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REVISTA DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

4º TRIMESTRE 2020
ANO 01 – Nº 02

EVANGELISMO E MISSÕES
O REINO DE DEUS ATRAVÉS DA IGREJA
Comentarista do Trimestre: Ev. Flávio Silva

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EVANGELISMO E MISSÕES
O Reino de Deus Através da Igreja

SUMÁRIO

04/10/2020 – LIÇÃO 01: A Igreja de Cristo ----------------------------------5

11/10/2020 – LIÇÃO 02: Conhecendo o Movimento Pentecostal --------11

18/10/2020 – LIÇÃO 03: Uma Igreja Autenticamente Pentecostal -------17

25/10/2020 – LIÇÃO 04: A Igreja em um Mundo Novo --------------------23

01/11/2020 – LIÇÃO 05: Missão Profética: Proclamação da Palavra --30

08/11/2020 – LIÇÃO 06: O Manual de Missões ----------------------------36

15/11/2020 – LIÇÃO 07: Discipulado: A Missão Educadora da Igreja -43

22/11/2020 – LIÇÃO 08: Evangelização: A Máxima Missão da Igreja --49

29/11/2020 – LIÇÃO 09: A Evangelização das Crianças ------------------55

06/12/2020 – LIÇÃO 10: A Evangelização Urbana e Suas Estratégias -61

13/12/2020 – LIÇÃO 11: A Evangelização na Era Digital ----------------67

20/12/2020 – LIÇÃO 12: O Árduo Trabalho Missionário -----------------73

27/12/2020 – LIÇÃO 13: Avivamento Espiritual ----------------------------82

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04/10/2020
LIÇÃO 01
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor

A IGREJA DE CRISTO

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e Nenhuma barreira material, moral ou


sobre esta pedra edificarei a minha igreja, espiritual será capaz de impedir a Igreja
e as portas do inferno não prevalecerão de cumprir a sua missão na Terra.
contra ela” (Mt 16.18).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Estabelecer a diferença Descrever a


Definir o termo bíblico
entre igreja local e organização funcional
“igreja”.
universal. da igreja.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 16 Atos 4

16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: 11 - Ele é a pedra que foi rejeitada por vós,
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. os edificadores, a qual foi posta por cabeça
17 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem- de esquina.
aventurado és tu, Simão Barjonas, porque 12 - E em nenhum outro há salvação,
to não revelou a carne e o sangue, mas meu porque também debaixo do céu nenhum
Pai, que está nos céus. outro nome há dado entre os homens pelo
18 - Pois também eu te digo que tu és qual devamos ser salvos.
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1Pe 2.4-8 5ª feira - Mt 18.15-20


Jesus é a pedra fundamental da Igreja Jesus estabeleceu disciplina para a sua
3ª feira - Ef 1.19-23 Igreja
A Igreja foi arquitetada no céu 6ª feira - 1Tm 3.14-16
4ª feira - Ef 2.20-22 A Igreja é a coluna e firmeza da verdade
Jesus estabeleceu uma Igreja organizada Sábado — 1Co 12.12,13,27
A Igreja é o corpo de Cristo

5
INTERAÇÃO

Professor, a igreja é um organismo espiritual vívido! As Sagradas Escrituras


empregam diversos símbolos com o intuito de descrever a natureza, caráter e
missão da Igreja. Como já é de seu conhecimento, um símbolo é uma figura
literária que apresenta uma verdade moral ou religiosa por meio da
correspondência entre a figura e o conceito por ela representada. Nesta lição, de
acordo com o Novo Testamento, comente as principais analogias bíblicas
concernentes à Igreja: FIRMEZA (edifício, templo), ORGANISMO (Corpo de
Cristo), RELACIONAMENTO (Noiva de Cristo, Esposa, Família de Deus).

VOCABULÁRIO

Engessar: Endurecer; enrijecer; formalizar.


Liturgia: Conjunto dos elementos que compõem o culto cristão.
Precípuo: Principal; essencial; necessário.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Missão - refere-se à função, autoridade e poder concedidos


por Cristo à Igreja para cumprimento da obra de Jesus no mundo.

As lições deste trimestre têm por objetivo estudar evangelismo e missões e seu
o aspecto prático, ou seja, a Igreja no cumprimento da sua missão na Terra.
Apesar de abordarmos alguns aspectos teológicos fundamentais, nosso enfoque
estará no desenvolvimento da missão da Igreja no mundo. Como podemos
depreender do texto bíblico base da lição, a Igreja não é apenas uma
organização, mas um organismo vivo e divino que tem como encargo precípuo
a salvação dos pecadores e a congregação dos salvos a caminho da glória. A
Igreja não é obra humana (Mt 16.18), mas criação especial de Deus mediante
Cristo, seu Filho Amado. Jesus, como cabeça da Igreja (Ef 1.22,23), amou-a e
se entregou por ela (Gl 2.20).

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1. O QUE É A IGREJA

1.1. Definição

A palavra “igreja”, no grego, ekklēsia, significa “chamados para fora”.


Originalmente, os cidadãos de uma cidade eram chamados mediante o toque
de uma trombeta, que os convocava para se reunirem como assembleia em
determinado local, a fim de tratarem de assuntos comunitários. Da mesma
forma, a Igreja é um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo, para
formar um povo seleto, especial, pertencer a Deus e servi-lo (1Pe 2.9,10; 1Ts
1.9).

1.2. A Visão Cristológica da Igreja

Certa ocasião, Jesus interrogou os seus discípulos acerca do que as pessoas


pensavam a respeito dEle. Após ouvir suas várias respostas, o Mestre lhes fez
uma derradeira pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15). Pedro,
inspirado pelo Espírito Santo, respondeu-lhe imediatamente: “Tu és o Cristo,
o Filho do Deus vivo” (v.16). A partir desta resposta, Jesus fez uma enfática
declaração revelando aos seus discípulos a edificação, a jornada e o futuro da
sua Igreja na Terra. O Senhor afirmou a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”
(Mt 16.18). Quando o Mestre enunciou: “edificarei a minha igreja”,
identificou-se como seu Arquiteto, cuja edificação estender-se-ia até “à
consumação dos séculos” (Mt 28.20). O fundamento sobre o qual Ele edifica
a Igreja está indicado nas palavras do texto: “sobre esta pedra”. A pedra não se
refere a Pedro e, sim, à verdade que este acabara de afirmar: “Tu és o Cristo, o
Filho do Deus vivo” (v.16). Jesus não disse: “sobre ti edificarei a minha igreja”,
mas declarou que sobre a confissão revelada pelo Espírito Santo a Pedro, a
igreja seria edificada. O próprio Pedro afirma que Jesus é a Pedra sobre a qual
a Igreja é edificada — “pedra angular, eleita e preciosa” (1Pe 2.5; At 4.11). A
referência a Cristo como a “pedra angular” (1Pe 2.5 — ARA), figura um
edifício construído com pedras espirituais, isto é, vidas regeneradas ao longo
da existência da Igreja na Terra (1Co 3.9; Ef 2.22).

Sinopse do Tópico 1

A Igreja, o conjunto de todos os salvos em Cristo, foi edificada por Jesus para
anunciar a salvação em Cristo e triunfar sobre o pecado, a injustiça e o mal.

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2. AS DIMENSÕES DA IGREJA NA TERRA

2.1. Universal

A Igreja universal é o conjunto de todos os salvos em Cristo. É citada no Novo


Testamento no singular — “igreja” — nos textos de At 20.28; 1Co 12.28; Ef
1.22; 5.27; 1Tm 3.15; Hb 12.23. No plano eterno de Deus, a Igreja universal
foi arquitetada por Ele antes da fundação do mundo (Ef 1.4,9,10), e, tem um
caráter geral porque inclui todos os cristãos remidos por Cristo, dentre todos
os povos.

2.2. Local

A palavra igreja, em sentido literal, abrange o conceito de “congregar” e


“reunir”, pois se trata da reunião dos fiéis em um local específico. A Bíblia
emprega o plural “igrejas”, a fim de referir-se às igrejas locais (At 9.31; 16.5;
Rm 16.4; 16.19; 2Co 8.1; Gl 1.2). No entanto, quando o termo está no singular,
cita-se a região na qual a igreja local encontra-se (At 14.23; Rm 16.1; 1Co 1.2;
4.17; 1Ts 1.1). A perspectiva local da igreja fortalece o fato de que o trato e
relacionamento de Deus com ela não é só universal, mas local, congregacional
e direto.

Sinopse do Tópico 2

A Igreja universal, o Corpo místico de Cristo, é invisível e constituída por


todos os salvos em Cristo. A igreja local é visível e composta por todos os
crentes regionais que se reúnem visivelmente.

3. A ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA IGREJA

3.1. A Organização Administrativa da Igreja

A Igreja é tanto um organismo espiritual quanto uma organização que necessita


do trabalho de pessoas nos vários órgãos funcionais da igreja local.
Organização funcional da igreja refere-se à administração dos recursos
materiais e humanos de que ela dispõe, para que não haja interrupções no seu
crescimento quantitativo e qualitativo.

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3.2. A Organização Ministerial da Igreja

Esta forma de organização diz respeito ao governo da igreja local através de


homens vocacionados e capacitados por Deus para o exercício do santo
ministério eclesiástico. Ao longo da trajetória da igreja, temos várias formas
de governo eclesiástico: local, distrital, regional e nacional. Por meio do Novo
Testamento, verificamos que a autoridade administrativa e espiritual da igreja
local é competência do pastor. Todos os demais cargos e funções submetem-
se à autoridade pastoral. Na igreja também há cargos de caráter espiritual,
conforme expõe a Escritura em Ef 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres.

3.3. A Organização Espiritual da Igreja

Essa organização refere-se, essencialmente, à sua liturgia. Trata-se da


ministração do culto, da adoração coletiva, das ordenanças deixadas por Jesus,
como a Ceia do Senhor e o batismo em águas (Mt 28.19,20; Lc 22.16-20).
Mesmo que não haja uma forma prescrita e específica de liturgia dos cultos,
devemos primar em manter os princípios ensinados por Jesus, no sentido de
promover a comunhão com Deus e com os irmãos. Na realização do culto,
deve-se evitar tanto o formalismo que engessa a liberdade da adoração a Deus
em “espírito e em verdade” (Jo 4.23,24), quanto à espontaneidade individual
sem limites, que vulgariza e profana o “culto racional” que devemos prestar
continuamente a Deus (Rm 12.1; Sl 95.1-6).

Sinopse do Tópico 3

A igreja é tanto um organismo espiritual vívido como uma organização


administrativa. A organização funcional da igreja é formada pelos líderes
locais e por meio dos recursos espirituais, materiais e humano.

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos as características fundamentais da doutrina da Igreja, a


fim de compreendermos suas dimensões terrena e celeste. Você faz parte da
Igreja no seu âmbito universal? Está integrado e exerce o ministério que Jesus
lhe confiou na igreja local? Trabalhemos enquanto é dia!

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BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

10
11/10/2020
LIÇÃO 02
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor

CONHECENDO O MOVIMENTO PENTECOSTAL

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Mas recebereis a virtude do Espírito O Movimento Pentecostal é a maior


Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me- demonstração de que a Igreja de Cristo
eis testemunhas tanto em Jerusalém como não é uma mera organização, mas um
em toda a Judeia e Samaria e até aos organismo vivo.
confins da terra” (At 1.8).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Descrever a trajetória Saber distinguir o


Conhecer a origem do
histórica do verdadeiro do falso
pentecoste cristão.
Pentecostalismo. Pentecostalismo.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Atos 2.1-4, 14-17. 14 - Pedro, porém, pondo-se em pé com os


onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, judeus e todos os que habitais em
estavam todos reunidos no mesmo lugar, Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai
2 - e, de repente, veio do céu um som, as minhas palavras.
como de um vento veemente e impetuoso, 15 - Estes homens não estão embriagados,
e encheu toda a casa em que estavam como vós pensais, sendo esta a terceira
assentados. hora do dia.
3 - E foram vistas por eles línguas 16 - Mas isto é o que foi dito pelo profeta
repartidas, como que de fogo, as quais Joel:
pousaram sobre cada um deles. 17 - E nos últimos dias acontecerá, diz
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo Deus, que do meu Espírito derramarei
e começaram a falar em outras línguas, sobre toda a carne; e os vossos filhos e as
conforme o Espírito Santo lhes concedia vossas filhas profetizarão, os vossos
que falassem. jovens terão visões, e os vossos velhos
sonharão sonhos.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - At 2.1-4 5ª feira - At 10.44,45


O nascimento do Pentecostalismo O Espírito Santo é derramado entre
3ª feira - At 2.4 gentios
O sinal mais evidente do 6ª feira - 1 Co 14.22
Pentecostalismo Um sinal para os infiéis
4ª feira - At 8.16,17; 9.17; 19.2,5,6 Sábado - 1 Co 14.5
Atualidade do batismo com o Espírito Línguas estranhas
Santo
11
INTERAÇÃO

Prezado professor, nesta lição procure dar ênfase às principais características


de uma igreja legitimamente pentecostal. Explique que esta igreja tem por certo:
a soberania da Bíblia, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus; a atualidade
do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais; a pureza da doutrina
bíblica cristã e o cumprimento integral da Grande Comissão. Diante do
surgimento de muitos movimentos “pseudopentecostais” que vêm semeando
confusão doutrinária e heresias, precisamos aprender a separar o falso do
verdadeiro, o precioso do vil. Que venhamos conservar o legítimo
pentecostalismo, conforme encontramos na Palavra de Deus.

VOCABULÁRIO

Ortodoxo: O que se acha de acordo com a Palavra de Deus.


Místico: Misterioso espiritualmente e ligado ao sobrenatural.
Sincrético: Unificação de ideias ou doutrinas diversificadas.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Pureza - estado ou qualidade de puro.

O Movimento Pentecostal, embora comprovadamente bíblico e ortodoxamente


teológico, vem sofrendo, desde o seu nascedouro, injustificados ataques. Isto se
deve a dois principais fatores: 1) falta de conhecimento bíblico-teológico acerca
da doutrina do Espírito Santo e 2) ignorância sobre a origem do maior
avivamento já registrado pela história. Nesta lição, teremos oportunidade de
conhecer um pouco mais sobre a origem e a atualidade do Pentecostalismo.
Viremos a constatar que o Movimento Pentecostal, apesar de seus 108 anos de
história, é uma realidade que vem sendo experimentada pela Igreja de Cristo há
quase vinte séculos. Infelizmente, muitos são os movimentos que,
cognominados de pentecostais, vêm semeando confusão acerca do verdadeiro
movimento do Espírito Santo.

12
1. A ORIGEM DOS PENTECOSTES CRISTÃO

1.1. O Ponto de Partida

No Dia de Pentecostes, em Jerusalém, cumpriu-se a promessa que o Senhor


Jesus fizera aos seus discípulos: a vinda do Consolador (Jo 14.16; At 2.1-4).
Inaugurou-se, assim, um novo tempo para o povo de Deus que passou a
usufruir de um abundante derramamento do Espírito Santo, conforme havia
profetizado Joel (Jl 2.28-31). Sim, o que Jesus prometera tornou-se realidade
(Lc 24.49). Mas qual a origem do Pentecostes? E por que as igrejas que creem
na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais são
denominadas Pentecostais?

1.2. Como Surgiu o Termo Pentecostalismo

A expressão “Pentecostalismo” procede do vocábulo grego pentekosté que


significa quinquagésimo. O Pentecostes era a segunda das três principais festas
judaicas (Lv 23) e recebe esse nome por ser comemorado cinquenta dias após
a Páscoa (Lv 23.16). Era também conhecido como a Festa das Semanas, Festa
das Primícias e Festa da Colheita (Êx 34.22). Foi durante o Pentecostes que os
quase 120 que oravam no cenáculo receberam o batismo com o Espírito Santo
(At 1.3; 2.1-13).

1.3. Do Pentecoste Judaico ao Cristão

Devido à destruição do Santo Templo em 70 d.C, os judeus ficaram


impossibilitados de praticar muitos de seus rituais e liturgias. Mas para os
cristãos, o Pentecostes, em virtude do derramamento do Espírito Santo,
adquiriu um novo sentido. Tornou-se sinônimo do ministério, operações, atos
poderosos e manifestações sobrenaturais do Espírito Santo na Igreja e através
da Igreja (At 19.1-20).

Sinopse do Tópico 1

O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes.

13
2. A TRAGETÓRIA DO PENTECOSTALISMO

2.1. A Promessa da Efusão do Espírito

Deus revelou ao profeta Joel que, nos últimos dias, haveria uma efusão do
Espírito Santo sobre os fiéis (Jl 2.28-32). Por conseguinte, a promessa do
derramamento do Espírito Santo não se destinava apenas aos crentes que se
achavam reunidos no cenáculo, mas diz respeito a todos os servos de Deus em
todos os lugares e épocas (At 2.1-13, 39). O Movimento Pentecostal implica
numa ação contínua e renovadora do Espírito Santo na vida da Igreja, fazendo
com que esta cumpra cabalmente as demandas da Grande Comissão (Mt
28.19,20; Mc 16.15-20).

