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E INOVAÇÃO
1. O QUÊ - Quando falamos disso, nos referimos à visão que se recebe de Deus para começar
algo, como uma igreja, um projeto, um movimento, uma empresa, etc. É muito importante que
tenhamos o nosso “o quê” muito claro, pois ele irá nos manter focados na visão que Deus nos
deu, e fará com que consigamos discernir aquilo que aponta para a nossa visão e aquilo que vai
nos desviar do foco. Uma vez que tivermos isso claro, o próximo passo é aprender a comunicar
essa visão para as pessoas que estamos liderando, lançando-a para eles de forma clara. Assim
eles serão capazes de compreender a visão e escolher se querem abraçá-la verdadeiramente ou
não. Dessa forma, só ficarão aqueles que estiverem comprometidos com a visão.
Então o Senhor respondeu: “Escreva claramente a visão em tabuinhas, para que se leia
facilmente. Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda
que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará”. - Habacuque 2:2-3
2. POR QUÊ - Se o “o quê” é a visão, o “por quê” é a missão, a motivação por trás do que
estamos fazendo, e essa parte demanda algumas coisas do líder. O “por quê” é o que traz
sentido para o “o quê” e faz as pessoas se apaixonarem pela visão, então é nesse momento
em que é necessário que tenhamos bons argumentos, que sejam teologicamente embasados
e façam sentido logicamente. Como líderes, devemos ser capazes de guiar as pessoas pelo
raciocínio bíblico e lógico da nossa missão, para que faça sentido para eles, tanto espiritualmente
quanto praticamente. Inclusive, é muito importante que o “por quê” não seja transmitido como
algo tão espiritual que não tem uma lógica prática visível, mas sim que seja algo fundamentado
espiritualmente e expresso logicamente para a realidade das pessoas.
Além disso, nós sempre poderemos ir mais fundo no nosso “por quê”, à medida que a nossa
revelação do coração do Pai para o que estamos fazendo começa a crescer. E à medida em
que isso acontece, somos capazes de expandir o senso de missão dos nossos liderados, ao
expandirmos a revelação que eles têm da nossa missão. isso oxigena a equipe, renova a paixão
e mantém as pessoas comprometidas com aquilo que Deus está fazendo através deles.
Enquanto o “o quê” e o “por quê” são praticamente imutáveis, o “como” não é assim. Ele
pode mudar de acordo com os tempos, pois ele é apenas um método para se cumprir
a missão e executar a visão. Em termo mais simples, podemos dizer que você segura o
“o quê”e o “por quê” com as mãos fechadas, mas você segura o “como” com as mãos
abertas. Portanto, saber quando e como mudar os seus métodos é uma das principais
chaves para que uma organização ou uma equipe continue inovando e crescendo, pois
apenas assim conseguimos acompanhar as mudanças que acontecem ao nosso redor.
Agora, como líder, se você está começando agora a colocar em prática a sua visão e a
sua missão, você terá que determinar e se envolver praticamente no “como”. Você terá
que dar o pontapé inicial e colocar a bola em jogo para os seus liderados, apontando
uma direção e ensinando-os a executar o método que você determinou. Isso será
importante para que você possa implantar visão e cultura nos seus liderados no dia a
dia em que vocês trabalham juntos, e nesse processo vocês começarão a ver resultados
e a colher frutos da execução do método. Porém, chegará um momento em que você
terá que abrir mão de ser a pessoa que pensa no método, liberando o seu “como”
para outras pessoas que estão debaixo da sua liderança. Essa é a única maneira da
organização continuar crescendo e inovando. Lembre-se, se você centralizar tudo em cima
de si mesmo, você estará limitando o crescimento da organização e impedindo os seus
liderados de crescerem.
> REFLEXÃO
Você tem clareza sobre o seu “o quê”, seu “por quê” e o seu “como”? Como tem
sido a sua comunicação desses três elementos para a sua equipe?
Porém, para que isso aconteça é necessário que quebremos um mito muito comum, que é o de
que suas experiências passadas te fazem um expert. Isso é algo muito presente na mentalidade de
muitos líderes que tiveram sucesso através dos seus métodos, e embora soe como algo verdadeiro,
é um engano que pode te impedir de se manter relevante. Suas experiências passadas te fazem
um expert em uma metodologia que funcionou em uma época e contexto específicos, mas que
não necessariamente se aplica para agora. Para nos mantermos relevantes, precisamos estar com
as mãos abertas com relação ao nosso “como”, dispostos a confiá-lo nas mãos de pessoas que
talvez consigam fazer isso melhor do que você. Pode ser que você tenha sido a pessoa que fez
as coisas acontecerem no começo, mas é necessário dar espaço para outras pessoas assumirem
responsabilidades maiores, aliviarem a carga e oxigenarem a organização. Isso não é desprezar
a experiência do passado, mas entender que ela não necessariamente garante o sucesso futuro.
