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Por isso, a igreja é formada por aqueles que estão “fora” do pecado, “fora” do
mundo, “fora” das trevas. Há,
portanto, uma verdadeira oposição entre a “igreja” e o “mundo”. Muito feliz o item 8
do Cremos da Declaração
de Fé das Assembleias de Deus ao afirmar que a Igreja é formada pelos que foram
“…chamados do mundo
pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus”.
- Como afirma a Declaração de Fé das Assembleias de Deus: “…Além de assembleia
universal dos crentes
em Jesus, o vocábulo ‘igreja’ refere-se a um grupo de crentes em cada localidade
geográfica [At. 11:22; I
1- uma vez que a igreja estava pré-determinada desde toda eternidade, sendo escolhida “antes
da fundação do mundo” (Ef.1.4), a eternidade de Deus é a âncora desta doutrina. Tendo
criado o tempo, Deus está além do tempo; consequentemente, todas as suas decisões,
incluindo a de edificar sua ,igreja, são eternas (Ap. 13.8; 1 Pe 1.2; Rm 828,29; Ef 1.11).
Segundo Geisler (2010), a origem da igreja, como todas as outras doutrinas, está enraizada na natureza de
Deus eem diversos atributos de Deus:
A Imutabilidade de Deus como base para a origem da Igreja – A origem da Igreja também está enraizada
na imutabilidade de Deus, pois se ele pudesse mudar de idéia, não haveria segurança de que a igreja que Ele
escolheu ant
dos tempos não seria descartada mais tarde. Ele não pode mudar (2 Tm 2.13). A vontade eterna de Deus também é a
sua vontade imutável (Hb 6.13-15;17,18),
A Onisciência de Deus como base para a origem da Igreja – As Escrituras declaram que seu conhecimento é infinito
(Sl 139.2-4; 147.4,5; Is 40.10; Mt 6.8; 10.29,30; Hb 4.13), portanto, Ele tinha a presciência de todos os atos espontâneos
futuros, incluindo os atos espontâneos daqueles que mais tarde escolheriam (de acordo com a sua presci- ência) ser parte
do corpo de Cristo.
A Onibenevolência de Deus como base para a origem da Igreja – A raiz da existência da igreja está no amor de Deus,
pelo qual nós fomos eleitos em Cristo antes da fundação do mundo, para que “fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dele em caridade (Ef. 1.4; 5.25; Jo 10.15; 3.16).
A Onissapiência de Deus como base para a origem da Igreja – A igreja, um dos grandes mistérios de Deus, depende
da infinita sabedoria de Deus; sem ela, o grande mistério antes oculto e agora revelado (Ef. 3.3-5; Cl 1.26,27), não teria
sido possível. Sua onissapiência se manifestou no plano redentor de Deus pelo qual Ele, sem romper as suas promessas
incondicionais a Israel, foi capaz de permitir que a cegueira sobreviesse a Israel para que a luz do evangelho pudesse
brilhar para os gentios (Rm 11.15; 20-25; Cl 1.26,27).
A Soberania de Deus como base para a origem da Igreja – Assim como a onissapiência de Deus planejou o grande
mistério da igreja, em conformidade com a sua vontade eterna e imutável, a sua soberania e providência serão capazes de
realizá-lo. A
Soberania é o governo universal de Deus, e a providência é a maneira como ele realiza (Is 14.24,27; 55.11; Mt 16.18).
2-
3-
Deus Espírito Santo, o inaugurador e mantenedor da Igreja (At 2.1-4). Com a ascensão de Cristo, inicia-se o
processo de inauguração da Igreja, que culminou no dia de Pentecostes. Existem diversas opiniões sobre a inauguração da
Igreja, todavia, segundo Horton (2006, pp. 538,539), “a maioria dos estudiosos, acreditam que as evidências bíblicas são
favoráveis ao dia de Pentecostes, em Atos 2, para a inauguração da Igreja. É fato que Lucas não emprega o termo
ekklesia no seu evangelho, mas a palavra aparece 24 vezes em Atos dos Apóstolos. Este fato sugere que Lucas não tinha
nenhum conceito da presença da Igreja antes do período abrangido em Atos. No entanto, imediatamente após àquele
grande dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes reunidos, Ele desceu para inaugurar a igreja e
permanecer com ela (Jo 14.17; Ap 22.17).
4.1 O Fundamento do AT para a igreja – Embora que, terrenamente, a igreja tenha iniciado no dia de Pentecostes, o
AT fez preparativos para ela (Gl 4.4,5).
4.2 O AT prediz um tempo vindouro de bençãos para os Gentios – A igreja envolve um mistério que não foi com-
preendido no AT (Ef 3.1-5; Cl 1.26) Deus haveria de abençoar a todas as famílias da terra através da nação de Israel
(Gn 12.1-3; Is 11.10; 62.2).
4.3 O AT prediz a semente espiritual de Abraão (Gn 12.1-3; Rm 4.13-16; Gl 3.7-14).
4.4 O AT prediz um Novo Conserto (Jr 31.31-33; Hb 8.3; 2 Tm 1.14; Is 42.6,7; 49.28).
4.5 A igreja envolveu um mistério não conhecido nos tempos do AT (Ef. 3.1-6);
4.6 Cristo predisse que sua igreja seria uma instituição futura em relação ao seu tempo (Mt 16.17,18; conf. At.
1.5; 2.1-5);
4.7 A Igreja começou depois da morte e ressurreição de Cristo (At 20.28; Ef. 4.8-11; 1.22,23).
4.8 A igreja começou no Pentecostes (At. 1.5; 2.1; Jo 7.39; 1Co 12.13, 27; Rm 12.5).
4.9 Referências posteriores ao crescimento da igreja indicam que o Pentecostes foi sua origem (At. 5.14; 4.44;
2.470.
4.10 Pedro aponta o Pentecostes como o início da Igreja (At. 11.15; 10.46).
4.11 Os Dons não forma dados a Igreja antes do Pentecostes ( Ef. 4.11,12; 1 Co 12.4ss; At. 1.5,10,11).
CONCLUSÃO
Concluímos que a igreja é uma instituição de origem divina, criada com o propósito de glorificar a Deus, e fazer
o seu reino conhecido em toda a Terra. Sua origem evidencia o grande amor de Deus para com a humanidade Perdida,
que apesar de distante de Deus, Ele tomou a iniciativa ao enviar seu filho ao mundo, morrendo por nós, para que
mediante o mérito de Seu Filho, pudéssemos ser reconciliados por Deus.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, José Roberto Alves. O Cremos da Assembleia de Deus. Reflexão Editora.
BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. CPAD.
COSTA, Paulo R. F. da. Manual de Doutrina das Assembleias de Deus no Brasil. CPAD.
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática vol. 2, CPAD.
SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.