2.2. O Movimento Pentecostal tem o Testemunho dos Séculos

O escritor e jornalista Emílio Conde evidencia em “O Testemunho dos


Séculos”, através de inúmeras provas, que o Pentecostalismo é um movimento
legitimamente bíblico e que, historicamente, não se restringiu à Igreja
Primitiva. Não é, portanto, um modismo sueco ou norte-americano. Em seu
Dicionário do Movimento Pentecostal, afirma o historiador Isael de Araújo
que o “pentecostalismo, em suas diferentes formas, tem existido por toda a
história cristã, tanto do Ocidente como no Oriente, desde o Dia de Pentecostes,
em Jerusalém”. No verbete “cronologia do pentecostalismo mundial”, o autor
mostra um panorama das manifestações históricas do pentecostalismo do
primeiro até ao século vinte.

2.3. O Genuíno Pentecostalismo

Como distinguir o verdadeiro do falso Pentecostalismo? O genuíno


pentecostalismo não admite qualquer outra revelação além das Escrituras
Sagradas, pois prima pela ortodoxia bíblica e pela sã doutrina (Cl 1.6-9). Logo,
nossa única regra de fé e conduta é a Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante,
absoluta e completa Palavra de Deus.

Sinopse do Tópico 2

Podemos afirmar que Pentecostalismo é um movimento legitimamente bíblico


e que, historicamente, não se restringiu à Igreja Primitiva.

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3. O VERDADEIRO PENTECOSTALISMO

3.1. Características das Igrejas Pentecostais

São igrejas legitimamente pentecostais as que, em primeiro lugar: a) Aceitam


a soberania da Bíblia Sagrada, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus,
elegendo-a como infalível regra de avaliação de toda e qualquer manifestação
espiritual (2 Tm 3.16); b) Mantém a pureza da sã doutrina, conforme a
encontramos na Bíblia Sagrada (At 2.42; 1 Tm 4.16); c) Acreditam na
atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais (At 2.39);
d) Cumprem integralmente as demandas da Grande Comissão que nos deixou
o Senhor Jesus (Mc 16.15-20); e) Têm compromisso com a santidade,
defendem o aperfeiçoamento da vida cristã através da leitura da Bíblia, da
oração e do exercício da piedade na consolação do Espírito Santo (Gl 5.22; 1
Ts 5.17-23; 1 Tm 4.8).

3.2. Novos Movimentos

Vários movimentos, incorretamente intitulados de pentecostais, têm surgido


ao longo dos anos. Tais dissidências acabaram criando um segmento esotérico,
místico e sincrético que em nada lembra o verdadeiro cristianismo (Cl 2.18).
Tais são os desvios doutrinários desses movimentos que eles, sequer, podem
ser considerados cristãos, pois incorporaram às suas liturgias práticas místicas
e antibíblicas, fazendo uso de sal grosso, rosa ungida, óleo e água
“santificados”, culto aos anjos, etc. Tais práticas são heréticas e inadmissíveis,
não tendo nenhum respaldo na Palavra de Deus. Não podemos nos esquecer,
também, de extravagâncias doutrinárias como, por exemplo, a teologia da
prosperidade, confissão positiva, quebra de maldição, triunfalismo e outros
aleijões teológicos e heresias.

Sinopse do Tópico 3

O verdadeiro Pentecostalismo caracteriza-se pela aceitação das Escrituras


como a inspirada e inerrante Palavra de Deus, manutenção da sã doutrina,
atualidade dos dons espirituais, cumprimento integral da GRANDE
COMISSÃO e compromisso com a santidade.

15
CONCLUSÃO

O verdadeiro Movimento Pentecostal teve sua origem no Dia de Pentecostes. Os


anos se passaram, mas a chama Pentecostal continua a arder, pois a promessa do
batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais é para nós também.
Conservemos, pois, o legítimo Pentecostalismo, conforme o encontramos nas
Sagradas Escrituras. Que preservemos e vivamos com intensidade o avivamento
que nos legaram Daniel Berg e Gunnar Vingren.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

16
18/10/2020
LIÇÃO 03
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor

UMA IGREJA AUTENTICAMENTE PENTECOSTAL

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, Uma igreja autenticamente Pentecostal


batizando-as em nome do Pai, e do Filho, evangeliza, faz missões, ensina,
e do Espírito Santo” (Mt 28.19). protesta contra o pecado e ajuda aos
necessitados, cumprindo integralmente
a missão que lhe confiou o Senhor
Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conscientizar-se de
que a evangelização,
Conhecer as bases da Explicar a missão discipulado, educação,
missão evangelizadora educadora e social da Igreja comunhão e serviço
da Igreja. Pentecostal. social constituem a
missão da Igreja de
Cristo.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Marcos 16 Atos 2

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, 42 - E perseveravam na doutrina dos


pregai o evangelho a toda criatura. apóstolos, e na comunhão, e no partir do
16 - Quem crer e for batizado será salvo; pão, e nas orações.
mas quem não crer será condenado. 43 - Em cada alma havia temor, e muitas
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: maravilhas e sinais se faziam pelos
em meu nome, expulsarão demônios; apóstolos.
falarão novas línguas; 44 - Todos os que criam estavam juntos e
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem tinham tudo em comum.
alguma coisa mortífera, não lhes fará dano 45 - Vendiam suas propriedades e
algum; e imporão as mãos sobre os fazendas e repartiam com todos, segundo
enfermos e os curarão. cada um tinha necessidade.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter 46 - perseverando unânimes todos os dias
falado, foi recebido no céu e assentou-se à no templo e partindo o pão em casa,
direita de Deus. comiam juntos com alegria e singeleza de
20 - E eles, tendo partido, pregaram por coração,
todas as partes, cooperando com eles o 47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo
Senhor e confirmando a palavra com os o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à
sinais que se seguiram. Amém! igreja aqueles que se haviam de salvar.

17
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Tm 3.14,15 5ª feira - Mt 16.13-18


Igreja, coluna e firmeza da verdade O fundamento da igreja
3ª feira - Mt 28.1 6ª feira - Tg 1.27
A missão evangelizadora da igreja A religião pura e imaculada
4ª feira - Mt 28.20 Sábado - 1 Jo 3.17,18
A missão ensinadora da igreja O amor ao próximo

INTERAÇÃO

Prezado professor, você terá a oportunidade, mediante o estudo da lição, de


refletir a respeito de uma questão bem oportuna e relevante para alcançar os
objetivos propostos: “Somos uma igreja autenticamente Pentecostal?”. Não se
esqueça de que ser Pentecostal não é só falar em línguas estranhas. Uma igreja
Pentecostal genuína evangeliza, ensina, ajuda os necessitados e mantém os seus
membros em comunhão, ou seja, cumpre sua missão integral. Que venhamos,
como Igreja do Senhor, agir no poder do Espírito Santo a fim de cumprir
integralmente a missão que nos confiou o Senhor Jesus.

VOCABULÁRIO

Parco: Escasso.
Primar: Dar preferência.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Autêntico - verdadeiro, legítimo.

Este ano as Assembleias de Deus no Brasil fizeram 108 de história, por isso,
não podemos calar a pergunta: Temos realmente todas as características de uma
igreja autenticamente Pentecostal? Para responder a esta questão, temos de
voltar aos Atos dos Apóstolos e ver como vivia e agia a Igreja Primitiva. Basta
ler os primeiros capítulos do relato lucano, para se concluir: a Igreja que se acha
sob a flama do Pentecostes evangeliza, faz missões, discípula, ensina
sistematicamente a Bíblia, socorre aos necessitados e aguarda, amorosamente,
a volta de Nosso Senhor. Sim, a igreja que se acha sob a flama do Pentecostes
age no poder do Espírito Santo.

18
1. EVANGELIZAÇÃO, MISSÃO DA IGREJA PENTECOSTAL

1.1. O Imperativo da Missão Evangelização

O Senhor Jesus, antes de sua ascensão aos céus, instruiu os discípulos a


respeito das quatro principais ações da Igreja: pregar, fazer discípulos, batizar
e ensinar (Mt 28.19,20). Sim, exatamente nesta ordem. A Igreja
autenticamente Pentecostal sai das “quatro paredes”, para comunicar a
mensagem do Evangelho. Ela sabe que o revestimento de poder foi-lhe
concedido pelo Senhor, para que testemunhe ousadamente da salvação em
Cristo (At 1.8). Consequentemente, todo cristão batizado com o Espírito Santo
é impulsionado a pregar a Cristo e a fazer discípulos. E estes, por sua vez, são
constrangidos a fazer outros discípulos, dando sequência a um processo
continuo de geração de outras testemunhas (2 Tm 2.2).

1.2. A Evangelização como Fator de Crescimento

A Assembleia de Deus sempre primou pela evangelização e pela obra


missionária. Seus fundadores eram autênticos evangelistas. Daniel Berg e
Gunnar Vingren, apesar dos poucos recursos de que dispunham, viajavam em
meio à floresta amazônica, pregando o Evangelho. Devemos seguir-lhes o
exemplo, pois ainda há muita terra a ser conquistada dentro e fora do Brasil.
Além do mais, temos o exemplo do Filho de Deus que veio ao mundo para
salvar o pecador (Mt 20.28; Lc 19.10). Evangelize, faça discípulos e ensine na
direção e na unção do Espírito Santo (At 16.4,5). E a sua Igreja crescerá tanto
em quantidade quanto em qualidade.

1.3. O Discipulado

A igreja tem como tarefa não somente a evangelização, mas também o


discipulado (Mt 28.20). Este é um dos mais importantes trabalhos da Igreja,
pois leva os novos convertidos (homens, mulheres, jovens e crianças) a se
tornarem autênticos seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 4.13). A
Igreja Primitiva levou a sério essa tarefa (At 15.36). Pedro, por exemplo,
evangelizou e discipulou a casa de Cornélio (At 10.1-48). E o seu trabalho foi
coroado com o derramamento do Espírito Santo sobre os novos convertidos
(At 10.44,46).

19
Sinopse do Tópico 1

A Igreja Pentecostal autêntica não descuida da evangelização.

2. A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA PENTECOSTAL

2.1. Jesus e o Ensino da Palavra

Grande parte do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo foi dedicada ao


ensino (Mc 2.1,2; Jo 1.3-21). Mestre por excelência, ensinava com autoridade
deixando a todos atônitos com a singular autoridade de sua doutrina (Mt 7.29).
Após sua ascensão, os discípulos deram continuidade ao seu ministério, pois
Ele deixara-lhes bem explícito que o ensino bíblico tem de acompanhar
necessariamente a pregação do Evangelho (Mt 28.19,20). O Espírito Santo
concede o dom de ensinar à sua Igreja, objetivando a edificação dos santos (Ef
4.12). Uma Igreja Pentecostal autêntica ama e dá toda a prioridade ao ensino
da Palavra de Deus.

2.2. O Exemplo da Igreja em Antioquia

Em Antioquia, havia profetas e doutores, pois esta igreja era indubitavelmente


Pentecostal (At 13.1). E o ensinar, nesse caso, não é uma mera capacidade
humana, nem uma conquista acadêmica, mas um dom ministerial concedido
pelo Espírito Santo (1 Co 12.28; Rm 12.7; Ef 4.11,12). Nas Escrituras
Sagradas, o ensino sempre recebeu especial destaque. Muita meninice que
vemos por aí deve-se à falta do ensino bíblico. Nesses tempos difíceis e
trabalhosos, faz-se imperioso que os crentes sejam incentivados a estudar a
Bíblia Sagrada. E que a Igreja invista na qualificação e aperfeiçoamento de
seus professores (1 Tm 4.13). Uma Igreja Pentecostal destaca-se pelo ensino
bíblico ortodoxo, pois somente assim conservaremos acesa a chama do
Espírito Santo (1 Ts 5.19).

2.3. A Ortodoxia do Ensino Bíblico

O ensino das Escrituras deve ser, acima de tudo, ortodoxo. A palavra ortodoxia
significa “absoluta conformidade com um princípio ou doutrina bíblica”. Todo
ensino bíblico-doutrinário tem de estar de acordo com a mensagem divina
revelada na Bíblia Sagrada. Por conseguinte, uma Igreja autenticamente
Pentecostal acha-se edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e dos
profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo
20
edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2.20,21).
Mantenhamo-nos, pois, fiéis à sã doutrina.

Sinopse do Tópico 2

A Igreja Pentecostal genuína prioriza o ensino da Palavra de Deus.

3. A IGREJA PENTECOSTAL NÃO DEVE DESCUIDAR DO


SERVIÇO SOCIAL E DA COMUNHÃO

3.1. O Serviço Social

Tanto a evangelização quanto a assistência social fazem parte da missão


integral da Igreja de Cristo. Tomemos o exemplo do próprio Senhor. Ele e seus
discípulos iam de cidade em cidade anunciando o Evangelho, mas não
descuidavam dos que tinham fome (Lc 8.1; Lc 9.37). A Igreja Primitiva,
instruída pelo Espírito Santo, entendeu que a sua missão também compreendia
assistir aos necessitados (At 4.34,35). Com a mensagem evangelizadora,
ofertamos aos pecadores o “pão que desce do céu; por intermédio do serviço
social, oferecemos aos necessitados o pão que brota da terra” (Tg 2.14-17).

3.2. Atender aos Necessitados

Como a Igreja pode afirmar ser cheia do Espírito Santo se não atende aos
necessitados? Socorrê-los é antes de tudo um preceito bíblico (Dt 15.11; Sl
41.1; Tg 2.14-16). Jesus jamais se esqueceu dos pobres e a Igreja também não
haverá de olvidá-los. Assim procederam os cristãos primitivos (Cl 2.10).

3.3. Comunhão

A comunhão cristã é o vínculo de unidade fraternal que, sustentada pelo


Espírito Santo, constrange os crentes a se sentirem um só corpo em Jesus
Cristo. Esta era uma das marcas da Igreja Primitiva (At 2.42). A Igreja que
prima pela comunhão demonstra, na prática, a plenitude do Espírito Santo;
cada um de seus membros vive harmoniosamente como irmãos em Cristo (Sl
133.1). Quanto às inimizades, iras, pelejas e dissensões, tais coisas são
próprias dos que alimentam as obras da carne (1 Co 3.1-3; Gl 5.20).

21
Sinopse do Tópico 3

A Igreja Pentecostal não deve descuidar do serviço social e da comunhão.

CONCLUSÃO

Uma Igreja autenticamente Pentecostal evangeliza, ensina, ajuda os necessitados


e mantém os seus membros em plena comunhão conforme recomenda a Palavra
de Deus. Pentecostalismo não é só falar em línguas estranhas; vai muito além.
Segundo o teólogo Anthony D. Palma, “o batismo com o Espírito Santo tem que
ser mais do que uma doutrina; tem de ser uma experiência vital e produtiva na
vida dos crentes e seu testemunho no mundo”.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

22
25/10/2020
LIÇÃO 04
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor

A IGREJA EM UM MUNDO NOVO

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“E não vos conformeis com este mundo, A Igreja pode ser moderna, porém, não
mas transformai-vos pela renovação do deve ser mundana. Sua essência não
vosso entendimento, para que pode ser atingida pela atratividade
experimenteis qual seja a boa, agradável e deste século.
perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conscientizar de que
Saber como se deu a Explicar os aspectos precisamos fazer uma
transição do mundo políticos e socioculturais do leitura crítica do
veterotestamentário mundo enfrentado pela mundo para
para o neotestamentário. igreja do primeiro século. transformá-lo mediante
o nosso testemunho.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 11.16-19; 16.1-3. Mateus 16

Mateus 11 1 - E, chegando-se os fariseus e os


saduceus para o tentarem, pediram-lhe que
16 - Mas a quem assemelharei esta lhes mostrasse algum sinal do céu.
geração? É semelhante aos meninos que se 2 - Mas ele, respondendo, disse-lhes:
assentam nas praças, e clamam aos seus Quando é chegada a tarde, dizeis: Haverá
companheiros, bom tempo, porque o céu está rubro.
17 - e dizem: Tocamos-vos flauta, e não 3 - E pela manhã: Hoje haverá tempestade,
dançastes; cantamos-vos lamentações, e porque o céu está de um vermelho
não chorastes. sombrio. Hipócritas, sabeis diferençar a
18 - Porquanto veio João, não comendo, face do céu e não conheceis os sinais dos
nem bebendo, e dizem: Tem demônio. tempos?
19 - Veio o Filho do Homem, comendo e
bebendo, e dizem: Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo de publicanos e
pecadores. Mas a sabedoria é justificada
por seus filhos.

23
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Jo 16.33 5ª feira - Jo 18.20


No mundo teremos aflições Cristo falou abertamente ao mundo 6ª
3ª feira - Jo 17.1 feira - Jo 18.36
Cristo não pediu que Deus nos tirasse do O Reino de Cristo não é deste mundo
mundo Sábado —Rm 1.8; 10.18
4ª feira - Jo 17.18 A fé deve ser anunciada em todo o
Cristo enviou-nos ao mundo mundo

INTERAÇÃO

Caro professor, sugerimos que o amado explique que estamos vivendo um


tempo de mudanças em diversas áreas — econômica, política, social, religiosa,
etc. Em seguida indague a Igreja: “Estas mudanças afetam a igreja?”; “Qual
deve ser a atitude da igreja frente a estas mudanças?”. Conclua enfatizando
que a Igreja do Senhor precisa fazer uma leitura crítica do nosso mundo para
que possa transformá-lo mediante a pregação da Palavra de Deus.