Entretanto, para que você consiga confiar o “como” nas mãos de outras pessoas, você precisa
de líderes capacitados em quem você consiga confiar, um dos motivos pelos quais uma cultura
de desenvolvimento de líderes é tão importante. Você incute a cultura, a visão e a missão nos
seus liderados, testa o caráter, os treina para conseguirem reproduzir esses elementos e então
confia mais responsabilidade em suas mãos. Caso você não tenha esses líderes dentro de casa
e está em um ponto onde sente a necessidade de transferir responsabilidade para alguém,
contrate de fora e faça com que essa pessoa se alinhe com o DNA que você está construindo,
ou melhor ainda, chame aqueles de fora que já estão alinhados com a sua cultura. É melhor do
que continuar centralizando as coisas em você e ralentando o crescimento e a capacidade de
inovação da sua organização.
Leve tempo para recrutar ou contratar alguém, para diminuir as chances de cometer erros, mas
uma vez que você perceber que cometeu um erro, demita e resolva rapidamente para não perder
muito tempo em algo que não deu certo. Isso acontece, pois todos erramos, mas não precisamos
persistir no erro, prejudicando a organização e todas as pessoas envolvidas no processo.
Poucas coisas podem levar um líder ou uma equipe para o próximo nivel como novos desafios.
Ao confiarmos mais responsabilidade nas mãos daqueles que estao debaixo de nossa liderança,
testamos a nossa própria capacidade de gerar líderes e damos a oportunidade de eles serem
proativos e exercerem liderança na prática. Por isso é tão importante que nós criemos um
ambiente em que as pessoas não aprendam apenas a seguirem ordens, mas sim um lugar onde
elas possam participar de processos de tomadas de decisões e sugerir soluções, pois assim elas
estarão sendo preparadas para assumir responsabilidades maiores.
Quando liberamos o “como” na mão de outras pessoas, além de desenvolvê-las como líderes nós
geramos nelas o senso de propriedade daquilo que confiamos em suas mãos. De repente, aquela
pessoa já se dedicou e sonhou tanto com aquilo que lhe foi confiado que ela já estará fazendo
de uma forma melhor e mais contemporânea do que você jamais faria.
Porém, para que isso aconteça, é necessário que haja margem para erro e autonomia para que
a pessoa tome decisões sem sempre ter que vir pedir a sua permissão. Se a pessoa que está
liderando o “como” da sua organização precisa sempre vir a você para pegar autorização sobre
cada detalhe, isso só desacelera ainda mais o processo, não descentraliza nada da sua figura
como líder, não desenvole a proatividade, criatividade e liderança do seu liderado e ainda gera
desgaste e frustração entre vocês. Portanto, pare de mandar em todos os detalhes! Deixe a sua
equipe arriscar, errar e acertar!
Outra questão importante a se considerar para que sua equipe se sinta desafiada a inovar é
se você está construindo uma cultura que valoriza ou soluciona os problemas. Uma cultura que
valoriza o problema gera pessoas que são muito boas em identificar problemas, mas que não
são criativas e proativas em solucioná-los. Porém, uma cultura que prefere encontrar soluções
criativas para os problemas ao invés de apenas ficar analisando-os cria pessoas motivadas e
capacitadas para inovar e elevar o nível da organização.
O líder deve sempre estar à frente da sua equipe, não no meio ou atrás, pois é papel do líder
receber e comunicar a visão profética da organização para aqueles que estão seguindo a sua
liderança. Sendo assim, é muito importante que você abra mão de estar diretamente envolvido
com o seu “como” para que você tenha tempo para receber visão fresca e planejar mais o que
está pela frente do que executar o que está na sua frente hoje. Inclusive, uma boa maneira de ver
se você está mais focado no “o quê” do que no “como” é ver quanto tempo você tem dedicado
a maior parte do seu tempo: planejamento ou execução do que já foi planejado.
Portanto, para que você consiga exercer o verdadeiro papel do líder, a ideia é justamente que
você não precise estar envolvido em cada passo do processo de execução do “como” da sua
organização. Apenas fique perto o suficiente para liberar sua ansiedade de “colocar a mão na
massa”, mas não roube a sua organização da sua visão ao escolher focar apenas nas tarefas
do dia-a-dia. Dessa forma, enquanto você está planejando e estrategizando o “o quê” e indo
mais fundo no “por quê”, outras pessoas estão executando o “como” de formas inovadoras, que
garantirão o crescimento e vanguarda da sua organização.
> REFLEXÃO
Você se considera um líder centralizador? Se sim, por que você acha que tem
tanta dificuldade de confiar responsabilidades a outras pessoas? Se não, como
você vê os benefícios da descentralização na sua organização ou na sua equipe?
CHECKLIST DA AULA 10
Preencher o projeto
Podcast Teo Hayashi - Como levantar um movimento missionário (parte 1 e 2)
Ekklesia, Capítulo 12: Uma compreensão mais completa da agenda social da
Ekklesia
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