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CRESCIMENTO

E INOVAÇÃO

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Um dos maiores desafios que um líder tem em sua jornada de liderança é o de manter a si mesmo
e a sua organização relevantes e sempre em crescimento. Para isso, existem alguns elementos que
são cruciais para nos auxiliar, mas desde já é importante deixarmos um alerta importante: buscar
crescimento e inovação constante é buscar uma posição contínua de desconforto. Isso porque
você estará se propondo a nunca estar satisfeito com o que você já fez ou conquistou, estando
sempre disposto a arriscar e mudar para continuar se comunicando com as próximas gerações.
Agora, se você compreende isso e está disposto a abraçar esse estilo de vida de desconforto,
você está caminhando para um modelo de liderança que se mantém atual e que colhe os frutos
de um crescimento saudável.

O QUÊ, POR QUÊ E COMO


A primeira coisa que precisamos entender é que, para qualquer projeto que façamos, é necessário
que tenhamos o entendimento do “o quê” queremos fazer, “por quê” queremos fazer isso e
“como” queremos fazer isso. Dentro dessas três palavras está um dos maiores segredos para nos
mantermos em um lugar de inovação e crescimento.

1. O QUÊ - Quando falamos disso, nos referimos à visão que se recebe de Deus para começar
algo, como uma igreja, um projeto, um movimento, uma empresa, etc. É muito importante que
tenhamos o nosso “o quê” muito claro, pois ele irá nos manter focados na visão que Deus nos
deu, e fará com que consigamos discernir aquilo que aponta para a nossa visão e aquilo que vai
nos desviar do foco. Uma vez que tivermos isso claro, o próximo passo é aprender a comunicar
essa visão para as pessoas que estamos liderando, lançando-a para eles de forma clara. Assim
eles serão capazes de compreender a visão e escolher se querem abraçá-la verdadeiramente ou
não. Dessa forma, só ficarão aqueles que estiverem comprometidos com a visão.

Então o Senhor respondeu: “Escreva claramente a visão em tabuinhas, para que se leia
facilmente. Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda
que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará”. - Habacuque 2:2-3

2. POR QUÊ - Se o “o quê” é a visão, o “por quê” é a missão, a motivação por trás do que
estamos fazendo, e essa parte demanda algumas coisas do líder. O “por quê” é o que traz
sentido para o “o quê” e faz as pessoas se apaixonarem pela visão, então é nesse momento
em que é necessário que tenhamos bons argumentos, que sejam teologicamente embasados
e façam sentido logicamente. Como líderes, devemos ser capazes de guiar as pessoas pelo
raciocínio bíblico e lógico da nossa missão, para que faça sentido para eles, tanto espiritualmente
quanto praticamente. Inclusive, é muito importante que o “por quê” não seja transmitido como
algo tão espiritual que não tem uma lógica prática visível, mas sim que seja algo fundamentado
espiritualmente e expresso logicamente para a realidade das pessoas.

Além disso, nós sempre poderemos ir mais fundo no nosso “por quê”, à medida que a nossa
revelação do coração do Pai para o que estamos fazendo começa a crescer. E à medida em
que isso acontece, somos capazes de expandir o senso de missão dos nossos liderados, ao
expandirmos a revelação que eles têm da nossa missão. isso oxigena a equipe, renova a paixão
e mantém as pessoas comprometidas com aquilo que Deus está fazendo através deles.

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3. COMO - O “como” é a maneira como você irá sua seguir a sua visão e executar a
sua missão. É o método, a estratégia usada para ralmente avançar e alcançar o objetivo
do que você está liderando. Porém, dentre essas três palavras, existe algo que se aplica
unicamente para o “como”, e isso é crucial para que nós continuemos inovando e crescendo.

Enquanto o “o quê” e o “por quê” são praticamente imutáveis, o “como” não é assim. Ele
pode mudar de acordo com os tempos, pois ele é apenas um método para se cumprir
a missão e executar a visão. Em termo mais simples, podemos dizer que você segura o
“o quê”e o “por quê” com as mãos fechadas, mas você segura o “como” com as mãos
abertas. Portanto, saber quando e como mudar os seus métodos é uma das principais
chaves para que uma organização ou uma equipe continue inovando e crescendo, pois
apenas assim conseguimos acompanhar as mudanças que acontecem ao nosso redor.