VOCABULÁRIO

Perspicácia: sagacidade, capacidade de inserção.


Intertestamentário: Espaço ente o A.T. e N.T.
Concomitante: simultaneamente, juntamente.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Secularismo – sistema que influência o modo de vida sem


referência a Deus.

Nesta lição, estudaremos acerca das principais mudanças que o mundo


enfrentou na primeira década do século 21. Veremos que o tempo e o mundo
em que vivemos são muito distintos dos originais em que a Igreja nasceu. Como
viver os mesmos princípios doutrinários que marcaram os primeiros cristãos em
situações tão diferentes? Esse desafio só pode ser vencido com o que disse certo
teólogo acerca de o cristão carregar em uma das mãos a Bíblia e, na outra, o
jornal. Em termos diretos, precisamos fazer com que o Evangelho faça sentido
à sociedade atual.

24
1. DO MUNDO VETEROTESTAMENTÁRIO AO
NEOTESTAMENTÁRIO

1.1. A Transição do Mundo Veterotestamentário para o


Neotestamentário.

O período de quatrocentos anos entre o livro do profeta Malaquias e o


nascimento de João Batista e de Jesus Cristo é conhecido como
“intertestamentário”. Tal designação deve-se ao fato de os acontecimentos
que se deram nesse tempo terem ocorrido entre os testamentos bíblicos, em
uma época em que Deus não levantou profeta algum para levar uma mensagem
coletiva a Israel (Ml 4.5,6). É importante observar que nesse período Deus
falou isoladamente com algumas pessoas, pois se revelou a Zacarias e a Isabel
(Lc 1.5-25,36,41-45), a Simeão e a Ana, a profetisa (Lc 2.25-38), e ainda a
Maria e, posteriormente, a José (Lc 1.26-38; Mt 1.18-25). Após essa sequência
de revelações, iniciou-se um novo tempo, quando Deus então cumpriu sua
promessa vaticinada por Malaquias de enviar um profeta com as mesmas
características de “Elias”. Esse profeta teve como missão preparar os corações
para a mensagem de Jesus Cristo, o Messias (Mt 11.9,10,14; Lc 7.24-27;
1.16,17,76-79). Assim estava feita a transição entre o mundo do Antigo para o
do Novo Testamento.

1.2. Da Separação Social à Imersão Comunitária

João Batista, além de precursor do Messias, foi, nas palavras de Jesus Cristo,
o último dos profetas e também o marco de transição entre a Antiga e a Nova
Aliança (Mt 11.13). O Batista foi, sem dúvida alguma, um homem de Deus,
mas é possível verificar alguns contrastes entre a sua postura em relação à de
Jesus Cristo. Enquanto o primeiro recolhia-se no deserto (Mt 3.1,3; 11.7; Lc
1.80; 7.24) e adotava um estilo de vida solitário (Mt 11.18), o segundo vivia
entre as pessoas e, por isso mesmo, foi acusado de ser alguém comum (Mt
11.19). O exemplo deixado pelo Filho de Deus é muito claro: É plenamente
possível viver em meio a uma sociedade corrompida sem contaminar-se com
o estilo de vida pecaminoso do mundo (Hb 4.15).

1.3. Jesus – Um Homem do seu Tempo

À acusação de que deveria apartar-se dos pecadores, Jesus respondia que os


“sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes” (Mc 2.17). O

25
Mestre procurava estar onde as pessoas se concentravam, pois, a sua missão
consistia exatamente em resgatá-las (Mt 9.13; Mc 1.38,39; Lc 5.32).
Evidentemente que Jesus também se recolhia em momentos oportunos ou a
fim de falar com Deus (Mt 14.13; Mc 1.32-37), o primeiro milagre que o Filho
de Deus realizou foi em um casamento, celebrando dessa forma o matrimônio
(Jo 2.1-11). Em outra ocasião, participando de um jantar na casa de um fariseu,
transformou a vida de uma mulher (Lc 7.36-50). Para dizer de forma direta,
Cristo jamais se recusou a participar da vida comum e social das pessoas.

Sinopse do Tópico 1

É possível vivermos em meio a uma sociedade corrompida sem contaminar-se


com o estilo de vida pecaminoso do mundo. Um ponto importante é que Jesus
Cristo jamais se recusou a participar da vida comum e social das pessoas.

2. O MUNDO ENFRENTADO PELA IGREJA NO PRIMEIRO


SÉCULO

2.1. O Aspecto Político e Sociocultural

A Igreja foi fundada em um período muito diferente da época em que viveram


os profetas e o Israel liderado por Moisés, Josué, os juízes e os reis. O mundo
vivia sob o domínio do Império Romano, mas a influência do império anterior
— o Grego — era nítida e evidente. A Igreja teve de enfrentar a burocracia das
leis romanas e, ao mesmo tempo, defrontou-se com a filosofia grega que
vicejava na sociedade, tornando-a mística e, contraditoriamente, racionalista
(At 17.22).

2.2. O Aspecto Religioso

Como se não bastasse o desafio externo, a Igreja enfrentava ainda a


perseguição do judaísmo. Inicialmente, de forma hostil e violenta;
posteriormente, de maneira camuflada e sutil (At 4.1-31; 5.17-42; 6.8—7.60;
15.1-29; Gl 1.6,7, etc.). À semelhança dos nossos dias, torna-se desnecessário
dizer que esta última forma de “perseguição” acaba sendo muito mais nociva
à saúde da Igreja, pois age de maneira camuflada e sob a desculpa de um “novo
ensino” ou de um “ensino complementar”.

26
2.3. O Gnosticismo

Apesar de não se saber exatamente quando a doutrina gnóstica teve início, é


fato que ela, ou algo muito parecido, ameaçava a simplicidade do Evangelho,
pois pregava a salvação através de um determinado conhecimento e, além
disso, considerava a matéria inerentemente má. Assim, ensinava que a forma
física de Jesus Cristo era apenas aparente, o que levou o apóstolo João a
combater tal ensinamento (1Jo 4.2,3; 2Jo 1.7).

Sinopse do Tópico 2

A postura da Igreja do primeiro século ao enfrentar os desafios em seu tempo,


nos deixa o exemplo de fidelidade em vários aspectos da sociedade. A Igreja
se preservou com o ensino autêntico, combatendo as heresias do seu tempo,
preservando a saúde religiosa.

3. OS PERIGOS DO MUNDO NOVO

3.1. Conhecer seu Tempo

A repreensão de Jesus Cristo à falta de discernimento e perspicácia dos fariseus


e saduceus que, deliberadamente, não reconheciam as obras do Mestre como
sinais messiânicos (Mt 16.1-3) deve ensinar-nos que é necessário que saibamos
ler a realidade. Por não entender — e também por não querer admitir — que
um novo tempo havia chegado, Israel rejeitou o Messias (Hb 8.6-13). A Igreja
do Senhor precisa manter a sensibilidade e a direção do Espírito Santo que
marcou sua fundação (At 13.2; 15.28). Para isso, é preciso continuar na
presença do Senhor, reconhecendo que dependemos totalmente dEle.

3.2. Viver no Mundo sem Amoldar-se ao Sistema que o Rege

A recomendação paulina à Igreja que estava em Roma repete-nos a verdade


exaustivamente demonstrada, na prática, por Jesus Cristo: É preciso — e
possível — viver em meio a este mundo sem, contudo, deixar-nos enredar por
seu modo de proceder (Rm 12.2). Paulo até instrui que, se for preciso, devemos
nos apartar de alguns, mas não se referia aos que possuem uma vida decadente,
e sim aos que se dizendo “irmãos”, vivem de forma descompromissada e
pervertida (1Co 5.9-11).

27
3.3. Conhecer o Mundo para Transformá-lo

É inegável a verdade de que o século 21 iniciou um novo tempo para a Igreja.


Estamos vivendo em um mundo que parece não ter quase nenhuma relação ao
de apenas duas décadas atrás. Tal constatação aponta para a realidade de que a
Igreja, para manter a sua relevância e influência, precisa conhecer as principais
mudanças, identificar os desafios que estas nos apresentam, para só então
podermos superá-los e vencê-los. À Igreja o Senhor confiou a missão de salgar
e iluminar (Mt 5.13-16). No entanto, se ela não conhecer o seu campo de
atuação, jamais poderá cumprir tal incumbência.

Sinopse do Tópico 3

A Igreja precisa conhecer as principais mudanças do nosso tempo, identificar


os desafios que estas nos apresentam, para só então superá-los e vencê-los.

4. A PRIMEIRA DÉCADA E MEIA DO SÉCULO 21

4.1. Um Tempo de Mudanças

Já se tornou lugar-comum, falar que o tempo atual é um período de mudanças.


O que isso significa? Para as pessoas acostumadas à estabilidade do século
passado, quando as mudanças ocorriam de forma muito mais lenta, significa
ter de aprender — rapidamente — a conviver nesse novo cenário. As coisas
não são produzidas para serem duradouras, ao contrário, são pensadas visando
a dependência e o consumo ao mesmo tempo em que se tornam perecíveis.

4.2. Um Tempo de Desafios

Em apenas 20 anos, o século 21 pode ser considerado um período de grandes


desafios à convivência em sociedade. A tecnologia aproximou e,
concomitamente, afastou as pessoas. A facilidade em locomover-se e transitar
de um país, ou continente, para outro, trouxe a insegurança generalizada.

4.3. Um Tempo de Transformações

Como esse período, em tão pouco tempo, conseguiu alterar de tal forma a vida
das pessoas? Por causa das transformações proporcionadas através de suas
mudanças e desafios. Vamos conhecê-los?

28
Sinopse do Tópico 4

A possibilidade de sobrevivência está relacionada ao conhecimento desse


tempo atual suas mudanças, desafios e transformações.

CONCLUSÃO

Em todos os tempos e em suas diversas gerações, a Igreja sempre enfrentou


desafios que fizeram com que ela clamasse pela ajuda do Alto, mas também
contasse com a atuação consciente de seus membros. Em nosso tempo não pode
ser diferente: se quisermos passar à próxima geração o legado que recebemos
dos pioneiros, precisamos ler a realidade, viver o Evangelho, e ensiná-lo de
forma ungida e inteligente. Assim continuaremos influenciando, mas não
seremos negativamente influenciados.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

29
01/11/2020
LIÇÃO 05
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor

MISSÃO PROFÉTICA: PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Mas vós sois a geração eleita, o Na adoração, a Igreja dirige-se a Deus;


sacerdócio real, a nação santa, o povo no discipulado, dirige-se aos
adquirido, para que anuncieis as virtudes convertidos; na proclamação profética,
daquele que vos chamou das trevas para a dirige-se ao mundo.
sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Explicar o “mistério” de
Descrever as dimensões Definir o tríplice
que trata Paulo em suas
proféticas da Igreja. ministério da Igreja.
epístolas.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Atos 3.18-26. 24 - E todos os profetas, desde Samuel,


todos quantos depois falaram, também
18 - Mas Deus assim cumpriu o que já anunciaram estes dias.
dantes pela boca de todos os seus profetas 25 - Vós sois os filhos dos profetas e do
havia anunciado: que o Cristo havia de concerto que Deus fez com nossos pais,
padecer. dizendo a Abraão: Na tua descendência
19 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, serão benditas todas as famílias da terra.
para que sejam apagados os vossos 26 - Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus,
pecados, e venham, assim, os tempos do primeiro o enviou a vós, para que nisso vos
refrigério pela presença do Senhor. abençoasse, e vos desviasse, a cada um,
20 - E envie ele a Jesus Cristo, que já das vossas maldades.
dantes vos foi pregado,
21 - o qual convém que o céu contenha até
aos tempos da restauração de tudo, dos
quais Deus falou pela boca de todos os
seus santos profetas, desde o princípio.
22 - Porque Moisés disse: O Senhor, vosso
Deus, levantará dentre vossos irmãos um
profeta semelhante a mim; a ele ouvireis
em tudo quanto vos disser.
23 - E acontecerá que toda alma que não
escutar esse profeta será exterminada
dentre o povo.

30
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Mt 28.16-20 5ª feira – 1Co 4.1,2


A Igreja, depositária do Evangelho A Igreja, despenseira dos mistérios de
3ª feira – At 8.12 Deus
A Igreja, agência do Reino de Deus 6ª feira – Mc 1.14,15
4ª feira – 1 Pe 2.9,10; 2Co 5.16-19 A Igreja proclama a mensagem do
A Igreja tem um ministério sacerdotal Reino
Sábado – Lc 22.24-30
A Igreja tem um papel escatológico no
mundo

INTERAÇÃO

Professor, nesta lição, você lecionará um tema que envolve a teologia bíblica e
a prática: A missão profética da Igreja. A teologia bíblica é a base teórica pela
qual age o ministério profético da Igreja — a proclamação da Palavra — é
desenvolvimento.

VOCABULÁRIO

Inconverso: Não convertido, não converso; inconvertido.


Beneplácito: Consentimento, aprovação, aprazimento.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Proclamação – Trata-se da anunciação do evangelho,


conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto (Rm
16.25).

Nesta lição a proclamação do Evangelho será estudada de acordo com a função


profética da Igreja e de sua mensagem escatológica para o mundo moderno.

1. A PROCLAMAÇÃO PROFÉTICA DA IGREJA PRIMITIVA

A Leitura Bíblica em classe nos mostra que a pregação do Reino de Deus tinha
um sentido profético e missionário na vida da igreja primitiva. Um dos termos
originais usado no Novo Testamento para descrever a proclamação da igreja é

31
“kerygma”, traduzido por “pregação” (Rm 16.25; 1Co 1.21; 2Tm 4.17; Tt
1.3), e “proclamação” (Lc 4.18; 1Ts 2.9 - ARA).

1.1. Demonstrada na Revelação do Ministério da Vontade de Deus

As Sagradas Escrituras descrevem a proclamação das boas-novas e o seu


conteúdo doutrinário como a revelação do “mistério que desde os tempos
eternos esteve oculto em Deus” (Rm 16.25; 1Co 2.7; Ef 1.9; 3.3,4,9; 5.32;
6.19). Esse mistério não é descrito apenas como uma mensagem (Rm 16.25;
Ef 3.3; 6.19), mas como o Verbo encarnado (Cl 1.26-28; 2.2,3; 4.3). Este
revelou a Deus (Jo 1.18; 8.16; 10.30), a vontade divina (Mt 7.21; Jo 4.34) e a
Palavra de Deus (Jo 14.24; 17.6,14,17).
a) O mistério revelado à Igreja. Segundo o Novo Testamento, o mistério foi
revelado à Igreja para a glória dos santos (1 Co 2.7; Cl 1.26,27); como está
escrito: “descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito” (Ef 1.9). O mistério revelado da salvação em Cristo deve ser
anunciado a todos os homens (Ef 3.9; 6.19; Cl 4.3; 2.2).
b) O mistério desvendado em Cristo. Deus havia planejado a Igreja antes da
fundação do mundo e a sua concretização haveria de acontecer na história da
humanidade. Todo o plano de restauração e salvação que estava oculto
cumpriu-se em Jesus Cristo (Ef 1.9,10; Cl 1.27; 2.2) “na plenitude dos
tempos” (Gl 4.4; Ef 1.10), quando Deus enviou seu Filho para salvar o homem
(Lc 19.10), e despojar a Satanás e seus anjos, triunfando sobre eles (Cl 2.15; 1
Jo 3.5,8). Este é o “mistério da piedade” que inclui os fatos da encarnação,
morte, ressurreição e triunfo glorioso de Jesus Cristo (1 Tm 3.16).

1.2. Revelada na Missão de Anunciar o Reino de Deus

Os Evangelhos são enfáticos quanto à mensagem de Cristo e dos seus


discípulos no sentido de proclamar o Reino de Deus a todas as gentes (Mt
3.1,2; Mel.14,15; Lc 18.16,1 7). A centralidade da mensagem está no Reino
de Deus — o foco principal da proclamação da Igreja em seus primórdios (At
1.3; 8.12; 14.22; 19.8; 20.25; 28.23,31). Quando se diz “é chegado o Reino...”
(Mt 4.17), o sentido é profético, referindo-se tanto à presença do Reino no
presente quanto no futuro. A atual manifestação do Reino de Deus implica
salvação do poder do pecado, mas quanto ao futuro, a libertação da presença
do pecado (1 Co 15.20-25,42-57).

32
Sinopse do Tópico 1 O mistério que desde os tempos eternos esteve oculto é
o Verbo encarnado. Este foi revelado à Igreja com o intuito de que a mesma
cumpra a sua missão profética no mundo.

