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DESENVOLVENDO

LÍDERES

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LIDERANÇA APOSTÓLICA

O principal foco de um líder apostólico deve ser o desenvolvimento de líderes, pois só é possível
executar uma visão apostólica e lidar com a expansão que ela acarreta se houverem líderes bem
desenvolvidos, que sejam capazes de carregar a visão e a cultura por onde forem. Caso não
se desenvolvam bons líderes, dois cenários podem ocorrer: ou ocorrerá uma desaceleração do
cumprimento da visão, pela falta de líderes, ou a visão será corrompida por conta da presença
de líderes malformados. Portanto, é necessário que aprendamos como desenvolver bons líderes,
que possibilitem a aceleração e a manutenção da visão que Deus nos confiou.

> PRÉ REQUISITOS PARA O BOM DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES:

1. AUTOCONSCIÊNCIA - A BASE PARA O CRESCIMENTO


Uma das características mais importantes de um líder é a autoconsciência, que significa ter o
conhecimento claro eu quem ele é e do estado em que ele se encontra. Se uma pessoa não é
ciente de suas forças e de suas fraquezas, ela não consegue identificar os pontos em que precisa
crescer, e nem os pontos em que ela já consegue contribuir de forma eficiente para as pessoas
a sua volta. Porém, na maioria esmagadora dos casos, a autoconsciência é algo que precisa ser
desenvolvido, e nós podemos ajudar nossos liderados com isso.
Uma das formas que nós temos de aumentar a autoconsciência dos líderes que estamos
desenvolvendo é apontar, com amor, aquilo que eles ainda não estão vendo, sejam erros e
defeitos ou acertos e pontos fortes, e ao fazer isso, sempre se certificar de que eles não apenas
recebam informação, mas entendam a maneira que você os enxerga. Dessa forma, nós começamos
a despertar neles a consciência de seu estado atual, até um momento em que eles mesmos
começam a analisar a si mesmos com o auxílio do Espírito Santo.
Além disso, devemos sempre dar o feedback daquilo que os líderes em desenvolvimento fazem,
seja esse feedback positivo ou negativo. O importante é que ele esteja fundamentado na verdade
e seja entregue com amor. À princípio, as pessoas tendem a temer os feedbacks, pois eles
são desconfortáveis, mas à medida em que o líder começa a aplicar esses feedbacks e ver os
resultados daquilo em sua vida, ele deixa de temê-los e passa a buscar por eles. Cria-se assim
uma cultura de anseio pelo feedback, que gera cada vez mais autoconsciência.
Outra ferramenta que pode ajudar é a Análise SWOT (FOFA), que ajuda os líderes a identificarem
suas Forças (Strengths), suas Fraquezas (Weaknesses), as Oportunidades em sua vida (Opportunities)
e as Ameaças (Threats).
É um exercício que, embora seja simples, ajuda a exercitar a autoconsciência e, se feito
periodicamente, pode ajudar também a medir o progresso do líder e a sempre identificar novas
oportunidades e ameaças.
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2. RELACIONAMENTOS CONFIÁVEIS
O bom desenvolvimento de líderes acontece no contexto de relacionamentos, e um elemento
fundamental para que esse desenvolvimento realmente aconteça é a confiança. Muitos
líderes não confiam em seus liderados ao ponto de delegar funções para eles, o que é um
grande erro, pois isso retarda o desenvolvimento de líderes, sobrecarrega a figura central
de liderança e impossibilita o crescimento. Para que os nossos liderados se tornem líderes,
precisamos dar-lhes um voto de confiança, e geralmente esse voto de confiança se traduz
em responsabilidades.
Obviamente, não se deve confiar uma responsabilidade absurda a alguém que ainda está
nos primeiros estágios de seu desenvolvimento como líder, mas essa confiança deve crescer
gradualmente, à medida em que o liderado se mostrar bom mordomo da confiança e das
tarefas que lhe foram confiadas. Assim, à medida em que o líder for se desenvolvendo,
mais responsabilidades lhe são confiadas. Esse processo é muito importante, pois quando
confiamos em nossos liderados, lhes passamos a mensagem de que eles podem confiar em
nós, e também de que eles podem confiar em si mesmos. Além disso, é muito importante
que, sempre que confiarmos a responsabilidade ao liderado, devemos lhe dar também a
autoridade necessária para que ele cumpra o que lhe foi pedido.
Entretanto, existem uma área específica quando falamos sobre isso que gera bastante
temor em alguns líderes, que é o medo de confiar a responsabilidade na mão de algum
liderado, buscando desenvolvê-lo, mas ele não corresponder à altura. E por mais duro que
isso possa parecer, a verdade é que, sim, existe a possibilidade de que isso aconteça, ainda
que você use de toda a sua sabedoria e cuidado na hora de tomar essa decisão. Porém,
é necessário que corramos esse risco de queremos desenvolver líderes. Pois, verdade
seja dita, é impossível trabalhar a liderança de alguém sem que essa pessoa tenha a
oportunidade de exercer liderança na prática em algum ponto. Sem a experimentação
do líder, o julgamento de sua liderança se torna baseado apenas em conceitos e teoria, o
que pode ser extremamente enganoso, uma vez que liderança não é apenas um conceito,
mas sim uma atitude, vivida no mundo real, com a mão na massa e consequências reais.
Ou corremos o risco e confiamos em nossos líderados para que eles se tornem líderes de
verdade, ou viveremos em uma “segurança estéril”, que não gera risco, mas não produz
líderes verdadeiros. Não tenha medo, arrisque!