Agora, como líder, se você está começando agora a colocar em prática a sua visão e a
sua missão, você terá que determinar e se envolver praticamente no “como”. Você terá
que dar o pontapé inicial e colocar a bola em jogo para os seus liderados, apontando
uma direção e ensinando-os a executar o método que você determinou. Isso será
importante para que você possa implantar visão e cultura nos seus liderados no dia a
dia em que vocês trabalham juntos, e nesse processo vocês começarão a ver resultados
e a colher frutos da execução do método. Porém, chegará um momento em que você
terá que abrir mão de ser a pessoa que pensa no método, liberando o seu “como”
para outras pessoas que estão debaixo da sua liderança. Essa é a única maneira da
organização continuar crescendo e inovando. Lembre-se, se você centralizar tudo em cima
de si mesmo, você estará limitando o crescimento da organização e impedindo os seus
liderados de crescerem.

> REFLEXÃO
Você tem clareza sobre o seu “o quê”, seu “por quê” e o seu “como”? Como tem
sido a sua comunicação desses três elementos para a sua equipe?

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3 MOTIVOS PORQUE VOCÊ DEVE LIBERAR O SEU “COMO”

1) TALVEZ VOCÊ NÃO SAIBA MAIS A MELHOR MANEIRA DE FAZER AS COISAS


Talvez seja difícil para você se deparar com essa afirmação, ainda mais se você for o fundador
da organização, tendo trabalhado duro e até mesmo obtido sucesso através de seus métodos,
mas é a verdade. À medida que o tempo passa e a organização cresce, precisamos entender
que precisamos cada vez mais de pessoas à nossa volta que possam operacionalizar as coisas
melhor do que nós poderíamos. Chamamos essas pessoas de especialistas, as pessoas que
podem ocupar o lugar de execução do “como” em nosso lugar.

Porém, para que isso aconteça é necessário que quebremos um mito muito comum, que é o de
que suas experiências passadas te fazem um expert. Isso é algo muito presente na mentalidade de
muitos líderes que tiveram sucesso através dos seus métodos, e embora soe como algo verdadeiro,
é um engano que pode te impedir de se manter relevante. Suas experiências passadas te fazem
um expert em uma metodologia que funcionou em uma época e contexto específicos, mas que
não necessariamente se aplica para agora. Para nos mantermos relevantes, precisamos estar com
as mãos abertas com relação ao nosso “como”, dispostos a confiá-lo nas mãos de pessoas que
talvez consigam fazer isso melhor do que você. Pode ser que você tenha sido a pessoa que fez
as coisas acontecerem no começo, mas é necessário dar espaço para outras pessoas assumirem
responsabilidades maiores, aliviarem a carga e oxigenarem a organização. Isso não é desprezar
a experiência do passado, mas entender que ela não necessariamente garante o sucesso futuro.

Entretanto, para que você consiga confiar o “como” nas mãos de outras pessoas, você precisa
de líderes capacitados em quem você consiga confiar, um dos motivos pelos quais uma cultura
de desenvolvimento de líderes é tão importante. Você incute a cultura, a visão e a missão nos
seus liderados, testa o caráter, os treina para conseguirem reproduzir esses elementos e então
confia mais responsabilidade em suas mãos. Caso você não tenha esses líderes dentro de casa
e está em um ponto onde sente a necessidade de transferir responsabilidade para alguém,
contrate de fora e faça com que essa pessoa se alinhe com o DNA que você está construindo,
ou melhor ainda, chame aqueles de fora que já estão alinhados com a sua cultura. É melhor do
que continuar centralizando as coisas em você e ralentando o crescimento e a capacidade de
inovação da sua organização.

DICA: COMO RECRUTAR ALGUÉM PARA A SUA ORGANIZAÇÃO? 5 C’S:

1. Competência: A pessoa tem os dons e aptidões necessárias para a tarefa e responsabilidades


que ela irá exercer?
2. Caráter: A pessoa carrega o caráter de Cristo? Ela tem um coração ensinável? Ela demonstra
a presença do fruto do Espírito Santo?
3. Cultura: Ela está alinhada ou disposta a se adaptar à sua cultura? Ela já
pode chegar liderando?
4. Conexão: Ela tem conexão, ou química, com o resto da equipe? Tem a mesma
linha de pensamento?
5. Chamado: O chamado dela se encaixa no chamado corporativo da organização? É uma
situação que beneficia ambas as partes?

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Lembretes: Liderança não é uma ciência exata, mas é como medicina, você vai sentindo e
identificando os pontos que precisam ser fortalecidos e testando soluções até encontrar algo
saudável. Caso você tenha contratado ou delegado para alguém e as coisas não estiverem
fluindo, se pergunte se você não tomou a decisão errada. Será que você delegou para a pessoa
errada? Será que essa pessoa realmente é capaz de entregar o que está sendo cobrado dela?
Afinal, se ela não for capaz naquele momento de entregar o que lhe está sendo pedido, já não
é mais cobrança, mas sim violação.