2. DIMENSÕES DA MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA

2.1. A Grande Comissão (Mt. 28.18-20)

A missão profética da Igreja está implícita na Grande Comissão que lhe foi
outorgada por Cristo. Vários textos dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos
falam da abrangência ilimitada da missão profética da Igreja (Mt 28.18-20; Mc
16.15-20; Lc 24.46,47; At 1.8). Essa missão profética de pregar o evangelho
tem seu alicerce na autoridade de Jesus. É função da Igreja proclamar a todos
que se arrependam, para que sejam perdoados os seus pecados (Mc 1.14), e
possam ingressar no Reino de Deus.

2.2. O Novo Pacto de Deus (Êx. 19.2; Ef. 3.2-5)

Da semente de Abraão, Deus suscitou Israel e fez um pacto com esse povo
para ser o seu representante na Terra. Israel recebeu de Deus uma missão
profética, mas falhou. Então, o Todo-Poderoso elegeu um novo povo
constituído de judeus e gentios, estabelecendo através de seu Filho Jesus um
novo pacto. Deste modo, as promessas de Deus a Abraão cumprem-se na
Igreja (Ef 3.10,11; Hb 8.6).

Sinopse do Tópico 2

As duas dimensões proféticas da Igreja são constituídas pela Grande


Comissão e por meio do novo pacto de Deus. Israel falhou em sua missão
profética, mas a Igreja não deve falhar.

3. A MENSAGEM PROFÉTICA DA IGREJA (At. 3.18-26)

3.1. Arrependimento (At. 2-38; 3-19; 7-30)

O arrependimento requer uma mudança completa na vida de rebelião e pecado


do homem contra Deus, para uma nova vida de fé e obediência ao Senhor.
Jesus ordenou que em seu nome se pregasse o arrependimento a todas as
nações (Lc 24.47). A mensagem de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17)
e dos apóstolos (At 2.38) era uma veemente chamada ao arrependimento:

33
“Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Uma Igreja morna perde
sua função profética e não prega o arrependimento dos pecados. Todavia, a
Igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade (1Tm 3.15), não se associa
ao mundo inconverso e perdido; ao contrário, conclama a todos que se
arrependam e se convertam, para que sejam perdoados de seus pecados (At
3.19).

3.2. A Segunda Vinda de Cristo (1Ts. 4.13-18)

A pregação do evangelho pelos apóstolos anunciava o retorno triunfante de


Cristo à Terra, como cumprimento da palavra profética anunciada pelos santos
profetas do Antigo Testamento. A missão profética da Igreja, portanto, inclui
a proclamação do retorno triunfante de Cristo como juiz dos vivos e dos mortos
(At 10.42; 17.31), não apenas dos cristãos, mas também dos pecadores.

Sinopse do Tópico 3

A mensagem profética da Igreja é constituída: (a) pela anunciação do


arrependimento dos pecados, (b) proclamação do retorno triunfante de Cristo
e (c) julgamento dos vivos e dos mortos, segundo a Escritura.

CONCLUSÃO

Segundo o texto de 1Pe 2.9,10, a igreja deve cumprir plenamente o seu tríplice
ministério: real, sacerdotal e profético, para que a sua missão satisfaça o projeto
de Deus na Terra.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus- Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

34
ANOTAÇÕES

35
08/11/2020
LIÇÃO 06
Comentário
Ev.Paulo
Ev. Flávio
Vitor

O MANUAL DE MISSÕES

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, A Bíblia é a boca de Deus falando aos
e mais penetrante do que qualquer espada homens. Somente uma igreja
de dois gumes, e penetra até a divisão da estruturada na palavra é capaz de fazer
alma, e do espírito, das juntas e medulas, e missões com excelência.
é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração” (Hb 4.12)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Concluir que a Bíblia


Apontar que a Bíblia é o Elencar a Bíblia desde o
nos manda cumprir a
manual do Cristão. A.T. apontou para missões.
Grande Comissão.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mt 22.29 2 Tm 3.16,17

29 - Jesus, porém, respondendo, disse- 16 - "Toda a Escritura divinamente


lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, inspirada é proveitosa para ensinar, para
nem o poder de Deus. redaguir, para corrigir, para instruir em
justiça;
Lucas 24.44,45 17 - Para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para a
44 - E disse-lhes: São estas palavras que boa obra.
vos disse estando ainda convosco:
convinha que se cumprisse tudo o que de
mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos
Profetas, e nos Salmos.
45 - Então, abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras.

Isaías 40.8

8 - Seca-se a erva, e caem as flores, mas a


palavra de nosso Deus subsiste
eternamente"

36
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Hc 3.2 5ª feira - Pv 30.5


O temor pela Palavra de Deus A Palavra de Deus é escudo
3ª feira - Rm 10.17 6ª feira - Mt 4.4
A Palavra de Deus produz fé A Palavra de Deus é alimento
4ª feira - Ef 6.17 Sábado - 1Co 1.18
A Palavra de Deus é a espada do A Palavra de Deus é poder
Espírito

INTERAÇÃO

Prezado professor, você está preparado para a ministração de mais uma aula? O
tema de hoje, como todos do trimestre, é muito relevante, mas hoje vamos
estudar de modo enfático e direto, a respeito da Bíblia Sagrada, o maior best-
seller do mundo, o manual de Missões deixado por Deus. Poderíamos afirmar
várias coisas sobre a Bíblia, mas que fique gravado na mente e no coração de
seus alunos que Ela é a inerrante e eterna Palavra de Deus.

VOCABULÁRIO

Inerrante: que não comete erros


Missiologia: ramo da Teologia que estuda missões

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Bíblia – é a inspirada e inerrante Palavra de Deus

Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível


separar missão da Bíblia. Nesta, encontramos o tema de missões: JESUS, e
“tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é
uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos
já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas veremos que a obra missionária
está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse. Lembre-se que
a Bíblia é a comunicação direta de Deus com a humanidade, observamos então
que o Deus das Escrituras, desde o princípio se comunica com suas criaturas.

37
1. POR QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR
EXCELÊNCIA?

1.1. Porque ela é uma Biblioteca Divina

A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos.


Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para escrever, reunir e
preservar o Sagrado Livro. Nela encontramos histórias, poesias, biografias,
normas, orações, profecias e outros relevantes temas e diversos gêneros
literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da Bíblia. Portanto, é
importante sabermos também sobre o cânon bíblico. A palavra “cânon”,
antigamente, referia-se a uma haste usada para medir (Ez 40.3). Mais tarde,
passou a significar regra, norma, ou padrão de medida (Gl 6.16; Fp 3.16).
Aplicada à Bíblia, “cânon” é o conjunto de livros inspirados por Deus que
transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja, regulamentando a vida e a
conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo Testamento foi plenamente
concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo, por volta do ano
100 d.C.

1.2. Porque ela Evidencia os Propósitos Universais de Deus para a


Redenção do Homem

A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que
somos, de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres
humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas
Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que todos
os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4).
Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode
ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia
Sagrada.

1.3. Porque Ele nos Apresenta o Fundamento, o Norte, e as Estratégias


Missionárias

É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso


mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as
possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja
missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas
nos inspiram e orientam como fazer missões. O registro das viagens
missionárias na Bíblia serve também para mostrar o modus operandi, ou seja:
38
como fazer. Deus nos manda fazer missões e além disso ordenou fosse
registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do
apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e
todas as possível atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é
o manual por excelência de missões porque é a revelação de Deus à
humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos
ensina como fazer missões.

Sinopse do Tópico 1

Deus, o autor da Bíblia nos deixou uma bússola que aponta os princípios
evangelizadores.

2. A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO


TESTAMENTO

2.1. Exemplificando no Comissionamento dos Patriarcas

A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado


por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida
(At 7.2-4). Quando Deus apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada
depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o
próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua
extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no
exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as
famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.

2.2. Cantada nos Salmos

Os Salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra:


“Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas”
(Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho
entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos
(Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At
8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que
começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia
da Síria e finalmente “os confins da terra”.

39
2.3. Conscientizada nos Profetas

A visão missionária está nos discursos proféticos, um dos exemplos é o de


sendo Jonas enviado para Nínive. Deus é apresentado nos profetas como Deus
universal, de toda a terra, e não meramente um Deus tribal restrito aos filhos
de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a
natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6).
Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At
13.47).

Sinopse do Tópico 2

A autenticidade profética é reconhecida mediante o cumprimento das


profecias veterotestamentárias relativas à apresentação, aparência e
mensagem do Senhor.

3. A VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO


TESTAMENTO

3.1. Os Evangelhos – Jesus o Maior Exemplo

O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro
Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o
cumprimento das promessas de Deus. Estudamos na lição passada que Jesus é
o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de
todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus
conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os
evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história:
nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.

3.2. As Epístolas

Sabemos que a história da vida de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos,
mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados
assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem
também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm
10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos
estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso
da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor Jesus é o centro das Escrituras e da

40
mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma
sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia.

Sinopse do Tópico 3

Os escritos neotestamentários evidenciam o exercício do ministério profético


através de Cristo e dos apóstolos.

4. A VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO

4.1. A Grande Comissão

Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-


20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam
entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No
Evangelho de João, lemos que Jesus veio pela autoridade do Pai, e na sua
própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo
o universo “o céu e a terra”, que na ação do Espírito Santo Jesus deu aos seus
discípulos o poder sobrenatural para que a obra de Deus seja realizada (Mc
16.17, 18; At 1.8).

4.2. Uma Ordem e não uma Recomendação

Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica


imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que
não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial
da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já
está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a
“todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do
Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário
é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa.

Sinopse do Tópico 4

A ordem evangelística de Jesus derrubou barreiras étnicas, a Grande


Comissão e o ide de Jesus para sua Igreja é apontar para todas as direções.

41
CONCLUSÃO

Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de


Deus é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar
que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta
ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em
missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em
toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja- Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

42
15/11/2020
LIÇÃO 07
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor
Pr. Marcelo Luciano

DISCIPULADO, A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as Nenhuma barreira material, moral ou


nações, batizando-as em nome do Pai, e do espiritual será capaz de impedir a Igreja
Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19 - de cumprir a sua missão na Terra.
ARA).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Definir o termo Descrever a importância do Explicar o quadriforme


discipulado. discipulado. método de Jesus.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 16 2 Timóteo 2

24 - Então disse Jesus aos seus discípulos: 1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça
Se alguém quiser vir após mim, renuncie- que há em Cristo Jesus.
se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e 2 - E o que de mim, entre muitas
siga-me; testemunhas, ouviste, confia-o a homens
25 - Porque aquele que quiser salvar a sua fiéis, que sejam idôneos para também
vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida ensinarem os outros.
por amor de mim, achá-la-á. 3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como
26 - Pois que aproveita ao homem ganhar bom soldado de Jesus Cristo.
o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou
que dará o homem em recompensa da sua
alma?

Mateus 28

19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações,


batizando-as em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo;
20 - Ensinando-as a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que estou
convosco todos os dias, até à consumação
dos séculos. Amém.

43
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – 2 Tm 2.2; Gl 4.19 5ª feira - At 1.8; Lc 24.49


Cada discípulo gerando outro A dinâmica do discipulado
3ª feira - Mt 28.19; 1Pe 1.23 6ª feira - 2 Tm 2.15
O imperativo da multiplicação de discípulos A preparação de discipuladores
4ª feira - At 2.41-47 Sábado - Jo 15.12; 2Pe 3.18
O princípio da multiplicação de discípulos Ingredientes do discipulado

INTERAÇÃO

Professor, sua igreja possui pediatria? Não! É claro que sim! Estamos falando da
classe de novos convertidos ou discipulado. Agora, pense em quantos novos
crentes estão espalhados pela igreja. Contou... um... três... cinco, já podemos
começar uma classe de discipulado! Seja um discipulador!

VOCABULÁRIO

Coeso: Intimamente ligado.


Indissociável: Que não pode desunir-se ou separar-se.
Mandado: Ordem imperativa.
Neoconverso: Novo convertido.
Profilaxia: Prevenção contra as enfermidades.
Obstetrícia: Ramo da medicina que se ocupa da gravidez ou do parto.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Discípulo - O discípulo não é mero aprendiz, mas alguém que
segue as pisadas de seu Mestre e possui íntimo relacionamento com Ele.

A existência da Igreja local decorre, essencialmente, de duas atividades


conjuntas: da evangelização e do discipulado. Não há como trabalhar com o
discipulado sem a evangelização, pois o primeiro complementa a segunda. Essas
duas tarefas indissociáveis estão relacionadas à suprema missão da igreja: Pregar
o evangelho a toda criatura e ensinar a todas as nações (Mt 18.19,20). Nas
palavras de Jesus em Mateus 28.19,20, temos o modelo e o método do discipulado
cristão. Porquanto, “pregar o evangelho” implica proclamar as boas-novas de
salvação aos pecadores, a fim de convertê-los a Cristo e torná-los discípulos
idôneos, fiéis a Jesus e capazes de gerarem outros seguidores (2Tm 2.2).
44
Devemos ressaltar que a conversão é uma obra espiritual que somente o Espírito
Santo pode realizar. Só Ele pode “fazer convertidos”, mas “fazer discípulos” é
um ofício que compete a cada crente em Cristo.

1. A TAREFA DA IGREJA NO DISCIPULADO

1.1. A Visão da Igreja Quanto ao Discipulado

Três importantes elementos relacionados aos cristãos locais devem estar


vinculados ao propósito de uma igreja que deseja crescer em quantidade e
qualidade: conservação, desenvolvimento e multiplicação. O trabalho da
semeadura da Palavra possui métodos específicos, assim como o da regadura
e da ceifa. A evangelização (o ato de semear o evangelho) e o discipulado
(integração do novo crente) requerem tempo, pelo fato de que ambas as
atividades envolvem um processo contínuo e, não apenas, um ato isolado.
Além disso, demandam muita oração, esforço, paciência, fé e perseverança
para alcançar os resultados desejados. A maturidade espiritual do cristão não
ocorre de modo rápido e instantâneo, mas progressivamente em Cristo (Cl
1.28,29). Para que conservemos em nossas igrejas os novos convertidos em
Cristo, precisamos trabalhar com amor, dedicação e objetividade. Muito da
imaturidade espiritual dos membros da igreja local é resultado da ignorância
destes em relação às doutrinas básicas da Bíblia (Hb 5.12-14).

1.2. O Quadriforme Método de Jesus

O texto de Mateus 28.19,20 apresenta o método quadriforme, ordenado por


Jesus: indo, fazendo discípulo, batizando e ensinando. Como se vê, a ordem de
Jesus a seus discípulos requer uma ação de natureza crescente e dinâmica.
Jesus, ao ordenar “Ide”, estava mobilizando o discipulador a irá pessoa que se
quer discipular. No segundo ato da ordem, “fazer discípulos”, a tarefa exige
que o discipulador acompanhe e conviva com o aprendiz. O terceiro passo do
mandado inclui o ato do batismo, como uma confissão pública, resoluta e
definitiva do novo seguidor de Cristo. E, por último, a ordem do Mestre à igreja
demanda que o neoconverso seja ensinado na doutrina do Senhor e conduzido
à maturidade espiritual, para que possa discipular outros para Jesus.

45
Sinopse do Tópico 1

Conservação, desenvolvimento e multiplicação são os três elementos


necessários à igreja local, que deseja crescer e cumprir a sua missão na Terra.

2. DISCIPULADO E DISCÍPULO

2.1. O que é Discipulado?

É o trabalho cristão efetuado pelos membros da Igreja, a fim de fazer dos novos
crentes - crianças, jovens e adultos -, autênticos cristãos, cujas vidas se
assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor Jesus
Cristo, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28,29; Efésios
4.13-16. A Igreja precisa, no discipulado cristão, de uma visão celestial
multiplicadora, selecionando e treinando homens e mulheres para que, por suas
vidas santas e ungidas e, pelo ensino das verdades cristãs, possam educar os
novos discípulos e torná-los aptos para fazer outros.

2.2. O que significa ser Discípulo?

A palavra discípulo no Novo Testamento quer dizer um “aprendiz” e


“seguidor do seu mestre”. Na Leitura Bíblica em Classe (v.24), Jesus chama
seus discípulos para seguirem seus passos como Mestre, Salvador, Guia e
Senhor. Jesus, em certa ocasião, ensinou sobre a relação entre o mestre e o
discípulo, dizendo: “Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais
do que o seu senhor. Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como
seu senhor” (Mt 10.24,25). Em Lucas, o Senhor Jesus reitera o princípio
anterior e reforça-o afirmando: “O discípulo não é superior a seu mestre, mas
tudo o que for perfeito será como o seu mestre” (Lc 6.40).

Sinopse do Tópico 2

O discipulado é o trabalho integrador da igreja que tem por objetivo treinar


discípulos, a fim de que estes eduquem e capacitem a outros.

3. A IGREJA REALIZANDO O DISCIPULADO

3.1. A Igreja deve Selecionar Pessoas para o Discipulado

46
Os primeiros crentes que Jesus escolheu para trabalhar foram: João e André
(Jo 1.35-40); este último trouxe seu irmão Pedro (Jo 1.41,42); Filipe e Natanael
(Jo 1.43-46); Mateus (Mt 9.9) e outros mais. Na força do Senhor, a Igreja
precisa investir o máximo na preparação de discipuladores, a fim de fazer mais
discípulos.