> REFLEXÃO
Você vê a confiança como algo presente no seu relacionamento com seus
líderes? Se sim, o quão importante você julga ter sido essa confiança no seu
processo de formação como líder? Se não, o que você acha que essa falta de
confiança acarretou em você?

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3. NO JOGO, NÃO NO BANCO.
Se você acompanha um pouco de futebol, você provavelmente já viu aquelas notícias sobre
o “jogador promessa”, aquele jogador da base, cheio de potencial, que está subindo para
reforçar o seu time e promete ser um grande jogador, não é verdade? Bem, para que
esse jogador deixe de ser apenas uma “promessa” e se torne uma realidade, uma das
coisas que ele precisa se chama “tempo de jogo”. Ele pode ter o potencial que for, mas se
o técnico não o colocar no campo e testá-lo em jogos de verdade, nós nunca saberemos
do que aquele jogador é capaz. Da mesma forma, muitas vezes nós temos liderados com
muito potencial de liderança, mas nós nunca saberemos até onde eles podem ir se não
o colocarmos para jogar.
Quando colocamos um liderado para liderar e cuidar de responsabilidades, estamos
submetendo ele à pressão da liderança, e isso é fundamental para a formação de um
líder, pois o colocará em um processo precioso de desenvolvimento. Debaixo do peso das
responsabilidades, das expectativas e da confiança depositada, o liderado aprende lições
valiosas que ele carregará para a vida toda. Ele terá que aprender como fazer a gestão
de seus recursos (tempo, dinheiro, energia, pessoas…), como resolver problemas, como
posicionar pessoas para alcançar um resultado, como fundamentar sua identidade na
aprovação de Deus… É um processo fundamental para a formação de um líder.
Além disso, é fundamental que nossos liderados sejam colocados em uma posição de
desconforto. Se os colocarmos para liderar algo dentro de suas zonas de conforto, na
verdade estamos limitando o crescimento deles, pois crescimento e conforto não coexistem.
É necessário que criemos oportunidades e os posicionemos em lugares que irão esticá-los
e tirá-los da zona de conforto, o que irá extrair o melhor deles e os lançará para dentro
do processo de Deus em suas vidas. Quando eles passam por essas experiências, eles
criam senso de propriedade pelo próprio processo de desenvolvimento.
Porém, para que isso aconteça devemos acompanhar o processo com sabedoria, pois não
queremos interferir e poupá-los do que eles precisam enfrentar sozinhos, mas também
não queremos abandoná-los no meio de situações para as quais não os preparamos. É
importante que, ao confiarmos um desafio nas mãos dos nossos liderados, também os
entreguemos as ferramentas necessárias para que eles sejam bem-sucedidos. Isso não
quer dizer entregar tudo de bandeja, mas sim dar o necessário para o sucesso. Além
disso, é importante que eles entendam que, se estamos confiando uma tarefa em suas
mãos, é porque os apoiamos e torcemos pelo sucesso deles.

