINHA

29
2023. Lagoinha Global.
Esta é uma publicação da Secretaria de
GC`s Lagoinha Global.

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