3.2. A Igreja deve Concentrar sua Atenção sobre os Discipuladores

O pastor da Igreja é o ponto de partida para a dinâmica do ministério do


discipulado. Nesse sentido, o progresso do trabalho do discipulador depende
muito da visão do pastor da Igreja. Jesus devotou grande parte do seu
ministério terreno aos seus discípulos, para que eles pudessem “fazer
discípulos” posteriormente. Dentre a massa de seus seguidores, Jesus escolheu
12 homens, sobre os quais concentrou toda a sua atenção na preparação dos
mesmos para cuidarem da sua Igreja, que surgiria depois da sua morte no
Calvário.

3.3. A Igreja deve Treiná-los para a Tarefa do Discipulado

Foi num grupo pequeno, distinto, mas coeso, que Jesus investiu a maior parte
do tempo do seu ministério. Temos a tendência de acreditar que a maior parte
do tempo da igreja deve ser dedicado à multidão. Entretanto, os Evangelhos
mostram que o treinamento individual de homens e mulheres para o serviço do
Mestre surte maior efeito. A igreja que deseja conservar os frutos da
evangelização precisa priorizar o trabalho do discipulado.

Sinopse do Tópico 3

Selecionar e treinar discipuladores são duas tarefas necessárias à igreja, que


deseja cumprir a sua missão educadora.

CONCLUSÃO

Nesta lição, tivemos por objetivo principal despertar individualmente cada


crente, bem como o ministério da igreja local, a dedicar-se com perseverança e
devoção ao ministério do discipulado. Formemos evangelistas, mas não nos
esqueçamos dos discipuladores!

47
BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia- Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

48
22/11/2020
LIÇÃO 08
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor
Pr. Marcelo Luciano

EVANGELIZAÇÃO: A MÁXIMA MISSÃO DA IGREJA

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho A Igreja de Cristo não pode
a toda criatura” (Mc 16.15). enclausurar-se dentro dos templos, mas
deve cumprir a sua missão por toda
parte, onde estão os pecadores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Definir as quatro Estabelecer a distinção Descrever os


determinações verbais entre missão intracultural e problemas urbanos que
de Mt 28.19,20. transcultural. desafiam a Igreja.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 28 16 - Quem crer e for batizado será salvo;


mas quem não crer será condenado.
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, 17 - E estes sinais seguirão aos que crerem:
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, em meu nome, expulsarão demônios;
e do Espírito Santo. falarão novas línguas;
20 - ensinando-as a guardar todas as coisas 18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem
que eu vos tenho mandado; e eis que eu alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
estou convosco todos os dias, até a algum; e imporão as mãos sobre os
consumação dos séculos. Amém! enfermos e os curarão.

Marcos 16

15 - Ide por todo o mundo, pregai o


evangelho a toda criatura.
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - At 18.9-11 5ª feira - At 1.8


A Igreja e sua missão urbana A Igreja depende de poder do alto para
3ª feira - At 8.12 evangelizar eficazmente
A Igreja é a agência do Reino de Deus 6ª feira - 2Tm 2.16-18
na terra A Igreja enfrenta o desafio das seitas
4ª feira - At 16.9-13 Sábado - Lc 4.18,19
A Igreja usa estratégias adequadas A Igreja evangeliza alcançando o ser
humano integral

49
INTERAÇÃO

Prezado professor, nossa oração a Deus é que você continue sempre cheio do
Espírito Santo. Afinal, estar cheio do Espírito faz toda diferença quando
ministramos a Palavra de Deus! O Senhor Jesus, quando ensinava as Escrituras,
estava repleto do Santo Espírito (Lc 4.14-21). Ele próprio concedeu-nos o seu
Espírito, a fim de ensinarmos com ousadia, desembaraço e unção (At 1.8). Não
são as nossas belas palavras que vencem o mal e transformam a vida de nossos
alunos, mas a Palavra do Senhor transmitida “em demonstração de Espírito e
de poder” (1Co 2.4). Seja, professor, continuamente “cheio do Espírito” (Ef
5.18).

VOCABULÁRIO

Cristológico: Relativo a Cristo; fundamentado em Cristo.


Filantrópico: Relativo à filantropia; amor à humanidade; obras de caridade.
Imperativo: Que ordena, ou exprime uma ordem.
Migração: Mudar periodicamente, ou passar de uma região para outra.
Prescindir: Renunciar; abrir mão de; dispensar.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Evangelização - é o esforço conjunto e contínuo da igreja


para anunciar o evangelho de Cristo aos pecadores.

O progresso de uma Igreja local não pode ser medido ou avaliado


primeiramente por suas atividades filantrópicas, educacionais e materiais. O
progresso real de uma Igreja é avaliado por seu alcance evangelístico,
juntamente com seus frutos espirituais, como resultado da semeadura da Palavra
de Deus. Todas as demais atividades são importantes, mas a prioritária e
incessante é a evangelização.

1. DEFINIÇÃO DE TERMOS

Existem três palavras interligadas na proclamação das Boas-Novas que


merecem a nossa atenção: evangelho, evangelismo e evangelização. Estas
definem e explicam a missão máxima da Igreja na terra.

50
1.1. Evangelho (Mc. 16.15)

A etimologia da palavra “evangelho” vem de duas palavras gregas “eu”, que


quer dizer “bom”, e de “angelia”, que significa “mensagem, notícia, novas”.
Assim, a palavra “euuangelion” quer dizer “boas novas, notícias
alvissareiras”. Essa palavra aparece tanto no Antigo Testamento como na
literatura extrabíblica. No hebraico é “bessorah” (2 Sm 18.20,25,27; 2 Rs
7.9), que a Septuaginta traduziu por “euuangelion”. Originalmente significava
“pagamento pela transmissão de uma boa notícia”. Só entenderemos a
importância da missão evangelizadora da igreja compreendendo o significado
de evangelho. Portanto, o que é evangelho? No sentido mais simples, o
evangelho é definido como “boas-novas de salvação em Cristo”. Noutras
palavras, “evangelho” é o conteúdo da revelação de Deus, em Jesus como
Salvador e Senhor de todas as criaturas que o aceitam como seu Salvador
pessoal. Evangelho, portanto, é o conjunto das doutrinas da fé cristã que deve
ser anunciado a toda criatura.

1.2. Evangelização

Mateus 28.19,20 apresenta o imperativo evangelístico de Cristo à sua Igreja,


com quatro determinações verbais:
a) Ir. No sentido de mover-se ao encontro das pessoas, a fim de comunicar a
mensagem salvífica do evangelho;
b) Fazer discípulos. Com o sentido de “estar com” as pessoas e torná-las
seguidoras de Cristo;
c) Batizar. É o ato físico que confirma o novo discípulo pela sua confissão
pública de que Jesus Cristo é o seu Salvador e Senhor;
d) Ensinar as doutrinas da Bíblia, com o objetivo de aperfeiçoar e preparar o
discípulo para a sua jornada na vida cristã.

1.3. Evangelismo

Possui um caráter técnico, pois se propõe a ensinar o cristão a cumprir, de


modo eficaz, a tarefa da evangelização. O evangelismo na Igreja local implica
uma ação organizada e ativada pelos membros, para desenvolver três ações
necessárias à pessoa do evangelista: informação, persuasão e integração do
novo convertido.

51
Sinopse do Tópico 1

Evangelho, evangelização e evangelismo distinguem-se quanto à prática, mas


possuem as mesmas formações linguísticas. Evangelização é o anúncio da
mensagem. Evangelismo é a técnica de comunicação da mensagem.

2. A BASE DA EVANGELIZAÇÃO

Alguns missiólogos, declaram que a tarefa da evangelização está firmada em


três bases distintas: a base cristológica, a ministerial e a sociológica.

2.1. A Base Cristológica

É evidente que a mensagem que pregamos aos pecadores só pode ser a mesma
que Cristo pregou quando esteve na Terra. Jesus, ao iniciar o seu ministério
terreno, o fez a partir da cidade de Nazaré, quando entrou numa sinagoga e
levantou-se para ler a Escritura. Foi-lhe dado o livro do profeta Isaías e, ao
abri-lo, leu e explicou o texto de Isaías 61.1,2 (ver Lc 4.18,19). Nesta
Escritura, Cristo se identificou com a missão para a qual viera (Jo 1.14), mas
não restringiu a mensagem e a missão evangelizadora para si, pois outorgou-
as a seus discípulos (Jo 20.21). Ora, o mesmo Espírito que ungiu a Jesus para
proclamar as boas-novas habita na Igreja para que ela dê continuidade à
proclamação da mensagem salvadora do evangelho de Cristo (Lc 24.49; At
1.8; Rm 1.16).

2.2. A Base Ministerial

No Antigo Testamento identificamos três ministérios distintos: o sacerdotal, o


real e o profético.
a) O sacerdote representava o povo diante de Deus, orando e intercedendo por
ele no exercício do ministério no Tabernáculo ou no Templo;
b) O rei representava a Deus perante o povo, e simbolizava o domínio do
divino sobre o humano;
c) O profeta era o intermediário entre Deus e o povo, comunicando a
mensagem de amor e de juízo.
Quando Jesus se fez homem, exerceu esse tríplice ministério. Como rei, nasceu
da linhagem real de Davi (Lc 1.32; Rm 1.3). Como sacerdote, foi declarado
sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque, e não segundo a levítica
(Hb 7.11-17,21-27). Como profeta, Cristo foi identificado pela mensagem que
pregava (Lc 4.18,19). Porém, o Senhor Jesus transferiu para a Igreja esse
52
tríplice ministério. A igreja é vinculada à linhagem real de Jesus, porque somos
o seu corpo glorioso na terra (Ap 1.6; 1Co 12.27). O sacerdócio da igreja é
identificado pela sua presença no mundo como intermediária entre Deus e os
homens. Exercemos esse ministério, cumprindo as responsabilidades
sacerdotais: interceder e reconciliar o mundo com Deus (2Co 5.18,19; Hb
2.17). E, por último, a Igreja, ao anunciar a Cristo como Senhor e Salvador,
cumpre o seu papel profético (1Pe 2.9; At 1.8).

2.3. A Base Sociológica

Em síntese, pessoas evangelizam pessoas, pois Jesus morreu pelos pecadores.


É sociológica porque a igreja emprega os meios da comunicação pessoal para
persuadir os indivíduos de que Jesus é o Salvador; e porque a mensagem não
se restringe a um grupo, mas tem por objetivo alcançar todas as criaturas.

Sinopse do Tópico 2

Os três pilares, que alicerçam a evangelização - cristológico, ministerial e


sociológico - descrevem os fundamentos por meio dos quais as igrejas locais
realizam a missão evangelizadora.

3. A EVANGELIZAÇÃO URBANA E A TRANSCULTURAL

3.1. Evangelização Urbana

Sem prescindir da evangelização nos meios rurais, é um fato notório em nossos


tempos que a vida urbana é uma realidade que desafia e exige da Igreja uma
pronta e veemente atitude para alcançá-la. Existe um fluxo migratório
incontrolável de pessoas que deixam a vida rural e saem em busca de melhores
oportunidades nas grandes cidades. Muitos problemas sociais resultam da
desorganização da vida urbana, e a Igreja deve estar preparada para responder
a esses dilemas. Estratégias adequadas devem ser desenvolvidas para alcançar
as pessoas. Os problemas típicos da vida urbana, tais quais a diversidade
cultural, a marginalização social, o materialismo, a invasão das seitas e as
tendências sociais, desafiam a Igreja no sentido de, sem afetar a essência da
mensagem do evangelho, demonstrar o poder da Palavra de Deus que
transforma e dá esperança a todos (Rm 1.16).

53
3.2. Evangelização Transcultural

A evangelização transcultural começa na vida urbana com as diferentes


culturas vividas pelos seus habitantes. Porém, ela avança quando requer dos
missionários uma capacitação especial para alcançar as pessoas. É preciso que
o missionário tenha uma visão nítida de que a mensagem do evangelho é
global, pois o Cristianismo deve alcançar cada tribo, e língua, e povo, e nação
até as extremidades da terra (Is 49.6; At 13.47).

Sinopse do Tópico 3

A missão evangelizadora da igreja é local e global. Enquanto a evangelização


local é intracultural (dentro da cultura do evangelista), a global é
transcultural (fora da cultura do evangelista).

CONCLUSÃO

A mensagem do evangelho deve ir a todas as extremidades da Terra, porque a


salvação que Cristo consumou no Calvário visa a toda a humanidade. A Igreja
não pode negligenciar sua missão principal: alcançar todos os povos com a
mensagem do evangelho.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia- Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus- Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

54
29/11/2020
LIÇÃO 09
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor
Pr. Marcelo Luciano

A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Assim também não é vontade de vosso A evangelização das crianças é


Pai, que estás nos céus, que um destes urgente, porque delas dependem o
pequeninos se perca” (Mt 18.14). presente e o futuro do Reino de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conscientizar de que a Mostrar como


Saber que a criança crê e
criança é pecadora e evangelizar as
pode ser salva.
pode perder-se. crianças.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 18 14 - Jesus, porém, vendo isso, indignou-se


e disse-lhes: Deixai vir os pequeninos a
2 - E Jesus, chamando uma criança, a pôs mim e não os impeçais, porque dos tais é o
no meio deles Reino de Deus.
3 - e disse: Em verdade vos digo que, se 15 - Em verdade vos digo que qualquer
não vos converterdes e não vos fizerdes que não receber o Reino de Deus como
como crianças, de modo algum entrareis uma criança de maneira nenhuma entrará
no Reino dos céus. nele.
4 - Portanto, aquele que se tornar humilde 16 - E, tomando-as nos seus braços e
como esta criança, esse é o maior no Reino impondo-lhes as mãos, as abençoou.
dos céus.
5 - E qualquer que receber em meu nome
uma criança tal como está a mim me
recebe.
6 - Mas qualquer que escandalizar um
destes pequeninos que creem em mim,
melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma mó de azenha, e se
submergisse na profundeza do mar.

Marcos 10

13 - E traziam-lhe crianças para que lhes


tocasse, mas os discípulos repreendiam
aos que lhes traziam.

55
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mc 16.15 5ª feira - Mt 18.2,3


O “Ide” de Jesus alcança as crianças A criança é apta a receber Jesus
3ª feira - Mc 10.14 6ª feira - Dt 6.7
Jesus chama a si os pequeninos Os pais devem ensinar seus filhos a
4ª feira - Mt 18.14; 1Tm 2.4 respeito de Deus
Deus almeja a salvação das crianças Sábado - Sl 78.4-8
O conhecimento de Deus e as crianças

INTERAÇÃO

Professor, a Grande Comissão dada por Jesus também inclui as crianças (Mc
16.15). Erroneamente, muitos quando leem essa ordenança pensam somente
nos adultos. Mas, o Ide de Jesus também é para os pequeninos. As crianças
precisam ser evangelizadas e discipuladas para que tenham um encontro pessoal
com Jesus Cristo. Quando uma criança é ganha para Jesus, tem-se uma vida
toda que pode ser dedicada ao Reino de Deus. Na Palavra de Deus temos o
exemplo de Timóteo, que aprendeu as Sagradas Escrituras ainda na infância e
quando jovem tornou-se um pastor, um obreiro fiel. Jesus amou as crianças e
dedicou em seu ministério um tempo para estar com elas, abençoando-as.
Infelizmente, muitos líderes ainda não investem no ministério infantil como
deveriam. As crianças precisam ser amadas, respeitadas e apascentadas.
Incentive seus alunos a orar e evangelizar também as crianças.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Criança – é um ser humano no início do seu


desenvolvimento.

Ao ordenar a pregação do Evangelho a toda criatura, Jesus referia-se também


às crianças. Ele jamais as deixaria de fora, pois a vontade do Pai é que nenhuma
delas se perca, mas que todas se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade
(1Tm 2.4). Vamos, em nossa ação evangelística, empregar todos os nossos
recursos para conduzir as criancinhas a Cristo. Quanto mais cedo elas forem
evangelizadas, maior será a sua chance de escapar aos perigos físicos, morais e
espirituais que as rodeiam. A evangelização dos pequeninos é mais do que
prioritária; é urgentíssima.

56
1. A CRIANÇA É PECADORA E PODE PERDER-SE

PONTO CENTRAL: A evangelização das crianças é urgente, pois Deus


almeja a salvação delas. Enquanto a criança não entrar pela porta da salvação,
a sua condição diante de Deus em nada difere da posição de um pecador adulto.

1.1. A Criança é Nascida em Pecado

Em consequência do pecado de Adão, todos os seres humanos vêm ao mundo


na condição de pecadores (Rm 5.12). Veja a confissão de Davi: “Eis que em
iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5).

1.2. A Alma da Criança está em Perigo

O Senhor Jesus falou claramente acerca da salvação das crianças: “Assim


também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes
pequeninos se perca” (Mt 18.14). Por que Jesus diria isto se não houvesse a
possibilidade de os pequeninos se perderem? Sua declaração leva-nos a crer
que a alma infantil está em perigo. Pense nisso.