Para trazer isso para a prática, temos este passo a passo simples que pode ajudar a
entender como esse processo funcionaria de forma saudável seria:

1. Você executa a tarefa enquanto o seu liderado observa.


2. Você executa a tarefa enquanto seu liderado te ajuda.
3. Seu liderado executa a tarefa enquanto você apenas o ajuda.
4. Seu liderado executa a tarefa enquanto você apenas observa.

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Seguindo esses passos, geralmente o liderado se sentirá apoiado por você, mas ao mesmo
tempo ele será esticado peo processo.
Outra coisa importante quando falamos disso é que, embora o sucesso do liderado em
sua função seja importante, o que mais devemos observar é o crescimento. Se perdermos
o foco no crescimento dos nossos liderados, vamos cobrá-los de forma injusta, como se
eles não estivessem se desenvolvendo, o que pode ser muito prejudicial para os liderados e
para o seu relacionamento com eles. Eles não são perfeitos, assim como nós não somos, e
devemos sempre ter isso em mente para que possamos desenvolvê-los de forma saudável.

> REFLEXÃO
Como você enxerga a dinâmica entre colocar uma pessoa inexperiente para
liderar algo? Considera mais algo necessário ou irresponsável? Por quê?

4. PERGUNTAS QUE DESENVOLVEM, NÃO RESPOSTAS PRONTAS


Durante o processo de desenvolvimento de líderes, muitas vezes nossos liderados terão
perguntas a nosa fazer sobre o que eles estão enfrentando, sejam perguntas operacionais
ou pessoais, e a maneira como lidamos com essas perguntas é fundamental para o
desenvolvimentos deles. Talvez você já saiba a resposta para a pergunta que o seu liderado
está te fazendo, e talvez você já tenha passado por tudo o que ele está passando, mas
é muito importante que você não lhes dê respostas prontas apenas para resolver logo
os problemas. Ao invés disso, lhes faça perguntas que irão levá-los à reflexão, para que
eles não apenas recebam a resposta, mas a encontrem na presença de Deus e em seus
questionamentos.
Dessa forma eles se tornarão parte da solução dos problemas, o que lhes dará confiança
e senso de propriedade, além de também aprenderem a escutar a voz de Deus, o que
é fundamental para um líder que almeja ser como Cristo, o maior líder de todos. Esse
processo reflexivo também irá gerar confiança dentro deles, pois eles verão que estão
crescendo em sua maneira de pensar, e que cada vez mais estão caminhando para
descobrirem as suas convicções e verdades.
Seguindo esses pré-requisitos, você conseguirá criar um ambiente que desenvolve líderes
fortes, em que eles são colocados em campo para liderar em situações de desconforto,
mas em que eles também tem a confiança dos seus líderes e a voz de Deus como seu
principal guia. Talvez não seja o ambiente mais previsível e controlado de todos, mas será
um ambiente de crescimento, em que as pessoas avançam na direção dos propósitos de
Deus e de alcançarem a medida completa do potencial que elas carregam.

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CHECKLIST DA AULA 9

• Responder - Transformação da Sociedade


• Podcast Teo Hayashi - Vivendo o sobrenatural
• Youtube - Mais fortes do que você
• Next Level - Capítulo 7 - Deposite fé na sua visão

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