Leve tempo para recrutar ou contratar alguém, para diminuir as chances de cometer erros, mas
uma vez que você perceber que cometeu um erro, demita e resolva rapidamente para não perder
muito tempo em algo que não deu certo. Isso acontece, pois todos erramos, mas não precisamos
persistir no erro, prejudicando a organização e todas as pessoas envolvidas no processo.

2) ESTICA A SUA EQUIPE E A DESAFIA A INOVAR

Poucas coisas podem levar um líder ou uma equipe para o próximo nivel como novos desafios.
Ao confiarmos mais responsabilidade nas mãos daqueles que estao debaixo de nossa liderança,
testamos a nossa própria capacidade de gerar líderes e damos a oportunidade de eles serem
proativos e exercerem liderança na prática. Por isso é tão importante que nós criemos um
ambiente em que as pessoas não aprendam apenas a seguirem ordens, mas sim um lugar onde
elas possam participar de processos de tomadas de decisões e sugerir soluções, pois assim elas
estarão sendo preparadas para assumir responsabilidades maiores.

Quando liberamos o “como” na mão de outras pessoas, além de desenvolvê-las como líderes nós
geramos nelas o senso de propriedade daquilo que confiamos em suas mãos. De repente, aquela
pessoa já se dedicou e sonhou tanto com aquilo que lhe foi confiado que ela já estará fazendo
de uma forma melhor e mais contemporânea do que você jamais faria.

“As melhores soluções irão semore surgir das pessoas


mais próximas ao problema.” - Téo Hayashi

Porém, para que isso aconteça, é necessário que haja margem para erro e autonomia para que
a pessoa tome decisões sem sempre ter que vir pedir a sua permissão. Se a pessoa que está
liderando o “como” da sua organização precisa sempre vir a você para pegar autorização sobre
cada detalhe, isso só desacelera ainda mais o processo, não descentraliza nada da sua figura
como líder, não desenvole a proatividade, criatividade e liderança do seu liderado e ainda gera
desgaste e frustração entre vocês. Portanto, pare de mandar em todos os detalhes! Deixe a sua
equipe arriscar, errar e acertar!

Outra questão importante a se considerar para que sua equipe se sinta desafiada a inovar é
se você está construindo uma cultura que valoriza ou soluciona os problemas. Uma cultura que
valoriza o problema gera pessoas que são muito boas em identificar problemas, mas que não
são criativas e proativas em solucioná-los. Porém, uma cultura que prefere encontrar soluções
criativas para os problemas ao invés de apenas ficar analisando-os cria pessoas motivadas e
capacitadas para inovar e elevar o nível da organização.

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“Se você está frustrado com pessoas da sua equipe porque elas só
fazem o mínimo, algo está errado na sua cultura.” - Téo Hayashi

3) TE LIBERA PARA FOCAR NO FUTURO

O líder deve sempre estar à frente da sua equipe, não no meio ou atrás, pois é papel do líder
receber e comunicar a visão profética da organização para aqueles que estão seguindo a sua
liderança. Sendo assim, é muito importante que você abra mão de estar diretamente envolvido
com o seu “como” para que você tenha tempo para receber visão fresca e planejar mais o que
está pela frente do que executar o que está na sua frente hoje. Inclusive, uma boa maneira de ver
se você está mais focado no “o quê” do que no “como” é ver quanto tempo você tem dedicado
a maior parte do seu tempo: planejamento ou execução do que já foi planejado.

Portanto, para que você consiga exercer o verdadeiro papel do líder, a ideia é justamente que
você não precise estar envolvido em cada passo do processo de execução do “como” da sua
organização. Apenas fique perto o suficiente para liberar sua ansiedade de “colocar a mão na
massa”, mas não roube a sua organização da sua visão ao escolher focar apenas nas tarefas
do dia-a-dia. Dessa forma, enquanto você está planejando e estrategizando o “o quê” e indo
mais fundo no “por quê”, outras pessoas estão executando o “como” de formas inovadoras, que
garantirão o crescimento e vanguarda da sua organização.

> REFLEXÃO
Você se considera um líder centralizador? Se sim, por que você acha que tem
tanta dificuldade de confiar responsabilidades a outras pessoas? Se não, como
você vê os benefícios da descentralização na sua organização ou na sua equipe?

CHECKLIST DA AULA 10

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Podcast Teo Hayashi - Como levantar um movimento missionário (parte 1 e 2)
Ekklesia, Capítulo 12: Uma compreensão mais completa da agenda social da
Ekklesia
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