1.3. A Questão da Inocência

O bebê é inocente apenas no sentido de que não tem consciência do pecado,


por ser, ainda, mental e moralmente incapaz de praticá-lo. Embora portador do
pecado original, não tem o pecado experimental. Por isso, dizemos que a
criança está na “idade da inocência”. Se ela vier a morrer nesse estado, irá
para o céu, porquanto Deus não leva em “conta os tempos da ignorância” (At
17.30a). Todavia, a partir do momento em que a criança passa a distinguir
entre o bem e o mal, torna-se culpada de seus erros e enquadra-se no restante
do versículo: “anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se
arrependam” (At 17.30b).

Sinopse do Tópico 1

As crianças também são pecadoras e podem perder-se. Precisamos levar a


elas as Boas-Novas.

57
2. A CRIANÇA PODE CRER E SER SALVA

A Bíblia comprova que a criança pode arrepender-se de seus pecados, crer em


Jesus, recebê-lo pela fé e ser salva.

2.1. Os Pequeninos Creem em Cristo

Jesus, que sonda mentes e corações, testemunha a capacidade de os


pequeninos crerem em seu nome: “E Jesus, chamando uma criança, a pôs no
meio deles” (Mt 18.2). Logo a seguir, advertiu: “Mas qualquer que
escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se
lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza
do mar” (Mt 18.6). Pelo que observamos no relato de Marcos, a criança que
Jesus tomou como exemplo era pequena, porque Ele a pegou no colo (Mc
9.36). Sua tenra idade, porém, não constituiu qualquer obstáculo para que ela
cresse em Cristo.

2.2. As Crianças nas Cartas Bíblicas

Paulo inicia a Epístola aos Efésios saudando os “santos que estão em Éfeso e
fiéis em Cristo Jesus” (Ef 1.1). Ao final da carta, ele recomenda aos filhos que
sejam obedientes aos pais (Ef 6.1). Logo, a mensagem do apóstolo destinava-
se também às crianças que, na introdução da carta, foram incluídas entre os
santos e fiéis. Quem ainda duvida de que uma criança possa experimentar a
alegria da salvação? Jesus as salva e batiza-as com o Espírito Santo.

2.3. Outras Crianças da Bíblia

Timóteo era apenas um menininho quando aprendeu as sagradas letras (2Tm


3.15). E, mais tarde, ao ouvir o Evangelho através de Paulo, aceitou
prontamente Cristo, tornando-se útil ao Reino de Deus (At 16.1-4; 2Tm 3.14-
17). No Antigo Testamento, também encontramos crianças que conheciam a
Deus e fielmente o serviam. Haja vista Miriã, irmã de Moisés, Samuel e a
escrava de Naamã (Êx 2.4-8; 1Sm 2.11,18,26; 2Rs 5.2,3).

Sinopse do Tópico 2

A criança pode crer e ser salva em Jesus Cristo.

58
3. COMO EVANGELIZAR AS CRIANÇAS

Neste tópico, veremos que podemos evangelizar as crianças através da Escola


Dominical, da alfabetização, e da evangelização personalizada.

3.1. Escola Dominical

Fundada pelo inglês Robert Raikes, em 1780, o objetivo inicial da Escola


Dominical foi a evangelização dos menores que viviam nas ruas da cidade de
Gloucester. A iniciativa de Raikes foi tão bem-sucedida, que serviu de modelo
ao serviço de ensino público do Reino Unido. Que as Escolas Dominicais
possam trabalhar, em regime prioritário, em prol da evangelização infantil.

3.2. Alfabetização Evangelizadora

Robert Raikes não se limitou a evangelizar as crianças de Gloucester.


Juntamente com a Palavra de Deus, ensinava-as a ler e a escrever, a fim de as
engajarem na sociedade inglesa.

3.3. Escola Bíblica de Férias

Preocupada com as crianças que, no período das férias escolares,


perambulavam pelas ruas de Nova York, a irmã Elisa Hawes resolveu, em
julho de 1898, reuni-las para ensinar-lhes a Bíblia Sagrada. Aqueles meninos
e meninas, dos 7 aos 14 anos, tomaram um novo rumo em suas vidas. A partir
daquela data, a Escola Bíblica de Férias passou a ser vista como parte essencial
das missões urbanas. No Brasil, a primeira EBF foi realizada em 1924, no
Colégio Americano Batista de Vitória-ES. Na evangelização das crianças,
utilize a EBF.

3.4. Evangelização Infantil Personalizada

Desenvolva, em sua igreja, a evangelização infantil personalizada. Cada


criança deve ser conhecida por seu nome, por seus problemas e por sua
realidade social. Saia às ruas, praças e outros logradouros, e reúna os
pequeninos para ouvir a maravilhosa história da salvação. Mas, antes, treine
adequadamente a sua equipe. Não esqueça o discipulado. Acompanhe cada
criança convertida. Seja o seu pai espiritual.

59
Sinopse do Tópico 3

As crianças podem ser evangelizadas na Escola Dominical, em classes de


alfabetização e em projetos de evangelismo.

CONCLUSÃO

Quando se ganha uma criança para Jesus, conquista-se uma vida toda de
realizações para o Reino de Deus. Então, por que esperar? Vamos investir mais
na evangelização infantil. Para isso, os professores de educação infantil precisam
ser preparados e equipados com o que há de melhor nessa área. Treine
professores. Num momento tão difícil como o que atravessamos, não podemos
deixar as crianças em poder de uma cultura anticristã, pecaminosa e contrária à
moral e aos bons costumes. Salve os pequeninos do inferno. Jesus também
morreu por eles.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja- Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus- Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

60
06/12/2020
LIÇÃO 10
Comentário
Ev. Flávio
Ev. Paulo Vitor
Pr. Marcelo Luciano

A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“E aconteceu que, acabando Jesus de dar A evangelização urbana é o primeiro


instruções aos seus doze discípulos, partiu desafio missionário da igreja e o
dali a ensinar e a pregar nas cidades estágio inicial para se alcançar os
deles” (Mt 11.1). confins da terra.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar estratégias
Mostrar os desafios da Saber como fazer
urbanas de
evangelização urbana. evangelismo urbano.
evangelismo.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Atos 2.1-12. galileus todos esses homens que estão


falando?
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, 8 - Como, pois, os ouvimos, cada um, na
estavam todos reunidos no mesmo lugar; nossa própria língua em que somos
2 - e, de repente, veio do céu um som, nascidos?
como de um vento veemente e impetuoso, 9 - Partos e medos, elamitas e os que
e encheu toda a casa em que estavam habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e
assentados. Capadócia, e Ponto, e Ásia,
3 - E foram vistas por eles línguas 10 - e Frígia, e Panfília, Egito e partes da
repartidas, como que de fogo, as quais Líbia, junto a Cirene, e forasteiros
pousaram sobre cada um deles. romanos (tanto judeus como prosélitos),
4 - E todos foram cheios do Espírito Santo 11 - e cretenses, e árabes, todos os temos
e começaram a falar em outras línguas, ouvido em nossas próprias línguas falar
conforme o Espírito Santo lhes concedia das grandezas de Deus.
que falassem. 12 - E todos se maravilhavam e estavam
5 - E em Jerusalém estavam habitando suspensos, dizendo uns para os outros:
judeus, varões religiosos, de todas as Que quer isto dizer?
nações que estão debaixo do céu.
6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma
multidão e estava confusa, porque cada um
os ouvia falar na sua própria língua.
7 - E todos pasmavam e se maravilhavam,
dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são

61
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mt 21.10 5ª feira - Lc 5.12


O Evangelho alvoroça a cidade O Evangelho curador na cidade
3ª feira - Mc 6.33 6ª feira - Atos 8.5-8
O Evangelho atrai as cidades O Evangelho traz alegria à cidade
4ª feira - Mt 23.34 Sábado - At 5.16
Cidade, onde o Evangelho é perseguido O Evangelho de poder na cidade

INTERAÇÃO

Evangelizar os centros urbanos é um dos maiores desafios da Igreja no século


21, pois, segundo dados da ONU, 54% da população mundial vive nas grandes
cidades. Com o crescimento da população urbana vêm também os problemas e
desafios. É preciso atender às necessidades da população, mas nem sempre
essas necessidades são atendidas, gerando falta de habitação, transporte,
energia, desemprego, etc. Muitos não têm direito aos serviços básicos como
educação e saúde garantidas. Como Igreja, não podemos fechar os olhos para a
realidade enfrentada nos centros urbanos. O que fazer para alcançar essas
pessoas? Temos que ir até elas. Precisamos orar e pedir a Deus estratégias para
sairmos das quatro paredes dos templos e sermos “sal” fora do saleiro.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Urbano – relativo ou pertencente à cidade, ou que lhe é


próprio.

Nesta lição, veremos algumas estratégias a serem usadas na evangelização de


uma cidade. Trataremos também dos desafios enfrentados pelo evangelista
nessas áreas e, finalmente, mostraremos como efetivar a conquista de uma área
urbana. Esta, se bem conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de
Deus. Por esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem
de uma cidade, para que sejam implementados os pontos básicos do
evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e
missões.

62
1. ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO

PONTO CENTRAL: Alcançar os centros urbanos com o evangelho é um dos


maiores desafios da Igreja. Na evangelização urbana, levemos em conta a
estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.

1.1. A Estratégia de Jonas

O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de
Deus. Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas
a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta
dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3.4). Ele usou as vias principais da capital
assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não demorou a
chegar ao rei (Jn 3.6). Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos
estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metrôs para o
evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso da internet, outdoors,
programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.

1.2. A Estratégia do Pentecoste

Não foi sem motivo que Deus escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja.
Nesse evento judaico tão importante, achavam-se em Jerusalém israelitas de
todas as partes do mundo (At 2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo,
eles ouviram as maravilhas de Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos
seus lugares de origem, levaram a semente do Evangelho que, mais tarde,
germinaria congregações e igrejas. A Igreja pode aproveitar a realização de
eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se
possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para
apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações.

1.3. Estratégias dos Pioneiros

Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a


cidade de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil.
Logo em sua chegada, em 19 de novembro de 1910, constataram que a capital
paraense era geograficamente estratégica para se alcançar o país em todas as
direções. Por isso, ore e estude detalhadamente a região que você quer
alcançar.

63
Sinopse do Tópico 1

Na Palavra de Deus encontramos algumas estratégias urbanas de


evangelismo.

2. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

Na evangelização urbana, há desafios e imprevistos que podem ser convertidos


em oportunidade.

2.1. A Incredulidade e Perseguição

Vivemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso


evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm
4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e
falsos profetas. A mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito
Santo (1Co 1.18). Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar.
Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão
até o fim (Lc 4.28-30).

2.2. Enfermos

As áreas urbanas acham-se tomadas de enfermos e doentes terminais. No


tempo de Jesus, não era diferente. Ao entrar em Jericó, Ele deparou-se com um
cego que lhe rogava por misericórdia (Lc 18.35). E, às portas de Naim,
encontrou o funeral do filho único de uma viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo
Espírito Santo, curou o primeiro e ressuscitou o segundo. A Igreja deve
desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os enfermos e moribundos.

2.3. Endemoninhados

Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também, para


casos difíceis de possessão demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados
pela cidade (Mt 8.28-34). Por isso, o evangelista precisa orar, jejuar e ter uma
vida santa (Mc 9.29). A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um
espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos
cativos de Satanás (Mt 10.8).

64
Sinopse do Tópico 2

A incredulidade, a perseguição, os enfermos e endemoninhados são alguns


dos principais desafios da evangelização urbana.

3. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

A evangelização urbana só será bem-sucedida se tomarmos as seguintes


providências: treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e
acompanhamento do trabalho.

3.1. Treinamento da Equipe

Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma


equipe altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro,
tomou consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2).
Acompanhava-os, também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este
pequeno, mas operoso grupo, o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a
Tessalônica e a Beréia, até que a Palavra de Deus, por intermédio de outros
obreiros, chegasse à capital do Império Romano (At 16.12; 17.1,10).

3.2. Estabelecimento de Postos-chave

Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de
onde iniciava a proclamação do Evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na
maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí
expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios. É necessário
que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser
a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At
16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.

3.3. Acompanhamento do Trabalho

Procure estar atento à nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área
urbana, alguém deve ser deixado como responsável para cuidar dos novos
convertidos que foram alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E,
periodicamente, devem haver visitas até que amadureçam o suficiente para
caminhar por si próprias (At 18.23). Não descuide do trabalho de discipulado.
Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se

65
põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo,
tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.

Sinopse do Tópico 3

Para fazer um evangelismo urbano eficiente precisamos investir no


treinamento da equipe, estabelecer postos-chave e acompanhar de perto o
trabalho.

CONCLUSÃO

A evangelização urbana é o grande desafio do século 21. As cidades tornam-se


cada vez maiores e mais complexas, exigindo da Igreja de Cristo ações
específicas, personalizadas e efetivas. Se, por um lado, lidamos com as massas,
por outro lado, temos de tratar particularmente com cada pessoa, para que todos
venham a ter um encontro pessoal com Deus. Seguindo o exemplo de Jesus e de
Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da
Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia- Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento- Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

66
13/12/2020
LIÇÃO 11
Comentário
Ev. Paulo Vitor

A EVANGELIZAÇÃO NA ERA DIGITAL

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Então, o Senhor me respondeu e disse: A ordem de Jesus Cristo de pregar o


Escreve a visão e torna-a bem legível sobre evangelho a todas as pessoas pode ser
tábuas, para que a possa ler o que correndo obedecida com a utilização, sábia e
passa” (Hc 2.2). prudente, dos meios de comunicação.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer somente o Discutir a respeito dos Compreender que


Evangelho pode dar malefícios da devemos utilizar a
esperança nesta era de superexposição midiática da mídia de forma sábia e
informação rápida. igreja evangélica. prudente.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Tito 2.11-15 14 - o qual se deu a si mesmo por nós, para


nos remir de toda iniquidade e purificar
11 - Porque a graça de Deus se há para si um povo seu especial, zeloso de
manifestado, trazendo salvação a todos os boas obras.
homens, 15 - Fala disto, e exorta, e repreende com
12 - ensinando-nos que, renunciando à toda a autoridade. Ninguém te despreze.
impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século
sóbria, justa e piamente,
13 - aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Mt 5.14-16 5ª feira – At 10.1-48


Somos a luz do mundo Um “ímpio” exemplar
3ª feira – Jo 13.15 6ª feira – 1Pe 2.12
Jesus é o nosso referencial A Igreja deve ter um bom exemplo
4ª feira –1Ts 1.6,7 Sábado –1Pe 5.1-3
Uma igreja exemplar A liderança deve servir de exemplo

Ev. Flávio
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INTERAÇÃO

Prezado professor, nesta lição estudaremos da evangelização na era digital. É


importante enfatizar, no decorrer da lição, que utilizar a mídia para anunciar a
Palavra de Deus não é errado, desde que o objetivo seja glorificar o nome do
Senhor. A internet atualmente, é um veículo de comunicação de massa, seu
poder de alcance é muito grande. Porém, precisamos utilizar este recurso
midiático com sabedoria e coerência, nunca para proveito próprio. Infelizmente
alguns utilizam este veículo com o objetivo de se tomarem famosos. A fama é
efêmera e existe uma diferença entre ser famoso e ser bem-sucedido. Os cristãos
do primeiro século não lutaram para se tomarem famosos, porém eles foram
bem-sucedidos em sua missão. Muitos, erroneamente, acreditam que o
crescimento de uma igreja ou denominação se dá apenas pela utilização da
mídia, em especial a internet, mas quem sustenta a Igreja e faz com que ela
cresça de modo saudável é o Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Mídia – o conjunto dos meios de comunicação social de


massas

Desde os tempos de Constantino, em nenhum outro tempo a Igreja foi tão


amplamente exposta. Milagres, ou algo parecido, dividem o horário nobre da
TV aberta com novelas e outras programações. A exemplo desta explosão
midiática temos também a internet, a qual tem sido uma rede de intrigas e
escândalos. Até quando a “espetacularização da fé” auxilia o verdadeiro
Evangelho? Como buscar formas alternativas de evangelização sem parecer que
estamos envolvidos na mesma competição religiosa por “almas”? Eis o nosso
desafio.

1. A REPUTAÇÃO DE CRISTO E DA IGREJA DO PRIMEIRO


SÉCULO

1.1. João Batista e Jesus Cristo

A postura de João Batista em relação a Jesus, e a do último a respeito do


primeiro, demonstram nitidamente o que significa saber conviver com a
“fama” e com o “declínio” desta (Jo 1.26,27,29-34; 3.22-30; Lc 7.28). Na

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realidade, a fama de ambos não era algo que eles buscassem, pois ela veio em
função do ministério de cada um (Mt 3.4-6; Lc 4.14; 7,17). Quanto ao que
vulgarmente poderíamos classificar como declínio, na verdade é o
cumprimento da vocação soberana de Deus para ambos (Mt 16.21-23; Jo
3.28,30). Acabando-se o tempo de trabalho de cada um, inicia-se um novo
ciclo e, com ele, vem a saída de um sendo a oportunidade estendida a outro.

1.2. Os Pilares da Notoriedade da Igreja que Nasceu no Cenáculo

A Palavra de Deus revela-nos que a igreja nascida no cenáculo, após ter sido
revestida de poder (At 1.8; 2.1-13), e ter um crescimento inicial que saltou dos
“quase 120” para os quase três mil, perseverava “na doutrina dos apóstolos, e
na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42). Esses quatro
pilares — doutrina, comunhão, partilha e espiritualidade — proporcionaram
segurança à igreja, resultando na confiança e na adesão popular que ela passou
a desfrutar na sociedade daquela época (At 2.47).

1.3. Uma Igreja Formada por Pessoas Comuns

É muito perigoso idealizar o passado ou pessoas. Tiago falou acerca desse


assunto ao dizer que o profeta Elias era um homem comum, ou seja, como
qualquer um de nós (Tg 5.17,18). Uma vez que a igreja do primeiro século era
formada por pessoas, ela não era perfeita, pois também possuía os seus
problemas e dificuldades (At 15.1-39; Gl 2.9-14). Não obstante, é preciso
destacar que na perseguição, nas lutas e até nas desavenças essa igreja jamais
deixou de cumprir a sua missão (At 8.4; 15.36-39).

Sinopse do Tópico 1

Como se deu a influência da Igreja do primeiro século se ela não era


numericamente volumosa?

2. CONSERTANDO A REDE PARA CRISTO

Tiago e João estavam no barco, junto com o seu pai, Zebedeu, consertando as
redes, quando foram chamados por Jesus (Mc 1.19,20). Hoje, quem se propõe
a falar de Cristo aos pecadores digitais tem uma grande rede a consertar: a
internet evangelística.

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2.1. Rede de Intrigas

Amnon, filho de Davi, utilizou-se de uma rede sofisticada de relacionamentos,


administrada por Jonadabe, a fim de seduzir sua meia irmã, Tamar (2 Sm 13.1-
14). E, assim, utilizando como pretexto amor e doença, estuprou a jovem,
levando a vergonha e o ódio à casa real de Israel. Se por um lado, as redes
sociais facilitam encontros e contatos entre amigos e parentes distantes, por
outro, têm multiplicado traições, adultérios e a destruição de lares. Esse efeito
nocivo pode ser minimizado, senão anulado, se cada crente as utilizar para
ganhar os pecadores digitais para o Cristo real.

2.2. O Evangelho Deve Ser Pregado Através da Mídia?

Não há dúvida de que devemos utilizar os meios de comunicação para anunciar


o Evangelho. Contudo, que o façamos de maneira sábia e relevante, pois não
podemos lidar com vidas como se estivéssemos negociando, atitude esta que,
inclusive, é condenada na Bíblia (1Tm 6.1-21; 2Pe 2.3). Além disso, temos de
ter cuidado para não envergonharmos o nome de Cristo pela forma de nos
apresentarmos.

2.3. Uma Igreja Famosa Pelas Suas Boas Ações

Estarmos expostos é uma consequência inevitável, mas a questão é: Como


estamos sendo vistos? Por qual razão, ou motivo, estamos sendo conhecidos?
A igreja em Tessalônica tornou-se notória pelas suas ações positivas e
benéficas (1Ts 1.6-9).

Sinopse do Tópico 2

Precisamos pregar o Evangelho real para os pecadores digitais.

3. A SUPEREXPOSIÇÃO MIDIÁTICA DA IGREJA EVANGÉLICA

3.1. A Mídia como Meio de Divulgação

É impossível ignorar o valor da mídia no que diz respeito à comunicação.


Contudo, é fato que há diferentes públicos, e estes reclamam programações
específicas. Quem apresenta um programa e quer manter a audiência sabe que
precisa garantir a satisfação do público-alvo. Assim, se o objetivo de quem
comunica é alcançar um grupo e cativá-lo, certamente deverá criar uma

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identidade de forma que as pessoas possam ter certeza de que sempre haverá,
no mesmo programa, algo novo. De acordo com esse raciocínio, como é que a
igreja deve portar-se ao utilizar os meios de comunicação? (Mt 5.13-16).

3.2. E A Igreja Descobriu a Mídia

Sem falar da mídia impressa, que é utilizada desde o surgimento da igreja


evangélica brasileira, há mais de sessenta anos as igrejas começaram a utilizar
o rádio. Vinte anos depois, foi a vez da televisão. A partir de então, muitas
igrejas passaram a utilizar os meios de comunicação como forma de alcançar
as pessoas com a Palavra de Deus.

3.3. Qualidade da Programação Evangélica

Com o crescimento exponencial das denominações evangélicas, há uma


diversidade de mídias utilizadas. Estas são definidas segundo a filosofia de
trabalho e as condições financeiras de cada denominação. É inevitável também
reconhecer que as prioridades se inverteram. A programação não é mais
totalmente voltada para os não crentes. Para garantir audiência e,
principalmente, cooptar novos contribuintes, é possível perceber algumas
apelações sensacionalistas que, em vez de glorificarem o nome de Cristo,
acabam por envergonhá-lo (Rm 2.24).

Sinopse do Tópico 3

Em termos de Evangelho e na perspectiva de Cristo, é preciso entender que a


relação entre relevância e número, nem sempre será tão evidente.

CONCLUSÃO

Utilizar a mídia para pregar o Evangelho não é uma questão de sobrevivência,


pois quem sustenta a Igreja é o Senhor Jesus Cristo (Mt 16.18). Pregar utilizando
a mídia é algo estratégico, mas só devemos fazê-lo se isso glorificar o nome do
Senhor.

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BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

72
20/12/2020
LIÇÃO 12
Comentário
Ev.
Ev. Flávio
Paulo Vitor
Pr. Marcelo Luciano

O ÁRDUO TRABALHO MISSIONÁRIO

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Porque bem vos lembrais, irmãos, do A Bíblia afirma que o verdadeiro


nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando obreiro deve ser honrado em momentos
noite e dia, para não sermos pesados a de necessidade.
nenhum de vós, vos pregamos o evangelho
de Deus” (1Ts 2.9).

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Elencar e explanar sobre o


Explicar sobre os árduo trabalho missionário Descrever sobre a
dízimos e ofertas e sua de Paulo e o cuidado conduta irrepreensível
importância. paternal do apóstolo pela dos obreiros.
Igreja.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Tessalonicenses 2.9-12. 8 - Em tudo somos atribulados, mas não


angustiados; perplexos, mas não
9 - Porque bem vos lembrais, irmãos, do desanimados.
nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando 9 - Perseguidos, mas não desamparados;
noite e dia, para não sermos pesados a abatidos, mas não destruídos;
nenhum de vós, vos pregamos o evangelho 10 - Trazendo sempre por toda a parte a
de Deus. mortificação do Senhor Jesus no nosso
10 - Vós e Deus sois testemunhas de quão corpo, para que a vida de Jesus se
santa, justa e irrepreensivelmente nos manifeste também nos nossos corpos;
houvemos para convosco, os que crestes. 11 - E assim nós, que vivemos, estamos
11 - Assim como bem sabeis de que modo sempre entregues à morte por amor de
vos exortávamos e consolávamos, a cada Jesus, para que a vida de Jesus se
um de vós, como o pai a seus filhos, manifeste também na nossa carne mortal.
12 - para que vos conduzísseis dignamente
para com Deus, que vos chama para o seu
reino e glória.

2 Coríntios 4.7-11.

7 - Temos, porém, este tesouro em vasos


de barro, para que a excelência do poder
seja de Deus, e não de nós.
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SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Hb 7.4,5 5ª feira - 2Co 9.7


Abraão entregou o seu dízimo a Deus ama ao que contribui com alegria
Melquisedeque 6ª feira - Mt 23.23
3ª feira - Lv 27.30 O dízimo, o juízo, a misericórdia e a fé
O dízimo do campo Sábado - Mt 23.23
4ª feira - Nm 19.26 O dízimo, o juízo, a misericórdia e a fé
O dízimo dos dízimos

INTERAÇÃO

Nos versículos 3 a 8, Paulo apresentou sua defesa ministerial tendo como


fundamento o seu comportamento digno entre os cristãos tessalonicenses. Nos
trechos de 9 a 12, descreve o árduo trabalho missionário entre eles, e relembra
mais uma vez o cuidado apostólico mediante a figura paterna (vv.11,7). Esta
referência afetuosa (v.11) é confirmada por dois termos encontrados no
versículo 9 (trabalho e fadiga), que no original indicam extenuação física e
psicológica: “trabalho árduo” (kopos) e “desgastante labor” (mochthos). Paulo
trabalhava tanto à noite quanto de dia na fabricação de tendas (At 18.3), a fim
de não ser “pesado” a nenhum dos irmãos (2Co 11.27; 1Ts 3.10). Procurava não
ser dispendioso às igrejas macedônicas que, embora fossem pobres, eram muito
generosas (2Co 8.1,2). Todavia, enquanto esteve em Tessalônica, contava com
o apoio financeiro da igreja de Filipos (Fp 4.15,16). Para Paulo, assim como o
pai é o responsável pela sustentação e nutrição do filho e, não o contrário, era
responsabilidade de seu ministério suprir à igreja macedônica, e não está a ele
(vv.7-9,11).

VOCABULÁRIO

Árduo: Espinhoso, áspero; trabalhoso, custoso.


Charlatão: Explorador da boa-fé do público; impostor, embusteiro, trapaceiro.
Infundado: Que não tem fundamento, alicerce, base ou motivo; sem razão de
ser.
Inovar: Introduzir novidade em.
Leviandade: Qualidade do que julga ou procede irrefletidamente; precipitado,
imprudente.
Retrógrado: Que recua ou anda para trás; que é contrário ao progresso.

74
INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Trabalho – conjunto de atividades, produtivas ou criativas,


que o homem exerce para atingir determinado fim.

Nesta lição, meditaremos sobre como Paulo trabalhou arduamente a fim de


prover o sustento para si e seus companheiros, bem como testemunhou de forma
marcante acerca desse assunto, de acordo com o que está registrado nos vv.9,10
da Leitura Bíblica em Classe. Naquela época, os inimigos do evangelho
espalhavam informações falsas sobre o sustento e despesas de viagem daqueles
primeiros missionários. Paulo sabia que os novos convertidos poderiam
facilmente ser abalados com aquelas falsidades. Por isso, o apóstolo esforçou-
se o máximo para desmentir aqueles infundados rumores, mediante seu
exemplo de trabalho. Muitos crentes sofrem espiritualmente em razão de falsas
informações recebidas na sua “infância espiritual”. Essa era a preocupação de
Paulo: “Como o pai a seus filhos” (1Ts 2.11). Na igreja local, se o obreiro deseja
que os novos convertidos sejam bem formados e bem nutridos da Palavra de
Deus, terá de ser mãe e pai espirituais para eles. Ler 2Ts 3.7-12; 1Pe 5.3.

1. DÍZIMOS E OFERTAS

1.1. Dízimos

O dízimo é a décima parte da renda de uma pessoa. À luz de 1 Co 16.2 é a


contribuição financeira mínima que o crente deve oferecer para a obra de Deus.
Já existia antes da lei (Gn 14.20; 28.22); instituído por Moisés na lei (Lv 27.30;
Dt 14.22). O povo devia levar para os levitas e sacerdotes, pois não tiveram
possessão da terra (Nm 18.21-24; Hb 7.5), para que haja mantimento na Casa
de Deus (Ml 3.10). Eles, por sua vez, pagavam deles os dízimos dos dízimos
(Nm 18.26). O Senhor Jesus manteve os dízimos na Nova Aliança (Mt 23.23).

1.2. Ofertas Alçadas

Além dos dízimos havia também as ofertas alçadas para fins específicos, como
na construção do tabernáculo, no deserto (Êx 25.2). Convém lembrar que
oferta alçada não é o mesmo que dízimo (Ml 3.10). Ambos são bíblicos e
atuais, mas são diferentes. As ofertas alçadas são esporádicas, principalmente
para construção de templos. Os dízimos são contínuos. O culto ao Deus
verdadeiro, conforme encontramos em toda a Bíblia, constitui-se dos
75
elementos: oração, leitura das Escrituras, pregação ou testemunho, cânticos e
ofertas.

1.3. Os Métodos de Deus

Para a construção do tabernáculo Moisés precisava dessas ofertas alçadas, de


um povo pobre que vivia pela misericórdia de Deus, do maná. Davi, para
construir o templo de Jerusalém, deu uma oferta de cento e cinco toneladas de
ouro, sem contar a prata (1 Cr 29.3,4), considerando-se um talento equivalente
a 35 quilos segundo as tabelas de conversões de pesos e medidas. O rei Davi,
no entanto, fez um apelo para quem quisesse contribuir para a Casa de Deus
(1 Cr 29.5). Nos versículos seguintes ficamos sabendo que o povo contribuiu
voluntariamente e com alegria.

1.4. Deus Quer que Seus Filhos Participem dos Projetos Divinos

Moisés não dispunha de recursos para a construção do tabernáculo e por isso


levantou do povo uma oferta alçada. Entretanto, o rei Davi já dispunha dos
recursos para a construção do Templo de Jerusalém. Por que convidou ele o
povo para ofertar? O método de Deus, porém, é diferente do nosso. A vontade
de Deus é que seus filhos participem de seus projetos. Aqui já não é questão
de necessidade. Deus é dono do céu e da terra (Gn 14.19; Sl 24.1), do ouro e
da prata (Ag 2.8), mas Ele conta com nossa participação. Deus abençoa o povo
para que seus filhos possam contribuir para a sua obra.

Sinopse do Tópico 1

As contribuições e dízimos devem ser usados para a seara do Mestre e os


projetos Divinos. Ofertas e dízimos não devem ser meios para barganhar com
Deus, mas para desprendimento dos bens materiais e gratidão a Deus.

2. TRABALHANDO NOITE E DIA

2.1. Um Árduo Trabalho Missionário

Paulo e seus companheiros não se deixaram abater pelas dificuldades surgidas.


Tiveram que alternar o trabalho espiritual com o secular, para poderem se
dedicar às atividades evangelísticas, sem depender dos irmãos.
a) “Trabalho e fadiga”. O sentido aqui no original é de trabalho árduo,
fatigante. Hoje, os trabalhos da igreja que prosperam são realizados por
76
homens de Deus que cheios do Espírito Santo se esforçam com amor e
dedicação ao seu sagrado ministério. Os que ficam parados, seja por desânimo,
falta de visão, ou de condições ministeriais, são os que veem a obra de Deus
parar e sofrer. Esses são os que fazem os crentes gemerem, esperando uma
mudança de situação.
b) “Trabalhando noite e dia”. Naquela ocasião, quando a igreja de
Tessalônica estava nascendo, não bastava apenas cuidar das coisas espirituais.
Era preciso trabalhar profissionalmente também à noite. “Dia e noite”, diz o
texto bíblico. Não foi fácil! Todavia, Deus deu graça e a obra avançou pela
mão de homens de fibra como aqueles! Isto é uma lição para os dias atuais, em
que há obreiros usando certos métodos para conseguir dinheiro semelhantes
aos dos charlatões, exploradores e mercantilistas. E os tais ainda dizem que
tudo é para a obra do Senhor, quando, na realidade, visam os próprios bolsos
(2Co 11.13; Fp 3.2).

2.2. Não Sendo Pesado a Ninguém

Certamente, eles precisavam levantar cedo, antes do nascer do sol, e lutar pela
sua manutenção até o início da noite. Paulo tinha o ofício de fazedor de tendas
(At 18.3). Como deve ter sido difícil ensinar, pregar, discipular, e, ao mesmo
tempo, trabalhar pelo próprio sustento e de seus amigos. São lições
inspiradoras para nós nos dias de hoje. Se você trabalha por necessidade, com
sabedoria, bom senso e calma desde cedo até tarde do dia, e também à noite, e
mesmo assim cuida da obra de Deus com zelo, saiba de uma coisa: você não
está inovando.

2.3. O Obreiro é Digno do Seu Sustento

Paulo não estava a ensinar que o obreiro não pode, ou não deve, ser sustentado
pela igreja local. Ensinando aos coríntios (1Co 9.6-18), ele disse que ninguém
deve trabalhar, ou militar, “à sua própria custa” (v.7). Ao invocar o exemplo
do ministério sacerdotal conclui: “Assim ordenou também o Senhor aos que
anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (v.14). Na realidade, desde
o Antigo Testamento, e através do Novo, a mensagem é a mesma: “digno é o
obreiro do seu salário” (1Tm 5.18).

77
2.4. Como Apoiar os Missionários

a) O papel da igreja. São os crentes que apoiam os missionários com suas


contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A
igreja ora, intercedendo por eles, e acompanha o seu trabalho através de
relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam o
missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio espiritual
devem entender também que fora do seu convívio a situação é muito diferente.
Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar
travado.
b) Apoio aos missionários. O sustento missionário inclui alimento, vestuário,
moradia, educação e saúde dele e da esposa e filhos. É necessário um estudo
sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim
de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele. Nem sempre as
igrejas têm acesso a essas informações, por isso existem inúmeras agências
missionárias interdenominacionais, espalhadas no Brasil e em todo o mundo,
com o propósito de orientar as igrejas. Hoje as igrejas estão se organizando
para maior ênfase ao trabalho de missões nacionais e no exterior.

Sinopse do Tópico 2

O ministério do Apóstolo Paulo nos ensina que mesmo trabalhando de dia e


de noite nunca foi pesado a ninguém, pelo contrário, somente em momento de
extrema necessidade pediu auxílio dos irmãos.

3. EVANGELIZAÇÃO DE MODO IRREPRENSÍVEL

3.1. Conduta Exemplar dos Missionários

“Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos


houvemos para convosco, os que crestes” (2.10). Paulo e seus companheiros
tinham uma vida irrepreensível diante da igreja e do mundo. Assim deve ser a
conduta ética, moral, e espiritual dos obreiros do Senhor, bem como de todo
crente. Quando há engano, mentira, trapaça, mistificação, falsidade, mais cedo
ou mais tarde, tudo virá à tona, pois “nada há encoberto que não haja de ser
descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lc 12.2). Viver de forma
irrepreensível diante de Deus e dos homens deve ser a prioridade de todo
crente que espera a vinda de Jesus (1Ts 5.23).
a) O crente deve ser santo (v.10). Do contrário, ele não verá a Cristo (Hb
12.14). Santidade é condição indispensável a quem se diz crente e deseja ir
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para o céu, ao encontro do Senhor Jesus. Assevera-nos a infalível Palavra de
Deus: “como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda
a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo” (1Pe 1.15,16). Graças a Deus porque sempre tivemos obreiros que,
agindo com fidelidade, passaram à eternidade, deixando-nos um maravilhoso
testemunho. Eles foram fiéis ao Senhor, à doutrina, à igreja, à sua família e
aos irmãos na fé. Que jamais venhamos a agir com leviandade. Jesus está às
portas.
b) O crente deve ser justo (v.10). Na Bíblia, justiça é a santidade visível,
demonstrada diante do próximo. Temos nas Escrituras exemplos de homens
justos, segundo o padrão de Deus, como Jó (Jó 1.1).
E não foi só em Tessalônica que o padrão de conduta de Paulo foi exposto. Na
igreja de Corinto, Paulo observou o mesmo padrão de conduta (2Co 7.2).
“Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos
houvemos desordenadamente entre vós” (2Ts 3.7). Essa justiça era irmã
gêmea da santidade que os missionários demonstravam em seu viver.
c) O crente deve ter uma vida irrepreensível (v.10). Isso só é possível na vida
do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus
mediante a fé. Paulo tinha uma vida correta; não dava lugar à repreensão,
censura, ou às críticas pertinentes. Pelo tom das palavras do apóstolo, sentia-
se ofendido pelas acusações injustas lançadas sobre si e seus companheiros.
Ele afirmou certa ocasião: “até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus
com toda a boa consciência” (At 23.1). No capítulo 5 da Primeira Epístola aos
Tessalonicenses, ele exorta os crentes a serem irrepreensíveis: “E o mesmo
Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo” (1Ts 5.23). Não é somente o espírito e a alma do crente, partes
invisíveis, que devem ser conservados irrepreensíveis, mas igualmente seu
corpo físico, visível. Há crentes que, quanto ao espírito e a alma, ninguém pode
duvidar que pertencem a Deus, entretanto... em relação ao corpo, não se pode
dizer o mesmo (1Co 6.13,19,20).

Sinopse do Tópico 3

Todos aqueles que desejam fazer a obra missionária devem cumprir requisitos
de uma vida incorruptível, ter uma vida que não haja conduta pejorativa é a
centralidade daquele o qual é chamado para obra.

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4. COMO UM PAI A SEUS FILHOS

4.1. Um Pai que Exorta a Seus Filhos

Paulo, embora líder do rebanho, não tinha a postura de um “superior”, mas a


de um verdadeiro “pai” para com seus “filhos” na fé. Ele, porém, não agia
como certos “pais modernos” que, para não serem tachados de retrógrados,
deixam os filhos fazerem o que bem entendem. O pai que não corrige os filhos
não é pai.

4.2. Cuidando de “Cada Um”

O obreiro do Senhor deve exortar, ensinar e discipular individualmente seus


filhos na fé. É o caso do professor de Escola Dominical. O exemplo de Paulo
deve ser seguido principalmente hoje, ocasião em que o crescimento numérico
das igrejas nem sempre acompanha o seu crescimento qualitativo. Esse
cuidado especial deve perdurar em relação a cada pessoa que aceita a Cristo
como Salvador. Dizia certo pregador: “Temos muita obstetrícia, e pouca
pediatria”. Nascem muitos crentes, no entanto, muitos deles morrem por falta
de cuidados especiais em sua “infância espiritual”.

Sinopse do Tópico 4

Todo pai espiritual tem em sua aljava a experiência como vantagem, pois o
filho ou jovem obreiro tem o vigor, porém as vezes lhe falta a visão ampliada
do tempo percorrido.

CONCLUSÃO

Paulo não se preocupava somente com seu árduo trabalho e com as ovelhas já
formadas e crescidas do rebanho. Mas demonstrava um zelo especial para com
cada um dos que aceitavam a Cristo. Que Deus nos ajude a ter em cada igreja
local um trabalho sério de evangelismo e missões, a fim de que possamos ver
Cristo formado em nossos irmãos (Gl 4.19). A Escola Dominical de cada igreja
deve estar ativa neste serviço, sabendo que os primeiros passos da vida cristã são
de valor inestimável para todos os demais que se seguirão na vida do crente.

80
BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

81
27/12/2020
LIÇÃO 13
Comentário
Ev.Paulo
Ev. Flávio
Vitor

AVIVAMENTO ESPIRITUAL

TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA

“Porque o nosso evangelho não foi a vós O avivamento espiritual da igreja deve
somente em palavras, mas também em ser preservado, para que ela prossiga
poder, e no Espírito Santo” (1 Ts 1.5). renovada no Espírito e dinâmica em
sua missão na Terra.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Refletir sobre a
Saber que o avivamento é necessidade de o crente
Descrever as três
uma intervenção divina na manter-se renovado
virtudes do
vida da igreja e que está se pelo Espírito Santo até
cristianismo.
dará até a volta do Senhor. o arrebatamento da
Igreja.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Tessalonicenses 1.1-10. 7 - De maneira que fostes exemplo para


todos os fiéis na Macedônia e Acaia.
1 - Paulo, e Silvano, e Timóteo, à igreja 8 - Porque por vós soou a palavra do
dos tessalonicenses, em Deus, o Pai, e no Senhor, não somente na Macedônia e
Senhor Jesus Cristo: graça e paz tenhais de Acaia, mas também em todos os lugares a
Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. vossa fé para com Deus se espalhou, de tal
2 - Sempre damos graças a Deus por vós maneira que já dela não temos necessidade
todos, fazendo menção de vós em nossas de falar coisa alguma;
orações, 9 - porque eles mesmos anunciam de nós
3 - lembrando-nos, sem cessar, da obra da qual a entrada que tivemos para convosco,
vossa fé, do trabalho da caridade e da e como dos ídolos vos convertestes a Deus,
paciência da esperança em nosso Senhor para servir ao Deus vivo e verdadeiro
Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, 10 - e esperar dos céus a seu Filho, a quem
4 - sabendo, amados irmãos, que a vossa ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que
eleição é de Deus; nos livra da ira futura.
5 - Porque o nosso evangelho não foi a vós
somente em palavras, mas também em
poder, e no Espírito Santo, e em muita
certeza. Como bem sabeis quais fomos
entre vós, por amor de vós.
6 - E vós fostes feitos nossos imitadores e
do Senhor, recebendo a palavra em muita
tribulação, com gozo do Espírito Santo,
82
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - At 19.18,19 5ª feira - At 2.1-4


Evidências de um avivamento Precisamos viver e manter a
3ª feira - Rm 9.1 experiência do Pentecostes;
O Espírito Santo age na consciência 6ª feira - 1Co 12.4-10
4ª feira - Jl 2.28-32 Precisamos de uma crescente
O avivamento é uma promessa divina manifestação dos dons do Espírito;
Sábado - Gl 5.22
Precisamos de fartura do fruto do
Espírito.

INTERAÇÃO

Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre.


Durante os encontros dominicais, você e seus alunos, com certeza desfrutaram
da bendita e poderosa ação do Espírito Santo sobre suas vidas. Todavia, a chama
do avivamento deve permanecer brilhante, pois Deus deseja que a Igreja
cumpra sua missão aqui na Terra integralmente. Um avivamento genuíno não
implica somente em bênçãos pessoais para os membros, mas sim em salvação
de almas. Através deste a igreja experimenta uma unidade maior de fé e
propósito — uma genuína comunhão no Espírito, como na igreja em
Tessalônica.

VOCABULÁRIO

Cristológico: Relativo a Cristo; fundamentado em Cristo.


Filantrópico: Relativo à filantropia; amor à humanidade; obras de caridade.
Imperativo: Que ordena, ou exprime uma ordem.
Migração: Mudar periodicamente, ou passar de uma região para outra.

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Avivamento - é sempre o retorno de algo à sua verdadeira


natureza e propósito.

Atos 17.1-12 relata o início e o crescimento da Igreja em Tessalônica, cidade


comercial da Macedônia, na Grécia. Naqueles tempos, houve um grande
avivamento espiritual mediante a pregação da Palavra de Deus (1 Ts 1.5). Foi

83
um movimento do Espírito tão maravilhoso que serviu de modelo para todas as
demais igrejas da região (1 Ts 1.7).

1. A CHAMA DO AVIVAMENTO DA IGREJA TESSALÔNICA (1 Ts


1.1-3)

1.1. A Chama do Zelo e do Fervor Espiritual (v.1)

O apóstolo Paulo identifica os destinatários da epístola como “a Igreja dos


tessalonicenses”. Ele difere no endereçamento quando diz “dos
tessalonicenses”, e não “aos” tessalonicenses, indicando que aquela Igreja
tinha identidade própria. Ou seja, desde o seu nascimento, o zelo e o fervor
espiritual daqueles cristãos era uma marca que os caracterizava.

1.2. A Chama da Fé (v.3)

Aqui vemos que a Igreja creu e desenvolveu uma fé dinâmica e crescente: “a


vossa fé cresce muitíssimo” (2 Ts 1.3). Nesse texto, estão três grandes virtudes
do cristianismo: fé, amor e esperança. A expressão “obra da vossa fé” (v.3)
não se contrapõe à justificação pela fé. Essa “obra” não é um ato de justiça
que justifica o homem diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8,9). Na verdade, a “obra
da fé” se refere ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo.

1.3. A Chama do Amor em Ação

“Trabalho do vosso amor” (v.3). Não se trata de amor filantrópico, mas do


amor gerado pelo Espírito Santo, como “fruto do Espírito” (Gl 5.22). Não é
apenas de “um ato de amor”, mas do trabalho contínuo a favor do evangelho
de Cristo.

1.4. A Chama da Esperança

A frase “paciência da esperança” (v.3) tem a ver literalmente com:


“resistência, constância ou perseverança da esperança”. Só tem essa
esperança quem sabe esperar em Deus. Aquela igreja enfrentou perseguições
e adversidades, no entanto, o apóstolo a elogia pela capacidade que teve em
manter acesa a chama da esperança. É nas adversidades que devemos manter
a esperança, pois temos realmente o que esperar, segundo as promessas de
Deus: “Fiel é o que prometeu” (Hb 10.23).
84
Sinopse do Tópico 1

Os crentes da igreja de Tessalônica adquiriram qualidades importantes para


a vida espiritual, a saber: tiveram a fé fortalecida na tribulação (cf. 1.6);
viveram a prática do amor cristão (cf. 1 Ts 3.6); experimentaram a “paciência
da esperança”.

2. MANTENDO A CHAMA DO AVIVAMENTO ACESA

2.1. A Chama Inicial Deve Permanecer Acesa (1 Ts 2.1)

Afirma o apóstolo: “bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi
vã”. Ele queria saber do resultado de todo trabalho pioneiro que ali fora
realizado com muito sacrifício. Graças a Deus, o trabalho realizado não tinha
sido inútil. O resultado era patente na vida daqueles irmãos. A igreja precisa
manter acesa a chama do “primeiro amor”.

2.2. A Chama da Pregação Precisa ser Reavivada (1 Ts 2.13)

O evangelho tem sido pregado com abnegação e fervor? Lamentavelmente, o


que mais se vê são pregadores e mestres presunçosos, vaidosos, gananciosos
e trapaceiros, que apesar de na aparência não demonstrarem nada disso,
revelam-se nas atitudes. Aquele espírito amoroso e sacrificial que deve
permear a mente e o coração dos pregadores, parece ter desaparecido. O
evangelho como Paulo pregava era eficaz. A mensagem que aqueles crentes
recebiam era a própria Palavra de Deus (v.13). Por isso, tornavam-se
imitadores das igrejas de Deus (v.14). No versículo 20, Paulo fala de sua
alegria pelos frutos resultantes de seu ministério para Deus, pois a igreja de
Tessalônica era, de fato, a sua glória e alegria, na presença de Deus.

Sinopse do Tópico 2

Quando a Igreja mantém acesa a chama do primeiro amor, os crentes são


conduzidos à evangelização, produzindo muitos frutos.

85
3. A CHAMA DO AVIVAMENTO E A VOLTA DO SENHOR (1 Ts 4.13-
18)

3.1. A Chama da Pureza Moral (1 Ts. 4.1-12)

Paulo sabia que, enquanto a Igreja aqui estivesse, seus membros estariam
sujeitos às tentações e pecados na sua vida cotidiana. Por isso, no texto bíblico
acima mencionado, três coisas da vida do crente são tratadas pelo apóstolo: a
pureza moral (vv.1-8), o amor fraternal (vv.9,10) e o trabalho honesto
(vv.11,12). Quanto à pureza moral, fala da maldita realidade da prostituição
em suas várias formas. Esse tipo de pecado da sociedade deve ser totalmente
rejeitado por um crente que ama ao Senhor (1 Ts 4.1,2). O “amor fraternal”
é o tipo de relacionamento que deve ser cultivado pelo cristão (1 Ts 4.9,10).
Sobre a prática do trabalho honesto, devemos evitar atitudes que desabonem
nossa conduta ou que representem engano, negligência e irresponsabilidade
em nossas atividades diárias, sejam elas quais forem (1 Ts 4.11,12).

3.2. Desafio aos Fiéis Conservadores do Avivamento

A Bíblia afirma: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
“Ouvir” não se refere apenas ao ato da percepção dos sons, mas de obedecer
ao que Deus ordena na sua Palavra. O púlpito não deve ser simples tribuna de
oradores, nem o pregador um simples animador de auditório. O essencial é que
o fogo do altar de Deus — o fogo do Espírito — esteja aceso no altar da nossa
vida. Enquanto formos pequenos em nós mesmos, Deus nos elevará para o seu
serviço e o seu louvor. Devemos pregar, como pentecostais conservadores, o
evangelho na sua plenitude (Rm 15.29), isto é, que Jesus salva o pecador;
batiza com o Espírito Santo; cura os enfermos e faz maravilhas; e breve virá.

3.3. A Conservação do Verdadeiro Pentecostes (1Ts 5.19)

Assim diz a prescrição bíblica, “Não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19). Na Lei
havia apagador de fogo (Êx 25.38), mas nesta dispensação da multiforme
graça de Deus, não. A conservação do Pentecostes vem pela constante
renovação espiritual do crente. Tito 3.5 fala de regeneração e renovação do
Espírito Santo. Ver At 4.8,31; 6.5; 7.55; 11.24; 13.9,52; 2Co 4.16; Ef 4.23;
5.18; Cl 3.10. Em todas estas referências há uma mensagem de renovação
espiritual. Quem procede segundo a natureza carnal, precisa de renovação do
Espírito Santo: “tendo começado pelo Espírito, acabais agora pela carne?” (Gl
3.3).
86
Sinopse do Tópico 3

A Igreja avivada espera, a qualquer momento, a volta de Jesus em santidade,


pois sem santificação ninguém verá o Senhor. Somente os santos serão
arrebatados.

CONCLUSÃO

Nesta lição, destacamos o fato de que todos os valores doutrinários da Bíblia


continuam tão atuais quanto foram no passado. O papel da Igreja, hoje, é manter
acesa a chama do avivamento espiritual para preservar os ensinos e valores
bíblicos.

BIBLIOGRAFIA

A Missão Cristã da Igreja - John Stott (Fonte PDF);


Atos: E a Igreja se fez Missões - Myer Pearlman (Fonte PDF);
A Igreja Missional na Bíblia - Michael Goheen (Fonte PDF);
Qual a Missão da Igreja - Kevin DeYoung e Greg Gilbert (Fonte PDF);
História das Assembleias de Deus - Emílio Conde, Ed. CPAD.
Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento - Claudionor C. de
Andrade, Ed. CPAD.
Perigos da Pós-Modernidade - Elinaldo Renovato Ed. CPAD.

ANOTAÇÕES

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